-Então... Podemos ir, né?

-Aham...

-Ruki, - Estava inseguro,mas terminei. - sei que amanhã vai lembrar-se dessa tal Hikari que te traiu e vai passar o dia chorando. Eu posso, quero dizer, vamos sair só nós 2 amanhã?

-Se você não cagar nas calças de novo... - Exibindo um riso de deboche.

-Hey! Foi só para você se levantar, eu não fiz nada nas calças!

No outro dia, não esperei o Sol nascer. Tomei um demorado banho, sai para comprar roupas novas para o meu encontro à tarde. A verdade é que eu o amo, evitei o sentimento de início, mas logo me entreguei por completo. E ele ter descoberto que sua namorada o traia me deixou muito aborrecido, apesar de tudo, não queria vê-lo sofrer daquela forma.

Passei 2 horas dentro do carro na frente do apartamento de Ruki, embora estivesse bem adiantado, passou como 2 minutos. Criei coragem, entrei no prédio sem precisar me identificar com o porteiro, que já conhecia todos os integrantes da banda, apertei o botão do apartamento desejado e logo estava naquele corredor mais obscuro de toda a minha vida.

Tá, eu admito que voltei correndo para perto do elevador quando ouvi o barulho da porta sendo aberta.Mas o pior ainda estava por vir, mesmo com uma certa distância que nos separava, pude ver claramente os olhos marejado do menor que acabara de desabar no chão.

-O que aconteceu, Ruki?- Voltando ao seu encontro.

-Ela... Ela ligou. - Balbuciou um pouco. - Disse que a culpa é toda minha, disse que eu nunca... a amei.

-Isso é verdade?

-Eu nunca a amei, Reita. - Puxando a barra da minha blusa e me fazendo ajoelhar o mais próximo possível. - Nunca!

E, por algum motivo que não sei qual é até hoje, abracei-o da forma mais carinhosa que conhecia. Já não me interessava mais a declaração, o tempo, minhas roupas novas... Nada. Só queria tê-lo em meus braços por toda a eternidade e, embora estivéssemos com os corpos colados, tive a triste sensação de tê-lo perdido.

Teria o perdido de vista, meus braços já não alcançariam aquele corpo, minhas palavras não chegariam aos seus ouvidos, não sentiria mais aquele doce aroma de sua pele. O medo de perdê-lo foi tomando conta de minha alma e, antes de perceber, também derramava minhas lágrimas sobre o chão.