A Escolhida escrita por Pandora


Capítulo 48
Capítulo 51: Sempre: Parte 2: Sulista


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpe pela demora. Eu estava escrevendo minhas outras fanfics e fazendo rascunho de outras.

Eu quero agradecer de coração à cada comentário que me fez sorrir e me sentir de alguma maneira querida, e não, esse não é o último capítulo rsrsrsrs
Agradeço à VivaLaVida por me incentivar por mensagens privadas, e também à DJDCAL por tudo.

Aproveitem e...comentem. Vocês fãrao uma escritora feliz.



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“–Parabéns America Singer! Você finalmente conseguiu o que sempre quis, você está fora da Seleção, e expulsa para sempre da minha vida.”

–Oquê?- soltei com exasperação. Ele estava me expulsando da Seleção.

Desde que eu cheguei no castelo, desde o primeiro dia, especificamente, eu desejei sair daquele lugar que prendia minha liberdade, eu lutei por isso. Briguei com guardas, gritei, bati, chorei, tive pesadelos claustrofóbicos e agora eu estava aqui, de pé, em frente ao príncipe de Illéa, no qual eu havia acabado de bater e deixado uma marca vermelha em sua face, e sinto isso...Eu não deveria estar feliz?

Algo em minha mente dizia que eu já sabia a verdade. Eu amava Maxon. E deixar o castelo significava não o tê-lo mais. Eu ainda tenho esperanças de que ele me perdoe, mas... e se não perdoar?

Eu teria que viver o resto da minha vida sob um regime totalitário e oprimido a fim de seguir aquelas normas fajutas e hipócritas. Eu me submeteria a isso? Eu faria isso?

Fugir de uma cela para viver em uma jaula?

Meus pensamentos foram atrapalhados quando uma risada preencheu o ambiente, vindo de Mason, que estava sentado em minha cama, e que agora se deitava sobre a mesma, contraindo o abdômen a cada riso, enquanto enxugava de seus olhos o que eu diria ser lágrimas.

Todos ficamos alertas.

Ele sentou na beirada da cama, e me olhou por entre seus fio negros e grossos, extremamente bagunçados. Seus lábios meio rachados tinham um sorriso maldoso. Vendo-o daquela maneira, me pergunto se ele é o mesmo que se declarou para mim, e me beijou mais cedo naquele mesmo dia. Aquele beijo molhado e forçado –nem tanto- durante aquela chuva de dor. Será que ele será o mesmo que me salvou na piscina, ou há algo a mais? Eu não o reconheço. Pensando bem, eu não reconheço nem mais a mim.

–Você foi tão idiota o tempo todo!! Foi tão fácil de enganar! Um sopro, e você cai...simples assim!- ele falou agora olhando para Maxon.

Como assim? Porque Mason estava falando assim com Maxon?

–Olha vou te falar- Mason se levantou lentamente da cama, ele estava tão, esquisito. Com aquele cabelo bagunçado, aquela voz irônica e com aquele roupa amarrotada. Vi pela expressão de Maxon que ele estava tão confuso quanto eu com as palavras de Mason e com a sua linguagem corporal. Em um instante ele estava chorando e no outro, ele faz isso. Fica assim...

–Te enganar foi fácil- ele continuou falando, se dirigindo à Maxon que permanecia imóvel, olhando para o primo com o cenho franzido- mas pegar a sua ex-futura esposa foi o difícil. Cara, mas valeu a pena!

Aspen começou a sorrir, como se entendesse perfeitamente toda a situação. Mas, ele não tinha ficado com raiva quando ele viu eu e Mason nos beijando? O que está acontecendo?

–Como assim?- perguntei em um sussurro para Mason, não agüentando mais aquela tensão que estava no ar, piorando cada vez mais.

–Você nunca se perguntou porque eu sabia do veneno, que tinha na bala quando você levou o tiro America?- ele pronunciou meu nome lentamente, aproveitando-se da minha expressão de confusão por ele estar falando daquele assunto.

–Sim, sei, porque você é nortista- afirmei convicta.

–Você é um nortista?!- Maxon perguntou com os olhos arregalados, sem acreditar no que eu havia dito. Esperei que Aspen fizesse algo, como por exemplo prender Mason, ou pelo menos se mexer, mas não...ele apenas sorriu aquele sorriso maldoso e cúmplice. Mas isso não me surpreende muito, acho que a idéia de atentarem contra a minha vida e a vida de Maxon não deveria o incomodar mais, até porque, até amanhã era bem provável que ele não estivesse mais no castelo.

A tensão no ar era palpável, conseguia sentir as injúrias correndo suavemente pelas minhas mãos, a discórdia no peso da respiração, e a maldade nos olhares de todos presentes no recinto. Era como se...tivesse uma bomba relógio prestes a explodir, e eu sabia que todos sentiam o mesmo, por seus corpos tensos e rígidos, mas principalmente pelo barulho de nossos corações batendo, pois mesmo que parecesse loucura, era como se eu os ouvisse quando o silêncio se fazia presente. Sim, é loucura, mas nada naquela noite estava parecendo certo, ou lógico, e eu sabia que tudo tudo pioraria, assim que aquela bomba explodisse, só me restava saber quem apertaria o botão, e quem levaria a maior parte dos estragos.

Mason meneou lentamente a cabeça, passando a língua pelo lábio inferior, o deixando levemente úmido. Tudo se passava em câmera lenta, como se isso fosse um filme, e uma criancinha ficasse apertando toda hora o botão de congelar a cena toda hora.

–Tsck, Tsck- ele fez com a língua, e me assustei, pois naquele momento, ele parecia uma imagem pitoresca e metódica do mal. Naturalmente ele parecia um anjo, com o seu cabelo angelical e seus lindos olhos azuis, mas agora parecia mais um anjo malvado.

–Eu não sou um nortista, eu sou muito pior...- então ele tirou do bolso uma bandana preta, a amarrando em volta da sua cabeça, não antes de colocá-la por dentro de sua blusa, e ao que parece esfregar rapidamente o ombro com ela.

“...procure alguém com uma tatuagem pequena, de um circulo com fogo, como essa...”

Não, não, não, não!

Mason não pode ser um-

–Isso mesmo anjo- ele desabotou a blusa social dele de uma vez só, sem tirar os olhos dos meus e ainda por cima com um sorriso matreiro naqueles lábios que eu mais cedo havia beijado- surpresa?

Olhei para o ombro dele e vi o que marcava minhas certezas e piores verdades.

Mason era um sulista.

Havia uma tatuagem de um circulo, com laberadas de fogo por sua extensão.

Bem como aquele sulista que me deu o tiro, havia dito.

–Porque Mason?- perguntou Maxon com a voz um pouco rachada e rouca- você é um príncipe! Você podia ter tudo!Tudo!

–Há algo que o dinheiro não pode me dar...- Mason falou ficando aos poucos mais sério.

–E o que seria?

Maxon perguntou realmente surpreso, como se não acreditasse que nada pudesse ser comprado com algumas notas e um título.

–Vingança –Mason sussurrou, com um sorriso de canto, saboreando aquelas palavras. Ar marcando em minha alma, me fazendo saber, que elas de alguma forma traria um culminado de caos.


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Notas finais do capítulo

SEM SPOILERS NESSE CAP!

OS SPOILERS QUE NÃO SE CONCRETIZARAM NESSE CAPÍTULO IRÃO SE CONCRETIZAR NO PROXIMO!!!!!



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