Anything Can Happen – 2ª Temporada escrita por monirubi2009


Capítulo 29
Capítulo 29 – Descobertas chocantes


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo.



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No outro dia tudo calmo. Ellie e Don já estavam novamente na delegacia tentando descobrir algo sobre Ronald Hommet.

Fazia um pouco de frio mas nada fora do normal. Uma senhora vestindo uma roupa um pouco surrada adentra a delegacia e se aproxima da recepção.

 

— Olá. Em que posso ajuda-la? – pergunta uma policial encarando a mulher.

— Olá. Eu gostaria de conversar com os detetives que estão cuidando do caso da traição. – diz a senhora.

— Mas você pode passar o recado para mim. – diz a policial desconfiada.

— Não. Eu preciso conversar somente com eles. – diz a senhora seriamente e encarando a policial.

— Está bem. Espere um momento. – fala a policial indo até Ellie e Don.

— O que foi policial? – pergunta Don curioso.

— Tem uma mulher na recepção que está perguntando por vocês. Ela disse que gostaria de conversar com caso sobre o caso da traição. – diz a policial.

 

Don e Ellie estranham mas vão até a mulher.

 

— Olá. Você disse que gostaria de falar com conosco? Somos os detetives que estão cuidando do caso da traição. – fala Don – Sou o detetive Don Flack e esta é minha parceira Ellie Saridova.

— Oh olá. Sim é verdade. Sei de algumas coisas sobre isso. – fala a senhora sorrindo.

— E o que seria? – pergunta Ellie interessada.

— Tem que ser em particular. Nunca contei a ninguém mas sinto que é necessário. – diz a mulher.

— Está bem. Venha conosco. – fala Ellie entrando e dando espaço para a mulher entrar.

 

Eles seguem até uma das salas de interrogatório que estava vazia. Todos se sentam para poderem conversar.

 

— Bem. Me chamo Sarah Francis e tenho algo que possa ajudar. Quando eu soube dos assassinatos sabia que era ele. O modo como ele fez me dizia que tinha que ser o meu Robert. – fala a mulher tristemente.

— Como assim? Seu Robert? – pergunta Ellie confusa.

— Ele é seu marido? Porque do modo como você falou. – fala Don encarando a mulher.

— Oh não. Ele é meu filho. Se quiserem gravar para passarem para os outros envolvidos podem gravar. – diz a mulher suspirando pesadamente.

 

Ellie e Don ficam espantados. Não sabiam o que fazer. Don coloca o celular em cima da mesa e o coloca no modo gravar.

 

— Sei que pode ser estranho mas o tive ainda muito jovem. Robert nem sempre foi como ele é agora. Naquela época era comum o casamento arranjado ainda mais se você era de família rica. Meu pai, Adolf Francis Junior, era um homem conservador em relação a tradição de que ricos só casavam com ricos. Eu nasci nesse mundo de ricos e vi o que eles podem fazer quando algo não é do agrado deles. Meu marido, James Hommet, também vinha de uma das famílias conservadoras. Lembro-me que era um domingo quando conheci a família Hommet, eu ainda era uma garotinha de 4 anos. James tinha 8 anos na época. Por incrível que possa parecer nos tornamos amigos para a felicidade de meu pai que achara alguém de família descente como ele dizia. Crescemos, nos tornando adolescentes. Quando James fez 18 anos ele foi para o exército mas assim que ele saísse nos casaríamos.

Dois anos depois eu e James nos casamos. Nosso casamento era ótimo. – diz Sarah suspirando tristemente.

 

Ellie e Don não sabiam o que dizer com aquele relato. Mas Sarah não desaminou, precisava fazer aquilo.

 

— Bem, dois depois de casado eu engravidei. Eu queria uma menina mas para James tinha que ser um menino. Eu estava de 7 meses quando soubemos que seria um menino. Claro que James fez a festa mas eu não estava tão bem assim. Tudo piorou quando Robert tinha dois anos. James começou a beber e a ficar violento comigo. Me batia, esmurrava, gritava, xingava e as vezes me forçava a ter sexo com ele. Na maioria das vezes Robert assistiu sem entender nada.

James então começou a me trair mas eu escondia tudo do meu pequeno Robert. A minha história estava se repetindo assim como a dos meus pais. Annabela Farin era a amante que ele mais visitava. – dizia Sarah tristemente.

 

Agora sim Ellie e Don estavam assustados e tristes.

 

— Continuando. Nesse meio tempo meus pais faleceram e eu fiquei sozinha. Tinha Robert mas não podia falar tudo com ele. Podia falar com minha mãe mas os conselhos dela eram que eu ficasse quieta na minha. Quando Robert completara 8 anos já estava insuportável a convivência com o James. Eu não sabia que ficaria muito pior do que já estava.

James decidira que ele ia morar com a tal de Annabela. Eu fiquei triste claro mas aliviada. Robert sempre me perguntava pelo pai mas eu sempre falava que o pai dele tinha ido embora abandonando nós dois. Contei o motivo nos mínimos detalhes. Era uma segunda-feira à tarde, fazia um friozinho, quando a campainha fora tocada e um homem me entregara um envelope e me fez assinar um papel em uma prancheta. Fui ao meu quarto e abri o envelope. Era o pedido oficial de divórcio. Não podia acreditar mas não havia o que eu pudesse fazer naquela altura. – disse Sarah soluçando.

— Isso é desumano. Explica em partes o que o Robert fez. – diz Ellie estarrecida.

— Nossa. Chocante. – fala Don também estarrecido.

 

Sarah tira um lenço do bolso e enxuga algumas lágrimas que ameaçavam cair.

 

— Eu gastara metade da herança que meus pais deixaram com o divórcio, tive que arrumar um emprego pra que eu e nem o Robert morrêssemos de fome sem o dinheiro da herança. Não era fácil. Tudo piorou de novo quando eu recebi outro envelope pelo mesmo de homem de antes, Robert já tinha 10 anos. Eu não queria acreditar no que estava lendo. James estava pedindo a guarda total de Robert, eu ficara estarrecida e com raiva.

Dez dias depois foi a primeira audiência. Depois teve mais duas e eu achava que Robert ia ficar comigo. Ledo engano.

O juiz dera a guarda total do Robert para o James. Claro que no primeiro momento Robert ficara furioso com o próprio pai mas não havia o que eu ou Robert pudéssemos fazer em relação a isso.

Eu podia ver o Robert de vez em quando mas sempre supervisionada por alguém daquela casa. Se acham que foi boa coisa te digo que não. A cada visita Robert estava diferente não só na aparência como no temperamento. As coisas que ele começou me falar eram doloridas, dura. Perdi contato com James quando ele morrera. Ainda via Robert mas era escassas as visitas por minha parte. Não queria aquele Robert.

Annabela pouco tempo depois de Robert completar 20 anos. Ela estava com medo dele mas não ela morreu de câncer cerebral.

Acho que tudo que aconteceu comigo, com o James e até mesmo Annabela criaram esse Robert de hoje. – fala Sarah soluçando.

 

Agora lágrimas escorriam pelo rosto de Sarah. Era muita informação para Don e Ellie que ficaram espantados com toda a história. Só que eram necessárias. Don pega o celular e para a gravação.

 

— Isso é muita coisa. E é muito triste. – fala Ellie espantada.

— Muita informação mas eu nem imaginava que Robert já havia passado por tudo isso. – fala Don.

— Sei que é muita coisa para processar mas não consegui o Robert depois da tomada guarda para o que ele era antes. James batia nele sempre por Robert lembra-lo sobre mim. Ele queria que eu sofresse também a dor da separação entre mãe e filho. – disse Sarah.

 

Ellie e Don não sabem o que falar. Eles acabam ficando intrigados com tudo. Alguém bate na porta fazendo Don se levantar.

 

— Annie o que faz aqui? – pergunta Don.

— Preciso falar com a Ellie um minutinho. – diz Annie ansiosamente.

— Só um minuto Sarah. – fala Ellie se levantando.

— Eu fico com a Sarah esperando você. – fala Don.

— Não se preocupem. Eu preciso ir mesmo. Mas se precisarem de mais alguma coisa, qualquer coisa, só me ligarem em um desses números. – fala Sarah entregando um pedaço de papel para Don.

— Está bem então. Até Sarah. – fala Don pegando o papel.

— Até Sarah. E cuidado. – diz Ellie dando um abraço em Sarah.

 

Sarah se despede de todos e se vai.

 

— O que foi Annie? Estamos indo para o laboratório se quiser podemos conversar lá. – fala Ellie curiosa.

— É particular. Pode ser lá então não tem problema. – diz Annie andando.

 

Ellie e Don seguem Annie. Annie entra no seu carro e suspira. Ela teria que ter a conversa que precisava com a Ellie. Precisava de esclarecimento.

Don e Ellie entram no carro.

 

— Estou curiosa pra saber o que a Annie quer comigo. Deve ser algo importante, só pode. – fala Ellie.

— Se ela disse que é particular pode ser importante sim mas você vai ter que esperar. – diz Don dando partida no carro.

 

Ellie tão curiosa que não aguentava ter que esperar.

Assim que chegam no laboratório Annie desce do carro suspirando. Sabia que Ellie não a deixaria em paz até saber o que estava acontecendo.

Annie, Don e Ellie adentram o prédio e entram no elevador para poderem ir até o laboratório.


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Notas finais do capítulo

Aí está. Vou postar um por semana no máximo dois (se tiver). Fantasminhas se quiserem aparecer ficarei agradecida. Até o próximo capítulo.