_Sua casa tá arrumada!_ Jessica disse entrando no apartamento de Max. _Que milagre!

_Era o mínimo que eu podia fazer._ ele disse sentando ao lado dela no sofá.

_Eu me lembro da primeira vez em que estive aqui._ ela falou. _Embora estivesse bêbada demais pra lembrar de muita coisa.

_Foi a primeira vez em que ficou bêbada?_ Max perguntou rindo.

_A primeira e única._ ela respondeu. _Sabe, eu senti falta disso.

_De que?

_Do frio na barriga que me dá quando eu estou com você. Da sensação de estar fazendo algo errado que parece tão certo. Senti falta de você.

Um milhão de coisas passaram pela cabeça de Max, mas nenhuma delas foi dita. Ele apenas se inclinou e deixou que seus lábios tocassem os de Jessica em um beijo longo e cheio de desejo. Ele passou os braços por baixo das pernas dela e a levantou, ela envolveu as pernas ao redor da cintura dele e ele a carregou até o seu quarto. Max a deixou em sua cama e ela pegou as bordas da camiseta dele para tirá-la lentamente, ele fez o mesmo com a dela e se livrou de seu short sem muita dificuldade, mas ele não queria fazer nada com pressa, ele queria que aquela noite durasse pra sempre.

~

Jessica tocava freneticamente a campainha de Max e cada segundo que ele demorava para atender parecia uma eternidade. Quando estava esperando na fila do check-in do aeroporto ela viu no painel uma coisa que frustraria muita gente, mas que a deixou estranhamente aliviada: Seu voo havia sido cancelado e ela só iria pra Los Angeles na próxima semana. Max abriu a porta sem muita animação mas seus olhos se arregalaram ao ver que era Jessica que tocava a campainha dele.

_Jessie!?_ ele perguntou antes que ela o beijasse. _O que faz aqui? Você deveria estar em um avião pra Los Angeles agora.

_Meu voo foi cancelado, eu só vou semana que vem!_ ela disse entrando no apartamento dele, mas parou diante de uma estranha substância na mesa. _Max, o que é isso?

_Isso não é nada._ ele disse pegando o braço dela, mas ela se livrou das mãos dele.

_Max, isso é..._ ela passou dois dedos pelo estranho pó branco na mesa de Max para confirmar a suspeita. _Isso é cocaína!

_Não, não é!

_É sim! Como assim, Max? Onde você conseguiu isso?

_Um amigo me deu.

_Quem?

_Não importa agora!

_Meu Deus..._ ela passou a mão pelos cabelos enquanto andava de um lado para o outro. _Era isso que estava no seu casaco quando nos encontramos no parque, não era?

_Era...

_Há quanto tempo você usa isso?

_Eu não...

_Não adianta agora, só responde.

_Não tem tanto tempo._ ele se sentou no sofá e rolou o canudo pelos dedos. _Dois meses, talvez.

_Isso vicia, sabia? Isso mata!

_É claro que eu sei!

_Eu não acredito... Eu já sabia que você fumava, mas cocaína?

_Eu... Eu não deveria ter experimentado, foi burrice minha! Foi uma idiotice! Eu nunca deveria ter feito isso.

_Mas você fez...

_Se eu pudesse voltar atrás...

_Só me faz um favor?

_Claro...

_Promete pra mim que vai parar? Promete pra mim que nunca mais você vai usar isso? Promete?_ ela pegou o rosto dele com as duas mãos. _Eu te amo. Eu não vou conseguir ir embora, eu não vou conseguir ficar em paz se você continuar com isso, eu nem sei o que eu faço se alguma coisa acontecer com você. Só promete pra mim que vai parar.

_Eu prometo.

_Promete mesmo?

_Eu juro.

_Eu te amo.

_Eu também te amo._ ele a envolveu em um abraço extremamente apertado antes que ela pudesse beijá-lo.