Um ano se passou desde a batalha com Sailor Galáxia. A paz retornou à Terra. E Serena, suas amigas e noivo estavam reunidos novamente. As Sailors Starlights e a princesa Kakyuu precisavam voltar à Kinmoku e restaurar seu planeta.

O coração de Seiya doía por ter que deixar tudo o que mais amava – além de sua princesa – Serena Tsukino, ou melhor dizendo, sua Bombom. O jovem com espírito de sailor se apaixonou pela loira atrapalhada, engraçada, tonta e medrosa. Mas ele sabia que não tinha chances, ou pelo menos pensava que não tinha; afinal ele nunca tentou conquistá-la. Seiya sabia que Serena tinha um destino a cumprir, um destino que mudaria todo o planeta. No século 30, a rainha Serena subiria ao trono junto de seu rei Endymion (Darien) e governariam Tóquio de Cristal. Pois é, ele sabia disso. Mas será que tudo terá de ser assim? Ele não teve tempo para pensar nisso, apenas mais uma vez, deixou claro seus sentimentos para a garota bobona e esta não entendeu o que ele quis dizer, deixando Seiya sem graça e assim ele partiu com um pesar em seu coração.

– Apenas amigos. – Seiya pensou enquanto partia.

Serena estava em sua cama lembrando-se deste dia enquanto segurava o broche em forma de ursinho cor-de-rosa em suas mãos. Então, uma lágrima escorreu de seus olhos azuis. Ela sentia falta dele. Como nunca sentiu de ninguém, nem mesmo é semelhante a falta que seu noivo fez quando foi estudar nos Estados Unidos e fora atacado por Sailor Galáxia. Era uma sensação diferente, um vazio vivia dentro dela desde então. Seiya a fazia sorrir quando ela pensava que não havia motivo para tal, as músicas dele traziam paz para seu coração e é como se ela o conhecesse há muito tempo atrás e não soubesse disso.

Serena se levantou e foi até a penteadeira. Abriu a gaveta e guardou o broche em uma caixinha azul, então sorriu. Depois pegou seu iPhone e começou a escutar Todokanu Omoi,  a música que Seiya fez para ela – que ela não sabia disso – até agora.

– Eu preciso de você. Quero voltar para você... – Serena ouviu no fundo da música.

– Seiya?!

Ela olhou para o quarto escuro e tudo o que viu foi a lua cheia no céu estrelado pela janela. Como era possível? Serena podia enganar a todos, mas nunca a ela mesma. Seiya é especial para ela e ele é a felicidade dela.

– Seiya, me perdoe. Eu não posso... Tenho meu futuro a seguir. Queria encontrar uma única brecha para fugir disso. Se eu pudesse... quem sabe. Mas eu sinto tanto a sua falta. Queria que estivesse aqui. Poder olhar nos seus olhos azuis, ver o seu sorriso... – Serena se arrepiou com o pensamento. – E sentir o calor de sua mão na minha.

Serena chorou novamente e olhou para o relógio. Já era muito tarde. Era assim todas as noites desde que ele se foi. Ela precisava dormir para ir à escola. Era o seu último ano no colegial e suas amigas estavam empolgadas. Era difícil para ela ter que fingir todos os dias um sorriso no rosto, sem tê-lo de verdade. Serena se cobriu e adormeceu rapidamente e nesse momento uma estrela cadente cortou o céu noturno.