Depois desse momento, o pingente se fechou deixando de iluminar o banheiro e levando consigo Saki. Ficamos nós três nos olhando por um tempo até que tomei a palavra: "Que tipo de bicho é o Saki?" "Um naviy, mas é, infelizmente, o único de sua raça..." - Michelle me respondeu com um olhar triste, porém sincero. Talvez estivesse pensando em alguma coisa, como a missão ser um fracasso ou somente estivesse triste por Saki ser o último da espécie.

"Eu aceito!" - Gritou Rose, nos acordando do trauma de descobrir seres mágicos... "Eu quero falar imediatamente com Saki". Praticamente no mesmo segundo, como que por mágica (que ironia), o naviy apareceu e nos olhou incrédulo... "Vocês consideraram que esta é uma missão muito difícil e também importante?" "Sim, mestre Saki, sim!" - Rose respondeu como se fosse um soldado... Ela estava muito estranha ultimamente, talvez pela turbulência de fatos e descobertas às quais não estávamos acostumadas... "1: não me chame de mestre e 2... Já decidiram qual será o desejo, a recompensa que querem?" - Saki perguntou-nos.

Eu realmente não sabia o que tinha me dado na cabeça para aceitar essa missão, mas também não fazia ideia do que queria como recompensa, mas seria algo bom, muito bom... De repente me veio na cabeça que se a Michelle (Mi, como o Saki a chamou) já tem poderes mágicos, ela também teve que fazer um desejo... Isso me despertou demais a curiosidade... "Mi, posso te chamar de Mi? , o que você pediu como recompensa?" - perguntei - Ela parou por um ou dois minutos e ficou simplesmente me encarando, sorrindo, chorando, era uma mistura de emoções. Era óbvio que isso era algo pessoal para ela, então deixei quieto e mudei de assunto - "Rose, o que você vai pedir?" Ela se agachou e falou algo no ouvido de Saki, que assentia com a cabeça a cada frase, sorridente como nunca o havia visto. 

De repente, o banheiro ficou escuro, porém com alguns flashes de luz, como trovões iluminando o céu, só que num banheiro de escola... Rose foi levantada do chão e uma brisa fazia seus cabelos voarem em seu rosto. Ela agora pairava no ar e a brisa ficara mais forte, se transformando num vento assobiando e soprando tudo em volta. Uma corrente com um pingente igual ao da Mi era colocado lentamente em volta de seu pescoço. Paf, isso deve ter doído. Ela caiu no chão mas seus olhos estavam fechados.

O pingente em seu colar começou a chacoalhar e abriu-se ao sopro do vento, que repentinamente parou. A mesma luz e barulho da entrada triunfal de Saki sairam de dentro do pingente (chamado Geik, como a Mi nos havia contado) e  um bichinho ainda mais fofo saiu de dentro dele. O banheiro então voltou ao "normal", porque ainda estava bagunçado, e Rose abriu os olhos. "Nikko" - Ela disse em alto e bom som "Este é Nikko" - Apontando pro bichinho que se encaixava em seu colo. Ela agora era mágica.