I Love You? escrita por More Dreams


Capítulo 14
This is my life...


Notas iniciais do capítulo

Novo Capítulo (:

Obs.: Bem, este capítulo ficou um pouco grande comparado aos outros e eu pensei em dividi-lo, porém ia ficar um pouco sem nexo ou as palavras acabariam sendo reduzidas em cada capítulo, por isso deixei assim (: Me desculpem se vocês acharem um pouco cansativo, mas é que não tive outra opção :/

Obs².: AWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW UM NOVA RECOMENDAÇÃO! UM SUPER OBRIGADA FALSAJULIETA POR RECOMENDAR! ESPERO QUE VOCÊ GOSTE POR QUE ESTE CAPÍTULO É DEDICADO A VOCÊ (:

Obs³.: Um super obrigada pelos comentários! Vocês não sabem o quanto me deixam felizes! Vocês são incríveis ♥

Espero que curtam (:



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POV Ally

Semana passada foi um pouco corrida para mim por causa da entrada dos garotos na escola, mas agora que eles se estabilizaram, tudo já está um pouco mais tranquilo. Não exatamente tudo... O Austin não apareceu desde Terça quando o vi pela última vez e senão aparecer hoje acho que vou pedir o endereço para ir a sua casa...

Bem, uma notícia boa no meio disso é que no dia seguinte aquela tarde, o diretor decidiu anular a prova que os meninos teriam que fazer para entrar na escola. Ele disse que os garotos estão se saindo bem e não estão dando trabalho a ele, mas avisou que se falharem ou tirarem uma nota abaixo da média esperada em um dos testes do meio do semestre, já era para se considerarem fora da escola. Sorri com aquilo e fui contar imediatamente aos garotos que, me abraçaram fortemente e disseram que eu era a melhor pessoa do mundo. Tentei segurar a tentação de revirar os olhos, perguntei sobre o loiro e eles disseram que não tinham a mínima ideia do amigo e que estavam preocupados com o por que dele estar sumido.

Naquela semana eu tive que usar uma saia por que na Terça acabei caindo em um gramado com o Austin por cima de mim e sujei toda minha calça preferida. Quando eu apareci de saia (obviamente com uma meia calça preta por baixo) a Trish começou a dizer que eu estava mega maravilhosa e que era para eu aparecer mais vezes de saia por que minhas pernas são lindas. Fiquei muito envergonhada com aquilo e com mais alguns comentários dos garotos do tipo "nossa, agora você literalmente está parecendo uma garota" ou "uau, a Ally de saia, que milagre é esse?".

Final de semana eu passei com a minha tia Carol e sua filha de seis anos chamada Grace. Ela as vezes vem me visitar e passa o Sábado e o Domingo comigo para se certificar que eu estou bem. Como eu não sou convidada para muitas festas ou eventos sociais ela se preocupa um pouco e diz que se eu quiser é só pegar um dos carros do meu pai e sair dirigindo por ai. Eu ri e recusei na hora, pois não gosto muito de fazer isso já que os carros eram do meu pai e eram como se fossem filhos para ele (acho que até mesmo mais amados que eu).

Hoje, como uma Segunda feira monótona entrei pelos corredores da escola e fui para meu armário guardar alguns dos meus livros e quando o fechei a Trish e Dez apareceram de mãos dadas.

– Não precisa dar a notícia. Vocês estão namorando, não estão?

– Sim! - A latina sorriu feito boba dando um beijinho na bochecha do Dez que acabou ficando envergonhado e com as orelhas vermelhas.

– Quero detalhes sobre tudo. - Sorri ainda mais e vi o Dallas se aproximando.

– E ai galera, o que está... Namorando?

– Sim. - O ruivo falou meio sem graça.

– Isso ai cara! - O Dallas deu um soco no braço do amigo (o que já era costume dele fazer isso). - Só esperava que seu namoro fosse com uma pessoa menos agressiva e sem ficha criminal por matar bichinhos. - A Trish semicerrou os olhos em direção a ele.

– Ou fique aqui e enfrente as consequências ou saia correndo como uma marica. - Ele engoliu em seco e ficou um pouco assustado.

– Já estou com um roxo no braço, então posso dar um aviso antes?

– Trinta segundos.

– O técnico vai anunciar agora quem ganhou a vaga para o time já que na Quarta ele ainda não tinha uma decisão feita e estão havendo boatos de que foram dois garotos...

– Dez segundos.

– E eles serão capitão e sub capitão do time, agora fui. - O moreno saiu correndo pelos corredores enquanto nós três riamos loucamente.

– Aquele era o Dallas correndo feio uma menina? - A Cassidy chegou com um enorme sorriso perto de nós.

– Ele mesmo.

– A Trish ia bater nele não ia?

– Era mais uma ameaça. - Acho que eu cheguei a ficar vermelha de tanto que eu acabei rindo.

– Vamos para o campo, o treinador vai anunciar quem entrou para o time. - Eles assentiram e eu fui na frente com a Cassidy enquanto o casal de pombinhos ia mais atrás conversando sobre algo que eu não tinha a menor ideia do que era.

Sentamos na arquibancada e esperamos o resto do pessoal se acomodar. Vi um garoto de capuz preto sentar em um canto bem afastado e eu o identifiquei pelo cabelo loiro. Perguntas invadiram minha mente... Por que o Austin estava daquele jeito? Pensei em ir até lá, porém já era tarde, o Senhor Hincks apareceu com o técnico e sua voz começou a soar pelos auto-falantes.

– Alunos do Marino High School, estou aqui hoje para anunciar quem entrou para o time da nossa escola. Como todos sabem, nosso antigo colega Scott foi aceito pela faculdade antecipadamente e teve que se dirigir até lá rapidamente então seu cargo de sub capitão foi deixado. Tínhamos apenas uma vaga aberta, até nosso capitão se machucar e por isso estará fora dos jogos durante um tempo, então abrimos duas vagas. Fizemos os testes com vocês e dois alunos se sobressaíram. Aqui - ele levantou o envelope que já estava em suas mãos - estão os resultados, e sem mais demora os anunciarei a vocês.

Todos estavam em um momento de tensão e quando ele verificou o papel, enrugou a testa um instante e falou, soando mais como uma pergunta, no microfone.

– Dez? - Todos encararam o ruivo embasbacados enquanto ele saia correndo e apertava a mão dos dois.

– Eu ganhei uma vaga para o time! Não sou uma perda total! - Ele começou a pular até o treinador falar.

– Opa, desculpem o engano, está é a lista dos que definitivamente não poderiam entrar para o time e você está no topo dela Dez.

– Eu estou em uma lista? Fico feliz mesmo assim! - Ele sorriu e sentou ao lado da Trish, que botou a mão em seu ombro e ria como louca.

– Bem, desculpem. - O diretor virou o papel. - Aqui está. O garoto sortudo que vai ser o nosso sub capitão é o... Billy. - Palmas soaram por todos os lados e o garoto mais lindo da face da Terra, com seu cabelo esvoaçante preto, olhos verdes de gato e um corpo que nem eu mesma resistiria, desceu para cumprimentá-los. Ele entrou este ano na escola e se tornou um dos queridinhos dos professores por ser rico... E bonito, claro.

– Agora o capitão! - Alguém do outro lado da arquibancada gritou e eles se recompuseram.

– Ah certo. E o nome do nosso capitão é... - O Dallas se levantou um instante com um enorme sorriso no rosto até o nome da pessoa que ele menos esperava ser chamado. - Austin Moon! - Todos se entreolharam confusos enquanto o moreno se sentava e procurava visualmente pelo amigo. Ele não parecia abalado, mas totalmente feliz ele não estava.

O garoto encapuzado levantou-se e desceu as arquibancadas indo em direção aos dois que estavam lá embaixo. Quando tirou o capuz algumas marcas bem vermelhas era visíveis em seu rosto. Fiquei chocada com aquilo e me surpreendi ainda mais quando ele falou no microfone.

– Não quero a vaga, exitem outras pessoas que merecem mais que eu. - O Senhor Hincks pareceu um pouco confuso e conversas paralelas começaram a soar pelo campo.

– Mas você foi muito bem no treino e não vimos o por que de você não querer a vaga.

– Não sou bom o bastante.

– É modesto agora? Você sabe que tem outras pessoas que adorariam seu lugar então se pudesse aceitar logo ficaríamos muito...

– Podem dar meu lugar para o Dallas se quiserem. Ele era capitão do time na outra escola e acho que ele não se importaria. Agora se me dão licenças preciso sair daqui. - Ele começou a ir em direção ao portão e um pouco antes de atravessá-los olhou para arquibancada e seus olhos encontraram os meus.

– Como ousa sair daqui sem... - Foi ai que o loiro atravessou os portões e tudo ficou quieto. Eles voltaram para frente do microfone e tentaram retomar o que estavam falando. - Bem, acho que esta foi uma experiência um tanto insatisfatória. - Murmúrios de todos os alunos me deixaram um pouco confusa, mas quando levantei-me não escutei mais nada. Desci cuidadosamente a arquibancada indo em direção aos portões.

Sabia exatamente para onde o Austin foi e fui correndo atrás. Subi as escadas rapidamente e meus pulmões começaram a arder. Quando cheguei no quarto andar eu já estava cansada demais e minha tentativa de chegar sorrateiramente foi total falta de desperdício.

– O que quer aqui Ally?

– Por que... Você... - Minha frase saiu entrecortada já que estava sem fôlego.

– Veio aqui por si própria ou o diretor a mandou? Já sei, meus amigos a mandaram aqui certo?

– Não, eu... Não...

– Veio por conta própria? - Ele franziu as sobrancelhas enquanto eu me sentava ao seu lado de costas para parede e de frente para o espelho.

– Sim, ou você acha o que? - Um brilho apareceu em seu olhar e um esboço de sorriso determinou que ele estava feliz com isso.

– Nada. - Ele deu de ombros e voltou sua atenção para o espelho. Eu o olhei de lado e vi uma marca roxa embaixo de seu olho juntamente com uma marca vermelha. - Por que está me encarando? - Como fui pega em flagra o observando senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

– Você está cheio de marcas e roxos. O que aconteceu? - Ele ficou quieto um instante e depois começou a me olhar pelo espelho, o mesmo que eu estava fazendo neste momento.

– Nada.

– Aham, sei. Pode contar tudo loiro.

– Não aconteceu nada. - Ele confirmou com a cabeça e eu tive uma ideia. Levantei-me e fui em direção a porta. - Aonde vai?

– Você confia em mim não confia? - Meus olhos encontraram os seus e ele respondeu como se estivesse soando totalmente sincero:

– Sim, eu confio.

– Então espere que eu já volto.

Corri feito louca novamente e fui em direção a enfermaria. Pedi a enfermeira algo para poder botar em cima de alguns machucados e ela rapidamente me deu um tipo de pomada, algumas gazes e um remédio líquido em um vidrinho dizendo para depois que acabasse de passar o trouxesse de volta. Sorri e acenei com a cabeça recebendo outro sorriso de volta dela.

Quando cheguei ao salão novamente o loiro me olhou estranhamente.

– Para quê isso?

– Para poder passar em cima de seus machucados, ou você quer ficar com essas marcas enquanto todos lhe fazem perguntas sobre o que houve?

– Não.

– Ótimo. - Cheguei perto dele e abri primeiro o vidrinho colocando um pouco na gaze. Fiquei escorada pelos meus joelhos na sua frente (hoje estava com minhas perfeitas calças jeans por que finalmente elas estavam limpas) e comecei a passar em seu rosto enquanto ele fazia uma expressão de dor. - Vai dizer que está doendo agora? Achei que você era mais forte loiro oxigenado.

– Isso arde ok? - Sorri com aquilo e continuei passando, tentando não olhar para seus olhos que hoje estavam lindos mesmo meio abatidos. Ele ficava fazendo caretas e mais caretas de dor e as vezes mexia o rosto não me deixando passar o remédio direito e eu tive uma ideia.

– Eu vou contar uma história e você vai prestar atenção nela tentando não pensar na dor tudo bem?

– Pode ser.

– Lá vai. - Peguei outra gaze enquanto ele levantava a franja revelando um grande corte lá. - Uma garotinha amava viver com sua família por que todos sempre estavam em perfeita harmonia. Seus pais tinham uma incrível loja de música que ela tanto adorava estar.

"- Um dia, seus pais se separaram e sua mãe foi para África por que conseguiu um emprego muito bom lá que lhe garantia manter seu sonho de ser escritora, mas sua filha, muito ingênua, achou que a culpa era de seu pai por ela ter partido. Ela o culpou pelo resto da vida e desejou que ele morresse assim podendo ter sua mãe de volta, só que a menina não sabia que iria se arrepender de tudo que estava falando. - Eu estava com a visão um pouco embaçada por causa das lágrimas e já tinha parado de passar o remédio nos cortes do Austin recebendo toda a sua atenção."

"- Seu pai descobriu que tinha câncer e sua mãe resolveu vender a Sonic Boom para não lhe dar mais trabalho e poder pagar remédios entre outras coisas, mas sua filha achou que a culpa era sua e o culpou ainda mais por tudo. Seu pai, escondeu de todos que parou de comprar as coisas para seu tratamento por que queria cuidar de sua garota, que ainda estava zangada com ele e por venturas, não sabia de nada. Depois de um tempo, sua doença começou a se mostrar mais presente e já estava em um estado avançado o que o levou a ter que ficar internado no hospital. A morena descobriu tudo e depois começou a visitar seu pai no hospital mesmo sabendo que ele não teria muitos dias a mais de vida e sabe o que a torna uma idiota? - Neste momento as lágrimas já estavam saindo livremente pelo meu rosto. - Ela ainda não consegue perdoar seu pai, mesmo sabendo que a separação deles foi uma coisa boba e ao mesmo tempo boa para os dois."

Parei de contar e os soluços começaram a soar de minha garganta. O Austin passou a mão pelo meu rosto tentando limpar algumas lágrimas.

– A garota na sua história é você, não é Ally?

– Sim. - Foi ai que ele me abraçou e tudo em volta de mim parecia que ia desmoronar.


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Notas finais do capítulo

Tediante? Chato? Engraçado? Legal? Fofo? Cansativo? Divertido? Mandem reviews do que acharam (:

*Parte da vida da menininha foi descoberta :3 kjhgfjdkjhgfdjkjhfdj

XOXO