Kurt Hummel, O Mediador. escrita por BabyMurphy


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo.
Último capítulo... do ano, é claro.
FELIZ ANO NOVO e um Feliz Natal atrasado, que 2014 seja bom e que não leve mais ninguém, pqe né.
Obrigada, Amélie, pela recomendação.



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14

Rachel ainda não tinha ido embora. O que era bom e ruim. Ela passou apenas uma noite no hospital, em observação e em seguida fomos para casa. Ela ficou usando a desculpa de que o braço estava muito dolorido para um viagem longa de avião.

– Está doendo muito, Kurt. – Ela fez beicinho.

– Para de drama, Berry. – Revirei os olhos.

– Kurt, ela está falando sério. – Disse Girafa, que estava preocupado, até demais, com o estado de Rachel.

– Cala a boca, Gi... quer dizer, Finn. – Levantei em um pulo e segui para a cozinha.

Meu pai estava sentado no balcão que continha ali. Tomando uma cerveja e olhando para a parede branca. Eu sabia o que se passava. Ele estava se lembrando de minha mãe. Isso sempre acontecia quando ela estava por perto.

E assim que cheguei a essa conclusão eu a vi. Um pouco atrás dele, sorrindo. Ela colocou-se a seu lado, acariciou seus cabelos. Ele fechou os olhos, como se sentisse o toque. Meu coração apertou ao ver meus pais tão próximos, mas mesmo assim tão distantes.

Eu não queria atrapalhar aquele momento, então virei-me com cuidado, sem fazer nenhum barulho e me dirigi à porta. Virei uma ultima vez para ver meus pais, e encontrei os olhos de minha mãe fixos em mim. Ela sorriu e murmurou.

– Preciso falar com você. – Eu assenti e subi as escadas em direção ao quarto.

Rachel continuava fazendo drama para Girafa na sala, então pude ter um momento sozinho no quarto com minha mãe.

– Querido, acho que precisamos ter uma conversa. – Ela apareceu sentada na poltrona perto da janela, onde Blaine tinha o costume de ficar.

– Sobre o que, exatamente? – Puxei uma cadeira e sentei próximo a ela.

– Sobre o menino que senta nesta poltrona diariamente. – Meu rosto provavelmente demonstrou meu pavor, pois ela sorriu.

– Sobre Blaine? – Minha voz saiu esganiçada.

– Sim, querido. – Ela olhou para Ariel, dormindo a seus pés.

– Algum problema? – Tentei parecer calmo.

– Ele é seu primeiro namorado, Kurt. – Ela sorriu. – Confesso que esperava alguém mais jovem.

– Ele parece ter vinte anos. – Disse na defensiva.

– Mas tem 150. Não se engane pelas aparências. – Ela começou a rir. – Sei que posso confiar em você, Kurt. Não vai fazer nada que não deve. Mas não gosto muito da ideia desse garoto morando aqui com você.

– Mas Rachel está aqui agora, e pelo visto não vai embora tão cedo. – Disse e ela me encarou. – E mesmo que ela não estivesse eu jamais faria algo que não devo. – Disse rápido na defensiva.

– Claro. – Ela passou o olhar pelo quarto. – Para ajudar a se controlar, meu filho, saiba que sempre estarei de olho em você. – Ela sorriu. – Tenho de ir, Rachel está vindo. Até logo, meu pequeno.

Rachel chegou no quarto e foi direto para o banheiro tomar banho. No mesmo instante em que fechou a porta Blaine apareceu na janela. Sorrindo e acariciando Ariel.

– Oi, ma belle. – Ele veio em minha direção.

– Como você pode ser tão charmoso com 150 anos? – Disse sem fôlego.

– É coisa de família. – Ele deu de ombros e me puxou pela cintura.

Os beijos de Blaine nunca eram quentes, afinal ele estava morto. Mas eu ficava sem ar, como se tivesse corrido 15 quilômetros. Ele não precisava de ar, então não me soltava por nada. Mas eu precisava.

Estar tão perto assim dele me deixava completamente zonzo. Minhas pernas ficavam bambas e a respiração ia a mil. E era uma péssima ideia ter um sapato atrás de mim.

Eu acabei tropeçando e caindo, mas adivinhem, a sorte estava a meu favor, pois eu caí em cima da cama. Blaine não parou quando isso ocorreu, na verdade ele ficou ainda mais agitado.

Quando percebi, Blaine estava por cima de mim, me beijando como se fosse nossa última noite juntos e eu não podia estar melhor. Esqueci-me de Rachel, esqueci-me de Girafa e esqueci o resto do mundo. Tudo o que eu queria era Blaine e eu o tinha.

Quando eu interrompia o beijo por ar, ele beijava meu pescoço fazendo com que eu me arrepiasse e isso não ajudava nada para que eu recuperasse o fôlego.

Eu passei a mão sob sua camisa e pude sentir o peitoral. Queria eu não ter feito isso.

No instante em que lhe toquei ele deu um pulo tão alto que parou em pé ao lado da cama. Ele tinha os olhos arregalados. Quando me sentei na cama, perplexo, ele começou a se afastar.

– O que foi? – Perguntei pensando se tinha feito algo de errado.

– Nada. Só, acho que passamos do limite. – Ele continuou andando.

– Blaine, tudo bem. – Sorri para ele, mas sua face ainda tinha a expressão preocupada.

– Eu sei. – Ele forçou um sorriso. O barulho do chuveiro cessou. Rachel estava prestes a sair. – Melhor eu ir andando, não quero ver a nariguda ali pelada. – Ele me deu um último beijo e saiu às pressas, deixando Ariel e eu perplexos.

Eu não continuei na casa por muito tempo. Quando estava indo para a cozinha um fantasma apareceu na minha frente, pedindo ajuda. Ele disse um endereço e eu deveria ir para lá imediatamente.

Disse para meu pai que iria à farmácia buscar alguns comprimidos para Rachel. Saí em disparada. Peguei meu carro e segui para o norte.

A casa na qual o fantasma descrevera era bonita, tirando o fato de estar em chamas. Era isso mesmo? Ele queria que eu entrasse nessa casa? No meio de um incêndio? Pois bem, o fantasma disse que eu deveria encontrar sua esposa e o filho pequeno, de dois meses.

Ele havia morrido havia algumas semanas e vinha tomando conta da família. Disseram-lhe que eu prestava serviços aos mortos e que assim que ele precisasse eu estava a disposição. Eu lhe disse que não era bem assim.

– Eu ajudo os mortos a seguirem seus caminhos. Assim que eu salvar eles lá dentro, você vai ter que ir embora. – Ele concordou.

Eu segui para dentro da casa. A sala era um forno. Acho que a casa inteira era um, na verdade. O fantasma estava ao meu lado, me orientando. Arrisquei as escadas, já que eles estavam no quarto do bebê que ficava no segundo andar.

Eu estava no meio da escada quando ela cedeu. Segurei-me ao corrimão, que não estava em um estado melhor que os degraus. O fantasma me ajudou a pular para o próximo degrau.

– Eu vou indo na frente. Assim vamos saber se é seguro para você. – Eu concordei tossindo.

A fumaça já invadia meus pulmões e eu mal conseguia respirar.

Prefiro que Blaine seja o motivo da minha falta de ar, não a droga de uma fumaça.

O quarto do bebê era a primeira porta a esquerda. Estava trancada. Dei um chute na mesma e ela se partiu ao meio, abrindo passagem para nós dois. A mulher estava deitava sobre o bebê, ao lado do berço. Eu podia ouvir seu choro apesar do barulho da casa desmoronando.

Pus a mão em seu ombro e ela deu um pulo. Disse que estava ali para ajuda-la. Ela levou um tempo para ver se podia confiar em mim. No fim, ela me seguiu até a ponta da escada. Ajudei-lhe a descer, cuidando para que a fumaça não atingisse tanto o bebê.

Estávamos perto da porta quando caí, sentindo uma pressão sobre meu corpo. A estante próxima ao sofá havia cedido e caído, mas alguém me empurrou em tempo. Só pude ver seus cabelos ruivos. Ela gritou para que saíssemos dali logo.

Não discuti.

Saímos correndo da casa no instante que ela cedeu. Dava para ouvir a sirene do corpo de bombeiros subindo a rua. Minha tosse estava mais intensa. Parei um instante para olhar minha salvadora.

– Eu conheço você. – Disse incrédulo tossindo.

– Sou Lucy. – Ela estendeu a mão, igualmente tossindo.

– Não, você é Quinn. – Mais tosses. – Uma Quinn ruiva, mas definitivamente Quinn Fabray.


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Notas finais do capítulo

AI DEUS, QUINN DE NOVO, será?
Gostaram? Deixem Reviews e mais uma vez, Feliz 2014.



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