Just a Small Town Girl... escrita por Dreamer of None


Capítulo 23
Marceline's Christmas Carol


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que é cedo de mais para o Natal mas... Vamos usar um pouco da imaginação com Marceline... PS: Capítulo baseado no livro "A Christmas Carol" de Charles Dickens.



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Que legal... já havia passado os dias necessários para eu receber alta... Mas eu não recebi, minha dor de cabeça não parava e o médico pediu para que eu ficasse mais alguns dias sob cuidado de antibióticos. Isso quer dizer que eu vou passar o meu natal no hospital... Uhu.

– Tudo vai dar certo Marceline... – Falou minha tia para mim, aquilo me deixou com um ódio.

– Tia, hoje é pleno dia 24 de dezembro! – Falei gritando – Sabe o que isso quer dizer?! Que hoje é natal! E eu terei que passar aqui nessa cama, por causa daquela miserável menina! Dane-se se ela está em coma induzido! Ela mereceu esses ferimentos! Eu odeio o natal! Sempre acontece algo ruim! Cá estou eu, machucada, com dor, sem o meu pai, sem minha mãe, sem meus amigos, apenas com você tia... – Acho que eu não devia ter falado aquilo... Foi coisa do momento, minha tia estava comigo dia e noite, havia deixado Julliet com uma babá só para ficar comigo.

– Está bem... – A expressão da minha tia fechou.

– Tia... – Minha tia então saiu da sala – Eu odeio o natal!! – Gritei, de repente ouvi um barulho, a enfermeira entrara no quarto e aplicara o antibiótico na minha corrente sanguínea, não deu 30 segundos e eu dormi.

Senti uma quentura perto do meu braço e dei um pulo da cama, quando olhei para o lado, levei outro susto.

– Marshall? É você? – Falei para uma pessoal igual o Marshall, mas como chapéu era um sino, com uma roupa dourada e com os ombros em chamas.

– Hoje eu não sou Marshall... Hoje sou o Espírito dos Natais Passados...

– Para de beste...

– Vem comigo. – Ele então segura no meu braço e como um jato voa para o céu, passando pelas paredes como se elas não nos atingissem.

Quando chegamos no céu, onde dava pra ver o hospital de longe ele olhou para os meus olhos.

– Está preparada? – Ele falou.

Sem tempo de eu responder, como uma bola de fogo, voamos para cima, como se chegássemos ao infinito.

Quando abri os olhos me deparei com minha casa de Roseville.

– O que estamos fazendo aqui? E como você conseguiu fazer isso?

– Como eu te disse, eu sou o Espírito dos Natais Passados...

– Para de besteira Marsh! Você me drogou ou coisa parecida?

– Apenas me siga...

Fomos até a sala de estar da minha casa, e lá se encontravam meu pai e eu com 7 anos.

– O que é isso?!

– Seu natal quando você tinha apenas 7 anos de idade.

– Não é possível... – Me aproximei para ouvir o que eu e papai estávamos falando.

– Sweetheart, advinha o que papai comprou para você! – Fala meu pai entregando à Marceline pequena um pacote roxo.

– É uma boneca papai?

– Abra e verá...

Ela então abriu o presente e de dentro tirou um mini baixo.

– Eu amei papai! – Fala ela dando um abraço em papai – Você é o melhor! Quero passar o natal sempre com você!

Meu olho encheu de água.

– Que saudade de papai... E dos natais que nós passávamos juntos... Acho que já está bom, não? – Perguntei para o Marsh, mais conhecido como o tal espírito do passado, sei lá o nome.

Ele começou a brilhar e explodiu em um brilho intenso, quando abri os olhos novamente estava na cama do hospital, como se nada tivesse acontecido.

– Que doidera... – Falei, de repente ouvi um barulho vindo de dentro do armário do quarto de hospital – Quem está ai!? – gritei estranhando porque era impossível alguém se esconder dentro de um armário.

O armário se abriu e uma luz forte saiu por ele, quando a luz acabou, consegui ver uma silhueta de uma mulher, ela então se aproximou.

– Juju?! – Falei olhando para uma mulher, com uma roupa estilo Roma antiga, usando um sinto dourado e braceletes dourados, os cabelos estavam compridos novamente mas muito encaracolados, e na cabeça ela tinha uma coroa dourada fosca entrelaçada por alguns ramos de folhas e segurava uma tocha com o fogo cor de rosa, e impressionantemente ela tinha uma aparência igual a da Juju – O que você estava fazendo dentro do meu armário?

– Primeiramente, eu não sou Juju... – Falou ela com uma voz serena – Hoje sou o Espírito do Natal Presente.

– Sério mesmo que essa parada é verdadeira...? Vocês me drogaram com o que?

Ela não respondeu nada, apenas encostou a tocha com o fogo cor de rosa no lençol da cama e começou a pegar fogo.

– O que você está fazendo?! – Gritei de espanto, mas o fogo não me machucava, o fogo rapidamente cobriu a cama toda, quando abri os olhos, novamente me deparei fora do hospital, mas agora eu estava voando sobre a cidade de Santa Bárbara.

– Como eu estou conseguindo voar? E pra onde você está me levando? – Ela então segura minha mão e pousa ao lado da casa da minha tia, minha nova casa.

Quando entramos na casa, vi que minha tia estava sentada na poltrona com Julliet no colo e chorando muito.

– O que está acontecendo com ela? – Perguntei sem entender para Juju.

– Ela está triste...

– Mas por quê?

– Pelo o que você falou para ela... Ela estava muito preocupada com você, e estava fazendo tudo pelo seu melhor.

– Tia... – Eu fui ao encontro dela para dar um abraço nela mas eu passei por ela como um fantasma.

– Você não pode encostar nela e nem ela pode te ver ou sentir... – Fala Juju – Agora quero te mostrar outra coisa...

Ela então segura meu braço e me puxa para o céu.

– Agora para onde vamos? – Perguntei.

– Você verá...

Fomos voando para o outro canto da cidade.

– O hospital! Vou poder voltar a realidade!

– Não é bem isso que quero te mostrar...

Ao invés de irmos para o meu quarto fomos até a área da UTI.

– O que estamos fazendo na UTI?

Ela então puxa meu braço e atravessamos uma parede.

– Temos que conversar sobre esses puxões seus... – Quando olho para o quarto vejo que estou no quarto da Fionna – O que estou fazendo aqui?

– Assim como você, Fionna também foi machucada, mas a situação dela é mais séria...

Fionna estava com os olhos fechados, e a seus pés um casal velho com cabelos loiros e grisalhos estavam olhando para ela com olhar triste.

– Quem são eles?

– São os pais dela, Marceline, as vezes você acha que o seu problema sempre é o pior... Mas não, tem muita gente sofrendo mais que você nesse mundo... – De repente nós aparecemos no céu novamente e ela me aponta duas crianças sentadas no paralelepípedo – Essas crianças são sozinhas no mundo, sem moradia, sem família, sem alimento...

Abaixei a cabeça.

Ela então coloca sua tocha no meu pijama, e eu começo a pegar fogo, mas em vez de relutar eu apenas fecho o olho enquanto o fogo indolor me queima.

Quando abro os olhos novamente estou no hospital.

– Acho que acabou por agora, essa noite está muito estranh... – Não consigo terminar de falar, uma fumaça negra começa a entrar pela janela, e na minha frente ela se junta formando uma pessoa. A pessoa usava um vestido preto e um capuz, suas mãos eram brancas pálidas e seu rosto pálido e ósseo... – Finn! É você?! – Ele apenas segurou meu braço e me puxou, dessa vez, não foi cuidadoso, o puxão foi forte, e começamos a voar em velocidade da luz, tão rápido que eu mal conseguia sentir meu corpo.

Chegamos até uma casa antiga, em uma cidade moderna.

– Eu conheço essa casa... É da minha tia! Mas ela tá tão velha e mal tratada... – Finn não fala nada, me puxa com força para dentro da casa. Lá dentro ele aponta para a porta do meu quarto, que estava fechada.

– Eu fui em direção dela e girei a maçaneta. Quando abri me deparei com uma senhora na cama, me aproximei e vi que a senhora era nada mais nada menos que eu com uns 70 anos, cabelos curtos e grisalhos e com muitas rugas na face. A senhora foleava um livro de telefones, me aproximei dela e vi que os nomes e os telefones das pessoas estavam riscados.

– No futuro... – Falei comigo mesma – Eu vou morrer sozinha... Tenho que mudar isso...

No momento que eu falei isso, fui sugada para traz, com a mesma velocidade de antes, voltei ao hospital voando e bati na cama com uma força muito grande que adormeci.

– Ei, acorde... – Fala uma voz me acordando.

Quando abro os olhos vejo que é minha tia, e junto com ela estava o Marshall, a Juju, a Iris, a Fireny e o Finn.

– Gente! – Eu então dou um abraço em todos juntos, foi difícil mas consegui – Me desculpem por tudo que fiz, se tratei vocês mal, se respondi com ódio... Me desculpe!

– Tudo bem querida... – Falou minha tia.

– Eu simplesmente amo o Natal! – Gritei – E amo vocês! Feliz Natal pra todos!


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!! Feliz Natal a todos!!1 Que todos ganhem muitos presentes e que realizem seus sonhos!!! Amo vocês!!! Bjsssss