O Choro Das Ninfas escrita por Pessoana33


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Este Capítulo não esta grande coisa. Prometo que o próximo e o próximo serão maiorES x'DD



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Juliette




Tanto olhares que caem sobre mim. Tanta malicia, maldade e perversidade. Sinto-me imunda na minha própria pele. Como eu queria rasgar-me em duas, e não haver mais de mim. Por favor fechem os olhos, e não me olhem. Se for difícil fecha-los, tornem-se cegos e que a minha imagem desvaneça em vossos olhos. Mas se isso for pedir muito desejo que a escuridão me devore, porque no escuro ninguém me pode ver.



Tento alcançar a luz, e por mais que tente alcança-la, ela escorrega por entre os meus dedos, e foge de mim, se eu pudesse fugir de mim eu também fugiria.

A música se cala, e finalmente o silêncio. E hoje não há aplausos sem sentido. Estranho não ouvir aquele som ruidoso que eu tanto odeio. Porque eu não mereço os vossos aplausos, e nem vossos assobios, o que faço em cima do palco não é de louvar, são movimentos pesados, de uma menina atormentada. Mas ninguém consegue ver isso, todos eles acreditam que eu sou uma boa actriz e as minhas lágrimas fazem parte da encenação.

Para eles eu sou de mentira.

Um homem loiro esta de pé, e os olhares fogem de mim, e todos os olhares estão sobre ele, como se ele fosse um espécime de Deus. De um Deus que eu desconheço, e eu nunca ouvi falar de um Deus de cabelos loiros.

Ele caminha em minha direção, e os seus passos são apressados e vistosos. E todos olhos se movem em cada movimento seu. Cada passo que dá mais perto se encontra de mim. E eu não sei porquê mas só quero fugir. Estou com medo. Medo não sei do quê.

Mais um passo…

O homem salta para cima do palco, agarra o meu pulso, e arrasta-me, não sei para onde.

– Solta-me.- Grito, mas o homem não solta o meu pulso, até pelo contrário aperto-o com mais força.

– Por favor.- Suplico-lhe, e tento a todo custo soltar-me, mas ele é mais forte do que eu.

Ele abre a porta de um dos nossos quartos, e eu vejo um homem nu em cima de uma mulher.

– Saiam.- Berra o homem loiro para o casal que se encontra nu.

O homem e a mulher olham simultaneamente para o homem loiro, e posso ver pelos seus rostos assustados que eles o reconhecem. Tanto o homem como a mulher cobrem-se com um lençol branco, e saem a correr do quarto, deixando-nos a sós.

O homem loiro, empurra-me violentamente contra parede, e depois bate com ambas das suas mãos no concreto. Fecho os olhos. E estou presa na jaula que ele próprio criou. Os seus compridos braços são as grades que me impedem de correr para longe dele.

– O que senhor quer?- Pergunto enquanto abro os meus olhos, e vejo o seu lindo rosto, um rosto que parece que foi desenhado e moldado pelas mãos dos deuses. Os traços fortes e marcantes, sua pele tão perfeita que dá vontade de tocar e os seus olhos são águas verdes nas quais me queria afogar.

Ele não responde apenas olha fixamente para mim, e seus olhos dilatam-se a cada olhada em meu rosto.

– Finalmente cacei – a. - Diz num tom frio. – Pensava que eu nunca a iria encontrar? – Pergunta-me com um sorriso diabólico em seus lábios.

– Você deve esta confundir-me com outra pessoa, porque eu não conheço o Senhor.- Esclareço, mas pela sua expressão ele não acredita no que acabei de dizer.

– Você não irá enganar-me mais.- Diz num tom áspero e sua expressão torna-se demasiado pesada.

– Eu não conheço o senhor.- Grito com ferocidade, porque eu já estou cansada do seu joguinho.

– Parece que terei de relembra-la.- Sussurra em meu ouvido, e eu estremeço com o contato da sua respiração quente sobre minha pele.

Depois ele retira a arma que mantinha escondida debaixo do seu casaco, e aponta-a em direção ao meu coração. Deveria de ter medo, mas eu não o tenho. Não me importo se este homem de olhos verdes me mate. Na verdade pensei vezes sem conta no dia que a morte me viria buscar, pensei tanto que deixei de ter medo dela. Morrer nunca me pareceu uma ideia errada, porque se morrer não sentirei mais nada, sempre ansiei por isso, de nunca mais voltar sentir o que sinto.

– Mate-me se isso o fizer feliz.- Sugiro e minha voz não fraqueja.

Ele olha para mim hesitante, como se tivesse em dúvida que apertar o gatilho fosse a coisa certa, e depois as suas gargalhadas enchem os meus ouvidos, são gargalhadas sem vontade, são gargalhadas calculadas.

– A menina é uma desmancha- prazeres.- Afirma com um sorriso sinuoso em seu rosto. – Que piada tem de mata-la se menina não vai chorar.- Acrescenta.

– Pára com isso.- Ouço uma voz firme. – Ela não tem aspecto de uma ninfa.- Explica o homem de cabelos negros, enquanto tenta retirar a arma das mãos do homem que me quer matar.

– Ela definitivamente é uma ninfa.- Berra o homem loiro, e sua expressão torna-se mais sombria.

– Primeiro vamos verificar se ela é uma ninfa.- Suspira o homem de cabelos negros.- Se ela for uma ninfa podes fazer o que bem entenderes com ela.- Diz, enquanto tira uma pequena caneta do seu bolso.

O homem loiro-que-me-quer-matar solta-me, e o homem de cabelos negros- que-me-quer-salvar aproxima-se de mim, agarra na minha mão direita, e espeta com a caneta, que não é uma caneta, mas sim uma agulha em meu dedo indicador. Uma gota de sangue forma-se em meu dedo.

– Desculpe-me.- Desculpa-se o homem de cabelos negros e retira agulha do meu dedo. Olha para “caneta”. Suspira e diz: - Ela 85% humana, esta muito longe de se tornar uma ninfa.

– Não é possível.- Diz o homem loiro, enquanto verifica o aparelho.

Depois olha para mim meio atordoado.

Surge uma música irritante, e o homem loiro retira um aparelho do seu bolso e coloca em seu ouvido. Ele ouve a voz dentro do aparelho, e fica furioso.

– Temos de ir Adam.- Diz para o homem de cabelos negros.

O homem de cabelos negro acena com a cabeça e sai do quarto, e eu fico novamente sozinha com homem dos olhos verdes.

Ele aproxima o seu rosto do meu, e os seus lábios estão milímetros de tocar nos meus.

– Você teve sorte hoje, mas não terá da próxima vez.- Ameaça-me com um sorriso presunçoso nos lábios.

Observo ele sair, e eu não queria que ele fosse embora, eu queria que ele ficasse.

Eu não sei o seu nome.

E eu quero saber como se chama o homem loiro de olhos verdes.

Corro para fora do quarto, e o alcanço, agarro num pedaço do seu casaco. E os seus olhos verdes mais verdes que todas coisas verdes do mundo olham para mim, surpresos.

– Qual é o seu nome?- Pergunto-lhe.

– Você correu até mim só para saber o meu nome? – Pergunta, mas não é bem uma pergunta. Ele sorri, e desta vez sorri de verdade. – Warner.- Diz com apatia.

– Warner, eu estarei a sua espera.- Aviso-lhe, enquanto ele caminha para longe de mim

Warner, o nome do homem que me quer matar.


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Notas finais do capítulo

(...) Não percam o próximo Capítulo.