A liberdade tem um preço! escrita por Coriolanus Grimes


Capítulo 34
A arena - Dia 11!


Notas iniciais do capítulo

Vejam as notas finais!



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O décimo primeiro dia na arena começa. Os pássaros da manhã cantam para acordar os tributos. Quando o primeiro pássaro levanta sua voz um pedaço de galho bate no mesmo que cai morto da árvore. Kather leva o pássaro para o irmão, que está dormindo demais da conta hoje. Ela começa a depenar a pequena quantidade de penas que ali contém, e então o começa a fritar. Vai ser um pequeno, mas um bom café da manhã.

– Keven, acorda seu dorminhoco! - diz Kather pra ele. Keven não dá nem sinal. - Keven, para de brincadeira e vem comer! - Keven continua parado. - Não, não não!!!

Kather se ajoelha perto dele e coloca o dedo mindinho na ponta no nariz de Keven. O ar sai bem fraquinho, mas ainda sai. Ela coloca os dedos no pescoço dele, onde a veia “Julgular” ainda passa com sangue (é aquela veia que todo mundo tem no pescoço), sim ele ainda está mesmo vivo.

– Keven, fala comigo por favor! - agora os olhos dela estão cheios de lágrimas. Ela então olha agora para a perna de Keven, onde a flecha de Catarine o acertou. - Aquela desgraçada vai pagar a gente Keven!! - O machucado está realmente horrível. O buraco que a flecha deixou está cheio de larvas e alguns outros insetos. Kather tenta a qualquer custo tirar os bichos de lá, mas parece uma missão impossível. Ela assopra, joga água, e até bate - o que faz Keven gemer, ainda que esteja praticamente morto.

Kather deita ao lado do irmão e o abraça. As lágrimas de Kather parecem contagiar Keven, pois o choro também sai de seus olhos, mesmo que ele tente conter.

– Kather.. - diz ele numa voz rouca e baixa, ainda com os olhos fechados - Me perdoa por eu não poder te proteger mana.

– Não Keven, você me protegeu sim! - responde Kather - Você sempre me protegeu! Você me protegeu quando éramos pequenos. Quando vivíamos lá no nosso distrito. E também me protegeu aqui!

– Não Kather… - retruca ele - Eu não te protegi aqui.. eu não fui capaz!

– É claro que foi! - responde ela em tom positivo - Eu não sou mais uma criançinha a ponto de acreditar que aquela flecha era pra você! Eu sei que a Cat mirou em mim! Eu sei que você se colocou na frente pra me ajudar! Eu sei!

– Não Kather...eu não…

– Sim Keven! Você me protegeu, e eu sei disso!

Keven dá um pequeno grito de dor. Kather olha pra sua perna e vê que agora há mais larvas.

– Mano, eu te amo mano! - diz ela - Por favor, não morre!!!

– Eu também te amo Kather! - responde ele - Mas.. não sou eu quem controla a morte!

Keven dá mais um pequeno suspiro. Depois outro um pouco maior. E então vem um suspiro bem profundo, que parece sugar todo o ar em volta, e em seguida, devolvê-lo com a sua alma.

– KEVEN! NÃO KEVEN! NÃO, POR FAVOR MANO! NÃO! - Kather grita desesperada em busca de sinais de vida. Um canhão estoura e Kather sabe que já acabou. - NÃÃO! POR FAVOR MANO! NÃO!

Kather está cheia de tristeza e ódio. Agora ela está sozinha na arena. Mas está forte como um touro.

– Pode me esperar Catarine! - diz ela em tom abusivo - Eu vou chegar logo!

Catarine acaba de acordar de um sono profundo. Ela olha em volta e percebe que não há nenhum tributo que a possa matar. Ela tenta se levantar, mas quando faz o esforço toda a dor aparece. Sua mão, seus braços e seus rostos estão totalmente machucados. Um dos dedos da mão direita de Kather está totalmente em carne viva. Se alguém quisesse arrancá-lo era só puxá-lo de uma vez, o que faz Cat dar arrepios. Sua perna está como a de Keven, totalmente com bichos. Catarine tenta afastá-los, mas parece impossível. Ela já está a ponto de chegar ao extremo e retirá-los com a faca, mas a voz de Felícia Templesmith (parente de Claudius Templesmith), narradora oficial dos Jogos á 15 anos a interrompe, dizendo:

– Tributos da Centésima Décima Sexta edição dosJogos Vorazes! - ela parece estar bem animada, pois não fala com os tributos na arena a um bom tempo. - Vocês estão sendo convidados para participar de um banquete!

O rosto de Cat se ilumina, talvez ela vai poder se tratar. Diferentemente, Kather fica com mais ódio ainda, pois eles podiam muito bem ter feito este banquete antes que Keven morresse. Raphael também está acordado em algum lugar na arena. Ele apenas ouve, mas continua com os olhos fechados, e as pálpebras grudadas por não ter muitas forças.

– Desta vez o grande banquete não acontecerá na cornucópia, como sempre acontece! - diz ela - O grande encontro acontecerá em uma montanha que fica á zona oeste da arena. Vocês estarão recebendo agora um mapa com a indicação da montanha! Até logo tributos, e que a sorte esteja sem a seu favor!

Um paraquedas então cai do céu. É um paraquedas pra cada um. Eles os abrem e então veêm a localização. Kather logo desvia o caminho, e ao invés de ir atrás de Catarine, começa a ir em direção a montanha. Matthew que também está bem forte continua seu caminho, que já está na direção da montanha.

Raphael e Cat, que estão praticamente imóveis fazem de tudo pra levantar, e depois de muitos minutos eles finalmente conseguem se levantar e seguir caminho. Os dois andam lentos como tartarugas, mas é o único modo se quiserem chegar lá ainda vivos.

Já está escurecendo e os 4 tributos restantes ainda não chegaram na montanha, por ela ser bem longe mesmo. Eles pensam que vai começar a ficar difícil pra ver o mapa, mas quando o sol se esconde e o escuro chega, o mapa cintila, iluminando até um pouco o que está em volta, e os ajudando a chegar mais rápido na montanha.

Segundo o mapa, os tributos terão de entrar em uma caverna que fica na montanha. Infelizmente eles não sabem que a caverna tem quatro entradas diferentes, uma pra cada um dos tributos, e o mapa vai os guiar cada um pra sua. Matthew é o primeiro a chegar, ele entra na caverna e grita a vasculhando pra ver se alguém já chegou. Kather chega por segundo, e entra pela sua abertura na caverna, ela também grita e vasculha a caverna, mas não encontra Matthew. Catarine e Raphael chegam por último, mas também não acham, e nem são encontrados por Kather e Matt.

Os 4 estão vasculhando a caverna. Setas florescentes acendem o indicando o caminho que devem seguir. Eles vão andando e cada um acaba numa sala em forma esférica no final da caverna, mas ainda não se encontraram. De repente uma porta de pedra atrás de cada um se fecha, e eles ficam presos na sala. Muitos esperneiam pra tentar sair, enquanto outros apenas procuram alguma maneira mais eficaz. Um barulho toma conta das salas, e uma outra porta de pedra se abre, desta vez na frente deles. A sala que agora eles se encontram é bem maior. Os tributos saem juntos de suas “esferas” e então dão de cara um com o outro. Kather saca a espada de seu irmão. Catarine pega seu ar e prepara uma flecha. Matthew levanta seu machado. Raphael tira de sua cintura uma adaga, pequena, porém BEM afiada.

– Se matem! - diz Felícia Templesmith - E assim tudo acaba mais rápido.

Eles se olham, mas não tem coragem de se matar. A única que não liga é Kather, que olha para Catarine com um lugar frio e cruel. Ela não está nem aí se Catarine está machucada e não pode se defender muito bem, se é pra ela ser covarde, ela vai ser, mas vai matar Cat mesmo assim. Matthew olha pra Kather repreendendo, e por mais que ela a queira matar, Kather solta a espada, assim como todos os outros. Nenhum deles tem coragem de fazer uma coisa dessas, matar alguém que já foi do mesmo time. Nenhum tem o coração tão escuro a este ponto.

– Tudo bem! - diz Felícia - Se vocês não vão se matar.. - outra portas de pedra se abrem, e delas saêm os três bestantes: A lula gigante; O beija-flor envenenador; e As aranhas altamente mortais. - ...os meus bichinhos vão! - Os bestantes parecem um tanto maiores, e os tributos estão encurralados.

Agora é matar ou morrer!


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, eu fiz uma escolha: Não vai mais ser eu quem vai decidir o tributo ganhador daqui pra frente, vão ser vocês! Vocês vão me mandar uma mensagem por MP dizendo o tributo que você quer que ganhe, e o porquê!
Não é obrigatório fazer isso, mas eu ficaria muito feliz que vocês participassem disso! Obrigado!