Marked By Marriage escrita por unloyal carol


Capítulo 28
Marcas Do Passado


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey Hey! Olha quem chegou, eu!

Viva! Nem demorei né? Obrigada pelos comentários (ainda aceito u.u) e graças à Brê ( @wh0bigtime ) eu estou postando.. :) Agradeçam à ela ahsuahsua

Eu estou ansiosa pelas reações, até porque não tem nada muito revelador no capitulo, maas....

Boa LeiturA!



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A minha ira talvez tenha sido maior do que qualquer coisa. Mandei todos os empregados da casa saírem e curiosamente não encontrei o tal do jardineiro em parte alguma, e enquanto os gêmeos ainda dormiam, fui até o quarto.

Robs tinha acabado de sair do chuveiro, usando pijama e de cabelos molhados e penteados. Ela parecia tremer. Quando me viu, senti que sua aura se modificou, tornando-se medrosa.

Robs: algum problema? – perguntou se sentando na cama... Pude notar que ela entrelaçou os dedos, numa tentativa de controlar a tremedeira e não a tornar tão evidente.

James: eu não vou arrancar pedaço, tá bom? – falei calmo, pois mesmo tendo ouvido de uma pessoa que em minha concepção era de confiança, eu não podia acreditar que Robs pudesse estar me traindo.

Robs: do que está falando? – ela estreitou o olhar, mais nervosa.

James: estou falando que Barbara acabou de me contar que te viu se agarrando com o jardineiro lá embaixo. – ela ficou de pé me encarando atônita, mas eu a impedi de falar – eu não digo que acredito nela, pois se acreditasse não iria vir te contar agora, pelo contrário, iria esconder de você e investigar tudo profundamente, mas não é isso. Eu... Preciso ouvir de você. – ela parecia paralisada. - você vai ficar mesmo quieta? Não vai me dizer nada?

ROBS ~

Robs: Vou te dizer... E dizer muitas coisas! - fiquei de pé no mesmo instante - já faz um tempo que esse cara vem dando encima de mim... - a expressão dele era serena - na frente de tudo e de todos, inclusive os gêmeos. Eu não gosto nada dessa situação, mas ele não tinha ultrapassado os limites, então não levei tão a sério.

James: ele te agarrar na cozinha é algo que em sua opinião, não é ultrapassar limites, Robs? - ele riu ironicamente, e senti uma erupção de raiva subir pelo meu corpo e ir se propagando em minhas bochechas. - então me responde, qual é o limite pra você?

Robs: hoje foi a primeira e única vez que ele fez isso, e se você não acredita em mim, eu não quero ouvir mais nada! - me virei decididamente em direção a porta. Ele me pegou fortemente e me fez voltar pra onde eu estava.

Seus olhos tomados pela fúria, e sua ira toda em minha direção. Vi-me sentada na cama, recuada, apenas com os olhos colados na face irada de James.

James: você é minha mulher... Eu não vou tolerar que homem nenhum te toque, nenhum! - ele estava tão perto... Ai meu Deus, como ele ficava lindo bravo e com ciúmes. - eu acredito em você, e sabe disso... - agora quem ia saindo era ele.

Robs: aonde você vai? - gritei, e ele parou me olhando.

James: falar com ele, claro.

Robs: eu o despedi. - ele voltou pro quarto, enquanto eu me mantinha na mesma posição, apoiada nos ombros sobre a cama.

Se sentou ao meu lado, e murmurou...

James: porque não me contou? - sua pergunta era controlada, calma... Ele parecia envergonhado.

Robs: vergonha. - respondi antes da pergunta se completar. Ergui-me da cama, e me tranquei no banheiro. Mesmo ouvindo James bater na porta, me sentei sobre a pia e fiquei olhando pro chão, sentindo uma imensa vontade de chorar.

Eu não queria me sentir assim, mais mesmo contra a minha vontade, as lágrimas vinham aos meus olhos e as minhas lembranças eram despertas por nada. Eu tinha medo do mundo, e meu único refugio era com James. Mais neste momento ele não parecia apto a me consolar, sendo ele o “motivo” de meu desolamento. Eu sabia que se contasse ele iria me perguntar exatamente o porque de não ter contado. E não contei exatamente por isso... Ele iria me fazer reviver o passado tão dolorido.

James: Robs desculpa... - a voz dele estava baixa do outro lado da porta - Eu... Sei que você não fez nada. Eu acredito em você, obviamente! - o silencio tomou conta do ambiente quando me agarrei aos joelhos sentindo lágrimas molharem meu rosto. - ta, eu sou um idiota! Eu fico acreditando em tudo que me dizem, mais eu acredito em você. Você me perdoa?

Ouvi o estrondo de sua mão se chocando contra a porta. Ele estava mesmo nervoso.

Robs: perdoo. Mas eu... - engoli o som das lágrimas, e o bolo de tristeza preso na garganta - quero ficar sozinha.

Podia ter sido da minha cabeça, ou algo assim... Mas não obtive resposta. Os passos nervosos se acalmaram, e as palavras de sua raiva cessaram. Tudo caiu num profundo silêncio...

Respirei fundo, sentido meu peito se inflar com o ar que entrava, e fiz minha mente trabalhar em coisas boas. Já tinha passado três anos longos e cheios de felicidade, e eu ainda não esquecia tudo que me acontecer.

Eu tinha a resposta para todas minhas perguntas. Kelly. Ela ainda estava por ai. Minha família ainda estava sobre ameaças e eu tinha mais do que tudo, medo do que eles podiam sofrer por mim.

E por isso... Eu ficava louca. Ok, ou eu precisava de um tratamento mais rigoroso na psicóloga, ou eu tinha que deixar de ser tonta e não descontar toda a minha raiva encima de James.

Pulei da pia onde estava sentada, e me olhei no espelho. Meu rosto estava mais avermelhado que tudo, com lágrimas grossas e cheias rolando por minhas bochechas. As sequei no mesmo instante, e senti um peso imenso saindo de cima de mim. Era como mandar o trauma de volta para onde nunca deveria ter saído... Do passado.

Abri a porta do quarto, e quando o fiz, James ainda estava lá. Agora sentado no chão do quarto, bem ao lado do banheiro... Quieto, talvez nem houvesse percebido que eu ali estava o observando. Thomas sentado bem a sua frente, ambos na mesma posição... James apenas remexia no cabelo longo e liso do nosso bebê.

Thomas: a mamãe ta dodói? - a voz dele era baixa.

James: sim. - respondeu compreensivo.

Thomas: e ela vai pro céu? - o rosto dele se virou em direção a James preocupado. - eu não quelo que ela vá.

James: não... Claro que não. Ela está doente, mas o que ela tem é algo que não pode ser curado com remédios, ou tratamento. É somente o tempo e o amor que temos para dar a ela que pode funcionar. - Thomas piscou. Os olhos castanhos olhando para James não entendendo nada do que ele falava - Ela vai ficar boa, Tom. - James riu, e apertou levemente o nariz dele - você não precisa se preocupar. Porque não vai brincar com a Ju? Ela está na sala com a Barbara.

Thomas: você vai? - perguntou ficando de pé com a ajuda de James.

James: vou esperar a mamãe, depois nós vamos. - Tom assentiu, e saiu correndo pela porta do quarto. No mesmo instante, bati a porta do banheiro com força, e James me olhou atento. Num pulo ficou de pé. - Robs...

Robs: tem uma coisa que você ainda precisa fazer pra eu te perdoar completamente. - mais rápido do que eu podia imaginar, fui em direção a James e me joguei nos seus braços. Ele riu, beijando minha testa.

James: ok, eu faço o que quiser pra ter sua confiança de volta.

Robs: despeça essa babá.

James ~

James: Robs... Porque isso tudo? - na verdade pra mim não fazia diferença despedir ou não a tal da babá. Mas essa semana Robs e eu iríamos visitar a nova filial da empresa na Argentina, e não havia ninguém que pudesse tomar conta dos gêmeos no final de semana.

Robs: porque se ela não fosse tão enxerida, nada disso teria acontecido. - ela me empurrou um pouco, mais eu a abracei novamente. - James! - sua voz saiu um pouco abafada pela abraço apertado.

James: ta, eu despeço quem você quiser, pequena. - respondi carinhosamente - mas se não vamos arrumar alguém até sábado. Hoje é quinta, e não sei se lembra, mas amanhã vamos viajar para a América do Sul de noite.

Robs: OMG é verdade! - levou a mão até a testa, parecendo se lembrar. - droga, você tem razão! Mais promete que quando voltarmos, você o fará?

Ela ergueu o rosto e o dedo mindinho. Isso era bem Gay, mas quando se trata da felicidade da sua mulher, fazer o “Pink Promess” poderia ser bem visto.

James: Ok, prometo. - entrelacei o meu dedo no dela, e logo após, nos beijamos novamente.

Robs: Hei! Eu ouvi muito bem você dizendo pro Tom que iria ficar com ele e com a Ju. - ela me empurrou levemente. - vai quebrar a promessa?

James: Ah, Robs... Isso não é hora pra me lembrar disso. - a puxei novamente contra mim.

Robs: Ah, mais tudo que se promete pros filhos, se tem que cumprir. Anda, vai. Eu também vou...

James: Ok. - quando Robs ia me puxando pro corredor, meu celular soou alto. - Alo? - falei quando ambos paramos ao pé da escada - Oi querida, como vai? - Robs me olhava estranho. - Ah, aqui está ótimo, filha... - ela pareceu relaxar, e deu uma risadinha.

Robs: deixa eu falar com ela... - murmurou.

James: Robs quer falar com você. Também te amo. Beijos. - passei o celular para Robs, quando Ju veio em nossa direção correndo... Quando a conversa de Robs e Tabatta se iniciou, apanhei Ju e fui em direção a sala.

Robs~

Tabatta: eu não queria te dizer essas coisas, mãe... Porque eu sei que você tem alguns problemas com o que houve no passado, mas não posso ficar calada quando estou tão preocupada.

Só a voz dela me fazia tremer dos pés a cabeça. Fazia meu corpo girar diferente. Tabatta queria me dizer algo sobre Kelly, e era algo ruim.

Robs: Eu sei que você não faz por mau, querida... O que houve? Me conta tudo... - me sentei na cadeira da cozinha, quando ela pigarreou no outro lado da linha.

Tabatta: o papai te disse que ela ligou? - perto de mim, ela mencionava o nome de Kelly.

Robs: disse.

Tabatta: É, agora ela me mandou uma carta. - soltei apenas um muxoxo, e ela prosseguiu - quer saber o que ela escreveu? - pude perceber que a voz dela se tornava chorosa.

Robs: Tabatta, calma... - falei tentando me controlar para também não chorar. - me conta, o que ela escreveu?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Espero criticas, sugestões e elogios... Beijos :)



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