Tentando fazer o mínimo de barulho abriu a porta e foi em direção à sala. Com a casa silenciosa, na sala de jantar já conseguia ouvir a respiração de Percy. Annabeth se aproximou e o viu. Percy estava estirado no sofá, o lençol só tapava a parte de cima das pernas. Ele estava sem camisa, sua barriga definida subia e descia, no ritmo da respiração, um filete de baba escorria da sua boca aberta, o que fez Annabeth rir e se lembrar da primeira frase que dirigiu a Percy, há quatro anos. O ventilador estava girando em cima de um banco.

Annabeth balançou o braço dele.

–Percy! Percy, acorda.

–Hum, mais cinco minutos, mãe.

–Sou eu Percy, Annabeth. Acorda... – continuou balançando, agora com mais intensidade. Ele finalmente acordou.

–Annabeth. O que foi? Alguma aranha no meu quarto?

–Aranha?! Não... Nenhuma aranha... – um tremor percorreu todo o corpo e depois continuou:

–Percy, não estou conseguindo dormir... Fico pensando em como você está desconfortável aqui... E...

–Que isso! Esse sofá é muito bom, e é só por alguns dias.

–O que eu quero dizer é... Vem dormir comigo. – ela falou essa última parte tão rápido que Percy nem entendeu direito.

–Annabeth... Pode repetir mais devagar?

–Vem dormir comigo? – Annabeth falou mais pausado, um rubor apareceu na face da semideusa.

–Claro! – ele respondeu prontamente, pegou o travesseiro, desligou o ventilador e foi andando pelo corredor.

Os dois olharam para a cama de Percy, era de solteiro.

–Annabeth, acho que vai ficar meio apertado.

–Vamos tentar.

A cama ficava encostada na parede, Percy deitou primeiro, depois Annabeth. Tentaram se ajeitar, mas Annabeth quase caiu da cama.

–Cuidado, Percy! Mais devagar.

–Sim, vamos com calma.

–Acho melhor de lado.

Os dois viraram e ficaram na posição de “conchinha”. Percy apoiado na parede, se apertando o máximo possível para deixar espaço para Annabeth. Mesmo assim, os dois ficaram colados um no outro.

Percy beijou o pescoço dela, um pouco abaixo da orelha, ele sentiu Annabeth se arrepiar toda. As pernas que ele tinha visto totalmente descobertas hoje, estavam pressionadas no corpo dele. Seus braços estavam abraçando a fina cintura, e a parte superior roçava levemente nos firmes seios de Annabeth.

Ela por sua vez, sentia o abdômen nu de Percy encostado em suas costas, a respiração forte em seu pescoço e toda a movimentação que ela trazia ao tórax. Annabeth também percebeu certa pressão em sua perna, Percy tinha ficado excitado com todo esse contato. Annabeth olhou para os olhos verdes atrás dela. Percy estava nitidamente vermelho.

–Annabeth, eu... desculpa... é... eu não consigo controlar.

Annabeth colocou o dedo indicador nos lábios de Percy e falou:

–Não precisa explicar nada. – e o beijou apaixonadamente. Os beijos começaram a ficar mais intensos, mais urgentes. Annabeth se virou e Percy meio que se colocou sobre ela, levando em conta todas as limitações da cama.

Virados de frente um para o outro, Annabeth conseguiu ver o calção sendo pressionado pelo membro dele, que por sinal tinha um tamanho considerável. As mãos de Annabeth exploravam as costas bem torneadas, enquanto as mãos de Percy alisavam as pernas de dela.

Annabeth tomou um pouco de ar, nesse meio tempo Percy começou a beijar seu pescoço e foi descendo até o colo, enquanto isso, sua mão subiu pela cintura da loira e tocou levemente a base dos seios. Foi quando os dois repararam que tinham ido longe demais e pararam.

Ficaram olhando um para o outro durante um tempo. Estavam meio encabulados com a situação, mas, ao mesmo tempo, desejosos em continuar. Annabeth fechou os olhos e fez uma cara “o-que-eu-estou-fazendo-?”. Os dois sentaram na cama.

–É... ‘Tá tudo bem? Eu fiz alguma coisa errada?

–Não, Percy. Me desculpe, eu não consigo... – Annabeth levantou da cama e foi até a janela. Percy levantou e se colocou atrás da loira, massageando de leve os ombros dela.

–Annabeth, se você não estiver preparada para fazer isso, é só falar. Eu não me importo de esperar você.

–Mas você quer? Você sente vontade? – perguntou, receosa da resposta – Você me deseja Percy?

–Eu acho que o que aconteceu agora responde essa pergunta. – falou abrindo um sorriso, ele abraçou Annabeth para confortá-la. Ela se virou e deitou a cabeça no ombro do namorado. – Vem, vamos deitar. Você quer que eu volte para a sala?

–Não, fica aqui.

Os dois se ajeitaram na cama de novo. Percy fechou os olhos, estava quase dormindo quando Annabeth falou.

–Quando eu estiver pronta para fazer isso eu aviso para você.

Eles se beijaram e dormiram.

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Sally Jackson acordou às oito horas da manhã. Mesmo sendo final de semana ela gostava de acordar cedo para ter mais tempo para escrever seu romance. Sally foi para a cozinha preparar o café, tentou fazer o mínimo barulho possível, pois Percy dormia na sala.

Porém a mãe do garoto percebeu o ventilador desligado, foi até o sofá e viu que ele não tinha dormido ali. Safadinho, pensou. Ela voltou para o corredor e abriu devagar a porta do quarto do filho. Os dois jovens estavam dormindo abraçados e sem espaço, na cama de solteiro do Percy. O garoto estava completamente grudado na parede e deixava a maior parte da cama, que não era muito, para a namorada.

Paul parou atrás da esposa.

–Cama de solteiro é bom, não é? – disse com um sorrisinho.

>>FIM<