Inevitável escrita por Mari


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, obrigada à você que esta lendo isso agora, MUITO obrigada. Espero que você goste da minha história.
P.S.: Esse é um prólogo o que significa que a minha história vai ser muito melhor do que esse "capitulo" (prólogo) okay?
Boa Leitura



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"Eu não estou apaixonada, eu não estou apaixonada, eu NÃO estou apaixonada..." essa frase se repetia na minha cabeça.

Argh como eu sou estúpida de ter discutido com o Avan pelo o que aconteceu no sábado. Ele se esqueceu de me buscar, mas quem se importa? Eu não! Claro que não, por que eu me importaria? Ele só esqueceu, só esqueceu. Mas eu sei que ele não apenas esqueceu, ele estava mais "ocupado".

O Avan e eu tínhamos programado de irmos ao lançamento do novo livro da Kery Smith* no Mall Shopping*. Mas seria menos pior se ele não tivesse me ligado na sexta à noite para confirmar. Se ele não tivesse confirmado eu até poderia achar que ele havia esquecido mesmo.

Fiquei esperando por ele por duas horas, DUAS HORAS!!!!

Desisti e peguei um metrô.

Cheguei atrasada no lançamento? Sim, claro. Mas não era isso que me incomodava. O Avan tinha confirmado comigo um dia antes o nosso "passeio".

Ai meu Deus!

Me segurei na estante para não cair.

Como eu fui egoísta à posto de não me preocupar se ele estava bem? Ele poderia ter batido o carro, caído da escada, assassinado... sei lá.

Peguei minha bolsa, que havia caído no chão, e fui em direção da saída, ignorando a velinha que havia me perguntado se eu estava bem.

Não achava meu celular, e comecei a chorar de desespero.

Me irritei com a demora da escada-rolante e adiantei o passo descendo ela o mais rápido possível.

Peguei um taxi e dei ao motorista o endereço do apartamento do Avan.

O prédio continuava o mesmo, com aquelas árvores lindas que costumavam me deixar com uma maravilhosa sensação de conforto. Mas não hoje. As árvores pareciam monstruosas de perto e suas sombras era aterrorizantes.

– Oi, Jerry. - Digo cumprimentando o porteiro que abra o portão sem interfonar para Avan, pois sabia quem eu era e também sabia que o Avan ficava irritando quando ele pedia permissão para eu entrar sem me deixar entrar direto.

Oi, Liz. Você esta bem? - Ele diz logo depois reparando no meu rosto, que devia estar horrívelmente horrível.

–Estou sim, obrigada. - Respondo já de dentro do elevador.

9...10...11...12!

Cheguei no corredor, que estava silêncioso, com aquelas típicas plantas na parte de fora das portas naqueles vasos brancos enormes e com as folhas parecidas com uma palmeira.

Andei no corredor mantendo o silêncio, apenas sentindo as lágrimas caindo no meu rosto.

Por que eu estava chorando mesmo?

Cheguei no 441.

Ao me aproximar mais da porta ouvi alguns murmúrios.

Não compreendi as palavras, eram em alguma outra língua, "francês" penso, claro Avan é canadense então deve saber pelo menos um pouco de francês.

Encostou meu ouvido direito na porta na esperança de compreender pelo menos uma palavra já que fiz francês a minha vida toda no colégio.

Ai meu Deus !!!!!

Ouvi uma voz feminina, e não precisava saber francês para saber que ela estava gemendo!

Argh! Como eu sou estupida!

Ele havia me trocado!

Não que isso fizesse diferença. Claro que não, eu nem sabia por que eu havia ficado surpresa. Avan era solteiro, e eu também, podíamos ficar com quem quiséssemos, não é mesmo?

Mas mesmo assim, ele havia me deixado de lado!

Argh! As lágrimas não paravam de descer. Ele deixou de sair comigo para comer uma canadense!

Raiva. Muita raiva.

Isso estava mesmo acontecendo? Eu havia perdido alguma coisa?

Eu estava tratando como prioridade quem me trata como opção. Segunda opção!

– Liz abre a porta! - Levo um susto quando ouço a voz do Avan me tirando de meus pensamentos .

Seco as minhas lágrimas, suspiro, e abro a porta.

– Posso entrar? - Dou a ele o meu pior olhar e dou espaço para ele passar.

Ele senta no sofá, e eu me sento na penteadeira olhando para o espelho e fingindo estar fazendo alguma coisa interessante para parecer que eu não me importo com sua companhia.

– Liz, eu já disse que sinto muto! Eu realmente esqueci.

– Esqueceu? Você me ligou na sexta à noite para confirmar! - Eu disse na defensiva.

Ele para por um momento, e vejo pelo espelho que ele desvia o olhar e olha o chão.

– Eu... eu estava ocupado, sabe, cheio de coisas para resolver. - Ele diz ainda olhando para o chão.

Fico irritada, me levanto da cadeira e empurro ela com força. Vou de caminho a porta, mas paro no meio do caminho e me viro. Olho no fundo dos seus olhos com muita raiva.

As palavras se perderam na minha boca. Mas eu precisava dizê-las, não iria deixar a chance de ver o Avan se sentir culpado passar, mesmo que eu me arrependesse depois.

– Eu estive na sua casa ontem. - Eu digo com a minha voz firme. - Eu ouvi tudo. - Disse por fim antes de sair.

E o que tinha acontecido com nós? Aquilo nunca passou de uma brincadeira para ele né? Eu sou uma idiota de achar que ele ainda sentia algo por mim.

Me senti com 12 anos novamente, quando minha única vontade era pegar a estrada e ir. Apenas ir.






* nomes inventados que vieram a minha mente no momento.



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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até o final.
Os próximos serão melhores.