A aula havia acabado de terminar, o que a Makena havia dito no dia anterior não saia da minha cabeça.

Eu andava distraído até que ouço dois garotos conversarem sobre algo bem suspeito.

– Eu ouvi ela conversar com a amiguinha dela que nos atrapalhou ontem que ela iria ficar até mais tarde hoje para fazer um trabalho.

– Ótimo hoje ninguém ira nos atrapalhar. – Sinto pena dessa garota. – Você conseguiu descobrir o nome dela ??

– Parece que é Katrina.

“O que ??”

Não, não pode ser, tem que ser outra Katrina e mesmo que seja ela, ela tem aqueles dois, eles podem ajudá-la. Ela não precisa de mim.

Eu andava para casa distraído, aquele assunto não saia da minha cabeça, estava com um mau pressentimento sobre isso.

– Você parece preocupado com alguma coisa. – Disse alguém me tirando de meus devaneios.

– Você e sua mania de aparecer do nada. O que você quer ??

– Caso você não se lembre nós moramos juntos e você não me esperou. Então, vai me contar o que você tem ??

– Nada que seja da sua conta.

– Não vou nem insistir, sei que não vai dar em nada.

Nós andamos o resto do caminho em silencio.

Quando chegamos eu não sentia vontade alguma de comer, achei melhor ir tomar um banho e depois ir dormir um pouco para tentar esquecer aquele assunto.

Eu não conseguia dormir, aquele pressentimento ruim apenas aumentava, todo o tipo de coisa ruim se passava pela minha cabeça.

“Mas que droga.”

Quando foi umas 14:15 eu decidi ir atrás dela, aquele sentimento de que alguma coisa ruim vai acontecer estava me deixando louco.

Eu levantei em um pulo, troque rápido de roupa e quando eu já estava saindo Makena veio falar comigo me enchendo de perguntas.

– Aonde você vai ??

– Resolver uma coisa.

– Que coisa ??

– Não é da sua conta.

Eu sai correndo de lá, eu ligava direto para ela, mas caia direto na caixa de mensagens.

Eu corria o mais rápido possível e quando cheguei na escola pude sentir o seu cheiro vindo do segundo andar e de repente eu ouço gritos.

– NÃO !! – Katrina.

– Você não devia ter feito isso.

“Droga.”

Eu corri, mas dessa vez eu não tente manter uma velocidade normal para que não descobrissem, eu não estava nem ai, nada mais importava a não ser ela.

Assim que chego ao local onde eles estavam eu vejo a ultima cena que eu queria ver.

Sua blusa estava rasgada e sua saia estava completamente levantada deixando seu corpo a mostra, ela estava sendo pressionada contra a parede com um idiota apertando seu pescoço e seu rosto estava banhado por suas lagrimas.

A raiva que tomava meu corpo era indescritível, o ódio me tomava por completo.

– O QUE DIABOS VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO ?? – eu disse entre dentes.

– Ora, você parece ser bem popular já que sempre aparece alguém para salva-la, mas dessa vez eu não deixarei ninguém atrapalhar a minha diversão. – Disse um cara se levantando que até agora eu não havia percebido a sua presença.

– A-alec ... – Disse ela com dificuldade o que o fez pressionar mais ainda o seu pescoço.

– Solte-a ... AGORA !!

– Por que você não vem buscá-la ?! – Disse o que havia acabado de se levantar.

– Acontece que se eu for ai vocês estão mortos, então aproveite que eu estou fazendo este ato de caridade e solte-a.

– Sabe o que eu acho ?! Acho que você esta com medo, a única coisa que você faz e falar. Então o que você acha de eu fazer um pequeno show com a sua amiguinha ?!

Ele a puxou fazendo com que o outro a soltasse. Com uma de suas mãos ele segurava seus braços atrás da costa e com a outra segurava sua cabeça deixando seu pescoço à mostra para depois lambe-lo.

– Então não vai fazer nada. – Disse ele descendo sua mão para o seu seio.

– P-pare, por favor. – Disse ela se debatendo.

– Maldito ...

Eu andei na sua direção e ao parar na sua frente eu a puxei para meus braços para depois chutá-lo para bem longe o que fez com que ele batesse à costa na parede.

– Você acabou de assinar sua sentença de morte.

– Ora seu ... – Disse que o que até agora estava apenas observando.

– Afaste-se. – Disse entrando na sua frente e segurando o soco direcionado a mim.

Eu lhe dei um soco na boca do estômago o que o fez cuspir sangue para depois dar-lhe um soco m seu rosto fazendo-o cair.

– Vocês iram pagar por terem a machucado.

– Quem você pensa que é ?!

– Você não disse que eu estava com medo ?! Então venha.

– Você esta morto.

Ele veio na minha direção, mas eu simplesmente o chutei para longe novamente, o outro tentou me pegar desprevenido, mas eu simplesmente segurei seu braço e o joguei contra a parede.

– Vocês são tão fracos, aproveitem que hoje eu estou generoso e saiam daqui.

– S-seu maldito, você ira pagar por isso. – Disse ele ajudando seu amigo que eu havia acabado de jogar contra a parede.

– Isso foi para vocês aprenderem a não mexer com a MINHA garota.

Quando eles foram embora eu me virei para ela.

Ela estava com a cabeça baixa, ela já havia ajeitado sua saia e seus braços estavam sobre seus seios cobertos apenas pelo sutiã.

Eu andei em sua direção e tirei minha jaqueta para cobri-la até que de repente ela me abraça e eu sinto suas lagrimas molharem minha camisa.

– Eu estava com tanto medo. – Disse ela entre soluços.

– Esta tudo bem, já passou. Eu estou aqui. – Disse afagando seu cabelo.

Nós ficamos assim por alguns minutos.

– Se acalmou um pouco ?? – Ela apenas concordou com a cabeça. – Então vamos, eu vou te levar em casa.

– O-okay.

Eu segurei sua mão e nós fomos caminhando de mãos dadas.

Quando nós estávamos na metade do caminho ela começou a puxar assunto.

– Depois de hoje tudo voltara a ser como antes ??

– Sim, e meljor para você.

– Por que ??

– Eu já disse que não quero machucá-la.

– Você não pode decidir sozinho o que é melhor para mim, eu confio em você e sei que você não seria capaz de me machucar. – Ela começou a aumentar o tom de voz.

– Acontece que eu não sei quando eu posso perder o controle, e quando isso acontecer eu posso matá-la e eu não quero isso. – Eu agora gritava o que fez com que ela me olhasse com uma expressão assustada. – Me desculpe. Eu acho que daqui você já pode ir sozinha.

Eu estava indo embora quando de repente ela me puxa e me beija.

Eu queria resisti, mas simplesmente não consegui. Seus lábios macios e o seu cheiro viciante me fizeram esquecer a realidade e quando me dei conta já estava retribuindo.

Quando nos separarmos por falta de ar eu depositei minha cabeça em seu ombro e a abracei forte enquanto uma de suas mãos acariciava meu cabelo e a outra vagava pela minha costa.

– Por que ?? Por que quê mesmo eu te evitando, mesmo você sabendo do risco que você corre ficando perto de mim você não desiste ?? Por que você insiste em se aproximar de mim ??

– Por que eu te amo.

Quando ela disse isso eu senti um aperto no peito e de repente o que a Makena havia falado passou pela minha cabeça.

“- Por que você a ama.”

– Aquilo que você disse, sobre eu ser sua. Por que você disse aquilo ??

“- Isso foi para vocês aprenderem a não mexer com a MINHA garota.”

Aquilo, eu disse aquilo porque eu não suportei ver outro garoto que não fosse eu a tocando. Isso quer dizer que ... Eu a amo ??

“Sim ... “

Eu me afastei um pouco e segurei sua cabeça entre minhas mãos.

– Por que eu também te amo.

E eu simplesmente a beijei.