P. O. V Autora:

Três belas damas conversavam em uma sala anormalmente grande, decorada com enormes tronos, e repleta de muito poder. Era arriscado estarem ali, especialmente considerando o que estavam fazendo.

―Tem certeza de que isso vai dar certo? ― a Primeira Dama dos céus questionou, um tanto incomodada com os planos que ouvia.

― Claro que sim! Já viu algum casal que eu uni se separar? ― a dama de rosa parecia ofendida. Afinal, ela era Afrodite: ela nunca se equivocava!

― Pensando assim... ― Hera pondera, lançando um olhar furtivo para o trono de seu marido, como se esperasse que esse se materializasse ali, condenando-as por tramarem tal coisa.

― Mas e nossos maridos? Eles não se suportam, acha mesmo que vão permitir que esse casal exista? ― nossa outra Primeira Dama, dessa vez a do submundo, perguntou, como se estivesse em sintonia com os pensamentos de sua madrasta/tia/cunhada.

Relações olimpianas são complexas, entretanto os deuses ainda achavam que deveriam determinar os relacionamentos de seus filhos, baseando-se em alianças e rivalidades... Ainda bem que Afrodite existia: às vezes, seu sentimentalismo conseguia ser mais preciso que a racionalidade de Apolo... Outro errado em sua imortalidade, mas essa história conto depois.

― Foi por isso que as trouxe aqui. Que marido resiste ao charme de sua amada esposa? ― e a deusa do amor explica seu plano, que era bem simples na verdade.

Afinal, o que há de difícil em unir a filha “punk” de Zeus com o filho “emo” de Hades? Dizem as línguas por aí que eles têm muito a ver...

Quiséramos que fosse totalmente verdade!

Longe dali, uma menina, filha de Apolo, dona de incríveis olhos azuis, que conversava com a ex-caçadora de olhos azuis elétricos, vê algo interessante.

“― Quem dá língua pede beijo!

― Manda a ver, Cara de Pinheiro!

― Você me ama!

― Casa comigo?

― Só marcar a data.”

― Catarina? ― Thalia chama pela menina, que treinava com ela ― O que você viu?

― Nada demais, tia Lia! ― e se imaginam que era de propósito que Catarina chamava Thalia de tia, podem ter certeza de que era ― Nada demais! ― ela sorriu para a filha do raio, que não nada entendeu.

Porém, não demoraria a começar a entender porque sua sobrinha lhe sorria de forma irônica, antes de desviar o olhar para o treinador do dia.

― Muito bem. ― Nico di Angelo bateu palmas para chamar a atenção de todos ― Vamos começar?