Crônicas Do Olimpo - A Maldição Do Titã escrita por Laís Bohrer


Capítulo 23
Em Memória de Percy Jackson (Final)




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Três semanas depois...




Naquele dia eu tinha acabado de voltar de mais uma missão, uma hidra descontrolada e monstruosa estava atacando uns bairros de Nova York, segundo o sonho de um filho de apolo - Will Solace - dois irmãos meio-sangues corriam risco de morte com essa hidra, agora estavam são e salvos no acampamento. Eu meio que fui convidada a ir na missão junto de Benjamin Chase o que foi uma experiência interessante. Eu pensava no que Hansel dizia, ele disse que tinha ouvido a voz de Pã, era chocante, mas ele se agarrava a essa esperança.




Naquela noite, o céu estava limpo e sem nuvens, apenas a lua e as estrelas, da janela do meu quarto eu podia ver a constelação de Zoë, a caçadora. O Chalé 3 estava vazio e solitário, como se também estivesse tendo seus momentos de luto junto comigo. Demorei para dormir, mas finalmente eu preguei os olhos.


E diferente dos dias de missão, eu tive um sonho, mas era um sonho bom... Até certo ponto.

Eu tinha dez anos de novo, estava olhando para meus próprios e pequenos pés que mal alcançavam o chão, eles balançavam no ar, eu estava sentada vestindo um vestido azul, no balanço pendurado em uma árvore.

– Hey! - ouvi aquela voz e despertei em um sorriso. - Mana... O que aconteceu?

– Percy... Percy! - eu corri na sua direção para abraça-lo. - Pensei que estivesse...

Então, quando me dei conta, quando abrace o ar, ele não estava mais ali, sua voz tinha sumido.

– Percy?

Tudo ao meu redor escureceu e em lagrimas eu cai de joelhos, eu estava de volta a entrada do Tártaro, uma menina indefesa de dez anos caindo em lagrimas.

A Risada de Cronos ecoou pelo lugar, então eu ouvi um grito. Era o grito de Percy, eu olhei ao redor procurando por ele, mas ele não estava em lugar nenhum.


Então eu acordei batendo a cabeça no beliche de cima como de costume.



– PERCY! - gritei ignorando a dor na cabeça.


Eu me livrei das cobertas e pisei no chão frio, nada além do silêncio, mas eu subi no beliche de cima para acordar meu irmão para apenas ter certeza de que ele estava ali, e assim como no sonho.

Ele não estava.

Eu me deixei cair no chão, notei que estava suando frio. Suspirei e em crise, tremula eu comecei a soluçar, quando finalmente parei, meus olhos estavam molhados, Eu me acostumei tão rápido ao tempo em que Percy tentava me acordar com baldes da água e eu nunca me molhava... Quando resgatávamos animais marinhos juntos... E outras vezes quase morríamos fazendo isso e sempre acabávamos... rindo.

Na cama aonde dormia Percy estava Trina, a boneca de pano. Olhei para a parede e alguma coisa brilhou lá. Era a lança de Percy pendurada, refletindo a luz da lua. Me ergui do chão cambaleando, eu não ia conseguir dormir, tinha medo de mais um pesadelo como aquele. Olhei para a lua do lado de fora pela janela. E disse:

– Esta brilhante hoje, Ártemis.

Ela parecia tão atraente, como se estivesse me chamando, e eu respondi ao chamado, vesti meu casaco e fui para fora. Eu me sentia um zumbi caminhando para fora indo diretamente para a parte de trás do meu chalé, era possível sentir a brisa do mar gelado batendo no meu rosto mesmo a distância, Então eu parei de andar, eu não estava sozinha lá, Jake estava lá na frente de uma lápide, me belisquei para ver se não era um pesadelo ou algo assim, continuei ali.

Jake me notou, mas nada disse, eu andei na direção dele, aquela lápide não estava lá antes. Então eu vi o nome:

Perseu Joshua Jackson

Amado Irmão e Filho

"Coragem, Lealdade e Força"


– Ártemis. - disse Jake finalmente. - Foi ela, não foi?



Não respondi, apenas assenti afirmando.


Dei um passo a frente. Um vento bateu no meu rosto jogando meu cabelo para trás, levei a mão até o pescoço aonde estava um colar com um pingente de bronze no formato de um concha, pertencera a minha mãe, Sally Jackson. Tirei o colar.

– Em Memória de Perseu Jackson...

Pessoas normais colocam flores em lápides, eu coloquei aquele colar.

– ... Vou sentir sua falta.

Então eu deixei as lagrimas caírem, eu abracei Jake, e abracei com todas as minhas forças, ele apenas retribuiu. Era aquilo que eu queria para a morte de Percy. No modo Tradicional.

– O que faremos agora? - perguntou Jake.

– O que fazemos sempre... - falei. - Seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

"Coragem, Bravura e Força"

Coragem... De fazer o que é certo mesmo sendo perigoso.
Lealdade... Até o final.
Força... De levantar toda a vez que cair.

Três palavras que eu uso para descrever Percy Jackson, O Filho de Poseidon.

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Até a próxima temporada! : http://fanfiction.com.br/historia/407978/Cronicas_Do_Olimpo_-_A_Batalha_Do_Labirinto/