Chamas Dos Céus. escrita por Nemesis


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

...continuando com nossa incrível história.



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Não um beco sem saída no fim das contas

A caminhada não estava me ajudando em nada. Eu tinha andado por toda Forks por cerca de meia hora e não estava mais perto de encontrar o meu imprinting do que quando comecei. Passei pela antiga casa de Bella pela milionésima vez. Percebi que eu talvez devesse começar a voltar. A comida de Esme provavelmente estava esfriando e Jake ficava irritado quando estava com fome. Eu sabia que era um beco sem saída. Simplesmente sabia disso.

Dei um suspiro, virei e comecei a caminhar de volta para casa dos Cullen, totalmente deprimido. Como pude ser tão estúpido? Por que eu ouvi Jacob? Sabia que isso não ajudaria a me sentir melhor. Se alguma coisa, só me fez sentir pior.

Eu não deveria estar prestando atenção alguma, porque logo que comecei a andar, esbarrei em alguém. Ouvi a pessoa cair no chão e olhei para ver quem era.

Era uma menina. Ela parecia ter a minha idade. Coloquei-a de pé e dei uma boa olhada nela. Ela tinha o cabelo curto, encaracolado, castanho claro com mechas naturais de um loiro mel. Ela era baixinha, talvez 1,62. E os olhos, ela tinha os olhos mais bonitos de todos. Eles eram verdes com tons dourados e com lindos cílios escuros e longos. Seus olhos estavam emoldurados por um par de óculos simples, roxo escuro, e com armação retangular.

Eu não podia acreditar, mas tinha acabado de ter um imprinting com ela. Realmente tive um imprinting com ela. Eu não podia acreditar. Eu, Seth Clearwater, finalmente consegui ter um imprinting. Foi totalmente inesperado e um acidente, assim como com todos os outros. Eu soube no momento em que olhei em seus lindos olhos. Eles pareciam sugar a minha alma. O mundo inteiro simplesmente parou de girar naquele momento. Eu sabia que ela foi feita para mim. Ela era aquela por quem eu estava esperando a minha vida inteira. Ela aquela com quem eu tinha sonhado o tempo todo.

Isso se sentia incrível. Imediatamente quis fazer tudo o que pudesse por ela. Eu estava cheio de tantas emoções que fez minha cabeça girar. Se você já encontrou sua alma gêmea, sabe do que estou falando. Foi tão… indescritível. Era como se todos os sentimentos bons do mundo tivessem sido derramados dentro de mim. Eu nem sequer sabia o nome dela e já a amava muito. Me senti inteiro. Não havia mais um vazio no meu interior.

“Uh… Oi?” Ela disse, acenando com a mão na frente do meu rosto. Ela parecia um pouco irritadinha.

Devo ter olhado para ela por muito tempo. Balancei minha cabeça e tentei recuperar a compostura, mas era quase impossível. Tudo que eu podia fazer era olhar para ela e esperar que não estivesse babando.

“Uh, não vai se desculpar? Você meio que me derrubou, se não percebeu.” Disse ela, curvando-se, pegando sua mochila azul xadrez do chão e tirando o pó dela (e de si mesma). Foi então que notei sua roupa. Ela vestia jeans desbotados e rasgados, uma camiseta branca com respingos de tinta laranja e verde brilhante sobre ela, um casaco amarelo vivo, e tênis roxo.

“Ah, certo. Desculpe por isso.” Finalmente voltei aos meus sentidos. “Acho que eu não estava prestando atenção.” Eu disse, sentindo-me como um idiota. “A propósito, meu nome é Seth. Seth Clearwater”. Estendi minha mão e ela apertou, dando-me um olhar engraçado.

“Erin Morgan”, ela disse, largando a minha mão. “Você não mora por aqui, não é?”, perguntou ela, me estudando, me observando. De repente desejei que tivesse escolhido uma roupa melhor do que o meu velho jeans com manchas de graxa nos joelhos, um velho moletom cinza com um buraco, e meu velho tênis desgastado.

“Não, moro na reserva de La Push.” Eu disse para ela, me sentindo um pouco nervoso. Isso não tinha nada a ver comigo. Eu nunca ficava nervoso.

“Eu não pensei que morasse mesmo. Acho que me lembraria de um rosto como o seu,” disse ela, sorrindo. Acho que ela superou a irritação.

Fiquei parado, pensando no que fazer. Eu queria tanto conhecê-la. Queria saber tudo sobre ela, mesmo coisas bobas. Só queria lhe dizer que eu era um lobisomem e que ela era meu imprinting e tudo mais, mas isso seria apressar as coisas. Sabia que isso levaria algum tempo.

“Ei, ouça.” Eu disse, recebendo a sua atenção mais uma vez quando uma idéia surgiu na minha cabeça. “Sei que acabamos de nos conhecer e tal, mas estou indo na casa de um amigo para jantar. Você quer vir?”

Ela pensou por um segundo e disse: “Bem, suponho que sim. Eu não tenho para onde ir, nem nada. Além disso, estou com fome e você parece legal”. Ela jogou a mochila em seu ombro esquerdo.

“Ok”. Eu disse, sorrindo de orelha a orelha. Isso estava indo muito bem até agora. Devo ter sido a pessoa mais feliz viva. Senti vontade de dar cambalhotas e piruetas. Estava tendo dificuldade para me conter. Eu estava tão animado e tão feliz, como uma criança no Halloween, ou como um cachorrinho.

Começamos a caminhar, mas o silêncio estava me matando. Eu tinha que dizer alguma coisa para ela. Simplesmente não conseguia mais me segurar. Estava prestes a ficar maluco. Eu precisava saber algo sobre ela.

“Então, o que tem na mochila?” Perguntei, tentando começar uma conversa. Acho que poderia ter feito uma pergunta mais idiota. Quero dizer, tinha que haver uma pergunta mais idiota por aí.

Ela corou e disse: “Apenas alguns esboços que eu fiz.” Ela olhou para o chão. Então ela era um pouco tímida. Eu teria que mudar isso.

“Posso ver?” Perguntei, tentando ser útil. Talvez se ela soubesse que eu estava interessado, ela superaria sua timidez. Valia a pena tentar de qualquer maneira. Além disso, fiquei curioso. Queria ver o que ela tinha desenhado.

Ela corou novamente e puxou um bloco de papel de sua bolsa. “Eles não são muito bons.” Ela disse, entregando-os.

Abri o livro e vi o desenho mais incrível da minha vida. Era de um por do sol em uma praia. Parecia tão real, como se eu estivesse realmente em First Beach, assistindo. Olhei o livro inteiro, completamente impressionado e maravilhado. Ela era uma artista incrível. Uma artista modesta quanto a isso.

Devolvi o caderno de desenho, sem saber o que falar. O que eu poderia dizer sobre algo tão incrível? Não havia palavras para descrever o quão boa ela era, pelo menos não que eu conhecesse.

“Eu disse que eles não eram muito bons,” disse ela, enfiando o bloco de volta em sua bolsa. Ela parecia um pouco triste quando colocou o cabelo atrás da orelha.

“Você está brincando?” Perguntei perplexo. “Eles eram incríveis!” Achei que foi um eufemismo, mas era a única palavra remotamente próxima do quão incrivelmente impressionante eles eram. Eu provavelmente teria pensado que eles eram bons mesmo se fossem terríveis, mas não precisava de um crítico de arte para ver que ela era talentosa.

“Eu acho”. Ela encolheu os ombros, mas notei um sorriso se formando nos cantos da boca. Gostei do sorriso dela. Caramba, eu gostava de quase tudo sobre ela. Não podia evitar. É assim que funcionava com imprintings.

Caminhamos em silêncio novamente, mas não agüentei por muito tempo. Você acharia que eu nunca estive tão feliz na minha vida. Caramba, provavelmente nunca estive mesmo.

“Quanto tempo você mora em Forks?” Perguntei, esperando não soar muito intrometido ou curioso.

“Uh, cerca de um ano. Meus pais morreram ano passado em um acidente de carro, então vim morar com meu tio.” Ela disse, parecendo um pouco ansiosa. O que ela tinha para estar ansiosa? Meu pai havia falecido há alguns anos, mas nunca fiquei assim quando eu falava para as pessoas sobre isso, ou pelo menos não achava que ficava.

Resolvi não pressionar o assunto adiante, mas fiz outra pergunta. Cara, eu estava com um humor para falar. Não podia acreditar o quão rápido eu fui de deprimido à dolorosamente feliz.

“Quantos anos você tem?” Aposto que você se perguntou quando eu faria essa pergunta. Normalmente essa é a segunda pergunta que você faz a uma pessoa, logo após ‘Qual seu nome?’. Bem, pelo menos eu perguntei. Antes tarde do que nunca, não é?

“Acabei de fazer dezesseis.” Respondeu ela. “Meu aniversário é 18 de abril.” Ok, então ela era um ano mais nova que eu. Bem, tecnicamente eu ainda tinha catorze anos, por isso não importava pra mim de verdade.

“Legal”. Eu disse. “Bem, tenho dezessete. Meu aniversário é 07 de janeiro.”

Ela concordou e então caímos em outro silêncio. Eu esperava que não fosse assim o tempo todo. Esperava que ela superasse sua timidez evidente, uma vez que percebesse que não havia razão para isso. Eu era uma pessoa fácil de conviver. Fácil de conversar e fácil de lidar.

Logo antes que eu explodisse com mais perguntas, ela falou comigo. Ela meio que me assustou. Eu não estava esperando de jeito nenhum. Me pegou totalmente desprevenido.

“Sabe por que eu vim com você mesmo você sendo um completo estranho?” Ela me perguntou. Ela colocou o cabelo atrás das orelhas de novo. Acho que era um hábito nervoso.

Balancei minha cabeça lentamente e ela disse: “Bem, eu realmente não tenho nenhum amigo aqui. Acho que estava tão sozinha que pulei na primeira chance que tive de sair com alguém.” Ela olhou para mim, sorrindo suavemente, agradecida, eu acho.

Bem, ela não ficaria sozinha nunca mais. Eu teria a certeza de fazermos alguma coisa juntos quase todos os dias. Eu a levaria para nadar em First Beach, convenceria Jake para nos levar para mergulhar do penhasco, talvez fazer um piquenique e convidar Nessie.

“Bem, você terá amigos agora. Confie em mim, eu tenho muitos”. Isso é meio que um eufemismo. Eu tinha tantos amigos que não sabia o que fazer com todos eles. Eu sabia que eles iam gostar dela. Como eles não poderiam? Ela era perfeita, aos meus olhos de qualquer maneira.

Continuamos a conversar todo o caminho até a casa dos Cullen. Eu podia dizer que ela estava superando sua timidez inicial e estava ficando mais relaxada perto de mim. Isso me deixou ainda mais feliz, se isso era possível.

Mal podia esperar para que todos conhecessem meu imprint: Erin Morgan, a mais incrível artista viva. Eu sabia que todos iriam amá-la, especialmente Alice e Bella. É claro que Rosalie estaria cética, já que ser meu imprint significaria que eu teria que contar tudo a ela, incluindo que os Cullen eram vampiros. Rose não iria gostar disso. Mas, novamente, eu realmente não me importei. Todo mundo iria amá-la e torná-la parte da família, e isso seria bom o suficiente para mim.

Jacob nunca iria me deixar em paz quando visse que ele tinha razão em me dizer para ir checar Forks, mas de repente eu não me importei. Eu encararia toda a pose dele com um sorriso, porque era tudo que eu podia fazer. Só sorrir e ficar feliz que eu finalmente tive um imprinting.

Eu não era um beco sem saída no fim das contas.


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Notas finais do capítulo

até a proxima pessoal, comentem por favor.