Aprendendo Amar ... escrita por MA


Capítulo 32
Em busca de aliados.




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Por sorte seus pais estavam em Bogotá, Marcela sempre conseguiu os ludibriar, mas dessa vez ele iria sair na frente e conseguir o apoio de seus pais, só assim ele manteria a salvo a empresa e o embargo. Armando saiu correndo da empresa e foi o mais rápido que conseguiu para a casa de seus pais, sabia que eles tinham o habito de fazerem suas refeições em casa, então não seria difícil os encontrar lá pela hora do almoço. Ele estacionou o carro na luxuosa mansão e usou suas próprias chaves para entrar, foi até a sala de jantar, mas seus pais não estavam lá. Já estava desanimado pensando que eles não estavam em casa quando ouviu a voz de sua mãe vinda da sala de estar, ele correu até lá e encontrou sua mãe ao telefone e seu pai ao lado dela, apenas esperando pacientemente para saber o que estava ocorrendo.

Armando não pode acreditar quando viu que sua mãe falava com Marcela, ela literalmente tinha corrido para colocar seus pais contra ele e a fazerem os obrigar a voltar com a relação e o casamento. Seu pai foi o primeiro a vê-lo e com um sorriso se aproximou do filho e o abraçou, Armando respirou aliviado, não seria muito difícil fazer seu pai se aliar a ele, dona Margarida viu que o filho estava ali e tratou logo de fechar a cara para Armando, Armando sentou com o pai e agora ambos os homens esperaram pacientemente a conversa terminar.

- Armando eu não acredito que você terminou com Marcela, como pode fazer isso quase que as vésperas do casamento? – Sua mãe estava enfezada e logo que terminou a ligação já foi o interrogando, Armando no primeiro momento se sentiu um menino, porém logo ele se deu conta que não era mais um menino, ele era um homem com mulher e filho, não poderia deixar que guiassem sua vida assim, deveria ser forte e tomar o controle da situação. Quando acordou de manhã, não pensou em terminar sua relação com Marcela, porém por puro impulso tinha feito e não se arrependia e tão pouco voltaria atrás.

- Mamãe, que véspera de casamento? Não tinha nem data para acontecer ainda e tão pouco eu pedi ela em casamento, vocês duas que planejaram tudo e eu só ia de idiota atrás seguindo, mas eu cansei mamãe. Não vou me casar com uma mulher que não amo – Armando disse firmemente, sem gritos, porém deixando claro sua opinião.

- Como não ama Marcela? É claro que você a ama, desde pequeno sempre disse que iria casar com ela – Dona Margarida disse sem nem notar o absurdo de suas palavras.

- Por Deus mamãe, eu era uma menino de sete anos que nem sabia o que era amor –

- E agora você sabe? – Dona Margarida tinha colocado ele em xeque-mate, aquela simples pergunta era muito maior do que suas palavras significavam, com aquela pergunta sua mãe queria saber se ele tinha realmente outra mulher como Marcela tanto afirmava.

- Sim, agora eu sei – Ele preferiu não titubear e responder.

- Por Deus Armando, como pode trair Marcela assim ? – Seu Roberto estava calado, apenas sua mulher falava, ele preferia analisar a situação antes de dar opinião e a verdade é que tão pouco ele sabia se deveria dar opinião, afinal seu filho era um homem adulto que não precisava de ninguém dizendo com quem ele deveria ou não se relacionar intimamente.

- Mamãe eu trai Marcela muitas vezes e a senhora sabe disso até porque ela sempre vinha contar a vocês minhas escapadas, mas dessa vez eu não a atrai, sabe por quê? Porque desde que eu estou com minha mulher, eu nunca mais toquei em Marcela, a meses não temos intimidade alguma, nem sequer um beijo. Desde que sai pela primeira vez com minha mulher, nunca mais sai com mais ninguém, inclusive com Marcela – Tanto Margarida quanto Roberto estranharam o filho se referir a tal pessoa como minha mulher, jamais ele tinha usado o termo para se referir a Marcela, era sempre Marcela e ponto, dessa vez ele usava possessivamente o termo minha.

- E quem é essa mulher? – Margarida perguntou, Armando sabia que não era hora para revelar isso.

- Isso eu não pretendo falar agora, eu a amo muito mamãe e quero protegê-la ao máximo, não vou falar quem é para que Marcela e você a humilhem –

- E porque eu a humilharia? Por acaso ela é uma mulher que está sujeita a humilhações? Quem é ela Armando? Quem é? – Dona Margarida estava impaciente, queria respostas.

- Meu filho – Roberto percebendo que a mulher estava exaltada demais resolveu falar, afinal isso tudo tinha lhe gerado grandes dúvidas e ele queria as esclarecer – Eu só não entendo uma coisa –

- Diga papai – Armando olhou o pai carinhosamente, parecia que depois de muitos anos seu pai estava sendo seu pai e estava ao seu lado.

- Se você já está com essa mulher a um tempo e desde então não tem mais nenhuma intimidade com Marcela, por que então não terminou antes? Por que ficou a enganando esse tempo todo? – Seu Roberto estava calmo, queria apenas entender a situação e seu filho parecia tão maduro que não poderia negar-lhe apoio, até porquê amava tanto Armando quando Marcela praticamente igual e pelo que estava vendo o casamento faria seus filhos sofrerem e isso era o que ele como pai menos queria.

- Papai, Marcela sempre disse que se eu terminasse ela iria vender as ações dela na empresa, assim como o Daniel e a Maria Beatriz, nós não teríamos como comprar essas ações e Ecomoda ficaria parcialmente na mão de estranhos – Seu Roberto agora estava mudo, estático, jamais pensou em algo do tipo, nunca pensou em algum dos sócios venderem as ações.

- Como disse? – Seu pai pediu para que repetisse, não podia acreditar que tinha escutado tudo certo.

- Foi o que você ouviu papai, Marcela sempre deixou claro que rompendo nosso compromisso os Valencia venderiam tudo –

- Isso jamais – Roberto se levantou do sofá, precisava ficar em pé, precisava respirar – Ninguém vai vender nada, a empresa é nossa, dos Mendoza e dos Valencia, tanto Júlio quanto eu demos duro para erguer aquilo e os meninos eram crianças miúdas, mas prometeram ao pai no leito de morte que cuidariam da empresa e assim será –

Armando respirou aliviado, sabia que seu pai iria manter a ordem e não deixar ninguém vender nada.

- Armando eu estou decepcionado com você – Dona Margarida disse e se levantou saindo da sala.

Armando acabou ficando para o almoço, o clima era péssimo, ninguém falava nada, mas ainda assim ele se despediu dos pais com um abraço. Roberto lhe deu um demorado e carinhoso abraço, deixando claro que apesar de tudo, iria o apoiar, já Margarida apenas lhe deu um abraço rápido, mas ainda assim o abraçou e lhe deu a benção antes dele sair, o que mostrou que apesar de tudo, Armando sempre seria seu filho.


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