Depois de terminarmos o blog, o Cê se levantou para ir embora.

Eu estava tão feliz, que disse a ele:

- Ai Cê eu não sei o que faria sem você! Valeu mesmo! qualquer coisa que você precisar pode contar comigo! - E o abracei bem forte.

Eu não sei o porque, mas eu fiquei feliz quando ele me abraçou também. Feliz até demais. Então ele disse:

- F-foi nada não Mô. Amigos são pla isso né?

E nós continuamos abraçados por um tempo. O abraço estava tão bom! E como ele era um pouco mais alto que eu, eu encostei a minha cabeça no peito dele e pude ouvir o coração dele bater. Estava acelerado, assim como o meu. De repente ele olhou no relógio, se soltou do meu abraço e disse:

- Então, já ta tarde. Eu vou indo pra casa.

- Deixa que eu te acompanho até a porta! - Eu disse.

Nós estávamos indo até a porta do meu quarto quando eu tropecei no meu ratinho de pelúcia e caí em cima dele, derrubando ele junto. Nós ficamos cara a cara, com os rostos muito próximos.

E ele me beijou. No começo foi um beijo tímido, como se pedisse permissão para me beijar. Mas depois o beijo foi ficando cada vez mais profundo e exigente. Eu estava me perdendo naquele beijo até que pensei: Meu Deus! eu estou beijando... O Cê!

Eu parei de beija-lo, olhei pra ele e disse:

- Cê... o  que foi isso?

Que pergunta mais idiota! É claro que foi um beijo! E ele me respondeu:

- Me desculpa Mô! Eu não sei o que deu em mim! E-eu plometo que não faço mais isso...

- Mas Cê! Espera um pouco!

- Eu ja vou indo! tchau Mônica.

Então ele me ergueu nos braços, me colocou deitada no chão ao lado dele, levantou e foi embora.

Uma lagrima rolou do meu olho, abrindo caminho para outras. Por que eu estava chorando? Foi apenas um beijo. Porém, foi um beijo do meu melhor amigo.

Ah Cê.. porque você fez isso! Olha como você me deixou! Que droga!

Então eu me levantei e deitei na minha cama, ainda chorando. Não demorou muito e eu adormeci.

No dia seguinte:

Eu acordei com o sol entrando pela janela do meu quarto. Olhei no relógio, e eram apenas 8:00 hrs.

Me levantei, escovei os dentes e liguei pra Maga:

- Alô?

- Oi Maga!!! Tudo bem amora*?

- Mô?- Ela disse com voz de quem acabou de acordar - Oi! tudo sim e com você?

- Tô... bem!

- Que bom! Então, o que você tem pra falar?

- Amora, eu preciso conversar com você urgente. Eu posso ir ai na sua casa?

- Claro amiga! que pergunta!

- Ok! então daqui a pouco eu estou aí! - eu disse- Beijo miga!

- Beijo! Até logo!

Eu desliguei o telefone e corri pra me trocar. Apenas quando me olhei no espelho do meu guarda-roupa que vi o que estava vestindo.

Ainda estava com a roupa de ontem. Tirei a minha blusa e a apertei junto ao meu corpo, na esperança de sentir o cheiro dele, O abraço que ele me deu, o beijo. Eu estava apaixonada por ele. A pergunta era: Desde quando?

Melhor deixar pra pensar nisso depois, agora eu tinha que ir pra casa da Maga.

Então joguei a blusa em cima da cama junto com meu short, e vesti uma camisetinha lilás e minha jardineira. ajeitei meu cabelo com os dedos e coloquei minha rasteirinha preta. Deixei um bilhete avisando a minha mãe onde eu ia, e saí para a casa da Maga. Demorei cerca de 5 minutos pra chegar na casa dela.

Toquei a campainha, e a Maga veio me receber. Nós duas fomos direto para o quarto dela para conversar e ela foi logo me perguntando:

Então o que você precisa me contar?

Eu contei para ela tudo o que aconteceu ontem, e quando terminei de falar, olhei pra ela, que logo soltou:

- AHHHHH! - e berrando a plenos pulmões- EU NÃO ACREDITO MÔ!!! VOCÊ BEIJOU O CÊ!!!! QUE LINDOOO! TÔ TÃO FELIZ!!

- Calma Maga! fala baixo! - eu falei.

-Ele beija bem?

- Beija! - Eu adimiti corando.

- E o que ele falou depois de te beijar?

- Tchau... ele foi embora.

Então o sorriso dela desapareceu.

- É por isso que você precisava falar comigo?

- É. Eu acho que eu estou apaixonada por ele Má! - Falei e comecei a chorar.

- Calma amiga! Não fica assim! vamos tomar um sorvete pra você pensar direito.

E lá vamos nós para a sorveteria. Chegando lá, encontramos o Cê tomando sorvete com o Cascão.

Ao avista-lo meu coração bateu mais forte. Ele olhou pra nós duas e falou:

- Oi meninas!