Amor versátil escrita por AnôNIMA


Capítulo 20
Depois do tempo ruim... Vem a tempestade!


Notas iniciais do capítulo

DEESCULPEM.... tava hiper desanimada, mais voltei... espero que naun tenham me abandonado seus lindos!!! kisses... boa leitura!



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Depois do tempo ruim, vem a tempestade.

“27/04/2013/ Aquele seria o começo da minha vida tumultuosa? Eu sentia isso. Hoje, estou aqui mais uma vez, no cemitério, quem foi enterrado? Bem querido diário... Nada mais nada menos que meu pai. Seu Souza, esse é o único motivo para odiar minha mãe, ela não fez nada para ajudá-lo... Ela é uma fraca... Como eu.”

Eu sussurrava trechos de meu diário, enquanto lágrimas escorriam de minha face, Rafael apenas escutava, preferia assim. Não queria ver ninguém triste por minha causa... Mas um olhar compreensivo adornava seus lindos olhos azuis, aquilo estava me confortando pra continuar.

“02/03/2005/ Lindo diário bananão, hoje, mamãe vai me colocar no balé! Faz tanto tempo que pedi... Mas ela anda meio tristinha, sempre vejo ela soltando água pelos olhos, ela e o papai andam brigando muito... O que eu faço?

“05/03/2005/ Bananão! Mamãe está discutindo com o papai de novo! Mas dessa vez acho que é mais sério, a cabeça da mamãe tá saindo uma coisa vermelha! Acho que é sangue... E por que papai está gritando e dizendo; Essa coisa não é minha? Eu não entendo...

Agora eu entendia o que era a tal “coisa”, mas não comentei nada com ele e apenas continuei.

“07/07/2005/ Estou aqui novamente, acredita que a cegonha visitou minha mãe? Ela tá muito gorda, pena que parece que papai não gostou, por que ele fica falando que vai espetar a barriga da mamãe? O bebezinho nasceria com um buraco?

Com essa nova leitura, senti minha cabeça doer fortemente, como se tivessem mil elefantes dentro dela, a chutando. Coloquei minha mão na cabeça, fechei os olhos com força, tentei conter um grito forte, mas acabei soltando vários, assustando Rafael.

–Mô! Mô? O que sente? – Não respondi, a dor era muito forte para simplesmente gesticular palavras. Alguém entrou na sala.

–O que está acon...

–Chame as enfermeiras! Já! – Gritou desesperado.

Logo senti vários passos rápidos vindo em minha direção, e tudo ficou escuro.

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Magali

Eu levaria alta naquele dia, não havia acontecido nada grave, apesar de serem queimaduras de terceiro grau, não fiquei com nenhuma deformidade muito grande, e conseguia andar. Insistindo muito e com meus olhos fofos e meigos, convenci um dos médicos.

–Vai por favor! Por favorzinho! – Aqueles olhos pareciam derreter o médico á minha frente, que parecia até hipnotizado, fazer o que, eu tinha esse dom.

–Bem... A senhorita não está com sintomas muito graves, nem uma deformidade muito alta... Então... Poderá tirar alta nesta noite! – Anunciou, eu apenas retribui o favor abraçando-o calorosamente, o deixando sem jeito. Sai saltitante, reveria meus pais!

Ah. Eu também aproveitaria para visitar minha amiga, será que ela está bem? Vivo muito preocupada com ela, afinal, ela tem algo que não quis dizer á ninguém, somente a mãe dela sabia, e os médicos é claro. Será que se eu usasse o olhar no Rafa ele falaria algo? Não sei... Eles andam meio íntimos.

Mas havia algo que me interessava um pouco mais – Não que não me importasse com a Mônica – Cascão... Ele estava debruçado em um sofá, dormindo, passou a noite inteira comigo... Aquilo me deixou emocionada, ele sim era um amigo de verdade. O Cebola nem quis aparecer.

Meus pais passaram aqui á poucos minutos, ficaram muito emotivos, eles se preocupavam muito comigo, eram pais excelentes, nem sei o que seria sem meus pais... Eu sei o que Mônica sente... Eu tinha pena dela, mas... Ela era muito orgulhosa para aceitar pena de alguém, então tentava apenas consolar e escutar. Queria fazer ao menos isso por ela.

Quanto á Carmem, perdoei ela, claro que mentalmente, pois, quem disse que ela deu as caras por aqui? Mas fiquei sabendo que ela tomou uma coça dos pais dela, bem feito.

–Hnnm... Magali? – Cascão acordou, sonolento, ele coçava os olhos como... Um gatinho... Um gatinho fofo, aquilo me deixou meio derretida, mas tinha que esquecer isso. Onde estavam meus pensamentos lúcidos afinal?

–Cas... Você está bem? – Fiquei meio preocupada confesso, afinal, ele tinha dormido de mau jeito, percebi que estava todo dolorido quando gemeu algum tipo de palavrão... Esse sujinho...

–Sim. Sim... – Colocou-se de pé, e se encaminhou até a beirada da minha cama. – E você? É quem está doente por aqui.

–Não estou doente Cas... – Fiz cara feia – Só meio queimada, mas você sempre soube como gosto de coisas queimadas... Tipo o churrasquinho do Seu Tião!

Nós dois demos uma risada gostosa. Mas era verdade, eu adorava um churrasquinho no ponto, bem ao ponto mesmo.

–Magrela... Tenho que te falar uma coisa. – Deveria ser sério, nunca o vi com aquela cara antes, estava... Terna demais. E... Ele estava chegando perto?!

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–Quando o futuro da dentuça irá mudar? – Perguntou uma entidade.

–Ih... Eu não a chamaria de dentuça se fosse você! O sansão pode te atingir em cheio... Mesmo daqui de cima! – Lembrou-se outra entidade.

–Acalmem-se... Tudo irá se ajeitar conforme o tempo.

E o anjo tinha certeza absoluta do que dizia.

Continua...


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