As Cores escrita por Isabell Grace


Capítulo 16
Desculpas


Notas iniciais do capítulo

Hey! Mais um pra vocês. Como eu disse, eu escrevi bastante semana passada.
Estão com saudades de Thaluke, né? Pois bem, então ai está de volta nosso casal favorito. Os próximos capítulos vão ser bem fofos.
Espero que gostem e não deixem de comentar, favoritar, etc.
Beijos Bell



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Sentado no banco da praça, eu olhava para o céu, para o chão ou para qualquer ponto, esperando alguma resposta para “o que eu vou fazer agora?” ou “para onde eu vou?” Definitivamente, eu não sabia o que fazer. Mas por incrível que pareça, uma resposta me surgiu.

Ouvi gritos vindos de algum ponto da praça. Não exatamente gritos. Era, na verdade, uma discussão. Parecia que alguém estava acusando a pessoa de fazer algo e, essa pessoa, estava tentando se defender. E o pior de tudo era que eu conheci uma das vozes. A da autodefesa.

Quando olho pra trás, confirmo o que eu suspeitava. Eu conhecia a voz. Thalia. Ela discutia com o segurança do Walmart. Ele alegava que ela havia tentando roubar alguma coisa na loja e ela negava. Por mais que eu suspeitasse que o homem estivesse certo, eu queria ir lá pra defender Thalia. Mas ainda tinha medo de que ela rejeitasse minha ajuda e gritasse comigo de novo.

Qual é, Luke? Essa garota salvou sua vida. Te salvou de ser um picolé humano. Ela foi a única pessoa que se importou com você no mundo, dai você a decepcionou e agora vai ficar ai parado, olhando esse segurança fazer o que quiser com ela? Será que eu não posso parar de ser idiota pelo menos por um minuto?

Finalmente, tomo uma atitude, me levanto do banco e vou até lá.

– Ei, o que está acontecendo? – pergunto. Thalia me olhava e parecia surpresa, mas não disse nada.

– Não é da sua conta garoto. – o segurança responde – Saia daqui.

Eu o ignorei.

– Thalia, o que houve? Ela olhava pra mim com os olhos inchados, como se quisesse chorar. Mas eu não sabia se era pelo problema com o segurança da loja ou se era por mim. Ela engoliu em seco e disse de volta para o homem:

– Eu juro que não fiz nada, eu não ia roubar nada. Por favor moço, acredita em mim. – ela suplicava.

Aquilo me quebrou. Não era a primeira vez que eu via Thalia implorando pra que alguém acreditasse nela. Da última vez foi comigo, eu disse que acreditava nela, mas a trai. Às vezes eu penso que tudo o que ela queria era que alguém desse valor ao que ela diz.

– Ela não roubou nada. – eu disse em defesa – Ela não pode ter roubado porque estava sentada ali comigo o tempo todo. – apontei para o banco da praça.

De repente a fúria no rosto do segurança sumiu, agora ele parecia confuso.

– É... – ele falou pensativo – Acho que tem razão. Desculpem-me o mal entendido. – e então ele entrou novamente para a loja.

Ficamos apenas Thalia e eu parados em um silêncio desconfortável. Ela me encarou por meio segundo e disse:

– Como você fez isso? Eu estou aqui faz quinze minutos tentando convencer esse cara de que eu não estava roubando nada e você chega e simplesmente diz que eu estava sentada ali e ele te escuta? O que você fez?

– Não sei. – respondo olhando para o chão. Eu não queria ter que encará-la.

– Luke... – sua voz era suave e eu sabia que seus olhos azuis estavam brilhando. Eles me chamavam e eu não consegui ficar olhando para o chão. Eu era hipnotizado por eles – Obrigada. – foi tudo o que ela disse.

Eu balancei a cabeça sem falar nada. Respirei fundo e depois disse:

– É melhor eu ir embora. Perdão por me intrometer na sua vida. – ajeitei a mochila nas minhas costas e me virei pra sair.

– Luke, espera. – ela agarrou meu braço.

Eu me virei de volta, encarando seus olhos novamente e eles eram de súplica mais uma vez. Mas ao invés de me pedir alguma coisa ela perguntou:

– Você está bem? – eu balancei a cabeça em afirmativa. E dessa vez foi ela quem se curvou, mirando o chão. Quando ela olhou de volta pra mim, seus olhos estavam lotados de lágrimas, ela piscava pra tentar conte-las – Eu queria que você me perdoasse.

– Eu te perdoar? Pelo quê, Thalia? Eu te magoei, eu fiz você chorar. Você não tem que me pedir perdão por nada. Eu é que tenho, e vou entender se você não aceitar. Sei que sou um idiota.

Para minha surpresa, Thalia pulou em mim em um abraço forte. Eu não pude deixar de sorrir. Quando ela finalmente me soltou, disse:

– A culpa não é sua, ok? Você fez tudo pra me ajudar a descobrir sobre o acidente e eu fui ingrata com você. Eu sei que essa história está estranha, mas nós vamos descobrir.

– Vamos sim. – concordei.

– Luke, por favor, volta para o beco. Aquilo lá ficou tão ruim sem você.

– É claro que sim. – eu disse sorrindo mais vez. Ela sorriu também e então saiu andando. Eu a segui. – E então, você estava tentando roubar o Walmart mesmo?

– Estava. Mas cale a boca. – aquela com certeza era a Thalia que eu conhecia.

– Aposto que estava querendo levar comidinha pro Joe. – brinquei. Ela me deu um soco no ombro e nós dois rimos.

– Luke, você é meu idiota favorito.


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