Give Up? Never. escrita por rowena


Capítulo 8
Encontro às escondidas?


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey. Bom, quero pedir desculpas pela demora. Mas, acho que vocês já sabem o motivo né?
Gente, muito obrigada pelos seus reviews, tá? Eu simplesmente amei cada um deles. É muito bom saber que vocês gostam da história e espoem seus pensamentos. Aproveitem o capítulo. *-*



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P.o.v Ally

Eu não conseguia. As palavras saíram involuntariamente da minha boca. E demorou, e muito, para eu admitir para mim, que era isso mesmo que eu queria. E eu não podia de jeito algum, desmentir o que ele havia dito. Eu tinha concordado com ele, na manhã do cemitério. Eu sentia algo muito forte dentro de mim. Algo que me puxava aquele garoto. Mas eu não sabia o que fazer. Estaria fazendo algo por impulso? Estaria eu errando em me desculpar com ele? Não. Eu sei que fui muito tola em agir assim com o Austin.

Fui até ele, que já tinha se virado para mim, e estava com uma expressão vazia. Eu o havia machucado?

-Eu não queria ser grossa com você.

-E por que foi?

-É que eu não posso...

-Não pode o que?

-Eu não posso me aproximar de você. Não é o certo.

-Como não é o certo? Eu quero ser seu amigo, te entender Ally. Qual o mal nisso? Eu gostei de você assim que eu te vi... – Ele falou meio rápido, e pareceu se arrepender ao falar a última parte.

-Gostou de mim?

-Érr... Eu gostei. Isso é ruim? Eu querer ser seu amigo? Querer me aproximar de você, ter um vinculo?

 -Eu tenho medo. – Confessei. Ele franziu o cenho.

-Medo de que? – Perguntou. Eu não sabia o que responder. Falaria a verdade? Abri a boca algumas vezes, mas nada saía. Até que ouvi aquele som. O sinal havia tocado.

-Depois te conto. – Tentei me virar de novo, acho que teríamos aulas diferentes. Mas, uma mão agarrou o meu braço, não com muita firmeza, mas, fazendo-me virar e encarar os olhos castanhos do loiro.

-Nossa conversa ainda não terminou, ok? – Ele pronunciou, seguido de uma piscadela. Assenti e revirei meus olhos. Tinha sido praticamente a mesma coisa que eu (quase) disse a ele, ontem. – Lembre-se que pode confiar em mim. Sempre. - Me senti bem ao ouvir aquelas palavras novamente. Ele me largou e caminhou para o lado oposto, fiz o mesmo.

P.o.v Austin

Me virei, caminhando na direção oposta da garota, não pude evitar dar uma olhada para trás e ver ela andando em passos lentos por entre todas aquelas pessoas, que corriam, andavam, gritavam, cantavam, faziam a maior bagunça, e era inacreditável como nada daquilo me fez perder a concentração na garota, que agora pusera seus fones de ouvido. Imaginei que a partir dali, ela havia entrado em outro mundo, não existiria mais nada, nem escola, nem aula, nem dor ou sofrimento, nem mesmo a felicidade, só ela mesma.

Sorri num ato involuntário e segui meu caminho para a minha aula, matemática, que ótimo!

Assim que eu entrei na sala, não vi professor algum, só um monte de alunos formados em seus grupinhos. Lembrei que ontem eu só havia assistido ao primeiro e segundo período, já que eu tinha seguido uma certa garota, então praticamente ninguém aqui nessa turma me conhece. Apressei meus passos, tentando parecer o mais invisível possível. Sentei-me na última fileira, na última carteira, a qual ficava encostada a uma parede, e que tinha uma enorme janela, e que estava coberta por um tipo de película que impedia boa parte dos raios solares de entrarem na sala. Segui o mesmo gesto da Ally, colocando meus fones e relaxando á melodia de Somewhere Only We Know, do Keane. O professor chegou bem na hora, fazendo toda a turma voltar para os seus devidos locais. Ele pareceu não notar que havia um aluno novo na sala – eu – então não me preocupei em avisa-lo disso, e nem com o fato de a aula já ter começado e eu estar aqui escutando música e não prestando a mínima atenção nela. Encostei minha cabeça na janela, que estava com um aspecto quente, e sorri. Fechando meus olhos e entrando em outro mundo, longe daquele lugar, só que tinha uma coisa, eu levei a morena junto comigo, mergulhando nos pensamentos infinitos cravados em minha mente.

***

Havia tocado o sinal, informando que agora teríamos vinte minutos de intervalo, tempo suficiente para pegar os livros para aproxima aula e dar uma passada na cantina.

Eu estava indo até o meu armário, com a esperança de encontrar a Ally por aí, mas isso não aconteceu. Abri a porta, deparando-me com um bilhete, que voava lentamente em direção ao chão. Me adiantei e o peguei ainda no ar, ansioso para o que estava escrito ali.

“Encontre-me na sala de música...

De: Você sabe quem.”

-Nossa, o Voldemort quer me ver, que maneiro! – Ri da minha própria piada estúpida e troquei meus livros, guardando aquele pequeno pedaço de papel no bolso da minha calça. Fechei a porta do meu armário e me pus a procurar aquela sala de música.

Como eu ia saber onde ela ficava?

Fui andando sem rumo, olhando para todos os lados, tentando achar alguma pista de que todas aquelas portas com plaquinhas cheias de números seria a correta.

-Ai! – Acabei trombando com alguém. – Desculpa, eu não te vi. – Disse me concertando.

-Tudo bem. – Falou. – Parece estar perdido, quer alguma ajuda? – Percebi direito as feições daquele garoto. Ruivo, cheio de sardas, um tanto simpático... Esse é o menino que senta à minha frente nas aulas de redação.

-Claro! Sabe onde fica a sala de música? – Perguntei.

-Sala de música... Fica no andar de cima, você segue o corredor e na primeira entrada a direita, a última porta no final! – Disse com um sorriso.

-Obrigada!

-Você é o Austin, né?

-Sim. E você o...

-Dez! Tá indo encontrar a Ally, Austin? – O ruivo disse com um sorriso atrevido nos lábios, e a minha única reação foi arregalar os olhos.

-Como você sabe? – Perguntei incrédulo. Ele enterrou as mãos nos bolsos e soltou um assobio baixo.

-Bom, eu não sabia! Mas você acabou de confessar! – Ele riu e meus olhos continuaram arregalados. – Fica tranquilo cara, eu não vou contar a ninguém. Além de que a Ally também é minha amiga, e seu conto para alguém que ela está se encontrando as escondidas com o novato, ela é capaz de me matar! – Fez uma careta no final.

-Nós não estamos nos encontrando às escondidas! – Tentei esclarecer. Não estamos! Estamos?

-Aham, claro! E elefante voa! – Ele soltou um sorriso. – Passa bem amigo! – Se distanciou, estendendo dois dedos, em um sinal amigável.

Eu suspirei e me direcionei para o segundo andar, tentando lembrar com mais clareza das instruções que o Dez havia me dado.

...

Cheguei lá em cima e me aproximei da sala que indicava ser a certa, não era a toa que havia uma placa de tamanho médio meio velha pendurada na porta, e que dizia “Sala de Música”.

Parei imediatamente ao ouvir alguma coisa. Encostei meu ouvido na porta e tentei reconhecer que som era aquele.

Identifiquei como o dedilhar de cordas de violão. Deveria ser a Ally lá dentro. Abri a porta com cuidado e espiei lá dentro. Vendo a morena concentrada nas cordas de um violão tradicional, sentada em cima de uma mesa no fundo da sala. Ela não notou a minha presença ali, e eu aproveitei esse meio tempo para admirar o lugar ao meu redor. Era uma sala bastante espaçosa, e bem modesta. Possuíam alguns instrumentos e um quadro verde em uma das paredes. Achei bem bonita, mas para uma sala de música ela estava um pouco vazia.

-Pensei que não viria mais! – Ouvi a voz da Ally adentrar meus ouvidos e olhei diretamente em sua direção.

-É porque o Milord aí, esqueceu de mencionar onde era a sala de música! – Entrei na sala por completo e fechei a porta atrás de mim.

-Foi? – Disse ingênua e eu revirei os olhos.

-Por que me chamou logo aqui? – Dei mais uma olhada na sala.

-Quero te mostrar uma coisa. – Antes que eu perguntasse o que era, ela começou a dedilhar as cordas mais uma vez, formando uma melodia boa. Encostei-me na parede ao meu lado e prestei atenção ao que ela cantava.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram do capítulo? Ele não saiu exatamente como eu queria, mas, espero que tenham gostado!! Em breve voltarei com um novo capítulo, ok? Beijinhos.
Mereço Reviews ? *-*