Kurt Hummel, O Mediador. escrita por BabyMurphy


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hoje é Quartaaa.. dia de OM o/



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22

Pessoas religiosas gostam de fazer caridade, logo uma escola católica faria eventos beneficentes. Eu achei que poderia me livrar do maldito evento, mas acabei pegando detenção por conta de Sebastian e o meu castigo foi cuidar da barraquinha dos doces.

Era em um sábado, às 8hrs da manhã. É claro que vai estar vazio. Quem acorda às 8hrs da manhã para ir a um evento de escola? Ninguém.

A primeira ideia era ficar na barraquinha do beijo, mas eu teria de beijar meninas, e só de pensar eu quase vomitei. Fora que um certo fantasma pirou por conta disso.

– Beijar o Sebastian já foi o suficiente. – A testa estava franzida, os lábios contraídos, o olhar sério fixo no meu. Era bem assustador.

– Você disse que não se importava com o beijo do Sebastian.

– Eu menti. – Ele cruzou os braços e continuou me encarando.

– Tuuudo beeeem. – Levantei-me da cama e fui até ele. – Não precisa ter ciúmes, já te disse isso mil vezes.

– Não estou com ciúmes. – Ele olhou para o lado.

– Se você ainda fosse vivo estaria vermelho de raiva. – Disse colocando os braços em volta de seu pescoço e sorrindo.

– Mas eu não estou. – Ele tirou meus braços de si. – O Sebastian está.

Ele sentou na janela, os braços cruzados e a cara fechada. Eu não estava nem um pouco irritado porque ele era muito fofo quando estava com ciúmes. Ele ficou olhando para a janela enquanto eu me aproximava. Ajoelhei-me na sua frente e segurei sua mão.

– Já disse que tenho um fraco por fantasmas ciumentos? – Ele tentou segurar, mas o sorriso acabou escapando.

“Para me fazer companhia”, Blaine ficou comigo na barraca dos doces, assim como Mercedes. Ela se voluntariou para não me deixar sozinho. Que querida. E sabe o negócio de estar vazio? Eu estava errado. Nunca vi tanta gente desocupada na minha vida.

Porque não ficam dormindo? É sábado. Mas não, eles estavam ali. Toda a escola. E a Diretora Sue estava, parece impossível, mas ela estava sorrindo, e parecia mesmo contente com o sucesso do evento. Eu passei boa parte da manhã me sujando de chocolate, e Blaine rindo de mim.

Ma belle, você não leva o menor jeito pra isso. – E gargalhava.

Eu nem podia xingar ele, pois Mercedes estava ao meu lado. Mas eu ficava de cara fechada e ela imagina ser por conta do castigo. Ou por Sebastian. Ou por Quinn.

Sei que a ruiva se mostrou estar ao meu lado, e eu a protegi de Sebastian aquele dia, mas o choque de saber que ele a trouxe de volta vai demorar a passar. Ela me contou como ele fez para ela voltar, me contou que a primeira coisa que ele fez quando ela acordou foi lhe dar ordens. Se aproximar de mim e me separar de Blaine.

Ele é doente.

No finalzinho da manhã começou o “Leilão anual da Escola Católica Padre João Paulo da Califórnia” o nomezinho ruim. O leilão era de um monte de coisas velhas, sem graça. Bolsas antigas. Sapatos. Fala sério, por que eles compram isso?

– Com licença. – Uma moça loira, acho que da minha turma de calculo, disse. – Eu gostaria de um pedaço daquele bolo ali. – Ela apontou para o de chocolate, justo o que eu mais me sujava.

– Claro. – Fiz uma careta ao pegar o guardanapo.

– Agora vamos leiloar esta fivela. É uma relíquia, pertenceu a Mike Chang, em 1851. – Disse o homem que comandava o leilão.

Eu bati meu recorde de sujeira. Eu sujei minha mãos, que consequentemente sujaram minha blusa e minha calça. Qual é, Hummel, você parece uma criança de dois anos brincando de casinha.

– Só um pedaço? – Ela assentiu e eu agradeci aos deuses.

– Vendido para o rapaz ali, pode subir aqui.

Depois da loira outras dez pessoas mais vieram, oito delas pediram o bolo maldito da sujeira, e graças a deus ele acabou, então eu estava livre de me sujar. Bem, de me sujar mais.

O evento acabou por volta do meio dia, mas eu tive de ficar e limpar as coisas. Parte do castigo. Pelo menos Sebastian também estava preso ali, limpando a barraca das bebidas, onde o chão estava imundo. Ótima visão. O filhinho mimado de papai limpando o chão de uma escola.

Quinn também estava ali, me ajudando e sendo cantada por um veterano. Ele era bonito, mas qual é, ele não era pra ela. Bobo demais. E eu ainda acho que ela mudou de time quando voltou do além. O jeito que ela agia com Rachel, até os cegos veriam que tinha algo ali.

No meio da tarde eu já tinha sido liberado, e então fui para casa. Quinn saiu com o novo amigo e eu estava sozinho no meu quarto. Olhando pro teto sentindo um tédio mortal. Então eu senti um sopro, meu corpo todo se arrepiou e eu soube que Blaine estava ao meu lado.

Ficamos os dois olhando para o teto, calados.

Então ele começou a rir e eu lhe encarei, ele também me encarou, ainda rindo. Eu franzi a testa, ele sorriu e me beijou. Há quanto tempo não fazíamos isso? Tá, nos beijávamos com frequência, mas nunca com tempo. Nunca assim.

– Não vou falar nada desta vez. – Eu ri e ele me acompanhou.

Ele estava em cima de mim, uma perna de cada lado do meu quadril. Suas mãos segurando as minhas, e obviamente, sua boca na minha. Mas uma vez que outra ele mudava o roteiro e beijava meu pescoço. Deus, ele não devia fazer isso.

A última vez que estivemos assim, eu tentei abrir sua camisa e ele saiu. Eu não queria cometer o mesmo erro, não queria que ele saísse, mas foi mais forte que eu. Porém, desta vez quando eu passei a mão por seu abdômen, ele não recuou, só ficou ainda mais interessado na minha língua.

Juro, eu podia ficar ali por indeterminadas horas. E não pude deixar de pensar: Se ele é assim morto, imagina como seria se estivesse vivo? Por que Tina não quis ele? Esse tal de Mike nem é tão bonito, não quanto Blaine. Vai entender gente velha.

E no momento em que eu também já estava com a minha blusa aberta, a porta se abriu. Ambos pulamos, eu sentei de costa para a porta, para dar tempo de fechar a blusa sem alguém ver. O rosto de pavor de Blaine passou à alivio em poucos segundos.

– Sou só eu. – Quinn disse entrando no quarto.

– Pelo amor de Deus, Fabray. – Coloquei a mão no coração.

– Desculpa interromper. – Ela disse apontando para nós dois, e depois para a cama.

– Vai ser difícil. – Blaine disse em um tom sério, mas logo sorriu.

– Bem, era necessário. – Ela se aproximou. – Sebastian aprontou de novo.

– O quê? – Levantei, não me importando com a blusa aberta.

– Belo peitoral. – A Fabray sorriu. – Dos dois, na verdade. – Ela mordeu o lábio.

– Quinn? – Blaine balançou a mão na frente do seu rosto. – Foco.

– Ah, claro. – Ela passou a mão nos cabelos. – Sebastian conseguiu um objeto do tempo de Blaine.

– COMO? – Gritei.

– No leilão. – Ela disse como se não fosse óbvio.

Droga. Por que as coisas não podem dar certo pra mim? Por quê? Por que eu tenho que ser sempre o ferrado? Estou cansado disso.

– Sam me deixou na escola, porque eu disse que morava ali perto, e eu ouvi o Sebastian falando, ele vai ir hoje à noite. – Sentei-me na cama.

Todos ficamos estáticos olhando um para o outro. Era visível a tensão no ar.

– Eu não vou deixar, vou impedir ele. – Blaine fechou a blusa. – É a minha vida, eu que decido o que fazer com ela.

E então ele sumiu antes que eu pudesse falar algo. Também fechei minha blusa e encarei a Fabray. Ela sentou ao meu lado, segurou minha mão e tentou fazer uma cara compreensiva. Eles não achavam mesmo que eu ia ficar ali, né?

– Eu vou atrás do Sebastian. – Disse me levantando. Coloquei um casaco e fiquei em pé, ao lado de minha cama.

– Blaine já foi. Não tem muito o que fazer. – Quinn se colocou ao meu lado.

– Não, eu vou atrás dele, no tempo, Quinn. – Olhei para ela. – Ele já deve ter ido, Blaine não vai conseguir impedir ele. Eu tenho eu ir.

– Você tá maluco, Hummel, isso vai afetar o seu cérebro. – Ela puxou o meu braço. – E além do mais, você não tem anda daquele tempo.

– Primeiro: Não estou me importando muito com meu cérebro neste momento. – Soltei meu braço do aperto dela. – E segundo, na verdade eu tenho.

Ela olhou para as minhas mãos onde eu segurava um pedacinho de papel envelhecido. Uma foto em preto e branco. Era a foto de Blaine que peguei no Museu. Eu me concentrei nela, e estava prestes a dizer para Quinn que não adiantava ela me impedir. Mas quando olhei para a frente ela não estava mais lá. Eu ainda estava no meu quarto, mas os moveis estavam diferentes.

Eu consegui. Eu voltei no tempo.


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Notas finais do capítulo

Tenho duas notícias.
1ª) Minhas aulas voltaram, mas vou continuar atualizando as quartas.
2ª) Estamos no final da FIC, e acho que mais uns dois capítulos e it's over.
Bem, era isso. Espero que tenham gostado. Deixem seus reviews. xoxo'



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