No dia seguinte Akemi acordou bem cedo, correu pro quarto da sua Tia e disse:
–Tia, tem que ser hoje.
–Hoje o que Akemi? -Helena respondeu bocejando.
–Tem que ser hoje, hoje eu quero ir atrás do meu pai. Não quero perder muito tempo.
–Akemi, pra que tão cedo?-Helena disse olhando o relógio.
–Vaai Tiaaaaa, por favor? -Akemi disse com os olhos brilhando.
–O que eu não faço por causa de você hein moça.
Helena se trocou, e como Akemi ja estava arrumada, tomaram café e logo em seguida pegaram um taxi. No caminho Helena dizia:
–Bom, acho que á essa hora. Petterson ainda deve está em casa, e como eu não sei onde é a casa dele. Vamos ter que aguarda-lo na empresa até ele chegar.
–Tia, você trabalha com ele?-Akemi perguntou curiosa.
–Não, mas eu já o vi algumas vezes,e numa dessas eu perguntei onde eu poderia acha-lo, por que sabia que um dia ele teria que saber de você.
–Então, ele não faz a miníma idéia de que tem uma filha?
–Acho que não.-Helena disse meio desapontada.
–Tia, e ele tem outros filhos, é casado?
–Nossa quantas perguntas, guarde todas para ele mocinha.-Helena disse rindo
–Chegamos.-O taxista disse com cara de: "Dá meu dinheiro"
Helena pagou, e Akemi ficou olhando o grande prédio que ficava a empresa de seu pai. Chegando na recepção como Helena não sabia o nome da empresa perguntou para a recepcionista com cara de entojo que estava no telefone:
–Em qual dos andares fica a empresa de Petterson Yamida?
–Em todos.-A recepcionista respondeu mastigando um chiclete com um barulho muito irritante.
Akemi ficou de boca aberta e perguntou:
–Mas em qual andar ele fica?Precisamos falar com ele.
A recepcionista apontou para a porta rotatória e Akemi viu um homem entrando de oculos escuros, com dois seguranças atrás dele.
–Acho melhor eu falar com ele primeiro, tudo bem Akemi?-Helena disse preocupada com o nervosismo de Akemi.
–Sim.-Akemi disse com insegurança.
Quando Helena se aproximou os seguranças a barraram, mas Petterson os interrompeu:
–Não, ela é uma amiga. Tudo bem rapazes.-Ele disse tirando os óculos.-Faz tempo que eu não á vejo Helena o que a trouxe aqui?
–Eu vim conversar sobre um assunto muito importante Petter.-Helena disse olhando para Akemi que observava tudo de longe.
–Aquela mocinha está com você?-Ele disse observando Akemi.
–Sim, é minha sobrinha. Vem cá Akemi.
Akemi se aproximou, ele apenas a olhou e disse:
–Bom, tem que ser rápido tenho muita coisa pra resolver ainda hoje, espero que seja de extrema importância mesmo Helena. Vamos para o meu escritório.-Petterson disse colocando os óculos escuros novamente com ar de arrogância.
Dentro do elevador ninguem falava nada, o silêncio predominava o ambiente, mas na mente de Akemi acontecia uma explosão de pensamentos e um turbilhão de sentimentos dentro do seu coração.
Chegando no último andar, os seguranças ficaram na porta do escritório e Akemi e Helena entraram logo atrás de Petterson:
–Sentem-se por favor, e diga Helena o que tem de tão importante pra falar.
–Acho que a melhor pessoa para falar sobre isso é a filha da Flor Petter, a Akemi.-Helena disse olhando para Akemi.
Akemi enguliu seco e disse com ar sério:
–Você se aproximou da minha mãe na sua juventude... E vocês tiveram um caso, mas logo depois que você conseguiu o que queria, caiu fora. E por minha mãe estar doente, ela não te disse no que resultou essa relação de vocês. E hoje eu vim dizer pra você. Tem grandes possibilidades de você ser meu pai.
Petterson deu uma gargalhada e disse:
–Impossível você ser minha filha. Helena eu não acredito que você fez eu perder meu tempo com isso.
–Petter, você sabe muito bem que tudo que a Akemi disse aqui agora, tem grandes possibilidades de ser verdade, e é verdade. -Helena disse indignada.
–Se você está pensando que eu vim atrás do seu dinheiro, você ta muito enganado. Eu só achei que você gostaria de saber que teve uma filha no meio das suas aventuras com garotas.-Akemi disse vermelha de raiva.
–Bom, se você é minha filha ou não. Isso não em interessa ok? E outra eu já tenho dois filhos e sou casado, a notícia de uma filha fora do casamento agora, sujaria a minha imagem e a da empresa. Mas me diga uma coisa garota, quanto você quer?-Petterson disse girando na cadeira. -Me diga quanto você quer, pra ficar de boca fechada sobre esse assunto?
–Eu quero que vá pro inferno você e o seu dinheiro. Você me dá nojo.-Akemi disse chorando e saiu batendo a porta.
–Eu não esperava isso de você Petterson.-Helena disse e foi atrás de Akemi.
Quando Helena alcançou Akemi ela estava sentada na calçada do prédio, não estava mais chorando, estava pensativa:
–Akemi, minha querida. Você sabia que isso poderia acontecer não sabia? Talvez ele te rejeitasse, mas eu não achei que ele fosse tão idota a ponto de...
Akemi a interrompeu:
–Tia, Petterson Yamida vai ter o que merece...
Continua...