Lovely Tsumetai Tsuki escrita por PrincessGrey


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

( quem assistiu hanayori dango e kimi wa petto vai gostar)
Fanfic Atualizada e Revisada.
... Foi a primeira fic que eu postei aqui no Nyah



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            Abri os olhos devagar, eles doíam com a claridade que adentrava pela janela. Brilhante, vistoso, sol da manhã de um típico dia de verão- pensei.  

 

 Aliás... Onde eu estava?

 

  Apenas me lembrei de ter caído no chão. Minha cabeça doía bastante. Sentei-me. Eu havia dormido num sofá, enrolada na capa dele, era uma sala enorme e extremamente bagunçada, de um apartamento luxuoso. Notei que usava as roupas da noite passada, úmidas da chuva, coladas no corpo, e sequer tirara a maquiagem.

 

   Numa mesa de centro, um bilhete junto com alguns yenes: Dinheiro Para Ir Embora.

 

 - Que vergonha- murmurei – Onde é que eu estou mesmo ? Essa casa não é minha...

 

Minha cabeça doía fortemente. Curiosa, tentei procurar as fotos do meu salvador, em retratos e quadros na parede e nos móveis.

 

Eu vi muitos pôsteres e discos emoldurados do Dir En Grey. Concluí que devia ser alguém dessa banda, embora gostasse muito dela ,eu torci para que não fosse Kyo,o vocalista,  era o pior de todos, o melhor exemplo de uma pessoa cretina e estúpida, ignorante e grosseira. Um verdadeiro warumono, um yurei. Eu detestava Kyo só o olhando. Parecia ser metido, temperamental, pelo que eu via dele na gravadora e lia nas entrevistas e um dia eu tropecei e ele me chamou de “garota idiota” no elevador, deu uma entrevista dizendo que eu era presunçosa e infantil. Eu não o conhecia bem, mas eu odiava. Eu, Kagami, não tinha paciência com pessoas como ele. Nos festivais eu sempre o evitava e certa vez, quase fiz uma careta quando ele passou.

 

Além disso, vi um pequeno retrato virado para baixo de uma moça bonita de cabelos compridos sorrindo.

 

  A casa dessa pessoa era bagunçada e maltratada, embora fosse bonita e moderna. Fiquei com pena; resolvi mexer no guarda-roupa e me  senti como Cachinhos de Ouro remexendo a casa dos ursos; era cheio de peças de eroguro kei . Definitivamente era alguém do Dir En Grey. Qualquer um, exceto o Kyo; Quem sabe Kaoru. Com certeza era ele, parecia um galã ,bonito e simpático.  Tomei emprestada uma camisa social e um bermudão florido, as poucas peças mais simples do guarda-roupa de Kaoru. Tomei banho, estendi minha roupa atrás da geladeira para secar e tomei leite e comi um sanduíche.

 

  Eu não queria ir embora. Não, era tão cansativo ser eu, Kagami , minha carcaça, minha vida. Aquela casa me era tão familiar que me senti bem ali. Não tinha vontade de voltar para minha vida.  

 

Me perguntei quando Kaoru ia voltar. Coloquei na cabeça que era ele. Só podia ser mesmo, claro que tinha de ser. Era segunda-feira e talvez ele voltasse mais cedo. Enquanto isso, resolvi, em retribuição, limpar toda aquela casa. Varri e lavei o chão, tirei  o pó, coloquei a roupa na máquina de lavar, arrumei a bagunça da sala, espanei a mobília, limpei o forno, as cortinas. Deixei o apartamento absolutamente em ordem em comparação  a antes , Kaoru devia ser bem desordeiro .

 

 Sete da noite. Eu até tinha feito o jantar. Ramen de porco e kimchi frito com legumes. Estava orgulhosa, não arrumava nada desde os dezesseis anos.

 

   O cheiro da limpeza se misturava com o aroma da comida quente da cozinha.

 

  - “Você”!?

 

 A porta abriu; era Kaoru?

 

         Não, não era Kaoru; 

 

Não era o Kaoru. Nem Toshiya. Shinya. Muito menos o Die. Era...

 

 - Kyo!

 

 Ele tinha uma cara espantada e assustada, surpresa. Fechou a porta.

 

- O que está fazendo aqui? Deixei dinheiro pra você ir embora; - fumava nervosamente, o cabelo loiro espetado, usava óculos e aquelas lentes macabras; ele era baixinho, eu me senti enorme perto dele, cheio de piercings, pálido branco como neve e tinha uma cara irritadiça; não era nenhum Matsumoto Jun.., nem Oguri Shun, nem mesmo Yamashita Tomohisa, que na minha opinião eram os atores mais kawaiis da TBS//{ muito menos Kaoru.}

 

 Eu parecia tão desapontada: - Onde está o Kaoru, essa casa não é do Kaoru?!

 

- Hã? Claro que não, maluca. Essa casa é minha. - Kyo replicou e me olhou arregalando os olhos – O que está fazendo com a minha cueca preferida??!

 

 - Cueca ? – que pesadelo, estou na casa do Kyo, usando a cueca dele, sem dúvida é meu pior pesadelo. Fiquei horrorizada e me sentei no sofá com a  cara abaixada.

 

 - Por quê não foi embora ainda? – ele perguntou com um cinzeiro na mão.

 

- Eu queria agradecer ao Kaoru. – Kyo era um verdadeiro demônio.

 

- O que o Kaoru tem a ver com isso? Pode me explicar?!

 

  - Essa casa; esse gesto de me trazer aqui.- eu expliquei – podia ser de qualquer um, menos o Kyo, percebi que era alguém do Dir En Grey.. E Kaoru .. – fiquei com vergonha de explicar isso .

 

 Kyo riu. Devia achar engraçado; eu não sabia que ele era capaz de rir, mas era uma risada de ironia, sacana, cheia de sarcasmo.

 

 - Não é costume deixar uma garota caída na chuva desmaiada e não fazer nada, aliás, não seria eu tão insensível a este ponto. Deveria parar de beber tanto, sabia?Não é nada educado mulheres embriagadas.... – ele olhou em volta da casa, mais surpreso ainda – Arrumou toda minha casa?

 

 Concordei com a cabeça, desolada. Meu mundo era o inferno.

 

 - Que cheiro é esse? – Kyo aspirou o ar e perguntou intrigado.

 

- Ramen de porco da Obaa-san  Ruriko.  

 

- Obaa-san Ruriko?

 

- Minha avó, bakayaro-jankaii. E kimchi frito de legumes.

 

Ele não conseguia acreditar que uma roqueira era capaz daquilo tudo. – Para uma bêbada achada na rua, você é bastante prendada.

 

- Idiota. – murmurei.

 

Mas a sensação de sair daquela casa aonde eu era apenas uma garota normal era tão boa, que não me contive:

 

- Por favor, Kyo-kun,me deixe ficar.

 

Ele me puxou pelo braço; : - Está louca, porque quer isso?

 

 Respirei e falei a verdade, omitindo algumas partes.

 

- Na maior parte do tempo, odeio minha vida. Toda essa pressão depositada sobre mim. Aqui é como se eu pudesse ser normal, entende? – ele me olhava erguendo as finas sobrancelhas – Petto. Posso ser sua pettochan!

 

- Pettochan?

 

 Imitei um gato e Kyo riu . Por pouco não gargalhou.

 

 - Estou cansada de ser Kagami. – revelei.

 

 Era verdade . Certas horas, queria ser outra pessoa. Era órfã desde criança. fui criada por minha irmã e me sentia vazia. Via as colegiais indo para o colégio e sentia falta de meu recém acabado colegial e dos meus poucos amigos. Cansara de ser pressionada todo o tempo.

 

 - Yuusu.

 

- E?

 

- Desde que continue arrumando tudo, pode ser minha petto.

 

- Por que não contrata uma empregada ??

 

- Não sei. Mas ia contratar, mas já que você apareceu... seu nomé é Yuusu.

 

 - Espere ! – parei-o – Tem umas condições; nada de segundas, terceiras, quartas, quintas ou sextas intenções!!

 

 - Ah. – Kyo deu um sorriso malicioso que me horrorizou – Tem certeza? Pois é uma pena. Definitivamente é. – ele me olhou de alto a baixo. – Você é bem bonitinha. Eu ia gostar, mas..;

 

- Não!! Pervertido nojento! – resmunguei.

 

- Nojento? Acha que gosto da presença de uma mulher que vomita, urina e fica bebâda em praça pública?- ele me olhou com horror. Kyo tinha um jeito de me fazer odiar a mim mesma e a querer morrer.

 

- Eu estava vomitada?-Me perguntei, corando de vergonha e humilhação.

 

Ele riu da minha expressão. Kyo devia ter vinte e oito anos e eu vinte e cinco incompletos, e começei a cantar com dezesseis.

 

 - Vá pôr a mesa, então. Eu estou morto de fome.

 

 Contragosto, servi. Kyo comia como uma criança, por pouco não se sujava e comia depressa.

 

 - O que está olhando, baká? – ele reclamou

 

- Você come quase como um animal.

 

- Eu tenho fome, e daí? Olha só quem fala, você que é sem educação. Mal chegou e roubou minha cueca!

 

- Eu achei que era um short, e bem velho, por sinal. – Kyo era chato e irritante.

 

Mas devia ter algo de bondoso nele. Senão eu jamais seria sua petto.

 

 Troquei temporariamente a vida de rockstar girl por ser uma petto. Cujo dono é o pequeno monstrinho,o warumono,  Kyo.

 

 

 

         


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Notas finais do capítulo

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