A Escolhida escrita por Pandora


Capítulo 44
Capítulo 47: Infâmia Parte 1: Tempo tempestuoso


Notas iniciais do capítulo

RESSURGINDO DAS CINZAS....

OMG! Desculpe! Eu IMPLORO o perdão de vocês!
Eu estava em uma fase triste, sem querer ler nada, sem querer escrever nada. Como se minha vida não tivesse sentido, sabe?
Alguns poderiam dizer que estava em depressão, mas não, apenas estava meio triste por motivos que até eu mesma desconheço.

EU AMO VOCÊS!

E EU JURO!!!!! OLHA, É DIFÍCIL EU JURAR, MAS EU JURO QUE ESCOLHIDA VAI TER SEU FIM, E QUE A SEGUNDA TEMPORADA VAI SER POSTADA COM FREQUENCIA!!!!!

Eu admito: Pensei em abandonar a fic pois estava tão envergonhada por te-los deixado na espera...Mas estou aqui, deixando meu orgulho de lado, pedindo o perdão de vocês....
Eu estou REALMENTE arrependida....

Eu queria postar o capítulo, mas estava tão......difícil escrever o final. Eu queria postar bem rápido, mas não consegui! Eu queria fazer o final que eu queria, mas não tava dando certo, então separei em partes!

Faltavam pouquissimos capítulos para a fic acabar, apenas saibam que o último capítulo será o da escolha, e eu prometo...muitos queixos vão cair.


Passem em Castelos de gelo!!!!!!!!!!



Obrigada mesmo todos que mandaram mensagens e todos que comentaram, obrigada Stella Malfoy pela LINDA RECOMEDAÇÃO, EU A AMEI! EU REALMENTE A AMEI!


PROMETO NÃO DEMORAR! O PROXIMO TALVEZ SAIA ESSA SEMANA!



I COME BACK PEOPLE! E VOLTEI PARA FICAR!



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Anteriormente em A Escolhida...

Só de pensar naquela possibilidade, meu coração se apertou contra suas artérias ante angústia e desespero por algo tão sonhado não acontecer.”

Afinal, eu ainda acredito em contos de fadas.

E em finais felizes, mesmo que eles não aconteçam da maneira que desejemos.”

“Perguntei para Anne, Mary e Lucy, que tinham acabado de confirmar minha dúvida. Sim, a escolha vai ser daqui a 2 dias. Mason não estava mentindo, seria dali a dois dias.”

“–Eles vão atacar no dia da escolha- constatei.”

“–É...parece que eles querem fazer um gran finale.”

Agora em A Escolhida...

Eu não estou pirando.

Eu não vou me descontrolar.

Eu não vou gritar.

Eu estou bem.

Isso America...inspira, expira, inspira, expira, eu repetia esse mantra para mim mesma vezes seguidas a afim de conseguir acalmar meu coração do seu impulso irrefreável, e suas batidas ressoantes e frenéticas.

Eu tinha motivos para estar enlouquecendo, sim, eu realmente tinha.

Primeiro: Não vi Maxon essa manhã.

Segundo: Mason é um rebelde nortista. Um nortista!

Terceiro: A Escolha é daqui a dois dias, isso mesmo, daqui a dois dias.

Quarto: Alguém ia ser eliminado no jantar.

Quinto: Iria ter um ataque rebelde no dia da escola, e pelo visto, todos haviam percebido, já que a guarda estava reforçada.

Sexto: Eu preciso falar com Aspen, e estou com um mau pressentimento quanto a isso. Seus olhos a cada instante no café da manhã se dirigiram a mim, e nossa, eu podia jurar que era capaz de sentir suas orbes arderem em minha pele, e lerem minha alma, destacando cada memória, e escancarando cada obscuridade que poderia achar. Era como se ele pudesse me ler.

Sétimo: Sentia como se as paredes estivessem me sufocando, o meu ar parecia estar escasso, e os tijolos daquelas luxuosas paredes davam a impressão de que ia me esmagar.

Oitavo: Eu estava enlouquecendo.

As estribeiras da minha sanidade pareciam frouxas e até mesmo frágeis, como se eu estivesse a beira da loucura. Meu lado racional havia se decaído ao chão, e eu ainda estava catando os pedaços. Meus cabelos vermelhos estavam prestes a ser arrancados de minha cabeça, e eu temia ficar careca por minhas próprias mãos.

As paredes pareciam debochar de mim, como se soubessem de algo que eu não sabia. Cada cochichar e sussurro trocado, e até olhares recebidos parecia gritar ou sibilar que eu estava perdendo alguma parte da história, e que eu era uma falsa por não revelar sobre Mason.

E o mais interessante de tudo, é que as nuvens negras e cinzas que se aproximavam pelo horizonte, pareciam uma confirmação, ou até mesmo um presságio de que algo ruim realmente ia acontecer. Embora eu sempre tenha gostado de tempestades.

Ouvi por Anne, Mary e Lucy, que o momento da escolha tem que ser surpresa, porém provavelmente revelariam um dia antes, ou seja, hoje. Ouvi dizer, que Maxon passou um bom tempo no gabinete do pai. Ouvi dizer, que o vestido que usarei amanhã, mandando por Nicolleta a algum tempo atrás, já estava sendo posto para arejar, e que eu ficaria linda nele. Ouvi dizer também, que as cortes de varias províncias chegariam em breve, para o momento da escolha. Ouvi dizer tantas coisas, e lembrada de tantos porques de eu ser a escolhida, que apenas depois, percebi que não havia ouvido nos últimos dias, nem em um momento sequer, de Maxon, que ele me amava.

E por mais que eu não quisesse, infelizmente, aquilo me fez duvidar.

Ouço batidas na porta do meu quarto.

Maxon. Tem que ser ele.

Porém infelizmente não era, e ao perceber o perigo a minha frente, fechei instintivamente a porta, porém um pé me impediu.

–Não, não faz isso- Mason falou tentando içar seu corpo para dentro do meu quarto.

Tentei forçar mais a porta a se fechar, porém era em vão. Mil alertas de perigo pareciam gritar como alarmes de incêndio em minha mente, meus pelos dos braços se eriçaram, e eu comecei a suar frio. Ele era perigoso. Ele é um nortista.

–Sai daqui- eu grunhi enquanto punha mais força na porta, à medida que ela era empurrada por Mason.

Em um momento, Mason parou de tentar abrir a porta, momento esse que aproveitei, e a fechei por completo. Me afastei dela regrassando os passos de costas, enquanto ainda olhava a mesma, observando a fechadura, como se a qualquer momento ele fosse abri-la e tentar colocar ideias e paranoias em minha mente.

Foi então que uma pancada é dada contra a porta, e tudo que posso ver em seguida é um Mason com o peitoril elevado, cabelos negros bagunçados, e sem rastro nenhum de sorriso.

Ele arrombou minha porta... Ele arrombou minha porta!

Ele era um nortista.

Nunca me senti tão indefesa, nunca me senti tão fraca e nunca me senti tão vulnerável.

Mil alertas pareciam tilintar como sinos em natal dentro da minha mente, como se alertasse o maldito perigo que estava na minha frente. Meu coração parecia não ter mais controle ou razão, já que batia de maneira louca e desenfreada. Eu podia jurar que podia ouvi-lo.

–Você arrombou minha porta...-gemi em um fio de voz, enquanto aquele louco começava a sorrir discretamente, como se eu tivesse acabado de contar alguma piada.

–Pegue um casaco- ele sussurrou enquanto apontava um dedo para meu armário.

–Minha porta...-sussurrei ainda de boca aberta.

Ele andou até mim, e sério, eu jurava que tentava me desviar, tentava sair de lá, mais não dava. A perplexidade e o terror se alastravam como adamantium por todo meu corpo, congelando minhas articulações.

–Você é um nortista...e está aqui- Me senti inevitavelmente em perigo.

Sua mão esquerda se elevou até meu queixo, juntando meus lábios, enquanto sorria de maneira sarcástica.

–Eu sei que sou bonito anjo, mas não precisa babar.

Deixei meu queixo cair de novo pelas palavras surpreendentes dele.

–Eu sempre causo essa reação nas mulheres- ele sorriu enquanto fechava novamente a minha boca com a mão esquerda, porém dessa vez, peguei seu braço, o tirando da minha face enquanto tentava o girar para trás como havia visto em um filme que assisti um dia com Maxon.

Porém, descobri tarde demais que aquele ato, havia sido um erro.

O braço de Mason que eu segurei, o esquerdo, em um movimento rápido, se largou do meu aperto, e segurou meu pulso, enquanto sua prendia minhas costas contra seu peitoral e apertava sua mão direita contra minha traqueia, a apertando levemente.

Movi meu corpo, porém quanto mais eu me mexia, mais sua mão se apertava em minha garganta, e mais ele entortava meu braço, me causando uma leve dor.

Me lembrei que ele era um nortista, e parei de me perguntar como ele havia aprendido aquilo. Afinal ele provavelmente recebia um treinamento.

–O que você quer?

Perguntei tentando levantar meu queixo, para deixar um pouco da minha dignidade à mostra.

Sim, eu estava vulnerável, mas não deixaria aquilo transparecer mais do que já havia.

–Você.

Ele sussurrou com sua voz rouca em meu ouvido, fazendo com que todos os pelos do meu braço se arrepiassem. Sua voz fazia qualquer música que eu havia ouvido o mais blasé possível, mesmo ela sendo meio rachada quando sussurrada, mesmo ela se quebrando quando proferida, ela ainda conseguia ser linda.

Você...

Ele disse “você”! Ele me quer!

Por um instante minhas pernas conseguiram fraquejar, e minha respiração aumentou de maneira quase imperceptível, eu disse quase. Ele havia percebido minha fraqueza, havia percebido as rachaduras em minhas emoções, e estava, de alguma maneira, se infiltrando entre elas, como sombras delicadas em uma noite escura.

Por um instante, apenas por um instante, imaginei como seria beijá-lo, e sim, queria saber essa nova sensação, queria provar seus lábios, e quem sabe deixar minha mente se apagar por alguns segundos.

Ele levou seus dedos ágeis e grossos, para o meu pescoço, tirando meus leves cachos vermelhos para o outro lado do meu pescoço, meu lado direito. Suas mãos eram macias e delicadas, porém a brutalidade e a audácia se destacavam em cada todo, por mais singelo e simples que ele fosse.

Fechei meus olhos lentamente, quando senti seus lábios quentes na região da minha veia principal do pescoço. Seus lábios emitiam uma boa circulação sanguínea, e te juro, nunca me senti tão leve e culpada.

Minha sanidade, que já era pouca, me escapara por completo, assim que ouvi sua voz rouca e falha, sussurrar em meu ouvido.

–Eu sei que está imaginado como seria me beijar.

–Eu tenho nojo de você- menti, tentando de alguma maneira não responder a certos instintos...que seriam esses bater em Mason.

Ele me soltou, enquanto se afastava devagar, como se eu fosse a qualquer momento explodir.

–Olha anjo eu sei que você tem perguntas, e acredite, eu tenho a respostas delas.- Ele afirmou com as mãos erguidas em sinal de rendição, e um sorriso sacana no rosto.

Em uma coisa ele estava certo.

Eu queria respostas. Visualizei mais uma vez o casaco branco com botões dourados em ambos os lados, que estava exposto pela porta semi aberta do guarda-roupa, e sem pensar mais, andei até lá, o pegando em minhas gélidas mãos.

:::::::::::::::::::::::*:::::::::::::::::::::::::::

Assim que passamos pelo jardim comecei a me arrepender por minha escolha de ter ido com Mason.

–Aonde vamos?

Perguntei quando já estávamos quase chegando aos portões de ferro, que davam acesso ao castelo além do buraco na muralha, pelo qual os rebeldes entravam para invadir.

–Sair- sua voz rouca e um tanto quanto musical soou com simplicidade e casualidade. Sua mão gélida e um tanto macia agarrou a minha, enquanto ele me puxava.

Comecei a pensar nas consequências do que eu iria fazer, eu queria respostas, mas talvez meu medo de magoar Maxon fosse maior que essa vontade, essa sede por algo que complete meu raciocínio.

Eu não podia fazer aquilo com Maxon.

–Eu não posso- respondi me puxando de volta.

Minhas botas se cravaram na terra abaixo dos meus pés, me colocando no rumo contrário ao qual era levada.

–Quer mesmo ficar nessa jaula?

Okay, lembrar do meu desespero para sair dali, lembrar que eu podia ter alguns minutos de paz longe daquelas paredes que pareciam ser fermentadas com aço e discórdia, me fez repensar, e chegar à conclusão que sim, eu podia fazer aquilo com Maxon.

Ao chegarmos nos portões, Mason pediu para que eles o abrissem para nós, o que foi imediatamente atendido. Centenas de guardas cercavam sua entrada, e pelo menos 4, nos acompanharam até um conversível preto, sem capô, que era extraordinariamente lindo.

–Homens, eu pedi um carro simples, não...isso- Mason reclamou apontando para o carro.

–Desculpe senhor, mas esse é o carro mais simples que temos.

–Tá...tá, tudo bem- Mason falou parecendo pensar. Seus olhos estavam desfocados em direção ao carro, e suas pálpebras um pouco espremidas.- okay, certo.

Então, em um átimo de segundo, seu pé direito se direito se dirigiu para a lataria altamente sofisticada do conversível, deixando uma região amassada, evidenciando seu estrago.

Meu queixo estava caído...e piorou ainda mais, quando ele, com a chave do carro, arranhou boa parte da lataria na horizontal, formando uma linha continua e grotesca.

Ele sorriu satisfeito, como uma criança que dá para a mãe um desenho, enquanto com o rosto iluminado diz: “Olha o que eu fiz!”

Não só eu, como também todos os que estavam no jardim ficaram confusos. Ele havia estragado o carro.

–Primeiro as damas- ao ouvir ele proferir essas palavras, observei ele abrindo a porta do carro.

É, vai ser um longo dia.

(...)

Porque eu aceitei ir mesmo com ele?

Ah, sim, por respostas.

Respostas America, você quer respostas. E você vai tê-las... Bem, isso se você não morrer antes.

A velocidade do carro estava a não sei quantos quilômetros por hora, e mesmo eu não entendendo de carros, já que nunca dirigi um, ou de velocidade, já que nunca ultrapassei alguma, sabia que aquela velocidade não era permitida.

Elevei os óculos escuros, que Mason havia me estendido, no topo da minha cabeça e observei como meus cabelos ruivos ricocheteavam ao meu redor, como se estivessem dançando.

–Mason...não estamos acima do limite?

Perguntei enquanto firmava minhas mãos em um pequeno painel eu havia em minha frente. As árvores ao nosso redor pareciam ser apenas um borrão verde, estremeci, a estrada bem asfaltada estava lisa e vazia, porém mesmo assim comecei a temer a morte.

Antigamente, quando me encontrava com Aspen na casa da árvore, eu não tinha tanto medo, pois fazia aquilo em prol do amor. Eu estremecia ante a ideia de Maxon descobrir sobre eu e Aspen, tinha medo de sua reação e do que aconteceria depois, porém naquele momento, o medo que eu sentia ultrapassava o da descoberta.

Fechei meus olhos e quando os abri novamente, percebi que chegávamos em uma rua, de classe média, algumas partes asfaltadas e outras nem tanto. Foi ai que eu percebi...Mason fez tudo aquilo com o carro para parecer alguém de classe média. Tinha alguns carros iguais ao dele, e a maioria também tinha problemas.

Como se estivesse lendo meus pensamentos, ele falou:

–Os rebeldes, ou alguns encrenqueiros, gostam de mexer nos carros dos outros. Se eu xhegasse aqui com o carro em perfeito estado, estranhariam.

Assim que ele estacionou na margem de uma calçada pavimentada, tirei o cinto que estava firmado transversalmente em meu corpo, e quando ia abrir a por do meu lado, a voz de Mason me interrompeu.

–Você não pode sair assim?

– O que disse?- perguntei confusa.

–Seu cabelo, ele vão reconhecer seu cabelo. Já basta a roupa limpa e impecável.

Olhei para meu casaco brancos de botões dourados, e para minha roupa preta por baixo. Analisei minhas botas de couro e salto alto, e percebi que sim, eu estava arrumada demais para um simples passeio.

–Mas o que posso fazer? Eu moro, temporariamente em um palácio! Eu sou da elite! Convivo com príncipes e rainhas, com o rei de Illéa!

Os olhos de Mason varreram por toda a extensão do meu corpo, e com um meio sorriso, ouvi-o falar:

–Você acabou de falar como uma princesinha mimada.

Abri minha boca para protestar, porém percebi que ele estava certo. Eu agi como uma mimada.

–Tome- ele falou enquanto me dava um chapéu cor creme, que pegou no banco de trás.

Bufei e o peguei da sua mão, imaginando como ficaria ridículo em mim, porém me surpreendi ao perceber que não havia ficado tão ruim. Suas abas eram longas e maleáveis, e uma tira branca o marcava na metade, das abas até a parte superior, que abrigava a cabeça.

–E quanto a você?

Perguntei percebendo que ele estava sem nenhum disfarce, enquanto eu estava com os óculos escuros e o chapéu.

Desci do carro e quando me virei para ele novamente, o mesmo estava usando um chapéu preto de abas curtas, e óculos escuros estilo aviador. Mesmo com o chapéu seus cabelos negros insistiam em fica na sua testa, o deixando...bonito.

–Perguntou alguma coisa?

Suas palavras me libertaram do transe de vê-lo daquela maneira, e sem pensar mais, me dirigi até seu lado, enquanto ele calmamente me conduzia a um café.

Ao entrarmos, tive a sensação que todos olhavam para nós, e sem mais delongas nos sentamos em uma mesa, um de frente para o outro. Com ele puxando minha cadeira, é claro.

–Eu tenho perguntas.

Falei de uma vez, observando-o enrijecer-se na cadeira, e fingir um sorriso, para em seguida seu rosto se contorcer em uma expressão forçada de choque.

–E eu aqui achando que estávamos em um encontro! Como você pôde?

Suas mãos foram para seu peito, e o ouvi soltando uma gargalhada.

–Chega Mason! Eu tenho perguntas...

Ele parou de rir gradativamente, enquanto olhava para a janela do café, observando as grossas nuvens de chuva se formar no céu.

–Okay, parei. Mas você devia ter visto sua cara.

Ele começou a rir novamente, e eu, sem aguentar olhar para minha desgraça estampada em seu sorriso, comecei a visualizar o local onde estávamos.

Cortinas grossas e vermelhas pendiam em cada lado da grande janela que se encontrava ali. As mesas eram cobertas por toalhas de seda cor creme, e as cadeiras de madeira, contrastavam o mogno do encosto, com o estofado vermelho do assento.

–Então, eu que...

–Eu sei, eu sei, você quer suas respostas. Eu as digo, mas não me responsabilizo por suas decisões.

Fiquei parada o esperando continuar.

Uma bomba estava prestes a ser lançada, e eu sabia, que ela por fim, explodiria em minhas mãos.

–Você quer saber porque eu disse que no fim, você ficaria comigo, não?

Sabia que agora seria o momento de algumas verdades, a epifania seria cruel, e minhas mãos trêmulas evidenciavam meu nervosismo.

–Maxon e Kriss Ambers estão tendo um caso.

O ar faltou, e o mundo, o universo, parecia girar.

Minha respiração era rarefeita, e meus pulmões, pareciam se encher de água.

Não...havia...ar

–O que?

Foi tudo que eu disse diante daquelas palavras, foi tudo que meu coração conseguia soltar, foi tudo que meus pulmões permitiram dizer.

–Ele e Kriss estão tendo um relacionamento. Mas pelas câmeras, ele ainda está em dúvida. Ele esta indo com mais frequência ao gabinete do rei, e algo, algo muito estranho esta acontecendo.

–É mentira! Mentira! Ele ME ama, somente a mim! Ele vai me escolher...-deixei uma lagrima escapar- ele disse que eu seria a escolhida.

Gritei em desespero chamando a atenção de algumas pessoas para nossa mesa. Mas não me importava. Apenas a possibilidade de Maxon não me amar mais, destruía meu coração.

–Anjo, é verdade, foi por este motivo que ele não te contou sobre o dia da escolha, ele ainda estava em dúvida, não aguentaria te ver com tantas expectativas...e você sabe o que isso significa?

–O que? O que isso significa?- Perguntei entrelaçando meus dedos por meus cabelos ruivos em sinal de aflição.

–Que eu te escolho flor, que no fim, se ele não te escolher, eu te escolho.

O silêncio se seguiu por alguns segundos...

Seria esse meu futuro? Me casar com um homem que não amo, enquanto aguento ver o amor da minha vida estar com outra mulher?

O que o rei estava fazendo? E porque, porque céus, eu não consigo parar de achar que as palavras de Mason eram verdades?

Eu tinha muitas dúvidas, mas apenas uma certeza. Eu nunca me casaria com Mason. Não importando o que eu sentia por ele, por menor que seja, mesmo assim, nada aconteceria.

–Prefiro a morte.

Falei sem pensar. Eu até poderia me casar com Mason, mas eu nunca faria isso, sabendo que veria Maxon tantas...

America?! O que esta fazendo sua tola? Maxon te ama! Não crie hipóteses inusitadas.

Mas...se aquilo fosse verdade, as nuvens negras que começavam a se formar no céu, tão inusitada sua presença...seriam um presságio, de que naquela noite, coisas iriam ocorrer.

E se ocorressem, eu não ficaria presa denovo...

Pois até lá eu já estaria morta.


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