Aprendendo Amar ... escrita por MA


Capítulo 30
Marcas de amor




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Quando Betty regressou do almoço, Armando estava na sala dele e pelo pouco que aparentava, ela notou que ele não tinha saído para comer, mas ainda assim perguntou para se certificar.

- Você não saiu para o almoço? – Ele estava com a cabeça baixa, apenas fingia ler os papeis, porém a verdade é que ele nem sabia o que estava escrito no mesmo – Armando? – Ela chamou por ele, ele continuava fingindo ler e nada respondia, Betty se aproximou dele e tocou em seu ombro – Você esta bem? –

- Oi? – Armando fingiu que só agora notava a presença dela – Vejo que já chegou, falava comigo? – Betty viu a tristeza no olhar dele, sentiu seu coração doer por saber que era a causa daquela tristeza.

- Por que não saiu para almoçar? –

- Porquê não tenho vontade, a verdade é que não tenho vontade de nada e se me permiti, eu tenho muito o que ler aqui, então pode ir para sua sala – Betty não conseguiu manter o olhar nele e acabou desviando para o chão, doía ver que ele estava tão triste com ela, entrou em sua sala e se martirizou por não ter ido com ele comer.

A tarde passou assim, ele na presidência tentando ler os papeis e sem sucesso, já Betty sendo uma profissional ao extremo e trabalhando de forma afinca. Já estava escuro quando ela olhou pela janela, constatou no relógio que o horário laboral já tinha acabado, logo as secretárias e os demais executivos já tinham ido, ela sorriu, agora seria a hora de recompensar Armando pelo péssimo dia.

Com calma ela arrumou os papeis, pegou sua bolsa e a mala que estava atrás de sua porta desde que ela tinha chegado a empresa, puxando o carrinho da mala ela abriu a porta de sua salinha e entrou na presidência. Armando estava escrevendo algo no computador e quando notou a porta sendo aberta se concentrou ao máximo na tela, ele não queria olhar para Betty, estava magoado demais com ela.

- Já está pronto? – Ela perguntou em um tom feliz, sabia que ele estava irritado e a ignorando, porém sabia também que isso iria mudar em poucos minutos.

- Pronto para que Betty? – Armando perguntou irritado sem tirar os olhos do computador, ela sorriu, já tinha notado que sempre que ele estava irritado a chamava de Betty e quando estava amoroso lhe chamava de Beatriz, e seu nome nos lábios dele parecia doce.

- Como assim para que? Para irmos para ao nosso apartamento, eu pensei que você iria querer passar essa minha última noite aqui juntos. Não? – Foi automático, ele desviou o olhar do monitor e a olhou, viu ela em pé lhe sorrindo e ao lado dela uma grande mala de viagem.

- Você quer dizer que ... – Ela a interrompeu.

- Que passaremos a noite juntos, a noite inteira até amanhã a hora do meu voo, isso claro se você quiser – Armando não podia acreditar naquilo, olhou a mala e olhou sua doce Betty, ela era realmente uma espertinha, estava tudo já planejado, inclusive levou a mala, entendeu então que ela tinha agido o dia inteiro o renegando apenas para o irritar mesmo, e lhe fazer uma surpresa no fim do dia.

- Sua safadinha – Armando falou com um sorriso travesso, Betty não teve como não rir, em uma velocidade única ele se levantou e foi até ela, com seu braço habilmente ele a tomou pela cintura e  juntou seus corpos, as bocas se encontraram como imã e o beijo foi repleto de paixão.

Armando abriu a porta do apartamento, não podia estar mais feliz, passaria a noite ao lado de sua mulher na casa dos dois, sentia como se fogos de artifício estourassem dentro dele. Ele abriu a porta e a deixou entrar na frente e depois fechou a porta e colocou a mala dela no canto. Betty se colocou a olhar a casa novamente, parecia mais bonita do que ela lembrava, Armando sorriu ao vê-la ali, seu corpo por puro reflexo se aproximou dela e a abraçou por trás. Betty o sentiu e fechou os olhos, deixou que a boca dele invadisse seu pescoço com beijos, aquele homem a deixava louca e ela não tinha a menor intenção de resistir a toda aquela loucura.

Ele a virou e a beijou com todo a paixão que tinha acumulado desde de manhã no escritório, sentiu Betty gemer.

- Desculpe, eu não queria atrapalhar – Uma voz soou na sala, ambos se separaram, Armando com um sorriso feliz e Betty com o rosto vermelho, jamais poderia imaginar que eles não tivessem sozinhos, se sentiu extremamente envergonhada.

- Lupe, até que enfim você vai conhecer a Beatriz, venha Betty – Armando a pegou pela mão delicadamente e a levou até sua velha babá, Betty tinha o rosto vermelho e Lupe achou graça.

- Fico feliz em conhecer a mulher que fez meu menino mudar de vida – Lupe disse genuinamente, Betty era realmente como Armando tinha descrevido, tímida, recatada e com um beleza oculta.

- Eu também fico feliz em conhecer a senhora –

- Bom meus filhos, dentro de pouco tempo o jantar estará pronto, agora deixa eu ir se não queima tudo na cozinha – A velha senhora voltou correndo para a cozinha, Betty ao ver que ela tinha saído deu um tapa no braço de Armando.

- Você está louco? Como me beija assim sabendo que essa senhora está em casa? – Armando que estava com a mão massageando o local aonde ela tinha batido não tinha entendido a reação dela.

- Mas eu disse que Lupe iria morar coma  gente –

- Você não entende Armando, nos estávamos praticamente ... – Foi a vez dele interromper.

- Não exagere, e venha que temos que visitar nosso quarto antes do jantar –

- O que? Não mesmo – Betty puxou a mão soltando-se dele – Não podemos fazer nada mais intimo com essa senhora aqui – Armando riu, adorava o pudor dela.

- Beatriz, Lupe sabe que vamos nos casar e que você está grávida, logo ela sabe muito bem o que fazemos dentro de um quarto e não precisa se envergonhar por isso –

- Não Armando, não consigo – Betty disse decidida, Armando sorriu, sabia como acabar com a resistência dela e com um sorriso travesso a agarrou pela cintura e a beijou, não tardou para estarem no quarto e se amarem loucamente.

- Você fique ai, nem pense em sair dessa cama, ouviu? – Armando se levantou e colocou apenas seu roupão, desceu as escadas e foi até a cozinha, lá encontrou com Lupe que o ajudou a fazer dois pratos e colocar dois copos de suco na bandeja, Betty viu ele abrindo a porta e mal pode acreditar que ele tinha ido pegar o jantar.

- Eu pensava que o romântico era café da manhã na cama – Ela brincou e o ajudou com a bandeja.

- Sim, mas no caso eu não quero ser romântico, eu apenas quero que não saiamos da cama até a hora inevitável do seu voo – Betty riu, Armando era um safado e talvez por isso ela o amasse tanto.

Depois de jantarem, acabaram vendo um filme, ambos se sentiam nas nuvens, a vida não poderia ser mais perfeita, eles estavam abraçados e apenas vestidos com suas roupas intimas, deitados e desfrutando apenas do prazer de estarem juntos.

- Beatriz, como você fez para seu pai deixar você passar o dia anterior da sua viagem dormindo fora? -  Armando era ciente da severidade de seu Hermes. Betty riu.

- Digamos que meu pai acha que as coisas se anteciparam e eu tive que ir viajar hoje a noite - Armando a beijou, sua Betty era realmente astuta.

Antes do filme acabar Betty se entregou ao sono, Armando sorriu, ela parecia um anjo quando dormia e o melhor de tudo era saber que ela era seu anjo.

Armando apagou a televisão e aconchegou melhor ela na cama, depois a abraçou e antes de dormir, acariciou a barriga dela e desejou que sua pequena menina lá dentro, conseguisse sentir o quanto ele já a amava, mesmo antes dela nascer.

Betty acordou antes dele, olhou no relógio e era seis horas, seu voo sairia as nove, tinha apenas mais três horas com ele, depois ficaria sento e sessenta e oito horas longe, aquilo era muito, desejou por um instante não ter se comprometido com Catalina, mas agora já era tarde e deveria ir. Com a boca levemente umedecida ela o acordou dando beijos nas costas, ele no inicio pensou estar sonhando, mas logo entendeu que não era um sonho, que era real e se virou ficando de frente a ela.

- Bom dia – Ela disse com um doce sorriso e seus grandes olhos brilhantes.

- Bom dia – Ele respondeu com o mesmo sorriso e os mesmos brilho nos olhos, ambos estavam deitados sobre o mesmo travesseiro e se olhando apaixonadamente.

- Eu já sinto sua falta – Ela disse e suspirou.

- Eu também – As caricias começaram doces e terminaram intensas, se amaram com exaustão, ela não pode se controlar e acabou cravando seus dentes no pescoço dele quando ambos juntos chegaram ao êxtase do prazer, ele por sua vez apertou seu braço tão forte que certamente ela teria um hematoma roxo ali, inconscientemente ambos estavam marcados, não importa se ficariam uma semana longe, além de se levarem no coração também se levariam no corpo.

Armando foi até o aeroporto e se despediu dela com lágrima nos olhos, antes dela embarcar ele se abaixou e beijou  a barriga dela se despedindo também da sua menina, Catalina via a cena de longe, queria dar privacidade ao casal e na verdade nem acreditava no que seus olhos viam, Armando parecia um outro homem ao lado de Betty e ela ficou feliz por ambos. O beijo de despedida do casal foi longo e calmo, ambos queriam retardar o fim, mas quando o anuncio disse que era a última chamada para o voo ela teve que ir.

- Eu te amo – Ele sussurrou no ouvido dela.

- Eu sempre te amei – Ela respondeu e foi com Catalina pegar o avião.


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