Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 37
36 - Damn Your Kiss And The Awfull Things You Do


Notas iniciais do capítulo

Hey Guys!! Eu só estou postando hoje, porque tenho boas notícias: FINALMENTE tive a idéia do que escrever para o casamento... Agradeçam aos roteiristas de Castle :3
Agora, agradeço primeiramente à Dama das Cores, que escreveu o primeiro P.O.V (eu só editei algumas coisas), mas também agradeço à: Drika Di Angelo, Sophneko, Mylla Grace, Larissa di Angelo, DaughterOfPoseidon, Aphroditte e SweetJúlia!
Essa história não seria nada sem vocês!



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P. O. V Cathy:

Eu tinha acabado de sair da minha aula, e estava completamente estressada: semana de provas chegando, o musical, o casamento. Mas o que mais me estressava era Nico.

Tava na cara que ele não iria melhorar, e eu precisava da ajuda das meninas para escolher um substituto. E era esse desespero, e a minha incapacidade de ver se ele melhoraria ou não (eu ainda mantinha esperanças, mesmo que elas fossem inúteis: precisávamos daquela voz de barítono), que estava me deixando louca.

– Então, Cathy, o que você queria falar com a gente? – Steph, responsável pelos figurinos, pergunta, ansiosa – Eu tenho um trabalho urgente para o curso.

– Eu hein, cadê a paciência dos...

– Tá, ta! A paciência sumiu! – ela me corta e eu me assusto. – Anda logo! Direto ao assunto!

– Okay! – pisco assustada e suspiro antes de continuar – Como vocês bem sabem, nosso querido Menino-Caveira está gripado e com a bendita garganta inflamada – faço uma pausa, encarando-as para ver se seria interrompida de novo – Só faltam duas semanas para o musical e nosso querido filho de Ha...

– Já entendemos! Você quer saber quem vai substituir o Nico, né? – às vezes acho que Steph também tem uma conexão mental comigo, porque ela simplesmente advinha o que eu to pensando e ou fala antes de mim ou junto comigo.

– Já pensamos nisso, Cathy, e estamos analisando as opções! – Ágatha informa.

– Acho que deveríamos consultar a Lia também! – murmuro

– Por quê? – todas perguntam

– Conhecendo a Lia como eu conheço, ela não vai aceitar fazer o musical se ela não conhecer quem vai contracenar com ela.

– Então vamos mudar essa reunião para o quarto do Nico – Aria, que até então estava quieta, se pronuncia

– Por quê? – Ágatha pergunta, confusa.

– Simples! A Thalia está cuidando dele lá, e podemos até aproveitar e pedir ajuda ao Nico. – respondo

– Então é melhor irmos logo: se aqueles dois estão juntos e sozinhos, já devem estar ou se matando ou, eu aposto, se agarrando! – Steph comenta, e eu fico me perguntando como ela sabe disso...

– Como você sabe disso?

– Lucas! – ah, ta explicado

– Achei que fossem os filhos de Íris os fofoqueiros, não os de Hades! Tem certeza de que ele não é seu irmão? – Valentina perde a amiga, mas não a piada.

– Ei, não somos fofoqueiros? Somos tagarelas; o que é muito diferente! – ui, Steph se ofendeu.

– Tá, sem brigas! – mentira eu queria ver o barraco rolar, mas tínhamos emergências à resolver. – Vamos logo ou... – e sou completamente tirada da conversa, graças à uma visão.

“ – Obrigado, Lia! – Nico sorria, segurando o rosto de Thalia – Você não sabe o quanto é especial para mim! – e como se fossem movidos por alguma força gravitacional, os dois vão se aproximando...”

E eu volto para a conversa, ainda meio tonta...

– Cathy? Cathy! – Valentina me sacudia. Ah, então foi assim que voltei

– Hã? Hein? – mas eu ainda estava tonta, tentando entender o que estava acontecendo.

– Você ta bem? – duas Stephs, muito preocupadas, perguntam.

Pisco para estabilizar minha visão.

– Sim, eu to... Eu só... Tive uma visão... do Nico e da Lia quase se... – então percebo que a roupa que Nico usava na visão, era a mesma que eu o vira usando hoje mais cedo. E se isso era naquele dia, e os dois se beijassem, Thalia também ficaria doente, e então... Bom, estaríamos completamente fudidos. – Deuses, temos que salvar o Musical! – saio arrastando todo mundo comigo, na direção do quarto de Nico, o mais rápido que posso.

– Cathy, calma! – Steph pede

– Calma o caramba! Eles estão prestes a se beijar... – Steph e Valentina, percebendo o que isso significava para o musical, se soltaram de mim, e começaram a puxar as filhas de Atena. O que me deu mais agilidade.

Corremos pelos corredores; e quando chegamos no quarto, quase arrancamos a porta do lugar ao entrar.

– Mas o que pensam que estão fazendo? – pergunto, no meu melhor tom de mãe repreendendo um filho.

P. O. V Nico:

Lá estava eu, na melhor parte do meu dia: prestes a beijar uma garota que, depois de tanto esconder que tinha ciúmes e de tanto me bater, finalmente diz que sou especial para ela e que gosta de mim. Eu estava nesse ótimo momento, quando cinco malucas entram no quarto, e uma delas, uma das que tinha mais cabelo do que gente, está achando que é nossa mãe.

– Será que não percebem o que está acontecendo? Se vocês se beijarem, vão os dois ficarem doente, e então Bow Down, Bitches: acabou musical! – Cathy ralha conosco.

– Eu só queria que elas todas não estivessem olhando para nós... – Thalia suspira, e se joga ao meu lado. Me senti vazio... – Parabéns, vocês salvaram o mundo; querem um doce?

– Olha só, não me importo que fiquem com raiva de mim! Eu também não queria interromper o beijo dos dois, sei que é chato, mas... – e eu fui me desligando, deixando que a voz de Cathy se tornasse apenas barulho de fundo. Eu não estava fisicamente preparado para discutir com ela, então deixei que Thalia assumisse o controle.

Até porque, era algo que eu gostava de fazer! Vê-la tomar conta da situação e liderar à todos era algo inenarrável, e eu poderia ficar horas vendo-a fazer isso ou discutindo estratégias com ela...

E eu estava mergulhado nisso, vendo seus cabelos negros se agitarem conforme ela se inclinava na direção de Catarina, e imaginando com aqueles olhos estariam elétricos ao enfrentar os então dourados da filha do sol, quando algo dentro de mim estalou.

– Com licença! – levantei e fui correndo para o banheiro, deixando as “damas” completamente confusas.

P. O. V Thalia:

15 minutos! Foram 15 angustiantes minutos ouvindo Nico vomitar, e mais uns 5 ouvindo-o escovar os dentes. E então, ele finalmente entrou no quarto...

E estava mais pálido que o normal. Só me faltava essa!

– Nico, o que aconteceu? – Catarina perguntou, toda melosa. Nem parecia que estava brigando com a gente

– Todo o alimento que consumi nessas duas semanas, se foram! Eu to tonto, cansado, com fome e com dor no corpo todo! – ele respondeu, arrastando-se até a cama e se jogando nela. – Alguém pode me arranjar algo para comer?

E então, as 5 malucas ficaram mais loucas ainda: Cathy e Ágatha começarm a chorar, Valentina agradecia à Apolo e se gabava por ali; Steph deu um saltinho comemorando e bateu um high Five com Aria.

– O que deu nelas, Thalia? – e foi só aí, ao ouvir meu nome, que eu entendi.

– Nico! – eu o encarei, meio encantada, meio pasma.

– O quê? O que houve?

– A sua voz! – eu sorri, e ele entendeu. – A sua voz está de volta! – me joguei em cima dele, abraçando-o e cobrindo seu rosto de beijos. – A sua perfeita voz de Barítono está de volta.

– Graças à você!! – ele sussurrou e riu quando eu estremeci. Maldita bendita perfeita voz! – Obrigado, Lia! – seus olhos de obsidiana encontraram os meus.

E eu joguei tudo pro alto: dane-se espetáculo, dane-se que ele estava gripado, dane-se tudo!

– De nada! – e o beijei, deliciando-me ao sentir seus lábios (agora com um sabor inconfundível de menta) sob os meus, abrindo-se no que eu sabia ser um sorriso brincalhão, tão típico dele.

P. O. V Ágatha:

Ai meus deuses, eles estavam se beijando! Não pode, ele ainda não ta toltamente curado! E o espetáculo? Eu tive tanto trabalho para escrevê-lo...

– Hey, Cathy! – a cutuquei e lhe mostrei a cena.

– Ai, meus... – seu olhar ficou vago, e eu tive certeza de que se tratava de uma visão... Era assim desde que éramos crianças, quando nenhuma de nós sabia a verdade. - Ela não vai ficar doente! O espetáculo ainda está de pé! – ela sorriu, e me deu o braço – Vamos sair daqui. Sem fazer alarde!

P. O. V John:

Ai que correria: botânica de um lado, biologia do outro, música, matemática... Não via a hora de descansar e dormir por umas boas 10 horas! Por que 8 não seriam suficientes.

E foi com esse pensamento em mente, que entrei no quarto, pronto para expulsar Thalia, quando a cena que vi, me fez parar.

Nico e Thalia estavam deitados juntos na mínima (mas não tão mínima) cama de solteiro dele, dormindo tranquilamente. Estavam abraçados, e eu daria quase tudo para tirar uma foto do momento, porque era extremamente fofo.

– Não vou atrapalhar isso! – sussurrei, tentando fazer pouco barulho enquanto pegava meu pijama e deixava a mochila no chão.

Mas se eu estava determinado a ser silencioso, Pipoca com certeza era contra. Ela saiu correndo de debaixo da cama e foi se embrenhar na cama de Nico.

– Han, sai Pipoca! Pipoca? – Thalia desperta, e só então percebe onde está – Meus deuses... – ela olha ao redor, espantada, e então se levantou. Deu um beijo na testa de Nico, e saiu, me lançando um último aviso – Você não viu nada!

– Pipoca 1 x Grace 0! – murmuro para ela, sorrindo. – Eu nunca te vi aqui hoje!

– Acho bom!

P. O. V Thalia:

– Ah, lembrou que tem um quarto! – Valentina diz, sarcástica – Vou desligar, tenho que zoar a Thalia: ela finalmente saiu do quarto do Nico! – ela diz ao telefone – Não, não sei se eles são como nós! – ela ri – Je t’aime trop! – e finalmente desliga. – Eleazar queria saber se vocês estavam... Você sabe... Fazendo “coisas” – ela sorriu maliciosa. – Mas garanti à ele que somos os únicos que pensam desse jeito quando se vêem a sós em uma cama.

– Ah, não são, não! – murmuro, lembrando de quando surpreendi Aria e John...

– Que isso, hein Thalia? Reinando no colchão do di Angelo! – ela dá uma gargalhada, e eu reviro os olhos – E, olha só, ta até corando!

– Vou tomar meu banho, dormir, e fingir que essa conversa não aconteceu! – decido.

Mas eu sabia que era impossível. Aquela conversa tinha acontecido e o resto do dia também, e ele estava me perseguindo até em sonhos.

Naquela noite, sonhei com o que aconteceu depois que a gangue das malucas saiu do quarto, mas meu subconsciente fez o favor de acrescentar alguns detalhes, e retirar outros:

“ – Acho que perdemos nossa platéia! – ele murmura, segurando minha perna. – Ainda bem! Ou eu cobraria pelo espetáculo! – senti seus lábios se curvarem em outro sorriso.

– Muito bobo, mesmo! – eu também sorri e abri os olhos, errando de novo ao fazer isso: suas orbes negras me fitavam com um brilho que eu não reconhecia.

Sua mão, que estava em minha perna, subiu calmamente por meu corpo, delineando cada curva, até atingir meu braço. Ele o pôs ao redor de seu pescoço e se sentou comigo, sem interromper o olhar um momento se quer.

– Você! Está! Me! Enlouquecendo! – ele sussurrou roucamente

– O sentimento é mútuo! – eu sorri provocando-o e quebrando o contato com ele, ao beijar seu pescoço.

– Você é uma droga! – ele riu, afastando meu cabelo e beijando minha nuca – Meu tipo favorito de droga! – sussurrou em meu ouvido – E eu estou chegando ao ponto alto do meu vicío!

– Hum... É mesmo? – voltei a fitá-lo.

– É! É mesmo! – e sua voz, normalmente grossa e meio rouca, estava umas 10 vezes pior.

– Bom saber! – sorrio para ele, que revira os olhos antes de me beijar de novo.

Mas o beijo foi diferente. Não foi divertido ou doce como eu me lembrava. Foi sensual e doce, conforme eu imaginava que ele poderia ser se quisesse.

Prova da diferença: suas mãos subiam por meu corpo, arrancando minha camisa, e me deixando arrepiada ao sentir seu familiar toque gelado. Principalmente quando sua mão atingiu o fecho de meu sutiã e...

MY DAYS END BEST WHEN THIS SUNSET GETS ITSELF BEHIND – E eu sou “sutilmente” despertada pelo Alex Turner, mas infelizmente ele não estava dando uma de suas famosas reboladinhas no meu quarto.

– Nossa, por que está tão ofegante? Andou tendo sonhos eróticos, é? – Valentina brinca, indo para o banheiro.

Se ela soubesse o quão certa está...

P. O. V Nico:

O mundo é estranho!

Em um dia, Thalia está sendo o carinho em pessoa comigo, no outro (e no restinho da semana e fim de semana) ela me evitava o máximo que podia. Só a vi de novo durante os ensaios, e ela se limitava a cantar e encenar... Quando eu me aproximava demais, ela corava tanto que chegava a assustar.

– Acho que eu deveria ir um pouco mais devagar com ela! Ela era uma caçadora até pouco tempo, e agora eu fico investindo nela, como se ela estivesse acostumada a ser cortejada... – resmungo com Cathy, enquanto treinávamos esgrima no ginásio.

Um bom semideus nunca sai do acampamento sem todas as suas armas...

– Não é bem por isso que ela está constrangida, mas eu não vou te contar o porquê! – ela respondeu, bloqueando um dos meus ataques

– Vocês, mulheres, têm algum código de conduta? – pergunto.

– Temos vários! – ela gira a espada, e me atinge na lateral do corpo – Mas também não é com isso que tem que se preocupar... – ela embainhou sôter – Aliás, foi mals, mas você sabe como ela pode ser convincente! – e saiu correndo, me deixando confuso.

– Eu, hein! – murmuro, embainhando minha espada também.

Sigo meu caminho tranquilamente até meu quarto, aproveitando aquele domingo frio e agradável. Eu sentia que meu sono, naquela noite, seria tranqüilo e chegaria fácil. Se chovesse então, eu dormiria mais rápido ainda...

Pelo menos, eu sentia isso até ver a fatura do meu cartão de crédito.

“ Aliás, foi mals, mas você sabe com ela pode ser convincente” Cathy dissera.

Ela! Só conhecia uma pessoa que era bastante convicente para mim!

P. O. V Catarina:

Domingo, 20 de outubro de 2013, o dia em que Nico descobre a verdade sobre nosso dia de compras. Ele convoca uma reunião com todos os que saíram naquele dia. Ele nos faz esperar por ele em uma das salas em comum daquela enorme escola.

– Volto já! Não saiam! – não era um pedido, era uma ordem. Dita num tom frio e preciso.

– O que será que ele quer conosco? – Valentina pergunta, confusa.

– Ele quer saber quem roubou o cartão de crédito! – uso nossa conexão mental para atualizá-la.

– Como sabe disso?

– Porque eu usufruí do cartão roubado! – confesso, engolindo em seco ao vê-lo entrar com a última suspeita: Thalia.

Ele a joga na cadeira fofa e branca, que contrastava e muito com a roupa escura que ambos usavam. Ela estava bufando, e o mirava com ódio, enquanto raios brilhavam do lado de fora das enormes janelas e em suas mãos.

– O que pode ser tão importante ao ponto de você me acordar? O que você quer saber? – ela sibila, segurando com força o braço da cadeira.

– É muito simples: eu quero saber quem roubou o meu cartão e gastou rios de dinheiro em uma loja de roupas! – ele disse, calmamente.

Ai, ai! Estamos ferradas, Thalia!

– Muito bem, qual de vocês roubou meu cartão? – Nico perguntou para nós, furioso, encarando um par de olhos azuis que não eram os meus. – Foi você, não é mesmo?

– Como pode ter tanta certeza? – Thalia se levanta, encarando-o.

– Ora, quem mais saberia minha senha? – ele se aproxima.

– John? – ela diz, e o filho de Deméter citado apenas revira os olhos – As filhas do Rihappy? – ela tenta.

– Ei! – Valentina e eu reclamamos

– Você sabe que elas não fariam isso! Agora, alguém com muita raiva de mim, com certeza faria!

– E por que eu estaria com raiva de você, di Angelo? – ela sorri ironicamente

– Talvez, por isso? – ele a puxa pela cintura, beijando-a na frente de todos, que ficam boquiabertos

– Há muito que seus beijos não me estressam! – ela se afasta.

– Mas houve um tempo em que te estressavam! Por exemplo, no dia que em que fomos fazer as tais compras para a tal festa... Foi a primeira vez que nos beijamos e você estava puta da vida! – ele cruza os braços – Confessa que roubou o cartão, e eu posso pensar em formas menos dolorosas de puni-la.

– Fui eu sim! – ela empina mais ainda o nariz – Foi uma das melhores coisas que já fiz! – se aproxima um pouco mais e eu só torço para que ela não toque no meu nome. – Vai fazer o quê? – ela o desafia.

– Nada! – ele sorri e sai, deixando todos confusos – Por enquanto...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Beijos!!