They Don't Care About Us - Hiatus escrita por Ju Black, Vicky Black


Capítulo 2
Going Under


Notas iniciais do capítulo

Evanescence - Going Under

Leiam, comentem, I love you all.
/Ju Black



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Anne, Anne, Anne, por favor, acorda. - Alice chamava a amiga, desesperada.


Não era a primeira vez qe acontecia e Alice sabia muito bem que sua primeira opção seria levá-la ao hospital, mas sabia que Annelise nunca iria gostar que ela fizesse isso; faria ela sentir-se fraca. Então, sua segunda opção seria ir para sua casa com ela, mas como ela conseguiria levá-la apenas com seus skates?


– An... Annelise? - ela ouviu a voz de alguém. Virou-se e deu de cara com o novo professor de biologia, o tal do Watson. - O que aconteceu com ela? Isso... Isso é sangue?


Jake Watson ficara preocupado com a menina Ângelo quando ela sumiu da escola de repente. Entretanto, tinha aulas para dar. Após o expediente, procurou a amiga dela, Alice e a seguiu lentamente para não levantar suspeitas.

Quando a Wings demorou a voltar do parque abandonado, ele achou melhor entrar e ver o que acontecera, ele tinha um mau pressentimento.

Não sabia o que sentir quando viu Annelise desmaiada e cheia de sangue e sua amiga desesperada abraça a ela.

– Sem perguntas. Diz-me que você tem um carro ou algo assim. - disse Alice.

– Tenho, está na porta do parque. - Jake nem esperou Alice dizer mais nada e pegou Annelise no colo, já seguida para seu carro.

Allie entrou na parte de trás e Jake, cuidadosamente, colocou Annelise lá também.

– O que você está fazendo consigo, Anne? - sussurrou Allie, como se a loira conseguisse ouvi-la.

– Vamos até o hospital, lá cuidaram dela. - Jake já ligou o carro e saiu arrancando com o mesmo.

– VOCÊ 'TÁ LOUCO? Você tem ideia de como ela ficaria se a gente a levasse pra um hospital?

– E o que você sugere?

– A gente vai à minha casa. Vira duas vezes para a direita na próxima esquerda.

– Okay então. - o professor fez o que ela falou e logo chegaram numa casa simples.

Jake estacionou e pegou Annelise no colo novamente, esperando Alice abrir a porta e indicar o caminho.

– Demos sorte que não tem ninguém em casa... - Allie disse, destrancando a porta de seu quarto e saindo da frente para que Watson entrasse em seu quarto.

– Onde eu a coloco? - ele perguntou

– Na minha cama mesmo. - a loira tirou os livros e a guitarra que estavam em cima da cama e os colocou em qualquer lugar, depois saiu novamente do quarto para pegar algumas bandagens.

Jake colocou a menina na cama e verificou o pulso da mesma, senti-o muito fraco. Fraco até demais. A palidez demonstrava muito sangue perdido.

Não seria melhor levá-la ao dico?, ele se perguntava.

– Não, não seria melhor. - dise Allie entrando no quarto, segurando bandagens e curativos. - Você não sabe como ela se sentiria, senhor Watson.

– O que faremos então?

– Ficaremos com ela. - ela tinha tentado disfarçar, mas seus olhos estavam com algumas lágrimas sendo seguradas - Cuidaremos dela. É a melhor coisa a se fazer.

– Não é a primeira vez não? - ele perguntou ao começar o curativo em um dos braços dela. - Não é a primeira vez que ela faz isso?.

– Não.

– Por que ela faz isso? - ele estava enrolando o pulso dela, após limpar o mesmo.

Allie suspirou - É... Complicado...

– Explique-se. - ele passou para o outro pulso.

– É como se... Ela quisesse chamar atenção para ela, mas como se quisesse chamar a atenção para as pessoas que não podem simplesmente estar presentes.

– Você diz... Os pais dela? Os irmãos dela?

– Também. Mas é... No mínimo, delicado.

– Entendo... - ele terminou de fazer os curativos. - Ela está fraca, não acordará tão cedo.

– Eu sei. Mas vou ficar aqui. - Alice colocou um cobertor fino em volta da amiga e se sentou na beira da cama, fazendo carinho nos cabelos loiros de Annelise - Pode ir, se quiser. Ela vai ficar bem.

– Certo... - ele disse não querendo sair. Pegou um pedaço de papel qualquer e anotou seu número. - Mantenha-me informado.

– Vou manter. - ela sorriu, como sabendo que ele iria falar isso. Watson se virou e abriu a porta do quarto.

– Watson? - Allie chamou dando um sorriso gentil - Por favor, não comente nada com ninguém e tranque a porta de baixo quando sair.

– Pode deixar, será nosso segredo, Srta. Wings.

O professor saiu da pequena casa, trancando a mesma, e dirigiu-se para seu carro. Seguiu seu trajeto para sua casa, onde se pôs a pensar sobre o que conhecia da família Ângelo.

Sabia que, há cinco anos, o casal Ângelo tinha sumido misteriosamente e dentro de dois dias o pai tinha sido achado em seu carro, com uma poça de sangue em volta de si mesmo. A mãe permanecera desaparecida, mas muitas fontes diseram que a viram explodindo em outro carro.

O irmão mais velho, Sam, fora assassinado brutalmente seis meses depois - muitos também diziam que achavam que ele sabia demais.

E o irmão mais novo, Brandon, também sumira, assim como a mãe. Após a equipe de busca não achá-lo em lugar algum, supuseram que ele explodira junto da mãe.

Annelise, naquele dia, ficara na casa de Allie. Ambas estavam ensaiando mais uma música e a Ângelo, dormiria na casa da amiga. Agora, estava sozinha no mundo.

A pior parte era que ela sabia disso. Ou melhor, tinha certeza disso.


[...]




– Tem certeza que quer tocar essa música, Anne? - perguntou Allie. Aquela era, definitivamente, a música mais sombria que as duas teriam escrito.




– Tenho sim Allie. É o que sinto no momento, como se algo ruim fosse acontecer. - a pequena Annelise olhava para a janela preocupada.


Alice começou a tocar a composição que colocara em cima da letra. Até a guitarra era sombria.

Now I will tell you what I've done for you

Fifty thousand tears I've cried

Screaming, deceiving and bleeding for you

And you still won't hear me

Going under

Annelise começou a tocar o teclado pequeno que tinha ali, enquanto cantava. Alice fazia o backing vocal.

Don't want your hand

This time I'll save myself

Not tormented daily

Defeated by you

Just when I thought I'd reached the bottom

I'm going under

I'm falling forever

I'm going under

As garotas continuaram cantando e a música ficava mais sombria a cada nota tocada.

So I don't know what's real and what's not

So I can't trust myself anymore

I'm going under

I'm falling forever

As próximas estrofes... As que mais descreveriam Annelise... As que mais mostrariam o quanto ela sofria...

"Seria uma pena se ninguém nunca a ouvisse", pensava, "Seria uma pena se ninguém fosse capaz de me entender."

Blurring and stirring the truth and the lies

So I don't know what's real and what's not

Always confusing the thoughts in my head

So I can't trust myself anymore

I'm dying again

Scream at me I'm so far away

I've got to breathe

I'm dying again

Drowning in you

I've got to break through

I'm going under

Era aquela parte, em que tudo ficava melhor para você. Annelise pensara quando a escrevera, "hey, eu ainda sou boa. Eu ainda posso fazer isso. Eu sofri uma perda, mas eu me levantarei de novo.", até porque ela se levantaria de novo.

So go on and scream

Scream at me I'm so far away

I won't be broken again

I've got to breathe

I can't keep going under

Não que fosse bom para Annelise estar naquela situação.

Se lembrava daqueles dias em que fora praticamente obrigada a ir à um psicólogico, e quando finalmente fora sincera com ele, dissera, "Há tanta dor em todo lugar... E... É como... Se eu estivesse morrendo, de novo...". Fora obrigada a tomar remédios para depressão depois daquilo.

E também fora obrigada a parar de confiar em psicólogos, porque eles não conseguiriam entender toda a dor que ela sentia. Remédios não iriam ajudar, só iriam dar a porcaria do sono que a impedia de tentar pensar em como escapar daquela sensação.

I'm dying again

I'm going under

Drowning in you

I'm falling forever

I've got to break through

I'm going under

I'm going under

I'm going under


[...]


– Acho que mandamos bem. - disse Alice, desligando a pequena máquina para gravar - Só precisamos ver.


– Assim espero. - a loira continuava a olhar pela janela preocupada.


– O que foi, Annelise? Você não para de olhar para a janela...

– Algo de ruim vai acontecer Alice, sinto isso.

– O que você acha que vai acontecer?

– Algo ruim, algo muito ruim, Borboleta.



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Notas finais do capítulo

Depois da ~propaganda~ do Gah no Facebook, eu decidi postar, até porque ele é divo e merecia depois de ter lido algo meu ♥



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