Amor versátil escrita por AnôNIMA
Notas iniciais do capítulo
Oláa gentee... volteeei com um cap saindo do forno... essa cap e um poquinho tenso... e triste! boa leitura!
Uma lembrança vaga
Mônica mal chegou em casa e se tacou no sofá, dando um suspiro aliviado, nunca tinha andado tanto. Quem sabe não perdia uns pneuzinhos? Haviam andado a cidade inteira atrás de Mingau, chacoalhando folhetos e perguntando aos cidadãos que pareciam nada preocupados com o desaparecimento de mais um animal. Era só mais um na cabeça deles, mais para Magali era quase uma pessoa, se duvidasse Mingau era mais precioso do que Mônica para si.
-Mônica! – Chamou Dona Luiza. Mônica ferveu de raiva, mal chegou em casa e já estava sendo torturada. Nunca tem um pingo de sossego!
-QUE FOI MÃE! – Gritou tão alto que as paredes estremeceram. Uma Dona Luiza apareceu na sala com uma cara nada boa, mas Mônica não estava nem ai, ela sempre fazia a mesma cara de merda.
-Não grite comigo eu sou sua mãe! – Disse brava, mas isso só fez com que a moça atingisse o ápice de raiva.
-POIS EU QUERIA QUE NÃO FOSSE! – Quase cuspiu as palavras, saíram com tanta raiva e rancor que Dona Luiza se assustou e começou á chorar. Mônica apenas subiu para seu quarto pisando duro, trancou a porta e se jogou na cama, pensando naquele maldito dia que estragou sua vida.
Mônica tinha oito anos, era uma menina feliz e alegre, estava em mais umas de suas aulas de balé. Olhava com inveja as outras bailarinas que faziam a abertura facilmente. Sua mãe falava palavras de “incentivo” para ela.
-Você consegue filha! Você não é nenhuma inútil não é? Vai arrasar e fazer sua mãe se orgulhar! – Falava Dona Luiza com orgulho, Mônica ouvia, ela iria fazer a abertura hoje e se ela falhasse não iria se perdoar nunca mais.
Caminhou até a professora e á dirigiu com palavras doces.
-Já posso fazer abertura tia Ju? – Ela era como uma tia para ela, sua professora sempre á incentivou mais o que falaria á seguir a deixaria decepcionada.
-Ainda não Môniquinha, você não irá conseguir. – Disse docilmente mais não adiantou de nada Mônica não iria decepcionar sua mãe.Ela fez pela primeira vez uma careta feia e á mostrou a língua, estava cansada de falarem que ela não era capaz. Correu até o centro do salão mesmo com os protestos da professora, estava preparada para dar tudo de si, tentou pela primeira vez devagar e não conseguiu, sem paciência foi com tudo, e tudo que sentiu foi uma dor aguda na perna. Havia á quebrado. Depois desse acidente sua mãe só jogava na cara que ela não foi capaz de fazer algo simples e sempre a chamava de inútil. Sua mãe nunca mais á tratou com carinho, não conseguia aceita-la do jeito que era. Não havia ficado numa cadeira de rodas mais teve que amputar, depois disso Cêbola se afastou dela e começou á se achegar mais para Irene, mais sempre assistia calada, sofria calada, e a única que a consolava era Magali. Sua melhor amiga.
Chorava intensamente, olhando um retrato em que tinha sua perna esquerda, enquanto passava a mão em sua perna de ferro, se sentia feia e inútil tinha vontade de arrancar aquela perna de ferro e ficar sem a perna mesmo, mas como precisava dela para andar dispensou a idéia.
Deu uma ultima olhada na foto e se esparramou na cama, abraçando seu ursinho de pelúcia, seu único amigo além de Magali que a entendia, mesmo que com um simples falar do silêncio.
Continua...
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KISSEES