Hidden Life escrita por Bluny


Capítulo 4
A Casa


Notas iniciais do capítulo

Bluny: Olá leitores lindos e maravilhosos que me ajudam a bombear sangue no fundo do meu coração!
Hyu: Argh, que cumprimento horrível.
Jay: Eu achei criativo.
Hyu: Você é só um puxa-saco. E você mulher, enrolou por quê?
Bluny: Para sua informação, gato fofolgado, eu estava no período de provas, revisões, estudo e mais estudo :C
Hyu: Ahãm. Atá que eu caio nessa... Ãhn... Fofolgado?
Jay: Pobrezinha...
Bluny: Há! Ao menos alguém aqui tem coração, né Jay, seu lindo! *abraço esmagador*
Jay: Menos amor, por favor, milady. *afasta*
Bluny: TT-TT Até um coelho fofo me rejeita *vai pro cantinho da solidão*
Hyu: Gostei de ver. *bate aqui*
Jay: *bate*
Bluny: Isso é complô! A união dos bichinhos fofos contra a garota inocente!
Hyu: Tá, tá... Volta pro seu cantinho, e vê se termina o próximo capítulo.
Bluny: Mas eu acabei de terminar esse!
Hyu: AGORA!
Bluny: Ç-Ç Me sinto uma escrava
Jay: Agora eu me sinto culpado... Então, boa leitura formas orgânicas de vida!
Hyu: Não me dou bem com formas orgânicas de vida
Jay: Você é uma forma orgânica de vida.
Hyu: Detalhes...



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Irrompemos porta afora, e nos deparamos com o inesperado. Uma horda de soldados estava tentando arrombar o portão da mansão, e os seguranças de Connor estavam tentando impedi-los.

—Nossa. Aqui fora está bem mais divertido do que eu pensava. –Murmurou.

—Sim, pura diversão. –Concordei.

E juntos, nós investimos contra os invasores.

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Connor foi primeiro ao chefe de segurança, para perguntar o que havia acontecido.

—Eles chegaram atirando, então decidimos nos defender. São muitos. –Respondeu o homem.

Afastando-se do segurança, ele pareceu preocupado.

—Como nos acharam? –Indagou para si mesmo.

—Agora não temos tempo para perguntas. Temos que impedi-los de entrar. –Falei.

Ele assentiu.

—Faremos assim: atire primeiro, pergunte depois.

—Como queira.

Fomos em direção ao portão, onde eu encontrei um bom lugar para me esconder sob a luz da lua e atirar. Com uma mira exata, eu derrubava um inimigo a cada tiro, pois não há necessidade de desperdiçar boas balas. Um tiro passou de raspão por meu braço. Nada com o que me preocupar. Connor estava fazendo o que sabia fazer de melhor, correr e atirar indefinidamente. Mas não importa quantos nós derrubássemos, sempre havia mais e mais deles. Avistei um carro que estava atrás dos soldados, e para nossa infelicidade, era o mesmo carro que havia nos perseguido. O carro do diretor.

—O que é que eles querem? –Perguntei para Connor, que havia parado ao meu lado para recarregar.

Ele deu de ombros.

—Não sei. Talvez queiram eliminar as provas. Se a população soubesse que eles fizeram experiências ilegais com crianças inocentes, viraria uma revolta. –Respondeu. –Sabe, algumas pessoas realmente se importam com os tais “direitos humanos”.

Se bem que... Nem somos mais humanos. Pensei.

—De um jeito ou de outro, temos que derrubar mais de– Me interrompi no meio da frase. Minha audição aguçada tinha acabado de ouvir um grito, seguido de um rugido, vindos de dentro da mansão.

Connor praguejou.

Droga! Esqueci o portão dos fundos!

Não acredito.

—Como diabos você esqueceu que tem um portão dos fundos?! –Gritei incrédulo.

Sem esperar por uma resposta, corri de volta para a entrada, indo direto para a cozinha. Algo estava errado. Silêncio demais. Quando entrei, dei de cara com Myth de joelhos, soluçando, sobre uma poça de sangue, segurando algo que não identifiquei. A janela estava quebrada, com cacos espalhados pelo chão. Nem sinal de Hazel.

—O que aconteceu aqui? –Perguntei, aproximando-me. –Onde está Hazel?

A rosada virou-se pra mim, seus olhos verdes manchados de lágrimas. Em suas mãos estava uma única pena púrpura. Não! Connor irrompeu no cômodo e ficou aturdido por um momento, recusando-se a aceitar o que via. Ele correu até Myth, agarrando os ombros dela e a sacudindo.

Onde está Hazel? Diga! –Gritou desesperado.

Segurei-o, pois a rosada estava claramente aterrorizada, e em seu braço havia um corte, que parecia feito por garras.

—Me deixe cuidar disso. –Aproximei-me dela devagar, e me ajoelhei à sua frente. –Você pode nos dizer o que aconteceu?

Seus olhos verdes me encararam com temor, mas ela respirou profundamente e começou a falar.

—Eu estava fechando os ferimentos de Hazel, quando um... –Ela parou nos observando, e eu fiz um sinal para encorajá-la a continuar. –Um leão entrou pela janela.

Ela se interrompeu por aí, nos olhando com uma expressão preocupada. Nenhum de nós dois esboçou surpresa, pois sabíamos que pessoas que foram sujeitas a esses experimentos, como nós, podiam se transformar no animal que tinham no DNA. Mas não me lembro de ter dito isso a vocês. Detalhes, detalhes...

—Prossiga. –Disse Connor, secamente.

Ela me olhou novamente, e eu assenti.

—O leão quebrou a janela, e entrou. Eu tentei lutar, mas ele era muito forte... –Ela soluçou. –Ele me jogou na parede com uma patada e, não sei como, mas ele fez Hazel virar um pássaro, e a carregou para fora.

Connor socou a parede com raiva.

—Temos que encontra-los! Vamos agora!

Suspirei. Tinha que trazê-lo de volta à razão.

—Ele deve estar muito longe, além disso, ele deve ser aliado daquele exército. Me pergunto o que-

Parei, pois ouvi passos rápidos vindos do corredor, e pareciam não querer chamar atenção. Será que eu não vou conseguir terminar nenhuma frase hoje? Saquei meu revólver pequeno e me escondi ao lado da soleira da porta, e assim que o indivíduo a cruzou, apontei a arma para sua cabeça e ouvi um gritinho. Espere... Um gritinho?

—E- eu s- só vim trazer informações para o senhor Villard. –Gaguejou a garota.

Levei um segundo para compreender que ela estava falando de Connor, pois seu sobrenome era diferente do meu.

—Pode deixar. Ela é minha informante. –Disse Connor. –Apresento-lhes Lia Jones. Experiência número 23. DNA de rato.

Abaixei o revólver e observei a garota mais atentamente. Ela tinha cabelos cor de caramelo até a cintura com algumas mechas azuis, e duas orelhas redondas apareciam sob ele. Seus olhos eram de um azul cristal, e ela parecia ter uns 15 anos, usava um uniforme escolar do estilo marinheiro. Parecia inquieta, como se esperasse um ataque a qualquer momento.

—Não sabia que existiam tantas cobaias. –Parei um momento fazendo uma observação sem pensar. –Você cheira à comida.

Ela me olhou absolutamente chocada. Quando viu minhas orelhas, ela correu até Connor numa velocidade que eu quase não consegui acompanhar.

—Dave, faça o favor de não assustar minha informante mais do que ela já é assustada?

Dei de ombros.

—Não era minha intenção.

Ele bufou.

—Diga logo o que tem a dizer Lia.

A garotinha loira respirou lentamente, seu olhar se alternando entre cada um presente no local e a porta. Mas falou.

—Segundo minhas fontes, todas as pessoas vítimas de experiências então sendo caçadas.

—Disso nós já sabemos. –A cortei. –Agora, por-

Porque eles não estão mais conseguindo fazer o que fizeram. –Continuou, fuzilando-me com o olhar. –O cientista principal que comandava os exames e tal, foi morto. Na verdade, descobri que ele morreu devido ao veneno de uma cobra. –Connor sorriu. –Agora eles querem fazer alguns testes em experiências que deram certo, para saber o que foi feito.

Connor cruzou os braços, determinado.

—Então, a primeira coisa que devemos fazer, é ir para a Casa.

Franzi a testa, mas quem perguntou foi Myth, sobressaltando-me. Eu quase havia me esquecido dela, o que era estranho, já que ela não era do tipo silencioso.

—O que é “a Casa”?

—Vocês verão quando chegarmos lá. Está dispensada, Lia. –Disse.

Quase que no mesmo instante, a garota correu para fora em disparada.

—Extrovertida, não é? –Perguntei ironicamente.

Ele deu de ombros.

—Cuide dos ferimentos de Myth, que eu vou preparar o carro.

Assenti. Enquanto ele se retirava pelo corredor, fui até a rosada, que ainda encarava a pena em suas mãos. Lágrimas escorriam por sua face.

—Ei. Está tudo bem. –Afirmei, afagando sua cabeça, sem saber o que fazer. Olhem, eu sou a última pessoa que eu chamaria para consolar alguém.

Seus olhos verdes me sondaram.

—É minha culpa. –Soluçou.

Balancei a cabeça.

—Como poderia ser sua culpa? Você fez tudo o que podia. –Retruquei.

Ela baixou os olhos, e eu peguei um pano de um dos armários, e depois de molhá-lo um pouco, comecei a passa-lo pelas feridas da pequena. Ela estremeceu, mas aguentou. Rasguei algumas tiras de um pano limpo, e as enrolei firmemente em seu braço.

—Obrigada. –Disse ela, com a voz fraca.

—Não por isso. –Falei, ajudando-a a se levantar. –Agora temos que encontrar Connor lá fora. Vamos.

Ambos saímos pelo corredor, mas Myth, que ainda estava com aquele vestido de babados, parecia procurar algo em suas roupas.

—Você viu a minha... Droga! Esqueci que Connor chutou longe minha faca. Como é que eu vou me defender sem ela?

Bufei. Tirei uma adaga pequena de dentro do meu casaco, seu cabo era de couro e havia em pequeno cristal em seu punho, e a estendi para ela. Não vai fazer falta.

—Sério? Oh... Obrigada! –Disse ela, pegando a lâmina e a guardando em algum lugar dentro de seu decote.

—Como você faz isso? –Perguntei enquanto andávamos.

Ela franziu o cenho.

—Isso o que?

Pensei na melhor forma de explicar.

—Como você consegue, hã, esconder sua faca aí. Não, hum, machuca? –Perguntei, corando.

Ela riu diante do meu constrangimento.

—Dotes femininos. –Respondeu, dando de ombros.

Saímos pela grande porta de entrada, e encontramos Connor apoiado num carro de luxo, balançando as chaves.

—Achei que nunca viriam. –Exclamou. –Agora entrem logo no carro.

Nós dois adentramos no veículo e, desta vez, foi Connor quem dirigiu.

—Para onde estamos indo exatamente? –Questionei.

—Espere e verá. –Respondeu-me. Odeio mistério.

Olhei para a rosada, que observava as ruas passando pela janela com um semblante triste. Connor dirigia em alta velocidade, sem parar em faróis ou coisas do tipo. Após alguns muitos minutos, o carro freou com tudo.

—Chegamos!

Saímos do carro, que tinha parado em frente a uma grande casa no estilo japonês. O dia já estava despontando, mas a iluminação ainda era fraca.

—É aqui? –Perguntou Myth, inquieta.

Percebi porque ela estava inquieta. Eu me sentia... Observado.

—Sim. Vamos, vamos. –Apressou-nos Connor. –Não é bom ficarmos parados aqui por muito tempo.

Andando pelo caminho que conduzia à entrada, percebi que essa casa era muito sinistra. Ela ficava no meio do nada, com apenas mato ao redor, e uma estranha névoa se desprendia de tudo. Myth soltou um gritinho e agarrou meu braço.

—Uma cobra!

Olhei para onde ela apontava, já com uma faca em mãos. Uma cobra verde musgo deslizava em nossa direção. Apontei a faca para ela, mas congelei, pois a cobra... Falou?

—Masss que falta de modosss... –Sibilou.

Uma fumaça branca envolveu a serpente, e em seu lugar surgiu uma mulher, com longos cabelos verdes quase negros e olhos de esmeralda, trajava um vestido tradicional curto, com cortes nas laterais que não combinavam com as longas mangas com detalhes em dourado. Ela era bonita, mas seu rosto não tinha idade. Podia ter vinte anos, ou trinta, não consegui saber.

—Invadem minha propriedade e ainda apontam facas para mim? Onde está o seu respeito? –Questionou ofendida, abrindo um leque e se abanando dramaticamente.

—Eu, hã, sinto muito, senhorita. –Respondi.

Ela sorriu maliciosamente, e seu olhar se desviou para Connor.

—Ora! Se não é o meu pequeno Villard? –Exclamou, abraçando-o. Eu tenho que me atualizar sobre os contatos do meu irmão.

—Minha querida Katherine. Faz muito tempo que não nos vemos.

Myth tossiu, fazendo-os se lembrar de nossa presença.

—Essa é Katherine Simons, experiência número nove, a primeira a ter sucesso, a primeira a fugir. Katherine, esse é o meu irmão Dave e essa é Myth, uma... Amiga. –Disse incerto. –E eu creio que você seja a pessoa a quem temos que agradecer pela morte do cientista principal, não é?

Ela fez um gesto de desprezo com as mãos.

—Só fiz o que alguém já deveria ter feito antes, mas ninguém teve coragem. Apenas invadi aquele lugar novamente. –Ela olhou ao redor por um instante. –Acho melhor nós entrarmos. –Disse, nos encaminhando em direção a Casa.

O interior do lugar era iluminado por lâmpadas que pareciam bolas brilhantes. E essa foi a melhor descrição que eu já fiz. Havia uma mesa baixa, com almofadas ao redor, e várias estatuetas de animais espalhadas por cômodas e armários.

—Seus irmãos estão em casa? –Perguntou Connor esperançoso.

Ela pensou um pouco, ou escutou um pouco.

—Não. Devem ter saído para fazer compras. –Ele suspirou de alívio e ela deu um pequeno sorriso. –Mas acho que eles voltam logo. –Connor resmungou algo inaudível. –Mas enfim! O que os trás aqui?

Eu e ele nos entreolhamos. Connor começou.

—Bom, hoje de madrugada houve um ataque à minha mansão. E foi feito por guardas do exército do instituto de pesquisa. –Katherine pareceu preocupada. –Eles dois estavam em minha casa, junto comigo e minha protegida, a Hazel. Invadiram o local contrário ao que estávamos protegendo, e levaram Hazel.

A mulher franziu a testa.

—Eu sinto muito por sua perda, mas não entendo o que vocês querem que eu faça.

Eu respondi, pois já estava acompanhando o raciocínio de Connor.

—Como foi você quem matou o cientista, deve saber como entrar no instituto e como sair de lá. Queremos que você nos ajude a resgatar Hazel.

Katherine ponderou alguns instantes.

—Se vocês vão mesmo invadir aquele lugar, vocês devem saber que ele é muito mais perigoso do que aparenta ser.

—Bom, ele já aparenta ser muito perigoso. –Disse Myth, ao meu lado.

A mulher olhou-a com curiosidade.

—Não foi isso que eu quis dizer, criança. As pessoas que trabalham lá não estão somente envolvidas com a ciência, mas também com magia. Eles usaram todos os métodos para nos tornar agentes perfeitos. Só não souberam controlar a maioria de nós.

A rosada franziu o cenho. Ela parecia realmente incomodada com algo.

—Você conseguiu sair. –Afirmou.

—Mas eu estava sozinha. E sei um truque ou outro sobre feitiços. –Retrucou. –Será muito mais difícil passar pela segurança com um grupo.

Myth ficou alerta repentinamente.

—Tem alguém andando ao redor da casa.

Katherine sorriu.

—Aposto que eles chegaram! –Exclamou ela.

Connor pareceu completamente chateado.

—Ah não... –Resmungou ele.

Uma sombra enorme apareceu diante da porta, seguida de uma risada maligna de gelar os ossos. A porta caiu com um estrondo, fazendo eu e Myth nos levantarmos.

—Ora, ora. Pelo visto nós temos visitas. –Disse a sombra.


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Notas finais do capítulo

Bluny: *dormindo de boas*
Jay: O que acharam desse capítulo, leitores?
Hyu: Você gostou de falar com os tais leitores, hein?
Jay: Eles parecem pessoas legais c:
Hyu: Se forem como essa daqui, eu duvido muito.
Jay: Mas olha como ela fica quieta dormindo.
Hyu: Hm... Não por muito tempo *pula na barriga dela e sapateia*
Bluny: ASFDASOFHAOIFHSOFAISFOIDHJFS *acorda* MAS QUE DIABOS, GATO FILHO DE UMA ENCAROÇADA!
Hyu: *olhinhos brilhando inocentemente* Só achei que você gostaria de dar uma palavrinha com os leitores sobre esse capítulo.
Bluny: Ah... Tudo bem, então! Obrigada por lerem pessoas feitas de flores!
Jay: Nossa cara, como você é manipulador...
Hyu: A vida é assim.
Bluny: Gostaram :D ? Odiaram D: ? Querem saber como é que é um gato sapateando :/ ? Comentem! Vou [tentar, sem prometer nada porque sou folgada] começar o próximo capítulo ainda hoje!
Hyu e Jay: Bjon *3*
Bluny: NÃO ROUBEM MINHAS FALAS!
Hyu e Jay: Vish...



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