Reformatório Atf escrita por Alisonpfta


Capítulo 7
Capítulo 6




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—Ma-ma-mari! Achei q-que você voltava mais tarde.
— E qual seria o problema de eu voltar antes?
— Nenhum! Só que- que.. — Tentava arranjar uma desculpa. — Iriamos fazer uma festa surpresa! Andamos animados e..
— Não importa. Onde está Pig? Por que ela não estaria viva? — Olhava o corredor, agora lotado, a procura de Pig.
— Pig está doente! — Lara Páz disse, aparecendo junto com Fernanda.
— E de TPM.. — Lucas apareceu com seu macaquinho, comendo uma banana.
— E por que estavam dormindo?
— Não podemos mais dormir depois de comer? — Paulo apareceu penteando seu belo e cheiroso pompom capilar.
— Podemos cortar seu cabelo. — Thainá Recorte apareceu junto com Kamylla e Francy.
— Calem a boca. Quero ver a Pig.
— Mas a senhora não pode! Pig está..
— Dormindo! É, Pig está dormindo. — Martinho confirmou.
— Isso mesmo. Ela estava com dor de cabeça. — Math disse, tentando ajudar.
— Olha, eu vou ir conferir umas coisas para o treinamento de vocês e quando eu voltar quero Pig na minha frente. Caso contrário.. — A diretora saiu andando de forma pesada. Quando chegou no meio do corredor, virou para trás. — Eu vi você com celular? — Encarou Ana.
— Não senhora! — Passou o celular escondida para Thainá.
— Reviste-a. — Empurrou Camila na direção das outras. Scopeta revistou a pobre menina e assentiu para Mari, que saiu no mesmo instante.
— Oh meu Deus, quando poderemos trocar os empregos? — A guardinha reclamava, se jogando na parede.
— Não tão cedo. — Isis respondeu e deu um suspiro, se escorando ao lado de Camila.
— Vão ficar ai reclamando. Ou vão arrumar as coisas? — Lipi apareceu carregando Marilu e dando tapas nos ali presentes.
— Argh, claro. — Sam reclamou e saiu, sendo acompanhado pelo resto.

O dia não demorou muito para acabar e logo todos já estavam dormindo. Enquanto a ATF repousava, em um lugar não muito distante dali, Pig estava junto com seu sequestrador.

— Revanche!
— Não, chega de jogar isso, já tá na hora de dormir.
— Eu que te sequestrei, você não pode me mandar dormir.
— Posso sim. — Pig jogou o garoto no chão e sentou encima de sua barriga.
— Sai de cima de mim!
— Só se me contar uma coisa. — A menina ficou séria, mas o outro apenas riu e inverteu os lados, ficando entre as pernas de Pig.
— Depende.. Posso até contar.
— Qual seu nome?! — Perguntou enquanto se debatia na esperança de escapar.
— Gabe.. Gabriel. — Respondeu e soltou a menina, que fechou a cara e cruzou os braços.
— Chato.

No local onde se abriga todos os menores criminosos do pais, pela primeira vez em anos, mal era 5:30 da manhã e a maioria já ia se levantando. Alguns iam tomar banho e outros terminavam de arrumar as malas, do lado de fora estava Paulo, Max, André, Gus e Dandara carregando as caixas de comida e ferramentas, enquanto Cloud tentava ligar o ônibus.

— Quer ajuda ai?
— Não, André. Eu- to- quase — Cloud fazia força no bagulinho de ligar o motor — Consegui. — Disse quando conseguiu fazer o ônibus funcionar. — Lipi, vai buscar a gasolina lá no galinheiro.
— Não to afim.
— Vai agora. — Scopeta apareceu com um chicote na frente de Lipi, fazendo-o tremer.
— Tá! Tá! Acalma. — Bufou e seguiu pelo mato em direção ao galinheiro.
— Que liiindo dia! — Lunis apareceu rodopiando — Olhem o sol nascendo — Sorriu de forma radiante, o que fez todos estranharem.
— Sabemos que você é fofa mas não que é tão animada assim.
— Não estraga a felicidade dela, Gus. — Francy apareceu com um cocar de índio, passando o braço direito pelo ombro de Lego.
— Ah.. — Lunis soltou um risinho sem graça. — Só estou feliz.
— Onde eu ponho as malas? — Thainá apareceu carregando junto as coisas das duas Ana's.
— Por aqui. — Mylena ajudou a garota a levar as coisas pro lado do ônibus.
— Faz um favor Douglas? — Martinho se enfiou na frente da diva que exalava um cheiro enjoativo — Para de usar meu repelente!
— Eu não quero que insetos nojentos atrapalhem meu brilho!
— E você acha que eu quero ficar sem repelente pra ele irem atrapalhar o meu?
— Cala boca, você nem brilho tem. — Douglas jogou o minúsculo fio de cabelo da sua careca para trás, devolveu o repelente pro Martinho e saiu em direção ao ônibus. — Enfia no cu essa droga!
— Da próxima vez eu ponho ortiga pra você ficar com o cu coçando, vadia. — Martinho cochichou, quando Douglas já tinha entrado no ônibus, fazendo Leandro que estava perto soltar um riso irônico.

Isis chegou na garupa de Theo, junto com Math e Sam que estavam comendo maçã.

— Pintei meu cabelo de verde, agora eu posso me camuflar no matinho pra espionar a barraca das meninas! — Sam exclamou, mostrando o cabelo verde para todos ali presentes.
— Eca. — Mylena encarou o garoto com desgosto.
— Renata, viu a Kamylla? — Alison indagou para menina que lia um livro de PJO.
— Não.. Acho que ela está pegando a caixa de ferramentas. Por que?
— Só tá faltando ela.
— Ah, para, logo ela chega. — Lucas chegou com Fred em seu ombro, enquanto o alimentava com banana.
— Vai mesmo levar esse macaco pra lá? — Lara perguntou com um pouco de receio.
— E por que não? Lipi vai levar a Marilu.
— Mas a Marilu é da pelúcia. — Fernanda disse ríspida.
— Tanto faz, o que ele pode fazer de errado?
— Ham... Estragar o acampamento? — Perguntou Link de forma irônica.
— E de que forma?
— Parem de encher o cara e deixem ele levar a merda do macaco. — Motta pegou o animal e botou na gaiola.
— Ei, Motta, por que não faz como o Sam e pinta o cabelo de verde? Vai ganhar prêmio de cosplay de Moitta.
— Cala a boca Martinho, não fala assim do meu marido. — Lara abraçou o garoto cabeludo.
— Ai, que gay. — Anna Luiza falou e abaixou a cabeça, olhando por cima dos óculos.
— Pegaram tudo que precisam? — Indagou Letícia, se sentando na pedra ao lado do ônibus.
— Claro, não sei o que estão esperando. — Kamylla apareceu com a mochila em um só ombro, enquanto segurava a bola e penteava uma parte dos cabelos. O seu óculos estava torto e os sapatos mal colocados.
— Eita.. Quer ajuda ai? — Victor arrumou os óculos e a mochila da menina.
— Obrigado. — Disse Kamylla enquanto se sentava ao lado de Letícia e arrumava os sapatos.
— Ué, mas o que aconteceu? — Isis perguntou, saindo da garupa de Theo, que esticou as costas.
— Como assim?
— Kamylla, você tá toda errada, esse seu "como assim?" não tem sentido — Mylena ia subindo no ônibus pra escolher um lugar.
— Ah, não é nada demais, eu só não costumo acordar cedo.
— Ok então né. — O escravo de Alison encarou a menina junto com todos os outros que estavam espalhados pelo lugar.
— Ué, vão ficar me encarando?
— Enfim.. — Ana Júlia começou — Por que não vamos?
— Ah, claro, com que gasolina? — Cloud que até então estava dentro do ônibus, saiu para ver o motivo do silêncio a alguns segundos atrás.
— Pois é, cade o Lipi? — A guarda Scopeta começou a andar em direção ao local que Lipi deveria estar.
— Faz quanto tempo que ele saiu?
— 30 minutos.
— Não é melhor alguém ir buscar ele?
— E SE ELE TAMBÉM FOI SEQUESTRADO? — Ana Carolina grudou as mãos na cabeça enquanto se apavorava.
— Calma, eu duvido muito — Alison tomou um gole d'água e se desencostou do ônibus.
— Vou checar, pessoal. — Thainá seguiu para o local.

Quando chegou lá, achou o menino abaixado no canto, suspirou de alívio mas ao mesmo tempo ficou preocupada, encostou a mão no ombro de Lipi e perguntou se o mesmo estava bem. Após a pergunta, o garoto lentamente foi virando a cabeça pra trás, revelando seus olhos encharcados de lágrimas.

— EITA JESUS MARIA JUSÉ — A menina deu um pulo pra trás e tapou sua boca com as duas mãos ao ver a cara de pavor extremo do cachorro humano dono da mascote da ATF..

Depois de um bom tempo brincando, cantando, dormindo, comendo e seja lá mais o que for, o ônibus finalmente alcançou a ponta da ilha. Desceram um por um, abriram o porta malas na parte de baixo do automóvel e retiraram suas mochilas, levando-as para o campo. Os mais fortes traziam as caixas de ferramentas, comida e outras coisas necessárias para o acampamento.

— Larguem tudo aqui. — Cloud parou no canto do campo, próximo a uma grande árvore que dividia o campo de um lamaçal.

Todos foram largando os objetos no local indicado e se sentando envolta. O lugar era muito bonito. Em direção da onde vieram (sul), ao lado da estrada, estava a floresta e um galpão. Para o norte, tinha um lago com e depois, dunas de areia. Ao oeste, podia se ver o oceano, apenas com a ponte fechada para o Himalaia. E por fim, ao leste, a grande árvore, e um lamaçal.

— Está tudo aqui?
— Sim. — Dandara chegou carregando a última caixa.
— Ótimo.
— E agora? — Indagou Jana, que estava sentada encima de sua mochila.
— Se dividam e montem o acampamento. As barracas serão divididas como nos seus quartos lá no reformatório. Não esqueçam de por a lona e montar a mesa. Meninas irão dividir a mesma lona e o mesmo pros meninos. — Mick deu as ordens para os adolescentes que olhavam atentamente para o local.
— Espera.. Mas como a gente vai montar a mesa? — André fez a pergunta que todos queriam a resposta.
— Usando as habilidades que aprenderam no reformatório.
— MAS A GENTE NÃO APRENDEU NADA! Aquela droga não tem psiquiatra, treinador, só tem a Mariana pra punir todos que fizerem algo que ela não esteja a fim. — Renata se levantou, revoltada.
— Peguem o facão, cortem as taquaras e amarrem uma nas outras. Vão precisar também fazer um fogão, tem tijolos no galpão e depois é só fazer uma fogueira.
— Adouro coisas mal explicadas. — Camila disse e suspirou, levantando-se e seguindo para a mata.
— Espera, eu vou junto. — Thainá se levantou e seguiu a outra.

O resto do grupo, aos poucos, foi se levantando para fazer alguma coisa. Em menos de 4 horas, já estava quase tudo pronto.

— Que horas são? — Max perguntou a Leandro, enquanto limpava o suor.
— Deve ser umas 14:00.
— Maravilha, 4 horas só nessa função.
— Esquerda, direita, passa pelo meio e.. Deu! — Quando deu o último nó, Theo se levantou e comemorou.
— Terminaram? Finalmente. — Martinho que até agora não tinha feito nada, se pronunciou.
— Obrigado por ter ajudado. — Douglas respondeu ironicamente.
— Não precisa ser grosso, ainda tá me devendo pelo repelente.
— Digo o mesmo. — O garoto do repelente cruzou os braços e caminhou para o acampamento das meninas, irritado.
— Ele está certo. Você nunca faz merda nenhuma. — Lucas parou de alimentar o macaco e fitou Martinho, sério.
— Também não ajudo em mais nada. — O fã da Lady Gaga se levantou e seguiu para a mata.
— Vai e não volta. — Disse Lipi em um sussurro, fazendo os que estavam presentes soltarem uma risada.

Do lado das garotas, havia uma discussão sobre a fogueira rolando.

— Olha a merda que você fez, Isis! — Mylena gritava enquanto caminhava de um lado para o outro.
— Ninguém me disse que a senhora Gio armaria a lona bem aqui.
— Não me mete nisso. — A nova mais virou o rosto, estressada.
— Não tem como não meter, você que fez isso!
— Mas ela não fez nada de errado, a lona era pra ficar encima da barraca, caso chovesse. — Explicou Alison, se dirigindo a ex-Índia da filial.
— O que está acontecendo aqui? — Douglas chegou junto a Mick, que veio preocupado com os berros.
— Isis montou a fogueira exatamente embaixo da lona. — Respondeu Francy.
— E qual o problema? — Douglas franziu o cenho, lembrando que os garotos fizeram o mesmo.
— Bem.. — Anna se virou para Douglas. — Se você acender a fogueira embaixo da lona e o fogo aumentar, ela queima.
— Vish. — O menino se virou, voltando para seu acampamento.
— Agora, graças a essa coisa, vamos ter que negociar de novo esse negócio negociado errado. — Fernanda reclamou enquanto jogava cama de gato com Lara.
— Então — Mick arrancou a linha da mão das garotas. — Comecem. Temos outras coisas pra fazer. — Saiu em direção ao galpão.
— Deixem que eu arrumo, não fiz quase nada até agora. — Letícia fechou a caixa de comida que estava organizando.
— Claro que não fez nada, só armou 3 barracas, fez metade da mesa e organizou as comidas.
— Fica quieta e deixa ela arrumar, porra. — Jana disse já cansada.
— Ok..
— Eba! — A garota se levantou e foi já pondo a fogueira pra mais longe, tijolo por tijolo e galho por galho.

Alguns minutos depois, ouviu-se o som de um apito no meio do campo. Todos se viraram para ver o que era e encontraram um Marcelo os chamando.

— O que quer? — Paulo perguntou de onde estava.
— Venham aqui! — E assim todos foram até o "chefe".
— Diga.
— É o seguinte, eu vou passar um.. Cade o Martinho? — Franziu o cenho, percebendo a falta do garoto.
— Sei lá, se estressou e saiu pra tomar um ar.
— Err.. Enfim. Eu vou passar um mapa e uma bússola pra vocês. Quero que encontrem os objetos na lista atrás do mapa, e que tragam Martinho de volta.
— Ok. — Responderam em uníssono e se separaram em grupos, recebendo o mapa com a lista e a bússola.

Os grupos seguiram para a floresta. Porém, duas pessoas em específico se encontraram ali no meio.

— Hey, Cloud. — Lunis chamou baixo para ninguém escutar.
— Hm?
— Fique com meu celular, agora é um ótimo momento para encontrar Pig. Ela mandou umas mensagens explicando mais ou menos onde estava.
— Ok.

Os dois seguiram adiante, indo a procura por Isis. Enquanto isso, em algum lugar, um garoto estava sozinho, irritado.

— Martinho! — Exclamou Douglas ao avistar Marts, que virou rapidamente e saiu correndo com o susto.
— Martinho! Volte aqui, droga. — O menino largou suas coisas e foi atrás do outro.

...
— O que foi?
— Tem algo errado nisso. Você está tentando me enganar?
— Não! Não estou fazendo isso.. Eu não sei porque dá errado.
— Pig..
— Eu já disse que não sei. — A garota largou o cilindro na mesa e saiu, se sentando no sofá.
— Vai ficar emburrada ai ou vai ajudar?
— Não vou sair daqui até pedir desculpas.
— Tá brincando né? — O garoto riu, deixando Pig irritada.
— Gabriel! Af. — Virou o rosto, encarando a porta. — Espera.. Está ouvindo algo?
— O que? Você só pode estar tendo alucinações.
— Não! Cale a boca. Me deixe escutar. — Disse se aproximando da porta.

"— É por ali!
— Não, cara, eu tenho certeza que é pro outro lado.
— Mas nós acabamos de vir dali.
— Aff, tá bem."

— Dand- — Gabe cortou o grito de Pig, pondo a mão na sua boca.
— Nhaaaa! — Pig tentava falar algo, mas o som ficava abafado.
— Cale a boca, ninguém pode nos ouvir. — Ao dizer isso, A garota deu uma lambida na mão dele, fazendo-o soltá-la.
— Eca!
— Ninguém mandou você por a mão na minha boca, nojento.


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