Terça-feira, 7 de fevereiro de 2012. 02h34min AM – Tóquio, Japão.

Estava em frente ao edifício onde estava meu objetivo, precisava roubar uma pequena garrafa de cristal, com um material dentro dela, não sei o que é nem para o que serve, mas vão me pagar um bom dinheiro para furtar isso, então eu aceitei. Entrar pela porta da frente é arriscado demais, e pela porta dos fundos é muito óbvio. Olhei para cima, eu tinha recebido a informação que o cristal estaria no 13º andar. Havia outro prédio bem atrás desse, entretanto, bem menor. Corri até ele, parecia abandonado, subi as escadas enferrujadas até chegar à cobertura da construção.

Calculei bem à distância, dei um salto e me agarrei à borda da janela. Coloquei um dos pés em cima dela, o vento me desequilibrou um pouco e eu quase caio, porém me seguro e não vou ao encontro do chão, seria uma queda e tanto. Pus o outro pé em cima da borda, e apoiei uma das mãos no vidro, enquanto com a outra, pegava o cortador a laser que estava preso ao meu colete. Apertei o botão que o ativou, mirei-o na janela e fiz um círculo. Desprendi o pedaço de vidro e o joguei no meio da rua, provavelmente cairá na cabeça de alguém, dane-se. Minha mão entrou na abertura que eu tinha feito, procurei pela tranca da janela e a abri, entrei e logo vi que a informação estava certa, o cristal estava naquele mesmo local.

Caminhei até o objeto que estava protegido por uma cobertura de vidro, analisei e percebi que não tinha nenhum alarme em volta, levantei o vidro com as duas mãos e o pus no chão. Apanhei a pequena garrafa de cristal, continha um líquido arroxeado e estranhamente brilhante. Peguei meu walkie-talkie e pressionei o botão ao lado.

– Missão completa. Estou com o material em mãos. – Disse para o meu líder que estava do outro lado da linha.

– Erza! Onde você está?! – A voz dele era de desespero.

– Estou no local do objetivo da missão. Aconteceu alguma coisa?

– Saia daí imediatamen–- O walkie-talkie saiu do ar.

Depois disso escutei o barulho de um helicóptero sobrevoando o prédio, corri para a janela mais próxima para saltar, todavia um policial entrou do nada, quebrando a janela, e logo entraram vários pelas outras. Os desgraçados me descobriram.

– Tudo bem, tudo bem... Conseguiu finalmente me capturar, não é? Jellal Fernandez. – Eu disse olhando para o azulado que entrou logo em seguida. – Pois bem... Saiba que não vai conseguir me segurar por muito tempo.

– Ora, ora... Está me subestimando Scarlet? – O azulado caminhou até mim, segurou o meu queixou e virou meu rosto. – Sua liberdade acaba aqui, você está presa. – Sussurrou ao meu ouvido.

Dois policiais pegaram meus braços e me algemaram, depois disso, descemos o prédio, indo em direção ao carro da polícia. Entrei no veículo que me levou para o aeroporto, que seguiu em direção aos Estados Unidos, para o Complexo Prisional Federal, uma das prisões mais seguras do mundo.

Levaram-me em meio aos corredores, pude ver várias câmeras espalhadas pelo corredor e sensores de movimento. Abriram um dos aposentos, que tinham fechaduras biométricas, e mandaram-me entrar, retiraram minhas algemas e saíram do local, me trancando logo em seguida.

– Maldito. – Deitei na pequena cama que havia ali. – Você se arrependerá.

Erza POV. off

Seis meses depois...

Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012. 04h09min AM – Indiana, EUA.

Uma grande explosão pôde ser ouvida nos arredores do estado de Indiana. Os cidadãos se assustaram e trancaram-se nas suas casas, enquanto as autoridades partiram para o local da detonação. Era o Complexo Prisional Federal, estava completamente destruído. O corpo de bombeiros não demorou muito para chegar ao lugar. Em meio aos escombros, havia vários feridos, tanto presidiários, quanto policiais.

Reportagens sobre a explosão passavam em vários canais.

“Não temos a informação do que causou o incidente. Foram 4566 feridos e 3172 mortos, sendo que no presídio havia mais de 10.000 presos. Apenas algumas famílias conseguiram identificar os parentes mortos, voltaremos em breve com mais notícias.”

Sexta-feira, 24 de Agosto de 2012. 07h54min PM – Indiana, EUA.

“O número de mortos cada vez aumentam mais, os feridos estão sendo encaminhados para os hospitais, depois de serem medicados estarão sendo levados para o presídio ADX Florence, em Colorado.”

Sábado, 1º de Setembro de 2012. 11h13min PM – Indianapolis, EUA.

“Os bombeiros ainda não pararam suas buscas, recebemos a informação que uma vítima não foi encontrada. Seu nome é Erza Scarlet, 25 anos. Continuam a procurá-la. Vão prosseguir a sua busca por mais algum tempo, se não a localizarem, ela será considerada morta.”

– Hahahahahá! Boa sorte em tentar me achar em meio aos escombros, idiotas! – A jovem de cabelos rubros assistia à televisão, deitada em um sofá, num apartamento na cidade de Indianapolis, capital do estado de Indiana.

– Já estava na hora de você sair de lá, não é Erza? – O ‘chefe’ da ruiva aparece entrando pela porta.

– Mais do que na hora. Espera... – Scarlet senta no sofá e olha para trás. – Como entrou aqui?

– É que eu tenho a chave. – O indivíduo gira o molho de chaves no seu dedo.

– Ah sim... – Erza deita no sofá novamente e começa a olhar para o teto. – Ei, até quando você acha que aqueles imbecis vão continuar a me procurar?

– Do jeito que são inúteis para nem perceber quando você conseguiu escapar, deve demorar um bom tempo.

– Assim é melhor. Seria mais ainda se continuarem a pensar que eu estou morta. – A ruiva deu uma risada baixa. – Será muito menos cansativo fazer os trabalhos. Fora que eu poderia até assustar algumas pessoas. – Deu uma gargalhada.

– Ah é, falando em trabalho, quase ia me esquecendo do motivo de eu ter vindo aqui. – O sujeito entrega uma folha para Erza, que logo cerrou as sobrancelhas ao ver a foto que se encontrava ali. – Preciso que execute Jellal Fernandez, esse cara já sabe demais, ele está prestes a descobrir tudo, todos os nossos planos.

A ruiva ficou de pé, olhou para seu ‘líder’ e deu um sorriso de canto.

– Será um prazer. – Ela andou até a janela do apartamento e sussurrou para si mesma: – Aguarde-me, Jellal...