Holiday K.A.L escrita por Mister Milena potato


Capítulo 3
Se conhecendo melhor...Ou não...


Notas iniciais do capítulo

Bom, não sei se ficou legal... Espero que sim!
To gostando muito de escrever, estou me divertindo!



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Bom, essa viagem me pareceu muito divertida, já que em viagens escolares e excussões em família, eu sempre fui bem quieta na minha. Já estava convencida de que com o Lúcio, mesmo lindo e sendo o motivo para eu ter entrado no ônibus, eu não iria me dar bem com ele.

Quando chegamos lá, descemos do ônibus, todos muito animados (não mesmo!).

Estava escurecendo, era um lugar calmo e grande; havia muitas árvores. Digamos que era um sítio, quase uma fazenda; não era uma fazenda, pois não tinham animais como: vacas, galinhas, etc...

Tinham muitas casinhas, pareciam mais quartos, eram de médio tamanho; tinha uma maior e tinha um bem amplo. A inspetora que foi a última a descer, que passou a viagem toda babando e dormindo, veio nos apresentar o lugar.

–Bom gente, como muitos já sabem, sou a inspetora. Meu nome é Lynda( -De linda não tem nada! Só se for essa verruga maravilhosa no nariz, brilhante como um diamante!). Como podem ver, chegamos! Né?

–É- todos disseram bem dispostos, só que não.

–Estas pequenas casas serão chamadas de dormitórios, não só chamadas, como usadas como dormitório também!- Por quê ela só diz coisas óbvias? Ela não vê a cara deles de tédio? Aff. Vocês serão divididos em 4 para cada dormitório! ESCUTEM! Dois meninos e duas meninas. Para não haver confusão, vocês virão aqui e pegar um papelzinho nessa caixa. Cada papel contém uma cor, depois disso, vocês irão para a porta que conter a cor nesses papéis. Entendido?

–Sim!

–Para poupar-lhes o tempo do primeiro dia, dentro de seus dormitórios terão a agenda de amanhã e da semana toda. O significado dos alarmes e as vestimentas para devidas atividades- antes que ela terminasse de falar, ela estava sendo tão chata, que os adolescentes logo se encaminharam para pegar seus papéis.

Quando olhei para o lado, haviam chegado mais três ônibus, mas do outro lado da grade, que no caso, era bem distante. Mas havia um pátio.

–Escutem, lá também terá um mapa daqui, amanhã vocês conhecerão melhor, vou passear com vocês!- ela era realmente uma chata. – Ah, antes que se esqueçam! Vocês terão uma hora para se acomodarem e depois desejo todos aqui no pátio para a orientação.

Ela, a voz dela, as coisas que ela falava, era realmente irritante!

Peguei meu papel, que era preto. E meio perdida, com minhas bolsas pesadas, fui andando até achar o dormitório de cor preta. Até que senti uma mão em meus ombros:

–Kay! Qual é a cor do seu dormitório? Por favor, diga preto!

–Siiiiim!

–Opa! Quer ajuda nas bolsas?

–Quero, mas e as suas? Onde estão?

– Eu já deixei lá! Dê-me as suas.

Nos encaminhamos para lá e eu realmente me animei de poder ficar no mesmo dormitório com quem eu havia me identificado mesmo; fiquei tranquila em saber que não era um tarado também. Bom, tarado eu não sei, mas por meninas, pelo menos, não.

–Ah, kay... O seu coleguinha gatinho também tá no nosso quarto, mas a menina, ainda não chegou. Parece que chegarão mais ônibus do que vimos chegando. A menina vai chegar depois.

–Coleguinha? Aff! Você quer dizer aquele baitola do Lúcio, ignorante!

–Ei, meu amor, eu também sou baitola!- disse ele rindo.

–Claro, mas ele é uma baitola chato.

–Bom, será que ele é baitola mesmo, porque JE-SU-IS! Que pedaço de pecado é aquele!

Chegando na porta do quarto, Lúcio já havia escolhido a cama do beliche, a de baixo e já estava se acomodando, não parava de olhar para o celular e de digitar. Então eu me acomodei no outro beliche com o Alê e deixei que o Lúcio se virasse com a outra garota que ainda ia chegar.

Botei minhas coisas no baú que ficava do lado do beliche, e botei meu caderno de desenhos na cama de cima, a que eu ficaria. Depois me sentei na cama do Alê e fiquei mostrando as músicas que eu tinha no meu celular. Além de lindo, divo, gay, kpopper, ele ainda curtia rock e cantava bem. Começamos a cantar e vimos que o Lúcio botou logo os fones de ouvido. Depois da cantoria das gazelas felizes ( eu e Alê), resolvemos ler a agenda e broxamos ao saber que teríamos que acordar cedo para estar as seis da manhã para o café coletivo e depois a atividade.

Como a Lynda(feia, chata e irritante) havia dito, era para nos acomodarmos e ao toque do próximo sinal, que saíssemos de nossos dormitórios e fossemos ao pátio para uma última orientação da noite.

Eu e o Alê queríamos nos adiantar e já íamos para o pátio. Assim que abrimos a porta, demos de cara com uma garota que parecia estar ali fazia algum tempo; ela estava digitando e quando terminou, falou conosco:

–Olá! Estou aqui faz um tempo, já está escuro, não soube identificar a cor!- ela saiu nos empurrando e viu a cama que havia sobrado e lá colocou suas coisas com pressa. – Vamos, o alarme já vai tocar!

Ela estava vestida com um uniforme escolar japonês e tinha os cabelos tingidos de vermelho.

–Vamos, depois nos apresentamos!

Eu e o Alê estávamos paralisados... Nos olhamos e levantamos os ombros e fomos seguindo ela e o Lúcio veio logo atrás.

Chegando ao pátio, a Lynda, já aparentemente irritante só de olhar, estava esperando que todos chegassem, com um alto-falante na mão. Logo pensei ‘’F!@#%, ela vai triplicar a voz irritante de volume!’’.

–Residentes do acampamento, como puderam ver, os dormitórios contém dois beliches, super confortáveis! Contém 4 baús, um para cada um! – Por quê ela vive falando coisas que já sabemos? – Agora todos vão para o horário da janta, que acontecem todas as 6:30, mas antes, aparelhos eletrônicos dentro deste balde!!! Quem não os trouxe, traga. Celular aqui no balde, notebook naquela caixa ali. Os pais de vocês nos deram a autorização, iremos rastrear seus celulares e notebooks e assim saberemos de quem é e assim separar. Ipods são liberados, mas nenhum aparelho que permita comunicação é permitido!

Só dava pra escutar pessoas resmungando de indignação e arrependimentos. Cheguei até a escutar um ‘’Por que eu não fugi de casa antes? Que merda!’’.

Então como ordenado pela Lynda (feia), deixamos nossos aparelhos celulares com ela. Ninguém havia levado notebook, apenas celulares e tablets. Era visível a cara de tristeza de todos ao deixar seus queridinhos dentro de um balde.

Então a Lynda falou: - Essa é a primeira etapa de reeducação, agora vocês podem se encaminhar para o refeitório que é logo por ali!- falou apontando.

Eu e o Alê já estávamos bem a vontades, ele como era bem carinhoso, já estava me levando pelo braço. Parecíamos um casal, mas não éramos, pois óbvios motivos, haha.

A menina que era de nosso dormitório que apareceu misteriosamente, estava logo atrás da gente querendo puxar assunto com o Lúcio, sem sucesso; apenas levando patadas atrás de patadas. Eu sentia pena dela, mas até que gostava de saber o Lúcio não foi assim só comigo.

Chegamos ao refeitório e fomos pegando os pratos para receber as refeições, igual em colégios americanos, mas quando tive a oportunidade de espiar qual eram os pratos, eram apenas saladas, arroz e um bife que não cabia nem no buraco do dente. Todos decepcionados e cada vez mais tristes por estarem ali; era engraçado e ao mesmo tempo desanimador.

Depois da refeição, saímos e quando chegamos no quarto, o Lúcio e a menina misteriosa já estavam lá; ela estava falando e falando e o Lúcio estava tentando ler um livro. Quando ele nos avistou, ele falou:

– Oh, graças! Tire essa louca daqui! Ela me irrita!

No momento em que ele disse isso, ela que tagarelava, parou de falar, arregalou os olhos, e fez uma cara triste que era de dar pena. E quando parecia um biquinho de choro, ela abriu a boca e começou a falar mais e mais:

–Você não tem o direito de falar assim de mim! Eu estou tentando apenas te conhecer, já que vou ficar aqui nesse lugar de loucos por 5 semanas!

–Me desculpe, mas a mais louca aqui é você- disse ele se levantando para tirar ela que estava sentada em sua cama.

Então eu pedi licença e falei

–Menina, não se preocupe. Acho que ele não é do tipo de receber bem as pessoas. Qual é o seu nome?

–Olhe, você é simpática, diferente dele! Meu nome é Amaterasu, é japonês! Amaterasu era uma Deusa que governou o sol, significa brilhante ao longo do céu, sou filha de japonês com brasileira!...-

O Lúcio a interrompendo, falou indignado:

–Está vendo! Olha a merda que você fez! Que garota chata!

Então o Alê a interrompendo, falou:

–Amaterasu, vou te chamar de Ama! Eu sou Alessandro, me chame de Alê... Ela é a Katie, chame de kay! Eu e kay gostamos de cultura oriental também, mas deixe pra conversar amanhã, estamos meio cansados com essas novidades todas!

Ela rapidamente se acalmou, estava com os olhos brilhantes; parecia uma personagem de anime apaixonada, era de encantar. Mas que menina agitada! Ela com as mãos juntas sobre o rosto, gritou

–KAWAII!!!!- e depois subiu pra sua cama e deu com a cara no travesseiro e ali ficou deitada. Foi realmente engraçado.

O Lúcio ficou pasmado e falou

–Como você fez isso? Acho que ela ta afim de você!- ele disse tentando se enturmar, agora, na altura do campeonato!

Então eu os interrompi e falei

–GENTE! ONDE ESTÁ O BANHEIRO?-

Então Lúcio falou

– Ah, a Lynda estava falando, mas não escutei, a Amaterasu tava falando no meu ouvido o tempo todo e vocês estavam conversando também. Mas parece que tem um banheiro em cada dormitório; na porta de um armário aí.

Então abrimos todas as portas e descobrimos o banheiro, negociamos quem tomaria banho primeiro, eu e o Alê negociamos, o Lúcio apenas disse que seria o último, ele estava lendo e queria se concentrar.

Então eu fui tomar banho primeiro e quando voltei, o Alê deu um cheiro em mim e falou

–Selo delícia de aprovação, agora minha vez!

Assim que o Alê entrou, eu tentei puxar assunto com o Lúcio. A Ama aparentava estar dormindo.

–Então, Lúcio... Podemos nos conhecer melhor?

–Pra quê?- disse ele desinteressado.

–Seria viável que nos conhecêssemos, vamos ficar aqui 5 semanas, convivendo no mesmo dormitório, nas mesmas atividades, em tudo!

–Bom, você está certa. Pelo que pôde ver, não sou muito amigável, me desculpe se não te recebi bem. Esse é o meu jeito e pronto.

–Ah, sim... Eu também sou assim, mas estou me esforçando. Fale sobre você!

–Ah, não sou de falar sobre mim. Eu sou eu, gosto de escrever, gosto de ler, gosto de música, sou muito virtuoso. Detesto internet.

–Bom, somos parecidos...

–Sério? Que péssimo. Você deve ser triste então.

–Não não.. eu...- na hora o Alê saiu pulando que nem uma gazela do banheiro gritando.

–Kaaaaay, me cheira e me aprova!

Cherei-o e aprovei, rimos e falei

–Selo delícia de aprovação!

Ele nem percebeu que interrompeu minha conversa com o Lúcio... Eu disse boa noite para que todos do quarto escutassem e o Lúcio respondeu e o Alê, menos a Amaterasu, ela apagou no sono.

Era bom que descansássemos mesmo, amanhã seria um dia agitado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, porque eu amei! hauahuehue'
Ainda tem muito mais por vir :3



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