A Lenda de Irumina (The Irumina Legend) escrita por Andy Miira


Capítulo 6
A toca dos ladrões


Notas iniciais do capítulo

Saindo do forno mais um capítulo da história! =D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400744/chapter/6

Narrador: Andy

Depois que resgatei Greenie e resolvi o problema das plantas descontroladas, decidi voltar até Risun, para descansar.

— Hum... Preciso refletir sobre esse poder que recebi da Lágrima da Natureza... É a “Magia”, não é mesmo...? – Eu falava sozinho, quando de repente, Greenie me interrompeu, com um berro.

— E-E-ESPERE AÍ! Acha que vou deixá-lo sair sozinho com o poder de meu santuário?!

— Hã? O que quer dizer com isso? E afinal de contas, por que você está gritando comigo, hein? Eu acabei de salvar sua... Como posso dizer... “Pureza”, não é?

— Aah! – A dríada ficou corada. – N-n-não precisa me lembrar daquela situação tão constrangedora... Menino pervertido! Eu s-sei que no fundo, você estava adorando me ver amarrada por aquelas vinhas...

— Agora você está exagerando... Enfim, Greenie, o que quis dizer com “poder de meu santuário”?

— Andy, quando você tocou na Lágrima da Natureza, eu pude ver que você absorveu todo o poder dela! Veja o pedestal onde ela estava...

Realmente, a Lágrima havia sumido do pedestal. Seria possível que... Aquela grande pedra, entrara em meu corpo? Eu continuava sentindo o poder dela fluindo em mim...

— Entendeu agora? Andy, você só pode ser de outro mundo mesmo... Nunca vi ninguém absorver o poder da Lágrima daquele jeito.

—--x---

No final das contas, Greenie decidiu sair da floresta para “vigiar como irei usar o poder da Lágrima”. Essa garota leva muito a sério o trabalho dela de “guardiã da Lágrima da Natureza”...

— N-nem pense em usar seu poder para fazer coisas estúpidas, certo, Andy?

— Tá bom, tá bom! Pare de me dar bronca, você não é nem minha mãe, nem minha irmã mais velha!

Falando em “irmã mais velha”, como será que Luna está agora? Ela deve estar preocupada comigo, pelo meu sumiço...

— Luna-chan... – Pensei em voz alta.

— Disse alguma coisa?

— Nada não...

Após caminharmos por um tempo, eu e Greenie chegamos até Risun. Mais uma vez, notei que todos do vilarejo olhavam para mim, por causa de minhas roupas. Desde que toquei naquela grande pedra mágica, fiquei vestindo um “sobretudo verde”, quase igual à vestimenta clássica dos detetives, exceto pela cor.

— Que roupa engraçada! Hahaha! – Disse uma criança que brincava na rua, sem conseguir segurar o riso.

— Hehehe... – Isso me deixava envergonhado...

Pelo menos nem todas as atenções estavam voltadas para mim. Os jovens rapazes do vilarejo prestavam mais atenção em Greenie, mesmerizados pelo seu corpo bem desenvolvido e sua pele negra, cuja cor contrastava com as roupas floridas e cabelos verdes da dríada.

— Hihihi... - Greenie apenas sorria, lisonjeada pelos olhares apaixonados dos rapazes.

Eu e Greenie seguimos até a hospedaria, onde a balconista nos disponibilizou dois quartos para dormirmos, de graça (a balconista e Greenie eram amigas, anos atrás as duas brincavam juntas na floresta). Eu estava bastante cansado depois do incidente no santuário da floresta, então foi só deitar na cama e imediatamente peguei no sono.

—--x---

“- Você tem coragem, garoto... Mas apenas ter coragem não será o suficiente para ajudar as pessoas deste mundo... Pense bem nos atos que você irá fazer usando este poder, Andy Aliance. Lembre-se, você não poderá voltar atrás nas escolhas que você fizer!”

Quando acordei, me lembrei do trio de ladrões que havia roubado a jóia preciosa de Risun. Segui até a entrada do vilarejo, onde eu tentara alcançar os ladrões antes que fugissem. Eu ainda guardava no bolso a fita que a ladrazinha usava nos cabelos.

— Quem sabe se eu examinar essa fita com a minha lupa...

De repente, enxerguei pelo vidro da lupa uma espécie de “rastro” no ar! Esse rastro, que vinha da fita, apontava para fora do vilarejo. Será que...?

— Greenie, venha comigo! – fui correndo até a hospedaria. Greenie estava batendo papo com a balconista.

— Hã? Estou conversando aqui com minha amiga! O que foi?

— Você ouviu a notícia do roubo da jóia do vilarejo, né? Acho que sei onde estão os culpados!

— Menino... – A balconista se pronunciou. – Não sei de onde você tirou seu palpite, mas a essa altura, os ladrões já devem estar bem longe daqui...

— Vocês duas, vejam só isso! – Observando pela lupa, as garotas também enxergaram o mesmo rastro que eu vira, vindo da fita da ladrazinha.

— Andy! Essa habilidade... Só os magos mais poderosos do reino possuem esse tipo de habilidade! Como pode...? – Greenie parecia muito surpresa.

— Acho que você entendeu, né? Vamos seguir esse rastro! Eu sei que você não iria querer que eu fosse sozinho nessa!

— É-é lógico que não! – Greenie sorriu, ainda surpresa.

— Boa sorte, vocês dois! – A balconista nos deu uma “Poção de Cura”, para alguma eventual necessidade. Pelo jeito esse meu “palpite” pode ser perigoso...

—--x---

Saímos do vilarejo e fizemos uma longa caminhada pelos arredores, sempre seguindo o rastro que minha lupa nos mostrava. Tive que dar algumas pausas para Greenie poder descansar, mas no final, encontramos a entrada de uma caverna, na encosta de uma montanha próxima.

— Só pode ser aqui que os ladrões estão se escondendo!

— A-Andy, shhh... Agora estamos em território inimigo, a partir de agora, vamos falar bem baixo...

— Certo... – com a dríada ao meu lado, adentramos a caverna.

Infelizmente, apesar do que ela havia acabado de dizer, Greenie não parava quieta um minuto! Qualquer coisa a assustava facilmente na caverna, como os pingos de água que caíam por toda a parte, ou então alguns bichos e morcegos que rondavam o local escuro.

— Aiiiiii! – Greenie se agarrava em meu braço o tempo todo, cheia de medo.

— F-fique calma...! E-está me deixando n-nervoso... – agarrada em mim daquele jeito, isso fazia com que os peitos dela encostassem-se ao meu corpo.

— P-pervertido...! – ela gritou baixinho.

Eventualmente, encontramos o trio de ladrões dormindo em “camas improvisadas”, no meio da caverna. Os três pareciam estar dormindo famintos e cheios de frio. Dava até pena observá-los dormindo daquele jeito...

— Que cena triste... Mas não posso perdoá-los por terem roubado a jóia... – pensei.

Observando-os atentamente, encontrei a jóia de Risun. Mas ela estava no pior lugar possível: pendurada num colar, no pescoço da ladrazinha.

— Ah, eu não acredito... Tenho que pegar essa jóia com cuidado... – pensei, ao mesmo tempo em que eu apontava para Greenie um local para ela se esconder, caso acontecesse alguma coisa... Ela seria minha retaguarda na pior das hipóteses, caso os ladrões acordassem.

Aproximei-me da pequena ladra, e, com cuidado, tirei o colar de seu pescoço. Mas de repente, a menina me abraçou fortemente enquanto dormia, como se eu fosse seu bichinho de pelúcia.

— Ugh, socorro, Greenie... – pedi ajuda com a voz baixa, para não acordar a menina.

— Haaa... Hehe... – notei que a menina começou a sorrir enquanto se agarrava a mim. O calor de meu corpo parecia aliviar o frio que ela sentia. Espera aí, ela estava me usando como cobertor?! Enquanto isso, Greenie me olhava com desprezo...

— “Pervertido”, ela só pode estar pensando isso agora... – pensei, enquanto tentava me soltar da ladrazinha. Mas ela não me largava de jeito nenhum!

Infelizmente, um passo em falso de Greenie acordou um morcego que dormia no teto da caverna. O morcego voou na direção da dríada...

— AAIIIII!

— O quê...? O que foi isso?! – o ladrão magrelo se levantou rapidamente.

— Aniki! Olhe a Rita! – o corpulento apontou em minha direção.

— N-não, não é o que vocês estão pensando! – nesse momento a ladrazinha acordou.

— Uaah... Hã...? AAHH! Tire suas mãos de mim, pervertido! – a menina se afastou de mim, com o rosto todo vermelho...

— Mas era você quem estava me agarrando, hehe...

— Ah?! Você está com a jóia que roubamos, menino desgraçado! – disse o magrelo.

— Bem, achado não é roubado... Deixa pra lá...

Eu e Greenie estávamos encurralados, éramos nós dois contra os três ladrões e estávamos no território deles, ainda por cima.

Segurei minha lupa com força e me preparei para enfrentá-los...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nossa, me diverti muito escrevendo esse capítulo, principalmente a parte da caverna!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Lenda de Irumina (The Irumina Legend)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.