Reformatório Atf escrita por Alisonpfta


Capítulo 9
Capítulo 8




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— Terminaram de comer essa boxta? Eu to cansada de esperar, quero jogar logo. — Renata reclamava, esperando as outras garotas terminarem de comer.
— Cluaru, Zó.. A cuarni. — Isis mastigava rapidamente a comida.
— Come logo essa merda! — Mylena botou a mão no queixo da garota e a fez mastigar mais rápido.
— Acabei. — Disse a ex maid lambendo os dedos.
— Maravilha. — Gio recolheu o prato e limpou.
— Vamos?
— Sim. — Disseram e foram em direção ao meio do mato.

Seguiram por um caminho estreito, onde tinha vaga-lumes, árvores com frutas e outros animais estranhos. Quando chegaram, viram um espaço redondo com troncos envolta de onde seria a fogueira, e com as árvores envolta. Os outros já estavam posicionados em frente ao Mick, que coordenaria as coisas. Pararam em frente a ele.

— Já estão todos aqui e com lanterna? Que delicia. O jogo será Caça bandeira. Vocês terão que, em times, esconder uma bandeira e procurar a dos outros. Será dado duas pulseiras pra cada. Elas serão as vidas. Pegue uma pulseira de outra pessoa e valerá 5 pontos. As bandeiras valem 10 pontos. Não pode amarrar a vida de outro em seu braço e nem pegar 2 pulseiras da mesma pessoa. O time vencedor terá dois meses de folga quando voltarmos ao reformatório. Isso me lembra que vocês tão aqui porque são inúteis. — Soltou um sorriso sarcástico. (NA:
C: q )
— Como serão dividido os times?
— A Mari me deu uma tabela.

Todos posicionaram-se na frente do papel com grupos

Grupo 1: (Gelo)
Fernanda Umberto;
Dandara;
Mylena;
Leandro;
Lipi;
Gustavo.

Grupo 2: (Doce)
Lucas Murched;
Ana Carolina;
Renata;
Camila Scopeta;
Math;
Giovana.

Grupo 3: (Caroço)
Jana Beltrão;
Isis Yasmim;
Link;
Thainá;
Lara Pàz;
André.

Grupo 4: (Fogo)
Martinho (?);
Douglas;
Alison;
Theo;
Kamylla;
Francy Ane;

Grupo 5: (Mundo dos Mortos)
Motta;
Anna;
Ana Júlia;
Sam;
Letícia;
Moreira.

— Mas.. O Martinho sumiu! — Exclamou Theo, não querendo ficar com 1 a menos no grupo.
— Tem certeza? — Martinho surgiu de trás das árvores, carregando uma sacola lotada. — Hey, não acha melhor fazer primeiro a fogueira? Assim descansamos e digerimos antes de começar o jogo.
— Hm...

POV Alison:

Eu não sei se entendi direito o que ele queria fazer, se pudesse ver dentro daquela sacola, talvez entendesse melhor o que ele pensava, mas, não acho que um garoto que ficou sumido o dia inteiro voltaria simplesmente carregando uma sacola lotada de tralha pra nada. Ai tinha coisa.

— O que tem nessa sacola? — Mick perguntou. Todos começaram a prestar atenção e olharam pra Martinho, esperando uma resposta.
— Nada que interesse vocês, disso eu tenho certeza. — Disse e saiu, mas antes disso, pude ver ele piscando diretamente pra Francy, que ficou confusa.
— Ok.. Ele tem razão. Fazermos a fogueira antes é melhor. Motta, você que tá sempre parado, vá pegar marshmallows. O resto pega todo o graveto que achar e traga imediatamente para cá.

Levantamos e fomos pegar coisas que pudessem ser queimadas pela mata. Achei pedaços de papel e gravetos, vi algumas pessoas pegando pinhas e palhas, peguei um pouco também.
Estava voltando para a mata quando senti algo diferente, algo que nunca havia sentido antes.. Dejavu? É, era assim que chamavam.. Mas não era só isso. Agora era algo um pouco mais comum.. Cheiro de fumaça? Bem, já devem ter acendido a fogueira.

— ALISON! — Ouvi alguém gritando.
— O que.. — Virei para trás e vi. Algo que nunca pensei que veria antes.
— ISIS!
— O que está aconte.. OH MEU DEUS — Link chegou e largou tudo que tinha em suas mãos, correndo em direção de Isis. Não sei se já contei, mas eles são irmãos.
— Não fique parada, venha logo ajudar! — Gritou. Mas eu não podia, eu estava estática, eu já tinha visto essa cena antes, e sabia que não daria em boa coisa.

Link puxou Isis para fora do fogo, mas ela continuava queimando. Foi ai que eu pensei. Não podia deixar isso acontecer. Não, de novo. Peguei um galão de água que tinha ali por perto e taquei na garota, batendo com meu casaco em suas pernas, para o fogo apagar. Apagou? Apagou. Mas ela não estava bem. Só me lembro de ver todo mundo correndo em sua direção e dizendo pra chamarem a ambulância. Mas então, eu desmaiei..

Acordei, ainda estava escuro, estava coberta com um cobertor, e Link estava ali perto. A fogueira já estava montada e todos estavam se divertindo, ou pelo menos, tentando. Apenas eu e Link ficamos afastados.

— O que aconteceu?
— Você não lembra? Bem, a floresta pegou fogo e, Isis se meteu nele.
— Oh..
— Mas não se preocupe, mandaram ela pro hospital. Eu só estou preocupado, eles me disseram pra eu ficar bem porque ela iria se recuperar mas, ela é minha irmã.
— Hm..
— Pode ir se quiser.
— Bem, eu não queria te deixar ai, sozinho. Vem junto logo, tenta não pensar mais nisso. — Sorri, e esperei que ele sorrisse também. Foi o que ele fez.

Nos levantamos e fomos em direção ao resto, eles estavam cantando uma música que cantamos no ônibus. Na verdade, estava mais pra brincadeira.

— Eu fiz um casamento, e nesse casamento tá faltando tudo.. Tu vai dar: — Jana cantava e apontou para Thainá
— O Bolo! — A menina respondeu
— Tu vai dar: — Apontou para André
— As flores
— Tu vai dar: — E então, todos olharam para Douglas.
— O anel.
— Ele vai dar o anel! Ele vai dar o anel! — Rimos com a brincadeira e a cara irritada do Douglas.
— Por que sempre comigo? — Perguntou.
— Você podia ter respondido outra coisa, eu que queria ter dado o anel.
— Fernanda respondeu, fazendo todos rirmos.
— Vou lançar uma charada. — Damda disse animada.
— Ok. — Assentimos para ela.
— Qual é o rato.. Que pula mais alto que uma casa?
— De novo não. — Oa resmungou e a garota começou a rir sozinha.
— Nenhum! — E teve um ataque de riso. Todos sérios, já acostumados com essa droga de charada. — Casas não.. kakakakaka casas não pulam meu deus KAKAKAKA — Botou a mão na barriga e se lançou no chão.
— Cara... — My disse, pondo sua mão na testa.
— Poxa, vocês não tem senso de humor..
— Ok, vamos começar o jogo. — Mick colocou sua mão na boca de Damda e a empurrou para trás, para que ficasse quieta.
— O que devemos fazer?
— Cada grupo pega uma porra de bandeira, esconde e vai procurar pelos outros. Agora xô.

POV Lyana:

Ok, escutei coisas, Gabriel sumiu, e isso não ten mais fim... Cade meu héroi, hm?
Sinto fome. Fome e sono. Em todos esses dias, Gabriel me fez ficar acordada para fazer alguma coisa para ele. Eu gostaria muito que esse menino morresse de uma forma extremamente violenta. Só faltou ele achar que.. Argh.
Ouço um barulho vindo do porão. Porão na caverna, eu sei, é estranho, mas ele citou um porão e eu não fui lá até agora. Decido que seria melhor ir lá, pego uma faca, uma lanterna, e desço. Há um cadeado, abro-o com um macho que tem ao lado da entrada, arrombo a porta, ligo a lanterna e desço as escadas. O barulho é estranho, parece alguém tremendo.

Off POV:

— Socorro... — Disse a pequena garota, já sem forças.
— Oi?! Alguém aqui? — Ao escutar a voz vinda de um lugar onde entrava um pouco de luz, vira-se, tentando gritar.
— Por Favor! Me ajude! — E uma luz é acessa.

A menina de cabelos extremamente negros vê ao longe uma pequena e fofa garota chegar. Quando a garota chega perto de si, pronta para desamarrar suas cordas, começa a chorar.

— Obrigado.. Obrigado!
— Calma..

Foi quando ouviram um som

POV Renata:

Eu estava escondida dentro de uma moita, protegendo a bandeira, junto com Scopeta, quando passou um homem desconhecido, usando uma capa, pela floresta.

— Hey, Scopeta, quem é aquele ali?

Ela olhou para o lado e tentou espiar por entre as folhas do arbusto. Apertou um pouco os olhos, tentando enxergar.

— Sei lá.. Onde ele está indo? — Paramos para observar escalar uma árvore, pular encima de uma grande pedra e desaparecer.
— Wtf. Chama o Math e o Murched pelo walk-talk pra virem ver isso.
— Ok.
— Vou ir ali, se eles chegarem e eu não tiver voltado, entre ali com alguma arma e me procure.

Segui para onde o homem tinha ido e escalei a árvore. De cima dela, obtive maior parte da visão do local. Conseguia ver algumas bandeiras e algumas pessoas, ao longe via uma briga que devia ser entre Lipi, André e Leandro. Pobre André, 2x1 é difícil. Também vejo Martinho, ao lado de um lago, falando com Theo, deviam estar protegendo a bandeira deles. Olhei para baixo e vi um buraco, dentro via-se uma daquelas escadinhas retas, móveis e tals. A luz estava acesa, então eu desci, tentando fazer o menor barulho possível. Ao alcançar o último degrau, vi o garoto gritando, perguntando por alguém... Espera, ele disse Pig? O QUE?
Vi ele entrando por uma porta, estressado, e o segui. Era um porão, a propósito, escuro. Dava pra escutar pingos, assim como dava pra ver o garoto procurando por algo em todo lugar. Ouvi um rangido de dentes e olhei para baixo, foi quando vi duas garotas tremendo.

— Pig! — Lyana fez sinal de shh com o dedo e me puxou para baixo.
— O que está acontecendo? Você tá bem? Quem é essa? Quem é ele? Porque não fugiu? O que ele fez com você? Desde quando está aqui?
— Calma! Ele não fez nada que deva se preocupar comigo.
— To achando que você tem síndrome de estocolmo.
— O.. O que? O que é isso?.. Nhg. Deixa pra lá, vamos fugir.

Ela pegou na minha mão e na da menina ao lado dela e foi subir as escadas, foi exatamente e, infelizmente, no momento em que o cara virou para nós.

— Oh.. Vocês estão ai.. E parece que chegou mais uma para o meu plano.
— Corre.

Saímos correndo escada a cima, quando ele pegou uma m4 e começou a atirar.

— O que? Ele nunca teve a intenção de me matar!
— Não você, mas eu sim. — A outra menina falou para Pig.
— Da pra alguém me explicar?
— Onde fica a saída? — Indagou Ly
— Ali encima. — Apontei para o buraco.

A garota puxou uma mesa junto com pig e subiram encima, logo depois seguindo pela escada.
Boom! O barulho de um tiro, que fez todos que estavam na floresta, olhar em direção a caverna.


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