Sempre foi e sempre será você.

Você machucou, só você pode curar.

O que estava acontecendo ali? Não sabia se ficava com raiva daquele moleque ou de Mônica. Mônica, como ela teve coragem de fazer aquilo com ele?

Corria sem rumo pelo hospital já vazio, era hora do almoço e ninguém ficava de bobeira por ai á esse hora, estava pensando seriamente em acabar com a vida. Não, ela não merecia isso, passou as mãos em seu rosto e logo parou, ele estava chorando?

Não queria ser fraco e lembrou das palavras de sua mãe já morta.

Você é forte filho, vamos engole esse choro! Você pode superar! É só deixar rolar.

Imediatamente secou as lagrimas e engoliu o choro, não ia chorar por ela, ela não merecia.

Respirou fundo e olhou para cima, a partir de agora não ia deixar seu coração mandar em si, só iria tratar Mônica como uma paciente e seria extremamente profissional, se ela queria ficar com aquele cinco fios que ela fique!

Avistou uma amiga sua, era a atendente do hospital, seu nome era Gabriela, eram grandes amigos, logo que ela avistou seu amigo foi em direção á ele, pulando em seus braços.

–Que saudades Rafinha! - Exclamou já chorosa, fazia algum tempo que não se falavam, pois ela havia se mudado para a Inglaterra fazer um curso, mais não deu muito certo.

–Que saudades digo eu! Você não estava na Inglaterra? - Perguntou apertando ela mais para si, estava com tantas saudades!

–Digamos que não deu muito certo. - Falou se separando dele com uma cara tristonha, Rafael apenas aceitou seu silêncio e tratou de mudar de assunto.

–Como você vai com o Santiago? - Perguntou cortando o silêncio, estava um ar tenso pois ambos se olhavam intensamente.

–Não estou mais com ele... - Exclamou fazendo biquinho, fazendo ambos gargalharem, só ai que Rafael notou a flor em seus cabelos.

–Que flor é esta? - Perguntou apontando para a bela tulipa no cabelo de Gabriela.

–Ah, um... Rapaz me deu. - Mentiu, aquela flor era aquela que pegou de Cebola, pois o achou muito bonito.

–Gabi, gabi! - Exclamou fingindo repreenção - Você nunca muda!

E isso era verdade, Gabi nunca mudou, sempre fora galanteadora e namoradeira e ele sabia que era mais um namorico dela, não sabia o porque mais ficava com o coração pesado quando descobria de cada namoro.

Ambos davam altas risadas, qualquer um notava que eram grandes amigos, e eram mesmo desde as fraudas.

–Preciso ir Rafinha... - Lamentou, ela tinha que ficar na recepção se não acabaria demitida.

–Tudo bem, nos vemos depois? - Perguntou esperançoso, adorava a companhia dela.

–Aham, na hora da janta a gente janta junto! - Exclamou contente.

–Então até lá Gabys! - Chamou-a pelo apelido, ela odiava aquele apelido mais no fundo sabia que era brincadeira então apenas lhe deu um abraço de despedida e se foi, Rafael ficou suspirando, essa era a mulher certa mais porque não sentia nada por ela? Porque foi amar justo a Mônica?

Continua...