–Senhor, desculpa, mas já estamos fechando e...-

–Austin... e...ele é meu...-

–Sou o pai dela, prazer!- Austin me olhou e depois para meu pai...

–Sério? Desculpa, eu não sabia que era o Senhor Dawson...-

–Sim, sou eu... Ally, não vai dar um abraço em seu pai?- Ele tinha mudado muito, estava com algumas tatuagens em seu braço, estava com alguns músculos e meio frio... O que uma cadeia não faz com uma pessoa!

–Pai... O que faz aqui?-

–Saí por bom comportamento...- Abracei ele, que logo retribuiu o abraço.

–Agora filha, quem é o rapaz? Novo ajudante?-

–Prazer, Austin Moon- Austin esticou a mão, como o cumprimentado educadamente, mas meu pai continuou parado no lugar, sem ao menos erguer sua mão, para o cumprimentar de volta.

–Pai, ele é meu melhor amigo e namorado...-

–Ally Ally Ally, já está namorando nessa idade? Deve ter uns 16 ainda neh? Está nova demais!-

–Não pai, tenho 18! Completei ontem e você não ligou...- Olhei para baixo. –Como sempre... Nunca se importou comigo não é mesmo?- Austin me deu a mão, e sorriu para mim, como me dando forças.

–Olha Ally vamos conversar sobre isso ás sóis?-

–Pai não quero conversar com você hoje, estou sem cabeça para ouvir! Tive um dia cheio, e agora se me dá licença, vou jantar com o Austin!-

–Não, você não vai sair com tipinhos iguais a ele! Ally precisamos conversar seriamente sobre esse namoro e tudo mais!-

–Olha aqui, mesmo você sendo meu pai, eu não tenho que pagar por que você tomou atitudes erradas depois da morte da mamãe e agora quer ficar dando um de pai! Eu já sou independente, tenho minha própria casa e meus 18 anos! Agora eu vou sim sair com o meu namorado, queira você ou não!- Ele me olhou admirado, pois se fosse eu com meus 12 anos ainda, escutaria ele me proibindo calada, mas agora não aguento mais sofrimento, já sofri demais com a vontade de debater minha vontade com ele, mas fazer tudo que o mesmo queria, por medo de gritos bestas. Puxei Austin comigo e fomos embora, deixando meu pai parado com uma estátua na frente da Sonic Boom.

–Não me olha assim Austin, eu sei o que estou fazendo!-

–Oks flor... Só não queria que seu pai me odiasse...- Eu peguei a mãe dele e apertei o mais forte que eu pude.

–Ele não vai odiar e mesmo se odeie e não permita, a gente foge e vivemos uma vida de amor entre apuros!- Ele sorriu de canto e também apertou minha mão.

–Ai Alls só você! Já disse que te amo hoje?-

–Já, mas eu amo escutar loiro!- Austin entrelaçou suas mãos na minha cintura e me levantou, começando a me girar no ar. Eu sorria que nem uma besta, mas o que posso dizer, eu viro uma boba quando estou com ele! Quando o mesmo parou de me girar, ainda no alto nos beijamos e depois continuamos a andar de mãos dadas para o restaurante...

POV AUSTIN

Ainda estava surpresa, nunca tinha visto a Ally brigar com alguém... Eu seriamente não queria que ficasse um clima tenso entre eu, ela e meu sogro... Sogro, essa palavra é meio estranha, acho que ainda está cedo para dizer isso, mas tudo bem...

No restaurante Hot dog’s Casquestti, puxei a cadeira para a Ally se sentar e depois me sentei também, levantando o cardápio para pedir rapidamente alguma coisa, pois estava morrendo de fome!

–O que vão querer hoje?-

–Quero dois hot dog’s maiores que tiver, um Milk Shake e para sobre mesa uma torta de amora, por favor!- Eu disse que estava com fome...

–E a senhorita?-

–Hum... um hot dog, o menor e um suco de laranja-

–Oks...- O moço saiu

–Austin, você está com fome neh? Meu Deus do Céu!-

–Tô, sua culpa, você que me fez ensaiar a tarde toda, sem comer nada-

–Ohh coitadinho!! AUSTIN!-

–Que foi doida, não grita!-

–Que dia é hoje?-

–30 de novembro, por que?-

–A gente esqueceu completamente, ai não creio!-

–Esqueceu do que Ally, dá para compartilhar?-

–Desculpa... Sabe a peça Austin? Romeu e Julieta?-

–PUTS é mesmo! Era para que dia mesmo?-

–Para o dia 28...-

–Uffa, ainda tem tempo! Amanhã a gente ensaia um pouco e depois as músicas, vamos revisando, já que a Trish vai marcar o nosso show, provavelmente no dia 29-

–Dia 29, é loiro tá ficando velhinho!!-

–Ai não me lembre disso, será que já estou com cabelos brancos?-

O resto da noite rimos que nem crianças, não aprecia que éramos namorados e sim amigos de infância. Desde que começamos a namorar, nossos dias eram assim, de risadas, brincadeiras e muitos abraços aconchegantes, sem falar dos selinhos roubados, de vez em quando. Como o restaurante só sobrou a gente sair para eles fecharem, e os mesmos estavam quase nos expulsando, pagamos a conta e voltamos para a casa em um silencio aconchegante.

–Gostou da noite?-

–Amei, sempre vou gostar, estando com você!-

–Quanto amor, não faz isso que assim eu me apaixono-

–Ah, mas eu até deixo você se apaixonar por mim-

–Alls você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida sabia?-

–Sim, por que a mesma coisa acontece na minha, quando você apareceu naquele aeroporto-

–Olha Ally tá nevando! Vem vamos ali!- A puxei para sentar em um banco, na praça, que várias arvores estavam se tornando brancas, pela neve que caia delicadamente. Peguei uma rosa vermelha no canteiro perto do banco e botei em uma das madeixas de Ally, me sentando ao seu lado, a fazendo encostar sua cabeça, em meu abdômen. Ficamos apenas olhando a neve cair em todo o canto, sorrindo um para o outro... Nossos sorrisos diziam mais coisas, do que se falássemos naquela hora.

–Ally? Acho melhor a gente voltar para sua casa.- Ela não me respondeu. –Ally?- Olhei para baixo e vi um anjo dormindo calmamente em meu peito. Sorri de canto, era impossível não sorrir vendo um anjo assim, tão indefesa... Dava vontade de ficar abraçadinho nela, sem deixar que o mundo lá fora fizesse nenhuma maldade com minha princesa. A peguei no colo e levei para sua casa, mas como ninguém atendeu, resolvi ir para a minha mesmo.

Em casa, a deixei deitada na minha cama, cobrindo e beijando de leve sua testa. Tomei um rápido banho e fiquei apenas de bermuda mesmo e deitei no sofá, acabando adormecendo lá.

Alguns dias depois...

POV ALLY

Depois do 2 encontro, eu e Austin não tivemos mais tempo para sairmos, nem mesmo para apenas ficar conversando, já que tínhamos a peça e as músicas para nos apresentar no Natal... Ahh e se estão perguntando sobre o clipe, eu nem acreditei, bombamos e hoje eu e Austin somos um sucesso na internet, até um povinho da escola pediu para eu namorar com eles, fazendo o loiro ficar todo cheio de ciúmes, mas oks, pois isso foi até que fofo da parte dele! E sobre meu pai... Err ele desapareceu depois daquele dia, não sei se foi preso de novo ou resolveu deixar eu cuidar da minha vida sozinha... Acho que foi o melhor, estava tão bem antes dele voltar...

–Vamos Ally, a gente é os próximos para se apresentar! Nossa está linda, amei a roupa de Julieta! (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=107998254&.locale=pt-br )- É, já iríamos nos apresentar... Aiii que vergonha/medo tudo!

–Aii Austin to com medo...- Ele apertou minha mão e disse apenas um “Eu vou estar lá com você Alls, apenas finja que só estamos nós dois lá e tudo vai dar certo!” e já nos chamaram para apresentar...

No final deu tudo certo e a professora amou a peça (ainda bem!)

–Viu Ally conseguimos!-

–Foi mesmo! Obrigada loiro, você me fez perder todo o medo!-

–Ei gatinha, eu amei você cantando, cantas bem morena! Que tal sairmos para tomar alguma coisa?- Disse um menino moreno do time de futebol da minha escola, acho que o nome dele era Dallas... É mesmo, o Dallas que a Trish deu um fora no começo do ano hahaha!

–Não obrigada, prefiro aproveitar esse tempo ensaiando mais uma vez as músicas com meu namorado amanhã, pois teremos um grande show!- Deixei bem claro a parte do “namorado”, fazendo o mesmo dar meia volta e não dizer mais nada.

–Essa é minha garota!-

–Se você acha que eu vou te largar assim loiro, está enganado!!- Rimos e seguimos para a Sonic Boom, com 2 medalhas de melhor peça produzida pelo nosso ano. Nem acredito!

Meu Deus esqueci completamente, o que vou comprar para o Austin de presente?

–Lindo, o que quer ganhar de presente amanhã?-

–Só um beijo seu, já vale todos os presentes do mundo!-

–Owwwn que lindo, mas eu queria mesmo te dar alguma coisa...-

–Não precisa, to dizendo...-

–Já sei o que vou te dar...-

–E o que é, o que é????- Ele perguntou que uma criança, com os olhos brilhando.

–Surpresaaa!-

–Chata!- Ele me mostrou a língua.

–Infantil kkk!-

–Essa magoou!-

–Meu Deus magoou o bebe foi? Austin tem certeza que você vai completar 18 anos?-

–Tenho chata kkk... Ai Ally não to afim de ensaiar hoje de novo.- Ele se levantou do piano, aonde estávamos sentados. –Queria sair com você, faz tempo que não saímos para curtir a companhia um do outro...-

–É mesmo, bom acho que dá para hoje passar, já ensaiamos demais!-

–Ebaaaaaaa!! Bora para a praia?-

–Austin tá neve lá fora e você pensando em praia?-

–kkk verdade... Vamos ir naquela praça de novo?-

–Sim!-

Na praça, Austin foi comprar um sorvete, mesmo o esfomeado tendo acabando de almoçar; quando alguém senta do meu lado.

–Ahá te encontrei!-

–Pensei que tivesse voltado para a cadeia!-

–Já te disse que eu saí por bom comportamento, não fugi!-

–Depois que você voltou, eu não duvido de mais nada!-

–Haha muito engraçadinha... Tá bocuda neh Ally, maldito tempo na cadeia, nisso você virou assim, sem eu te dar uns tapas na boca... Cadê a Ally de antes?-

–Aquela trouxa que ouvia calada, não existe mais!-

–Aquele seu namorado te mudou! Ele é igual ao pai dele!-

–Meu pai? Você conhecia meu pai?- Austin chegou tomando seu sorvete e olhando para meu pai.

–Conheci, agora fiquei longe da minha filha! Você é um mal exemplo para ela, assim como seu pai!-

–Você não tem o direito de falar dele assim! Ele mor...reu em um acidente!- Austin deixou uma lágrima cair, mas que limpou rapidamente, agora encarado totalmente meu pai.

–Nossa foi isso que te contaram? Meu Deus, é sua mãe era pior do que eu imaginei!-

–NÃO OUSE FALAR ASSIM DA MINHA FAMILIA!- Ele se exaustou um pouco, mas eu apertei sua mão, fazendo seus músculos se contraírem um pouco.

–Pai não fale isso da família do Austin! Você nem os conhece direito!-

–Claro que conheço, e ainda muito bem, principalmente o pai dele!-

–Só se for no céu!- Austin disse, ainda um pouco nervoso.

–Não meu filho! Foi na cadeia mesmo.-

–Quando foi isso? Meu Pai nunca foi preso!-

–A alguns meses atras! Claro, quem mandou ele assaltar um avião!- Hã, como assim? O pai dele não tinha morrido na viagem?