New Life escrita por Meredith Martins


Capítulo 4
Babá, cabras e visitas.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Tudo estava especialmente calmo hoje, depois do jantar, quando Aruto anunciou que a mãe dele estava vindo, todos os filhos dele estavam calmos demais, e isso estava assustando Amu.

Outra coisa, hoje era o dia de conhecer a babá nova e se alguém lá em cima tivesse ao menos um pouco de pena da pobre garota então ela ajudaria a disciplinar esses filhotes de satanás que ela tinha que chamar de irmãos.

Eram duas horas da tarde e, de acordo com Aruto, a avó deles chegaria as 5h e a babá chegaria as 7h.

Tudo que Amu podia fazer era aproveitar a tranquilidade na casa, não era o tempo todo que ela se dava a esse luxo.

Nesse momento, ela estava sentada no sofá, assistindo fashion police e comendo brigadeiro.

Claro que durou pouco tempo.

Amu P.O.V.

-Filha, eu vou ali com o Aruto, volto antes das 5h! Não deixe seus irmãos fazerem nenhuma besteira! – Minha mãe gritou pra mim da porta.

-Ceeeerto – Eu murmurei. Ai eu esperei pacientemente o momento em que algum dos encapetados ia vir correndo na sala com algum problema nas costas.

Eu esperei. E esperei.

Essa casa está muito quieta! Eu me levantei, claro que se eles não estão fazendo nada errado na minha frente, eles estão fazendo em outro canto.

Eu procurei nos quartos. Nada. Só Yaya brincando com Ami e Rima estudando.

Eu procurei no jardim e nada novamente, só Kukai conversando com alguma menina que ele provavelmente acabou de conhecer da vizinhança que parecia seriamente querer se jogar em cima dele.

Nada na cozinha. Nem nos banheiros. Nem no sótão.

Isso está ficando ridículo. O único lugar sobrando foi o porão e eu realmente não iria lá.

Quer dizer, quantos filmes existem em que a mocinha, no caso eu, desce para o porão enquanto todos da casa saíram ou estão ocupados e quando ela está descendo milhares de coisas acontecem, tais quais: Porta fecha sozinha e tranca, luz começa a falhar, algum filho do Aruto encapetado me mete uma faca nas costas e etc.

Tá, eu procurei por mais vinte minutos até finalmente decidir descer no porão, tendo o cuidado de deixar um peso de porta e trazer uma lanterna comigo e um bastão de baseball só por garantia.

Assim que eu desci eu vi uma cabana enorme, provavelmente é onde esses filhos do capeta matam cabras pra fazer rituais satânicos.

Eu me virei pra ir embora quando uma voz me chamou.

-Espere. – Era Utau, saindo da cabana. Eu segurei o taco mais firme. Eu era a cabra?

Todos os filhos do Aruto botaram a cabeça pra fora da cabana e começaram a rir. O que era tão engraçado? Qual o problema dessas pessoas?

-O que é tão engraçado? – Eu perguntei.

-Porque diabos você esta com um taco de baseball? – Ryo perguntou, ainda rindo.

-B-bom, nunca se sabe, né? – Eu murmurei. – Eu que devia fazer as perguntas: O que diabos vocês estão fazendo ai?

-Bom, Amu, nada com o que deva se preocupar, só estamos nos preparando para a vinda da vovó.

Quando Ikuto disse isso o clima pareceu ficar mais pesado.

-E-etto, vocês não parecem gostar da avó de vocês.

-E não gostamos, ela é assustadora. – Hidori disse e os outros concordaram, o clima ficou mais pesado ainda por um momento. Quem diabos pode ser tão assustadora pra fazer essas crianças ficarem com medo? Eu olhei no relógio, já eram 4h.

-Bom! Eu vou ao quintal, cuidar de, hm... – Utau começou e pensou um pouco. – Qualquer coisa que tiver pra cuidar no quintal, nunca se sabe.

-Eu vou com você – Hidori disse e a seguiu, acho que os dois eram os mais unidos dali, claro que isso não era uma coisa boa.

-Eu vou fazer algo fora de casa – Ikuto se levantou – Não me espere acordada, Amu.

Ele piscou e eu corei. Esse negócio de corar o tempo todo está começando a ficar ridículo.

-Eu vou pintar, em algum canto – Ryo disse e também saiu.

Eu fiquei encarando o único que sobrou por uns segundos e ele estava começando a me assustar.

-Você vai ficar ai parada? – Ele perguntou com uma cara de tedio que ficava assustadora nele. Tudo sobre ele era assustador.

-E-eu... Hm... Xau – Eu disse e sai correndo de lá.

Utau P.O.V.

Eu e Hidori subimos em uns balanços que haviam no quintal e ficamos observando tudo.

Kukai estava com alguma menina em outro canto do enorme quintal. Eca.

-O que nós devemos fazer com a vovó? – Hidori me perguntou, inocentemente.

-Nada, eu espero. Quer dizer, não é como se fossemos matar ela ou algo do tipo – Eu olhei pra ele e nós rimos – Mas falando serio agora, ela só vai ficar alguns dias, espero que não suficiente para mudar a casa toda com aquele jeito assustador e estranho dela.

Eu fiz uma cara de nojo e Hidori riu.

-Ela está quase chegando, faz tempo que não a vemos. – Ele olhou pra cima pensando.

Minha avó era o cumulo de “exótica”. Não sei como meu pai conviveu com ela esses anos todos, ela tem umas brincadeiras assustadoras e sempre vem com uma novidade diferente e sempre quer usar meus irmãozinhos de cobaia das coisas malucas dela.

Eu e Hidori ficamos ali conversando por mais alguns minutos, quando ouvimos a campainha tocar.

-Falando no demônio... – Ele murmurou.

Nós caminhamos até a sala pra recebê-la. Só porque o papai tinha mandado nós não fugirmos pelo menos dessa vez e ele provavelmente já tinham voltado.

Quando chegamos à sala já estavam todos lá, incluindo minha avó.

Eu olhei para os filhos da Shion que estavam de boca aberta.

-Amei a roupa da vovó – A pirralha, Ami, quebrou o silencio.


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Notas finais do capítulo

Aw :( esse capítulo foi tão pequenininho.
Foi mais uma prévia pros próximos.
Curiosos pra ver a avó da Utau? Hehe
Deixem reviews ;) Espero que tenham gostado.