Aprendendo Amar ... escrita por MA
No dia seguinte, Armando chegou na Ecomoda e contemplou a todos com um sorriso, como sempre fazia nos últimos dias, assim que chegou na sua sala seu sorriso morreu ao ver Marcela sentada em sua cadeira.
- Marcela o que faz aqui? – Ele perguntou já irritado.
- Não posso entrar na sua sala mais? Por acaso tem medo que eu veja algo que não devo? – O veneno era notório em suas palavras.
- Marcela aqui só existe documentos e papeis sobre a empresa, nada mais –
- Armando pouco me importa isso, quero saber da onde veio, da onde você veio Armando Mendoza? – Ela se levantou e agora estava de pé, sua voz era alta e aguda, lhe fazia doer os ouvidos.
- Como assim Marcela, você está louca? – Armando aproveitou que ela tinha se levantado e foi sentar, queria se manter distante dela.
- Há dias você não dorme no seu apartamento, o primeiro deles você dormiu nos seus pais e os outros? Você está dormindo na casa dela né? Da sua amante, daquela vagabunda que deita com você mesmo você sendo um homem comprometido – Armando voltou a se levantar, não poderia ficar sentado enquanto insultavam Betty.
- Marcela escuta bem porque só vou falar uma única vez – Sua voz era calma, embora fosse grave – Você não tem o direito de querer me controlar, você não tem o direito de entrar no meu apartamento todas as noites e ficar me esperando, eu quero privacidade e eu já disse que não tenho amante, eu sou um homem fiel agora, não me deito com nenhuma vagabunda – Marcela se sentiu tremer, Armando parecia tão distinto e serio que a fez por segundos acreditar em suas palavras.
- Você é um ridículo Armando. Eu sou sua noiva, tenho o direito de entrar em seu apartamento e te esperar já que você me evita aqui na empresa, no clube, não me atende no celular. E não me venha com esse papo de fidelidade, porque a tempos não temos relação sexual alguma e sei que você nunca foi um monge – Armando sorriu sarcasticamente.
- Se fujo de você é porque você me enlouquece, veja hoje eu estava de bom humor e quando te vi simplesmente meu humor foi embora e fiquei irritado, você me sufoca Marcela eu não te aguento mais – Armando disse com tanta calma que irritou mais ainda Marcela.
- Como pode dizer isso se dentro de uns meses nos casamos? – Marcela tinha lágrimas nos olhos, mas eram lágrimas de ódio e não de tristeza – Eu te odeio Armando, te odeio - Ela não poderia mais ficar lá, saiu da sala dele e bateu fortemente a porta gerando um eco e fazendo todas as secretárias olharem para ela, porém ela ignorou os olhares e foi para sua sala, Patricia foi logo atrás dela para se inteirar da fofoca, as meninas do quartel apenas se entreolharam e voltaram a trabalhar, aquele tipo de cena já estava tão corriqueira que nem valia mais um código vermelho.
Na hora do almoço Mário entrou na sala de Armando para o chamar para almoçar, porém viu que seu amigo não estava lá, como tão pouco Patricia ou Betty estavam, ele foi perguntar para Berta se Armando já tinha ido comer.
- Sim doutor Mario, ele saiu faz uns vinte minutos com Betty, falaram que iriam demorar um pouco, deve ser algum almoço de negócios – Mario sorriu e agradeceu a informação e se dispôs a almoçar sozinho enquanto imaginava seu amigo tendo que enfrentar a monstrinho em mais um almoço romântico.
Betty e Armando na verdade estavam no consultório do médico esperando para ver se o doutor Eduardo tinha alguma recomendação com a viagem. Não tardou para o médico pessoalmente ir até a sala de espera e os chamarem para entrar, Eduardo realmente tinha gostado daquele casal tão distinto e ficou feliz ao ver que Beatriz parecia diferente, mais bonita, ele só não lembrava o que tinha mudado.
- Vocês sabem que a consulta de vocês era só para semana que vem, certo? Não entendo porque se adiantaram, você sente algo Beatriz? – O médico perguntou preocupado e curioso.
- Na verdade não doutor, nessa última semana não senti nada, é normal isso? – Ela perguntou, a verdade é que ela nem se sentia gravida. O médico sorriu.
- Tudo é normal, você está de poucas semanas, algumas mulheres nem ao menos sabem que estão grávidas antes da décima segunda semana e você está apenas cerca da oitava, seu bebê ainda está em formação, os incômodos mesmo vem quando o feto já esta formado e ele começa a ter tamanho e se mexer – O médico explicou.
- Doutor Beatriz terá que viajar, viemos para saber se está tudo bem ela ir viajar? Pegar um avião? Ir para o litoral e mudar de clima? – O médico riu, pai de primeira viagens tinham cada dúvida boba.
- Vocês se preocupam demais, não tem problema algum viajar de avião durante os primeiros meses, só seria um problema se fosse em torno do último trimestre de gestação, e sobre o clima, você só terá que tomar cuidado ao voltar a Bogotá para não acabar pegando uma gripe, já que sairá do calor e voltará ao frio, tome uma dose diária de vitamina C que vai manter seu sistema imunológico forte. Agora creio que já que estão aqui, podemos fazer uma nova ultra e vê como está o bebê –
Era impossível não se emocionarem novamente com a batida do coração preenchendo o consultório, o médico atestou que o feto continuava dentro da normalidade e que tudo estava bem. Eles saíram do consultório relaxados e felizes, depois disso foram até um centro comercial almoçarem e em seguida comprar um celular para Betty.
- Agora eu sempre vou poder falar com você – Armando conduzia ela para fora da loja a abraçando pelo ombro.
- E isso é bom doutor? – Sua voz era de uma humorada provocação e ele se permitiu entrar na brincadeira.
- Mas é claro que sim doutora, assim vou poder te ligar até de madrugada e perguntar como fechou a cotação da bolsa de New York – Ela fez um careta e ele não pode evita de rir.
- Seu bobo –
- Bobo por você – Sem receio do que os outros poderiam pensar ele parou de andar a obrigando a para também e lhe beijou suavemente os lábios – Eu amo você Beatriz – Os olhos deles não poderiam estar mais irradiante.
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