Eu havia sentido uma forte pressão na cabeça o que me fez cair ajoelhado.

– Você esta morto.

– Parece que você decidiu finalmente revelar seus poderes bruxa.

– Você não me parece surpreso.

– Digamos apenas que você deveria ser mais sutil ao descobrir um vampiro. – Eu me levantei com um pouco de dificuldade ignorando a pressão.

– Bem, isso não importa você ira morrer mesmo. – Disse ela entre dentes.

– Ora Layla, o que você quer dizer com isso ?? Você ira me matar ?! – Disse irônico.

– Não se refira a mim tão formalmente e se eu fosse você não me subestimaria Denali. – Disse ela aumentando a pressão, mas que com um pouco mais de esforço consegui me manter firme.

– Você acha mesmo que pode me matar apenas com isso ??

– Mas é claro que não. Torturarei você até a morte.

– Tente. – Disse me aproximando dela.

– Não se aproxime. – Eu a ignorei e continuei a me aproximar. – EU MANDEI NÃO SE APROXIMAR !!

Ela me arremessou contra a parede aumentando mais ainda a pressão. Eu tentei me levantar, mas não consegui.

– Ora, isso é covardia.

– Covardia ?? Covardia é você beber o sangue de uma garota inocente em uma rua escura e deserta.

– C-como você sabe disso ??

– Tenho meus métodos. E o mais incrível é que você ainda tem a cara de pau de NAMORAR após você a ter MACHUCADO.

– Aquilo foi uma recaída, eu nunca quis machucá-la. Eu nunca mais irei machucá-la, eu a amo.

– Você ira machucá-la de qualquer maneira, seja fisicamente ou sentimentalmente. O que você fará quando perceberem que você não envelhece e você tiver que ir embora ??

– Isso levara anos, até lá ela já será maior de idade e poderá ir embora. Eu a levarei comigo.

– EU NUNCA PERMITIREI ISSO.

– ENTÃO PERGUNTE PARA ELA PARA VER SE ELA CONCORDA COM ISSO. – Eu olhei para o lado fazendo-a seguir meu olhar.

Katy estava parada nós olhando surpresa.

– O-o que esta acontecendo aqui ??

– Nã ... – Layla não me deixou terminar.

– Conte. Conte para ela.

– Não, o segredo é seu. Se você quiser falar então fale você mesma.

– Tcs. É por isso que eu odeio vampiros, vocês são tão irritantes.

– L-layla-san, como você sabe disso ??

– Minha família vem de uma geração de bruxas que protegiam a cidade deles. – Ela apontou para mim.

– Não é comigo nem com a Makena que você tem que se preocupar e sim com os outros.

– Outros ??

– Ora, sua família protege a cidade de nós e você sequer sabe a historia ?! – Disse soltando uma leve risada.

– Que historia ??

– Pesquise ...

– Ora seu ...

Ela colocou aquela pressão na minha cabeça novamente, mas dessa vez não foi apenas na cabeça e sim no corpo inteiro.

– D-desgraçada ...

– Alec ... – Katy veio correndo na minha direção. – Você esta bem ?? – Ela se virou para Layla. - O que você esta fazendo ??

– Por que você se importa tanto com um monstro como ele ??

– Ele não é um monstro. – Ela gritou.

Ela parece ter ficado surpresa com o que a Katy disse.

– Então você prefere um monstro a seus amigos ?!

– L-layla-san ...

– Okay então ... – Ela retirou a pressão e eu cai nos braços da Katy que me abraçou. – Mas quando ele atacar você será tarde de mais para se arrepender. – Ela se virou e foi embora.

– LAYLA-SAN ... – Ela tentou chamá-la, mas foi inútil.

– Vá atrás dela.

– M-mas e você ??

– Eu estou bem. Vai, eu sei como ela e importante para você.

– Obrigada. – Ela me deu um longo selinho para depois se levantar e ir embora.

Alguns minutos após ela ir embora eu me levantei e fui em direção ao jardim da escola, já estava atrasado mesmo e o professor não iria me deixar entrar, então não faria diferença.

Katrina Pov’s On:

Eu fui correndo atrás da Layla-san e a encontrei perto do banheiro.

– Layla-san, espera. – Ela parou de andar, mas continuou de costas para mim.

– O que foi ??

– E-eu ...

– Veio se desculpar ?? Esqueça, Vá atrás daquele monstro e esqueça que eu e meu irmão existimos.

– Não fale assim dele, ele não é um monstro.

– E você ainda o defende. – Ela se virou para mim mostrando que estava chorando. – Eu quero apenas proteger você. Será que você não percebe que ele não gosta de você, que ele esta interessado apenas no seu sangue ?!

– Não, ele não é assim. Você não o conhece. Você não sabe como ele ficou no da que ele me atacou. – Eu coloquei a mão na boca. Eu não deveria ter dito isso. – N-ão é isso, e que ...

– Eu já sei ...

– C-como ??

– Eu já disse, minha família protege essa cidade. Eu sei de praticamente tudo o que acontece aqui.

– M-mas foi um acidente, ele não fez porque quis.

– Por que você o defende tanto ??

– Porque eu o amo. – Eu segurei suas mãos. – Mas não quero perder você e o Eremiel-kun.

Ela desviou o olhar.

– O-okay. Mas se ele sequer pensar em atacar você eu o mato na mesma hora. Entendeu ??

– Sim senhora. Mas pode apostar que você não vai precisar fazer isso.

– Okay-okay, Agora vá atrás dele. Tenho certeza que ele esta te esperando. – Ela me virou e me empurrou.

– Até mais. – Disse começando a correr.

– Até.

Katrina Pov’s Off:

Eu estava deitado na grama de olhos fechados apenas sentindo o vento.

– Matar aula é feio sabia ?!

Eu abri meus olhos lentamente e quando olhei para o lado vi que ela estava sentada ao meu lado.

– Você esta aqui também, então você também esta matando aula. – Eu bati na grama ao meu lado fazendo sinal para que ela deitasse. – Mesmo que eu tentasse ir para a sala o professor não me deixaria entrar na sala, então eu vou entrar depois do intervalo.

– Te procurei a escola inteira. – Ela se deitou e eu a abracei.

– Falou com ela. – Disse encarando o céu.

– Falei.

– Como foi ??

– Ela disse que se você sequer pensar em me atacar ela te mata. – Ela soltou uma leve risada.

– Ela não vai precisar fazer isso. – Disse me virando para ela.

– Eu sei.

Eu me aproximei lentamente meu rosto do dela até nossos lábios se encontrarem. Era um beijo lento porem continha certa intensidade. Uma de suas mãos estava na minha nuca acariciando meu cabelo e a outra repousava no meu peito, mas tivemos que nos separar por falta de ar.

Eu a puxei para mais perto colando nossos corpos, sua mão continuava na minha nuca enquanto a minha acariciava seu rosto. Meus olhos estavam fechados e minha testa estava encostada na sua.

– Eu te amo. - Eu abri meus olhos lentamente e vi que ela me observava.

– Eu também te amo. – Eu a beijei novamente.

De repente a campa bate.

– O tempo passou tão rápido assim ??

– Pelo visto. – Eu olhei para o relógio e ainda marcava 10h. – Mas ainda esta cedo.

– Todo mundo foi liberado mais cedo não sei por quê. Acho que vai ter reunião. – Ela deu de ombros.

– Layla-san, desde quando você esta ai ??

– Acabei de chegar. Eu passei na sua sala e peguei as suas coisas. – Ela as deixou do lado da Katy.

– Obrigada.

– Já volto, vou pegar as minhas coisas.

– Não precisa. – Makena jogou as minhas coisas na minha cara.

– Ai. Seja mais cuidadosa. – Ela apenas me mostrou língua.

– Yoo Katy. – Ela pulou em cima da Katy abraçando-a.

– Oi ... Makena-san ... Sabe ... Você é ... Pesada. – Disse ela com dificuldade.

– Ah, foi mal. Hehe’.

– Tudo bem. – Eu me levantei e a ajudei a levantar.

– Você vai com a gente hoje ??

– Não. Por algum estranho milagre meus pais estão em casa agora então eu vou ter que ir para casa.

– Ah. – Ela fez uma cara triste. – Mas você vai lá em casa mais tarde não é ?!

– E-eu ...

– Por favor. – Ela fez uma cara de gato de botas que não a deixou resistir.

– Tá, eu vou.

– Ebaaa. – Ela a abraçou de novo.

– Katy precisamos ir.

– Ah, okay. Até mais tarde. – Ela deu um abraço na Makena e u longo selinho em mim.

– Até. – Dissemos em unisom.

Katrina Pov’s On:

Eu tinha acabado de chegar em casa, estava apenas terminando de mês despedir da Layla-san e do Eremiel-kun.

– Você parece se dar muito bem com eles.

– é.

– Mas você tem que tomar cuidado. Eles podem ...

– Eles não vão fazer nada.

– Se você diz. Então até amanhã.

– Até. – Eremiel-kun deu apenas um aceno com a cabeça, como sempre.

Assim que entrei em casa vi umas malas no chão perto a porta.

– Otou-san, Okaa-san. Cheguei.

– Ah, que bom que você chegou. – Mamãe apareceu e me deu um beijo na testa.

– Vão para algum lugar ??

– Vamos viajar a trabalho, voltamos no final da semana que vem.

– Você ficara bem até lá ?? – Disse papai descendo a escada e me dando um beijo na testa.

Eu apenas concordei com a cabeça.

– Desculpe sair assim de repente.

– Tudo bem, devem ser assuntos importantes.

– Que bom que entende. – Ela olhou para o relógio. – Querido esta na hora.

– Okay.

– Tome cuidado querida. – Disse ela dando um beijo na minha testa.

– Não apronte nada em baixinha. – Disse ele bagunçando meu cabelo e soltando uma leve risada.

–Sim senhor. – Disse em um tom de brincadeira e soltando uma leve risada.

– Estamos indo. – Disse ele dando um beijo na minha bochecha.

– Tomem cuidado.

– Podei deixar. Até semana que vem.

– Até.

Assim que eles saíram eu fui almoçar e depois tomar um banho para poder ir para a casa do Alec.

***

Eu cheguei a casa dele 13:30, estava muito cedo, mas tudo bem.

Eu toquei a campainha.

– Já vai. ... Katy, chegou cedo. – Ele me deu um longo selinho.

– Meus pais viajaram, saíram um pouco depois que eu cheguei.

– Entra.

Eu entrei e me sentei no grande sofá que havia na sala.

Ele sentou ao meu lado e passou o braço por cima do meu ombro me abraçando e eu encostei minha cabeça em seu ombro, quando de repente Makena-san apareceu na sala gritando.

– GENTE !!

– Não precisa gritar, não somos surdos. – Disse Alec irritado.

– Nós vamos viajar.

– AM ??