Just a Small Town Girl... escrita por Dreamer of None


Capítulo 21
Roseville




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Quando chegamos ao cemitério onde seria o enterro do meu pai me deu um frio na barriga, eu meio que não queria entrar, eu não queria ver o estado do meu pai... Força Marceline... Você consegue, tem que pelo menos dar um tchau, mesmo sem responda...

Desci do carro e entrei, o corpo dele estava em uma sala vazia, apenas com algumas flores e minha vó debruçada sobre o caixão chorando pela morte de seu filho.

– Oi vovó... – Falei ainda na porta da sala.

– Querida! – Respondeu minha avó com a voz tremula, ela era uma velhinha gordinha e baixinha com os cabelos brancos como papel.

Ela veio e me deu um abraço.

– Querida, relaxe... – Falou ela no meio do abraço.

Após o abraço fui em direção ao caixão, fui devagar e esperançosa, esperando não ser meu pai e aquilo tudo ser só um sonho... Mas quando me aproximei e olhei para dentro do caixão me espantei, meu pai estava branco, com uma peruca preta e usava um terno branco.

– Papai... – Falei alisando seu rosto, uma lágrima escorreu do meu rosto – Eu te amo muito!! – Dei um beijo nele, a pele estava fria – Tia, posso ir embora? – Perguntei olhando para minha tia.

– Embora? Mas porque Marcy? – Perguntou ela.

– Eu não quero ver meu pai sendo enterrado... Eu quero pensar que ele nunca morreu, apenas adormeceu...

Minha tia respirou fundo, pegou as chaves do carro na bolsa.

– Então tá querida... Tudo por você... – Ela então sorriu.

Quando entramos no carro minha tia nos levou a um fast-food que tinha perto da minha casa.

Quando chegamos lá eu pedi um milk-shake e um hambúrguer e a Juju e o Marsh pediram um Sunday para cada um.

– Você está bem Marcy? – Perguntou Juju.

– Não sei Juju... O impacto foi grande mas eu preciso continuar minha vida sabe... Se eu parar não poderei fazer o que papai me pediu, que é ser feliz...

– Então tá... Você que sabe... – Falou a Juju.

– Já que estamos aqui, eu queria mostrar um pouco de Roseville para vocês! – Falei um pouco entusiasmada.

– Vamos! – Falou Marsh.

– Primeiro quero levar vocês para os campos de rosas. Vamos chamar um táxi, porque tia Minerva foi pra casa descansar... – Falei.

Pegamos o táxi e fomos até os campos de flores.

– Nossa que lugar lindo! – Fala Juju olhando por um pomar todo colorido por rosas.

– É incrível! – Falou Marsh.

– Vamos entrar! – Falei entrando no pomar.

Fomos andando até um ponto que o chão estava quase impossível de andar, eu então deitei sobre as rosas.

– Vem gente! Vejam como é legal! – Falei chamando eles para deitar.

Nós três ficamos lá deitados admirando as nuvens.

– Eu amo as nuvens... Elas me lembram de coisas incríveis! – Falei – E dizem que cada um tem uma interpretação distinta para cada nuvem segundo o que está passando...

– Aquela nuvem... – Aponta Juju – Parece para mim um grupo de pessoas...

– Para mim parece uma casa... – Falei.

– Para mim parece uma garrafa de vodka... – Marsh falou fazendo nós duas rir.

– Vamos na cachoeira? – Perguntei entusiasmada.

– Tem cachoeira aqui? – Perguntou Marsh.

– Tem mais só que é em propriedade privada... – Falei.

– Não importa, nós invadimos! – Fala Juju. COMO ASSIM, des de quando Juju é tão soltinha assim gente...

Fomos andando até a propriedade, pulamos a cerca e fomos andando até a cachoeira, ela era enorme e linda, não tinha animais porque era totalmente para uso humano, a água era limpa e fria, perfeita para um banho quando está sól.

– Vamos entrar! – Fala o Marsh tirando a camisa, o tênis e o jeans e pulando apenas de cueca.

Quando ele bate na água a água cai sobre eu e a Juju.

– Vamos!! – Eu e a Juju tiramos nossas roupas e entramos apenas de calcinha e sutiã.

Ficamos lá a noite inteira pulando e tomando banho de cachoeira. Quando chegou umas 16 horas um carro entra na propriedade, e lá de dentro sai um homem furioso gritando.

– Saiam da minha propriedade seus vândalos! – Saímos correndo, nem deu para pegar as roupas direito. Corremos muito até parar novamente nos campos de flores.

– Nossa, que emocionante! – Brinca Marsh.

– Isso foi incrível! – Fala a Juju – Quero fazer de novo!

– Eu também!!! – A emoção de quase ser pega... É demais!

– Ops... – Fala Marshal, sempre quando falam ops eu lembro da musica da Britney.. sou toderrada, meu Deus... – Eu só peguei meus jeans e meus tênis...

– Ih caramba! – Gritei alto – Já eu só peguei minha camisa e minha sapatilha...

– Pelo menos eu tava de vestido e consegui pegar tudo... – Falou Juju.

– Ah, tanto faz, não sou daqui mesmo... – Falou o Marsh colocando apenas os Jeans.

– Já sai daqui a tempo também... – Falei colocando minha camisa que era comprida então parecia um vestidinho.

Fomos caminhando até minha casa, era longe mas fomos cantando e conversando ai pareceu até perto.

Quando chegamos a casa já era de noite e já estávamos secos.

– Onde vocês estavam? – Perguntou minha tia.

– Fomos no pomar e na cachoeira...

– Hum... Vão mudar uma roupa, está frio...

Trocamos de roupa e fomos até minha sala.

– Então, o que tem pra fazer aqui de noite? – Perguntou o Marsh.

– Monopoly... – Falei brincando.

– Meu Deus... – Falou Juju, sabia que ela não ia gostar! – Eu simplesmente AMO monopoly!

– Então vamos jogar! – Falei animada.

Subi as escadas e fui até meu armário velho e peguei um monopoly todo empoeirado que estava no topo do armário.

Desci e começamos a jogar, ficamos horas jogando, com muita negociação e dinheiro, deveria ser por isso que a Juju amava brincar. Pedimos uma pizza e comemos enquanto jogávamos. No final quem ganhou foi o Marsh.

– Você roubou! – Falei brincando.

– Roubei só isso! – Ele então me rouba um beijo.

– Seu bobo! – Falei sorrindo.

– Nossa, é tão doido, parece que estamos fora da escola, fora de todos aqueles problemas de cidade grande, aqui é tão tranquilo... – Fala Juju.

– Pois é, só em pensar que quando chegar amanhã vou ter que ficar o dia todo estudando para a prova de história já fico até desanimada... – Falei.

– O que é isso?! – Fala Marsh pegando um álbum que estava sob as flores da mesa de centro.

– Meu Deus! Me devolve isso! – Gritei alto, devo ter acordado todo mundo da vizinhança – É o álbum da minha festa de 12 anos! Eu era ridícula nessa época...

– Todo mundo era tosco com 12 anos... – Falou Juju – Eu usava aparelho e óculos fundo de garrafa... Hoje em dia eu uso lente, graças a Deus...

– E eu que tinha o cabelo no ombro e tinha um tique nervoso de piscar o olho! – Fala o Marsh, eu e a Juju começamos a rir, CABELO NO OMBRO E FICAR PISCANDO O OLHO! Tsc tsc... – Mas agora sei cortar o cabelo, pelo menos...

Quando eles abriram o álbum começaram a rir.

– NÃO CREIO MARCELINE ABADEER! – Falou a Juju – Você tinha o cabelo encaracolado e ficava usando essas “marias chiquinhas”! HAHAHA – Juju começou a rir da minha cara, não era culpa minha! Era moda aqui em Roseville...

Ficamos vendo fotos e depois fomos dormir. Quando acordamos no outro dia, arrumamos nossas coisas e fomos para o carro, antes de entrar no carro olhei para traz.

– Até mais, Roseville, agora vou fazer o pedido de papai tornar realidade! – Falei sozinha e escorreu uma lágrima de saudade e nostalgia pelo meu rosto.

Entramos no carro e seguimos em viagem, rumo a Santa Bárbara.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!! :P