Hater escrita por Little Anne


Capítulo 4
Capítulo IV - Porque este ódio nunca é demais.


Notas iniciais do capítulo

Sabe aquilo sobre postas às segundas? Deixem para lá.
Meio que amo escrever aqui, então seria melhor nem manter um dia para escrever. E também nunca postei na segunda mesmo e.e



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Há cinco anos atrás...

– Então que tal dividirmos de forma diferente? Cada um faz metade, metade. Eu pesquiso algumas referências, e você outras. Depois cada um passa metade à limpo. Nos encontramos depois das aulas na biblioteca do colégio amanhã para terminar com isso.

Assim que ela assentiu, me levantei e me retirei do quarto o quanto antes.

[...]

# Gray F. POV ON #

Finalmente está chegando o final do ano, e assim poderei me livrar de Lucy, pois mudarei de colégio no ano seguinte.

Esta é a penúltima semana de aula, e ela estava sendo estranhamente tranquila. Entretanto, até a parte em que vi a loira infernal no corredor logo pela manhã. Mas acredito que pela sorte ela não me viu, pois não veio encher meu saco.

Ela conversava nervosamente com a sua amiga assustadora Erza Scarlet, como se estivesse ansiosa e com tensão. Nessa situação em que ela se encontrava, acredito que me mesmo que tenha me visto, ela não faria nem diria nada.

Foi naquela manhã quando Natsu decidiu finalmente deixar a vergonha de lado, tomar uma atitude e pedir conselhos à mim. Não estou querendo me gabar, mas a melhor opção dele para pedir bons conselhos sobre e ainda manter segredo, sou eu.

Primeiramente, ele havia me dado um susto. Apareceu através de minhas costas suplicando por alguma ajuda minha, enquanto eu estava distraído.

- Cara... tomei minha decisão, eu vou falar com ela. - ele disse, depois engolindo à seco.

- Finalmente hein, rosinha.

- Ei picolé, não me chame assim! - ele se estressou tão facilmente, que gargalhei.

- Mas eaí, o que vai falar pra ela?

- Esse é o problema... Não sei o que falar. Nem como, onde, quando... - ele se descabelava enquanto dizia suas palavras em tom desesperador.

- Calma brô, não se desespere. Eu te entendo. Que tal ir lá agora e dizer que quer falar com ela no final da aula? Daí quando for o final ela virá atrás e você a levará na praça da escola, que é um lugar bonito e reservado. Então você dirá tudo o que sente, mas tem que ser verdadeiramente verdadeiro. - eu o conselhei, dando ênfase na parte sobre dizer tudo.

- Obrigado! Parece uma ideia boa, te devo uma! - ele disse animadamente dando pulinhos ansiosos. Se eu não o conhecesse, o acharia extremamente viado.

- Ah, que isso. Você é meu brother. - demos nosso tradicional toque de melhores amigos com as mãos. Ele suspirou.

- Ei cara...

- O quê?

- Você disse que me entendia. De quem está gostando?

Não respondi. Aquilo me incomodou, então ignorei.

- Vai logo, que a Lisanna está esperando. O sinal vai bater logo, então teríamos que entrar logo nas salas de aula.

- Certo. - disse ele confiante.

- Ah, e não se esqueça de escovar os dentes

- Por quê?

Como você é burro Natsu. - Não seria legal se você estiver de mal-hálito e acontecer alguma coisa...

- C-Certo, irei me certificar. - ele ficou bastante vermelho, e eu ri novamente. Logo, eu o perdi de vista no corredor tumultuado. Orgulho daquele rosado.

[...]

Eu estava agradecendo mentalmente várias vezes por não dar de frente com Lucy em momento nenhum hoje. A única vez que a vi foi no corredor pela manhã, fora isso nem a vi mais, nem mesmo na sala de aula, o que é um milagre, pois a mesma adora ir às aulas - nem me pergunte o porquê e como, ela é esquisita - e geralmente, não faltaria nem se estiver com uma doença que a impossibilitaria de andar.

Mas como tudo o que é bom dura pouco, lembrei-me que havia marcado com ela de fazer o trabalho escolar depois da aula na biblioteca.

Era um saco isso. Fazer trabalho, e ainda fazer junto de Lucy, pois segundo a professora de História seriamos obrigados a colaborar um com o outro.

Até pensei destorcidas vezes em dar-lhe um bolo, mas como boa pessoa que sou, me dirigi ao local. Assim que adentrei, procurei por uma mesa de leitura escondida das demais e vaga. Encontrei uma quase ao fim do cômodo e entre várias estantes de estranhos e grossos livros, e me sentei nela, marcando meu lugar.

Joguei meus materiais escolares de qualquer jeito em uma das cadeiras, coloquei as pernas esticadas em cima da mesa e esperei a loira chegar impacientemente. Se ela demorasse 10 minutos eu saíria dali. E se ela não me achasse naquela mesa? Azar o dela.

O problema era que ela era mais ágil e me achou facilmente rápido.

Ela segurava no colo alguns grossos livros, que até chegavam a tampar o rosto dela de tantos que eram. Ela jogou os livros com força na mesa, gerando um eco estrondoso por toda a sala.

Estava com um olhar fuzilador, e bem inchados e vermelhos. Demorei para me tocar que ela estava chorando, e provavelmente tenha passado a tarde toda assim.

Analisei os livros os livros em que ela havia jogado estrondosamente na mesa, e percebi que eles tinham nada a ver com o trabalho e que ela somente os pegou aleatoriamente de alguma prateleira para causar aquele estrondo, por carência de atenção.

- Que stress. - afirmei, finalmente dizendo algo. Depois bufei e murmurei algumas pragas e ofensas sobre ela estar querendo superioridade.

Ela rangia os dentes, e juntamente dos olhos vermelhos e ferozes, fiquei assustado. Será que ela havia descobrido que eu iria quebrar o fio da chapinha dela? Não, ela nem usa.

- Olá para você também Sra. Heartfillia.

Ela continuava a bufar e a ranger os dentes. - Você sabia que gostava dele.

- Oi? - essa foi a coisa mais confusa que ela disse em todos esses últimos cinco anos. Garota estranha. - Eu não sei do que está falando.

- Você ajudou Natsu a se aproximar de Lisanna, e agora eles estão juntos. Mas claro, apenas fez isso porque eu sou apaixonada por ele! - ela quase gritava naquele lugar.

- Olha, eu tenho nada a ver com isso. Eles se gostam e eu os ajudei. Eu nada sabia sobre você, e mesmo se soubesse, nada importaria para mim. E fique quieta, estamos em uma biblioteca. - agora quem rangia os dentes, era eu.

- Não me mande calar a boca! - ela se revoltou jogando tudo naquela mesa no chão. Estava surpreso de como aquele assunto a comovia. Eu havia encontrado mais um ponto fraco nela, mas não era o que realmente importava agora.

- Eu não mandei você calar a boca, apenas para manter o silêncio. Respeite o lugar em que você está mulher!

Agora era em quem estava irritado. Quem ela pensava que era?

Eu percebi por movimentos bruscos dela, que ela estava com extremamente vontade de me dar um soco e que iria fazer isso. Mas ao invés disso, não se aguentou e desabou. Começou a chorar no meio da biblioteca.

Eu queria me deliciar daquela cena e rir da cara dela, mas, estranhamente, não consegui. Por um instante tive pena e me senti culpado por ela. Mas tirei logo esses pensamentos da cabeça.

Ela lutava contra si mesma para não mostrar tal fraqueza em minha frente. Eu queria consolar-la, ainda não entendendo muito bem o porquê.

Embora não aparentasse, por causa da grande tristeza dela, aquilo também poderia ser um plano dela para me comover e descobrir algum ponto fraco em mim. Ela quase conseguiu, mas não me deixei levar.

- Algum problema aqui? - preocupada, a azulada e baixinha bibliotecária Levy apareceu, também dando uma caixinha de lenços para Lucy. Eu permaneci quieto.

- Não, desculpe-nos pelo incoveniente barulho. - respondi.

- Tudo bem então. Estarei de olho em vocês e façam mais silêncio por favor, os outros alunos estão reclamando.

- Ok.

Ofereci ajuda a Lucy para que ela se levante, mas ela negou com ignorância. Depois eu quem era o arrogante dali.

Eu fazia perguntas, e me sentia estranhamente incomodado com ela assim. A única coisa que ela me respondeu era que ela conversara com Erza mais cedo porque iria se declarar a Natsu. Mas ele havia sido mais rápido, e agora estava junto de Lisanna.

Quanto finalmente terminamos o trabalho, comemorei dando aleluias e ela me mostrou a língua. Que estranho, era um milagre não ter sido xingado.


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Notas finais do capítulo

E aí está um primeiro momento NaLi, espero que goste xD