Faltam 20 min , para Peter chegar. Não, não estou contando os minutos ou segundos para revê-lo. Talvez ele tivesse razão, depois desse dia agitado eu precisava descansar um pouco, esfriar a cabeça.

Fico pensando como Katie esta, se esta bem, se já se alimentou, penso em tudo. Meu celular toca, Peter.

– Oi, Celi,cheguei mais cedo, estou na frente do prédio.

– Okay, estou descendo.

Antes de ir encontrar com Peter , peço para o porteiro que se alguém ligasse, ou chegasse alguma carta endereçada á Katie que ele por favor me entregasse.

– Oi.

– Oi de novo . - ele ri.

– Então, vamos aonde?

– Você vai ver, é uma surpresa.

Ele então me estende sua mão. Vamos andando, eu pelo menos vou andando e o seguindo já que não sei aonde ele quer me levar.

– Agora feche os olhos e segure minha mão.

– Mas porque?

– Só faça isso, okay? Faz parte da surpresa.

– Esta bem.

Ele então vai me guiando, até que chegamos a algum lugar, e ele me diz para abrir os olhos devagar.

Estamos no meio do parque, uma toalha xadrez estendida na grama, uma cesta de piquenique virada para a fonte de aguá que havia no meio do enorme lago.

– Sente-se e seja bem -vinda ao piquenique ao luar - ele sorri corado.

– Nossa, mas que grande honra majestade, quer dizer, pode apreciar um bom vinho, frustas frescas a luz do luar com sua ilustre companhia.

Nós dois rimos, dessa tentativa de comédia com a realeza antiga.

– Então, esta mais calma?

– Sim, estou mais calma por saber que ela tem os pais por perto.

– Fico feliz em saber que esta bem.

– Obrigada - sorrio corada e envergonhada, não sei porque.

– Vossa majestade aceitaria um copo do mais fino suco de laranja instantâneo?

– Ah, claro, adoraria provar desta iguaria, que parece ser um deleite.

– Realmente, somos dois palhaços retardados.

– Sim, sim somos mesmo tudo isso e mais.

Ele então toca meu rosto o acariciando com sua mão , a desliza por todo o contorno dele.

– Sabe.. estou feliz por estar aqui com você Celi.

– Também estou Peter, estou adorando passar esta noite com você.

Então de repente o momento de brincadeiras e risos, se transforma em um momento calmo,quieto,onde o único barulho que se ouve são alguns pássaros cantando , e alguns patos nadando no lago.

Uma fração minima de segundos, um beijo.

Corpos se atraindo como o professor dizia nas aulas de física, dois corpos querendo ocupar o mesmo lugar, mesmo sendo físicamente impossível. Uma sede desbravecedora. Dois corpos querendo um ao outro, sentir um a energia, o calor, o amor, do outro.

Nos mesmo instante, uma hora estávamos rindo no parque, e na outra, nos entregando corpo a corpo um ao outro.

Dentro daquele quarto, o amor, desejo , e o prazer, todos se debatendo entre aquelas 4 paredes. Os olhares se encarando, querendo dizer mil palavras em uma piscada. As bocas, se afogando em uma combustão de sentimentos, uma explosão de sensações, nada mais que um segundo, nada mais que uma hora, nada mais que nada, seria tão incompreensível , do que aquele amor ardente.

No mesmo momento esbarro em meu celular, o fone se desconecta e uma música começa a tocar, suas notas se espalhando pelo quarto.

" Só quero o amor das grandes paixões, ser como crianças num parque de diversões, aquele amor que menos de um instante , faz a vida girar numa roda gigante"

Nossos corpos se queimando um no outro, gotas de suor escorrendo em nossos rostos. Uma noite toda para descobrirmos todo esse amor bandido, escondido, amor ardente que estava adormecido dentro de nós.

Depois de tudo isso, deitados lado a lado, sorrindo confusos, encarando o teto. Peter vira seu rosto para mim.

– Celi?

– Sim?

– Te amo

– Eu também te amo Peter .- Nunca imaginei que iria dizer isso para alguém novamente, ou pelo menos para alguém tão cedo.

– Celi?

– Sim Peter?

– Fica comigo?

– Como assim Peter?

– Namore comigo, seja minha, quem sabe, se tudo isso der certo, como eu quero que dê, e espero que você também queria. Case-se comigo.

– Eu quero, claro que quero Peter, sim aceito, aceito tudo isso.