Os Quatro Vales - A Chave Dos Lagos De Galardian escrita por Lianee Undóminiel


Capítulo 2
Capítulo 2-“Eu devo ter feito algo com Arwen..."


Notas iniciais do capítulo

Oie mina, eu aqui de novo ^^



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- Me ligue quando chegar, e depois eu quero que ligue todos os dias antes de dormir. Você sabe que sua tia é muito irresponsável então se lembre de escovar os dentes depois de todas as refeições, e se for ficar exposta ao Sol use protetor solar, está levando não está?

- Mãe, você sabe que eu vou fazer de tudo pra ficar longe do Sol. E não se preocupe tá, só serão duas semanas! – eu falei revirando os olhos.

- Em duas semanas sua Tia consegue tirar toda a educação que eu e seu pai lhe damos. – minha “tia” saiu da perua, na sua roupa típica: shorts jeans com a bandeira dos EUA, óculos estilo aviador, blusa curta demais e botas marrons. A minha mãe olhou-a com reprovação e eu ri daquela cena, me pergunto como elas podem ser irmãs e tão diferentes ao mesmo tempo.

- Eu ouvi isso Gi! – ela falou tentando parecer magoada.

- Eu falei para você ouvir Thierry. – minha mãe falou cruzando os braços, minha tia apenas revirou os olhos e me ajudou com as malas.

- Quando eles vão chegar? – Thierry perguntou para mim enquanto íamos para a perua.

- Daqui a pouco não se preocupe, Hugo chega daqui a alguns minutos, ele me mandou uma mensagem há pouco tempo. Lottie e Angel são nossas vizinhas então também chegaram logo e Cécile, Claire, Désirée e Helmut viram de carro então não vão demorar muito.

- Nossa essa gente toda? Não é uma creche tá? – ela falou sarcasticamente.

- E você é tão adulta! – ela mostrou a língua e foi falar com a minha mãe e meu pai. Decidi ficar perto de Giselle, A Perua. Sentei-me na calçada e fiquei esperando o pessoal chegar.

Depois de alguns minutos vi a figura do que pareciam meus amigos segurando as malas, não era muito difícil saber quer era quem. A maior era de um garoto, Hugo, não dava para ver pela distancia que estávamos, mas, eu sabia perfeitamente como ele era incrivelmente e mortalmente pálido, com as olheiras profundas (como as minhas, aliás) e usando um anel que tinha desde que foi adotado.·.

A do meio era Angelique, seus cabelos dançavam com o vento gelado de uma manhã francesa, era vermelho como fogo e eu sempre admirei isso. Seus olhos eram de um castanho bastante incomum, como se estivessem acesos, e todo o seu corpo era coberto por sardinhas que pareciam constelações à noite.

E por último, a menor das figuras que aparentemente tagarelava sem parar para respirar. Charlotte, se fosse para um desconhecido Lottie seria a irmãzinha mais nova de Angelique de cinco anos. É claro que se você estiver pensando em morrer pode dizer isso na frente dela, mas se você presa sua vida é melhor não falar nada. Porém, não se deixe enganar, Charlotte é incrivelmente inteligente, a mais esperta do grupo e ela sabe muito bem disso.

As figuras foram se aproximando e a garoa que me impossibilitava de ver seus rostos foi saindo aos poucos. Hugo olhava para frente e às vezes dava o que parecia ser opinião sobre o que Lottie falava. Angelique estava meio que encolhida para o lado da pequena fazendo de tudo para se manter afastada de Hugo, não sei se era por medo, mas conseguir vislumbrar seu rosto levemente avermelhado.

- Oi pessoal! – eu falei me levantando, mas mesmo assim não consegui tirar a cena de Angel da minha cabeça. – Angel você está bem?

- Ah eu?! Estou ótima e você? – ela falou levando um susto e ficando ainda mais vermelha ao perceber que Hugo a olhava com a maior cara de: WTF?!?

- Eu estou.. bem. – eu falei pausadamente tentando compreender o porquê daquilo. Eu olhei para Lottie fazendo um movimento coma cabeça meio que perguntando o que estava deixando a ruiva tão constrangida.

- Ah você sabe né, é a primeira vez que Anjinho viaja. Deve ser o nervosismo, não exatamente da viagem por assim dizer.. – Lottie disse a última frase maliciosamente virando lentamente a cabeça para Angel. Ela corou furiosamente e saiu meio correndo, meio andando para colocar as malas na Giselle, A Perua. Hugo não falava nada, aparentemente tão confuso quanto eu.

- Ookk! As coisas só ficaram mais confusas, mas não deve ser nada de mais. Vem gente, vamos colocar as malas na Perua.

Minutos depois já estava tudo organizado, isso porque Charlotte tinha calculado o tamanho do porta-malas e blá blá blá para que tudo coubesse corretamente blá blá blá. Isso, obviamente, com a ajuda de Hugo que sempre topava as loucuras nerds da Pequena.

Minha tia tinha se juntado a mim e Angelique (que ainda ficava meio vermelha às vezes) para “admirar” o trabalho deles. Ela tirou os óculos de aviador e começou a limpá-los na sua blusa quando eu vi o carro do resto do pessoal.

- Finalmente a Compainha de Gisele, A Perua está completa – eu suspirei aliviada, me levantando lentamente e apontando para o carro que começava a desacelerar e parar na frente da minha casa.

Primeiro saiu o motorista, um moço de olhos verdes com um terno muito bonito mas, que aparentemente, não dormia há dias. Não apenas pelas olheiras ou os passos lentos e cansados, mas porque uma pessoa que tem insônia sempre reconhece outra. Ri com esse pensamento e tirei minha atenção do Chofer. A primeira a sair foi Cécile, ela era parecidíssima com minha tia, digo no estilo. Era uma morena muito bonita de cabelos castanhos encaracolados como a mãe, que arrasava os pobres corações dos meninos da escola.

A segunda a sair foi Claire, a irmã do meio, ela, ao contrário da mais velha, era muito branca e só perdia para Hugo. Tinha o cabelo loiro herdado do pai, e era a coisa mais fofa que já conheci. Quando a vi pela primeira vez tive uma imensa vontade de adotá-la como bichinho de pelúcia, mas não sei se ela iria gostar da ideia então decidi não falar nada sobre adoção ou bichinhos de pelúcia.

A terceira foi Désirée, eu e ela mantemos uma relação ligação de amor e ódio que ninguém mais compreende. Ela tem um jeito mais revoltadinho, mas depois que conhece ela percebe quão tabacuda ela é. Minha “Persona non grata”. Ela faz o estilo café com leite, mas também tem os cabelos loiros do pai, que ao contrário de Claire, deixa ele bem desorganizados. Também não fica muito atrás de Cécile e arrasa os corações de vários meninos.

O último a sair foi Helmut, era uma versão masculina de Cécile, três anos mais novo claro. Ele também era igual no estilo, uma versão masculina claro. Ele tem uma paixonite por Charlotte desde que a conheceu, mas ela nunca deu realmente bola para ele, então ele prefere o estilo “pegador de piranha”. Mas não é por isso que ele não é legal, até porque se ele não fosse não estaria na Compainha de Giselle, A Perua.

- Ah finalmente, pensei que vocês nunca mais viriam. Por que diabos demoraram tanto? – eu perguntei cruzando os braços.

- Minha unha quebrou. – Claire falou como se aquilo fosse o motivo para uma guerra civil fazer uma pausa para um lanche amigável. Pude ouvir Hugo resmungar baixinho sobre “a importância de ajeitar uma unha quebrada”.

- Eu esqueci minha escova de cabelos por isso que tivemos que voltar para casa. – Dé falou pegando suas malas e colocando no porta-malas de Giselle.

- Puxa, e vocês foram tão rápidas assim com todas essas urgências? Devo dizer que são vencedoras. Vou ali me matar e já volto. – eu falei suspirando indo em direção a meus pais para o chôrôrô da despedida. Meu pai não falava muito na frente de estranhos, mas costuma ser bem divertido entre família então eu sabia que ele me dar tchau e cochichar no meu ouvido para ter cuidado, já minha mãe ia se desesperar, chorar, essas coisas.

Tinha quase que me esquecido completamente da minha gata, Arwen, na verdade eu esqueci completamente. Quando estávamos saindo minha mãe correu com a caixinha para gatos. Arwen estava com uma cara péssima, não que eu já tivesse visto ela com uma cara alegre, mas dessa vez estava pior.

- Oh Arwen me desculpe! – eu falava o tempo todo, ela às vezes levantava a cabeça e segundos depois voltava a dormir como um sinal claro de que ela não se importava se eu iria ou não levá-la.

- Você deve ter feito algo a ela em uma vida passada. – Hugo cochichou para mim. Eu mostrei a língua e continuei a babar a gata.

“ É, eu realmente devo ter feito algo...”

Alguns minutos depois Gisele, A Perua estava nos levando a Casa de Férias da família Duncan.


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