—“Y-Y-Yuu-chan... eu... bem... eu... YUU-CHAN EU GOSTO MUITO DE VC!” – falava nervosamente para o garoto, que a observava atônico, o rostinho branco e delicado estava avermelhado e os olhos castanhos inchados de tanto chorar, inconscientemente teve que admitir que ela ficava linda de qualquer jeito.

—“KIORI! Vamos logo! Nosso vôo para o Brasil está saindo!”.

—“Não me esqueça...” – ela beija o rosto do ‘amigo’ e secretamente coloca um lado do seu brinco na mão dele, não esperando resposta nem nada, ela corre de volta para os pais que a levavam embora... de perto de seus amigos e de seu primeiro amor.

Ele ficou lá, estático... as pernas bambas enquanto ela desaparecia pelo longo corredor, sentiu um aperto grande no peito e com uma vontade que não sabe de onde veio ele se moveu, correu na verdade, correu o máximo que suas pernas de 11 anos permitiam, deu a volta até chegar a um vidro que mostrava as aeronaves e o corredor por onde os passageiros desciam por uma escada-rolante até irem para o ultimo piso onde um ônibus os levariam para a aeronave. Lá Yuu bateu forte no vidro e gritou pelo nome de Kiori continuou batendo até que ela o olhasse.

—“KIORI-CHAN! KIORI-CHAN! EU TAMBÉM! TAMBÉM GOSTO MUITO DE VOCÊ...” – ela estava no colo do pai, contudo ela o olhou e tentou sair dos braços do mesmo para correr até ele, mas não o conseguiu, o menino a viu descendo pela escada... chorando e com a mão estendida para ele – “...também gosto de você...” – disse baixo, assim que desapareceu por completo ele se ajoelhou no chão frio do aeroporto e começou a chorar com a cabeça baixa...as mãos doendo pelas batidas, acabou abrindo a que recebeu o presente da menina, olhou para o brinco e o guardou com carinho.

Ao longe os quatro meninos e um homem robusto olhavam a cena, o homem incentivou que eles fossem consolar o amigo e assim o fizeram, assim como consolaram Kiori quando ela descobriu a noticia... aquela pequena ‘fortaleza’ escondeu as lagrimas de um ‘amor perdido’ do jovem.

—

 

Bip....Bip...Bip...BEEEEEEEEEEMMMMMMMMMMMMMM

(n/a: ._.’ desculpem a minha falta de criatividade para efeitos sonoros)

 

—“argh! Já?!” – pensa o rapaz sonolento, e vencido pelo barulho estridente do despertador levanta e o faz parar – “aff...” – suspira pesadamente, se levanta, tira a roupa e vai para o banheiro. Dentro do box ele liga o chuveiro e deixa a água morna cair sob si, enquanto ia despertando ele ia lembrando do que sonhara aquela noite. – “Kiori...” – olhava pensativo para um ponto qualquer na lajota se relembrando do sonho, fazia tempo que não o tinha, com ele ainda em mente o rapaz sai do banho e faz todo o seu ritual de higiene até chegarmos ao vestuário (n/a: acharam mesmo que eu ia descrever cada passo dele no banheiro?! ¬¬’ por favor, né gente?), onde escolhe uma simples regata preta e uma calça jeans.

O moreno deixa uma toalha branca no pescoço para aparar as gotículas que ainda caiam do sedoso cabelo para que as mesmas não molhassem sua camisa. Ele pegou um porta-retrato que mantinha sob a estante e analisou a foto dos seis meninos e a menina no meio deles, virou-o e o abriu, revelando um fundo falso onde mantinha além do cordão que a anos atrás fizeram a promessa... o brinco de Kiori.

 

—“aff...Shiroyama.....Shiroyama....para de viver no passado,cara!” – e reprimindo-se ele guarda tudo novamente, pega a toalha e passa violentamente nos cabelos molhados na intenção de secá-los e na tentativa de tirar todos aqueles pensamentos da cabeça, afinal... já estava bem crescidinho para ficar pensando num ‘amor de criança’....isso não significava nada agora mesmo... já havia se envolvido com outras garotas.....- “mas nenhuma era como você...” – esse pensamento lhe veio rápido à mente e logo como se pegasse ele e entocasse em alguma latinha para jogar fora foi reprimido, seguido de um grande e pesado suspiro do rapaz – “ai que fome...” – ele sai de sua ‘toca’ e vai preparar seu desjejum –“ ai como é triste morar sozinho, viu?! Aposto que o Gackt não tem que dar folga para os seus empregados quando estão com pneumonia, ah! Lógico que deve dar... se não ele seria processado...”—“Não me esqueça...” – esse pensamento vem rapidamente e novamente pela cabeça dele e...

—“AI MERDAAA!! CARALHO!” – e ele se queimou, minha gente .__.’...alguém ensina pra essa criança que se deve tomar cuidado com o ferro das frigideiras? (n/a: Kio:eu encinooo *o* eu encinooo).

—

....Bip....Bip...Bip....DRIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMM.......

 

—“ah!” – Kiori acorda um pouco atordoada, tenta se lembrar do sonho que teve, mas nada lhe vem à mente.

 

DRIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMMM,

 

E num ato de dormência e impaciência dá um tapa no despertador que cai e quebra no chão, ela levanta o rosto, esfrega os olhos e vê o estrago – “ahhh kuso!... hm... May-chan... acorda... já são...”.

 

—“7:30 da manhã Kio, sim você está super-atrasada” – diz May da porta do quarto da amiga e com uma xícara de café na mão, rindo ao ver o pulo que ela deu até o banheiro, sorriu ainda mais largamente quando ouviu LINDA~candydive Pinky heaven~ tocar no som do banheiro, e dando mais um gole em seu desjejum fecha a porta e desce até a cozinha.

 

—

 

—“buaaaa... tô atrasadaaa!! Atrasadaaa!!!” – >.< a moça sai do quarto as presas, enfiando algumas coisas ainda na mochila, chega correndo na cozinha e dá bom dia as duas e quando ia saindo sem comer nada é barrada pela senhora.

 

—“nada disso, menina! Pode estar o mais atrasada que seja, mas ontem a minha menina não jantou! Tem que ao menos colocar alguma coisa quente no estomago!” – disse a senhora puxando-a pela mão e a fazendo sentar na frente da amiga – “ aff....tá!” – vencida se acalma e toma um pouco de arroz para comer – “Ohayou...ano...May-chan, você ta acordada a muito tempo?”

 

— “Ohayou, Kio-chan, hm...mais ou menos” – dizia sorridente... um sorriso nada típico, Kiori sabendo que geralmente a amiga acorda com um pingo de mal humor, estranha.

 

— “hmm... anda! Diz! Que bicho da felicidade te mordeu?”.

 

— “bicho da felicidade? Por quê? Não posso acordar de bom humor?”.

 

—“bem... considerando as circunstancias q fomos dormir ontem você não deveria estar com esse sorrisão... um sorrisinho até q vai... mas esse sorrisão... tem coisa na parada... anda! Fala!” – ò.ó

 

— “hmmm....aaiiii!!! Kio!!! ^^~ ligaram daquela agencia de empregos!! Adivinha onde pediram para mim fazer estágio??”

 

—“hmm... ._.’....não faço a mínima......numa loja de CD’s?”

 

—“Iie! Tem haver com música, mas não é uma loja de CD’s, tenta d novo!” - ^^~

 

—“hmmm... na boutique do Mana-sama?!” - xD

 

—“não! xD quem m dera! Mas posso dizer q é melhor que isso”

 

—“MELHOR QUE A BOUTIQUE DO MANA??” - O.O

 

—“hai!” - *-*

 

—“aahhhhh!! Desisto May-chan! fala logo q eu to me remoendo de curiosidade!!!” – diz Kiori agitada.

 

—“ta engole o arroz primeiro!” – feito isso Mya respira fundo, olha bem para a amiga e então da a maravilhosa noticia – “na.....PS Company!”

 

—“NÃO!” – O.O

 

— “SIM!!” - *-*

 

—“NÃO!” – O.O

 

—“SSIIMMMMM!!!” - *¬*

 

—“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH” – Kiori começou a gritar animada, May a acompanhou ambas se levantaram se abraçaram e ficaram gritando e pulando por um bom tempo (n/a: q feliz gente xD) – “ahhhh ñ acredito May-chhaannn!! Q sorteee!!! Você vai poder saber dos shows anos luz de antecedência! Vai poder ver os caras do Gazette!! O Miyavviiii!!! Aahhh!!! - *-*.......ò.o – “sua falsa! E ce ia m deixar sair de casa sem dar essa noticia???”.

 

— “não! Lógico que não! Fui eu que pedi pra Nana-sama te segurar!”.

 

—“hmm... acho bom!” - ù.u – “caraca!!! Olha a hora! To mais atrasada ainda! Xau Nana-sama, xau May-chan, boa sorte!”

 

— “pra você também, Kio!” – diz a amiga sorrindo.

 

—

 

—“hmm, vejamos... como a May-chan não vai m levar para a faculdade hoje eu vou ter que pegar o ônibus.......EPA! O_O onde é que ta a minha cabeça? Eu to no Japão... e pelo visto...perdidaaaaa!!! ç_ç ta...calma Kio pense...pense” – ela olha para o lado convenientemente vê uma lanchonete, entra e lá ela encontra uma gentil senhora que a indica onde fica o metro e qual expresso tem que pegar para chegar até a empresa que iria trabalhar.

Dentro do metrô ela observa que muitos olhares se voltaram para ela, por ser mestiça talvez e ter mais características brasileiras do que japonesa, será que era isso? Tomara que sim, já pensou se tem alguma coisa constrangedora no seu visual? Não podia ser! Tinha feito de tudo para caprichar nele, trajava uma saia jeans até metade da coxa e uma blusa-bata preta com detalhes dourados e uma sandália dourada também, delicada e perigosa, adorava esse contraste (n/a: ta! nada haver...~.~” esqueçam). A morena foi despertada de seus devaneios com a parada do transporte e a anunciação pela voz do motorista, era ali que deveria saltar e segundo o esquema que a senhora lhe fez em um guardanapo deveria andar até a próxima esquina, virar a direita até ver um prédio grande e bonito com o nome “M&M mobiliaria”.

 

—“Finalmente... te achei sua coisa!” – pensou aliviada e ao mesmo tempo apreensiva, será que o chefe era gente-fina e iria perdoar-lhe pelo atraso? Se explicasse o que aconteceu devidamente até que tinha uma chance dele perdoar-lhe. Entrou no prédio e deu logo de cara com uma jovem secretária – “eh...bom dia, meu nome é Sumeragi Kiori, tenho hora marcada com o senhor Terachima”

 

—“um minutinho, sim?” – a moça pegou um telefone e anunciou para o chefe a chegada da moça – “pode entrar senhorita Sumeragi, terceira porta a direita”.

 

—“arigato gozai masu!” – fazendo uma rápida reverencia a garota ela entra no corredor, sem perder a chance de observar cada detalhe – “os prédios do Japão são diferentes dos do Brasil... sugoi...” – pensou, foi ai que se deu conta que estava frente a frente com a porta do chefe, respirou fundo e bateu na mesma.

 

—“pode entrar...”

 

—

 

Enquanto isso na casa de Kiori e agora também de May...

 

—“Nana-sama, já estou de saída! Me deseje boa sorte! Bai bai!”

 

—“Itterasshai” – diz a idosa enquanto varria a casa

 

—“hmm...vejamos...segundo esse mapa que a empresa me mandou....a PSC é pra....lí!” – se localizando a moça vira a direita e segue direto até chegar em uma panificadora e dalí dobrar para a esquerda – “hm...agora é só seguir reto mais dois quarteirões... caraca é muito perto de casa” – esse pensamento acaba inconsientemente levando a outro que a fez babar em plena rua – “nhyuuu...mais alguns metros e estarei cara a cara com todos aqueles j-rockers famosos, hoje realmente é o meu dia de sorte!” – ela verificou os números até chegar em um prédio grande e cheio de vidros em sua frente, entra e dá de cara com secretárias ocupadas anotando coisas enquanto falavam em telefones, ela fica em pé na frente de uma e espera paciente ser atendida – “Porra desliga logo esse droga q eu quero ver logo onde eu vou trabalharrrr!!”

 

—“Pois é Aoi... ainda acho que fica melhor lá menor em vez de lá sustenido naquela parte” – diz um ruivo baixinho que passava pela garota conversando com um moreno alto.

 

—“Não Ruki fica....” – e eles se afastam, ela não consegue mais ouvir nada, só sente seu coração apertar e bater rápido quando vê o ruivo... ele realmente era tudo que imaginou...lindo....muito lindo!

 

—“senhorita! Senhorita!!” – chama a secretária já nervosa com a falta de atenção da moça.

 

—“ah! Gomen ne... Gokingenyou...meu nome é Moreira May....vim a mando da agencia de empregos” – agora voltando toda a sua atenção para a secretária que gentilmente se levanta e lhe conduz até a sua área de trabalho.

 

—“Saiury-sama, sua nova ajudante chegou” – diz ela a uma bonita moça que se encontrava ajeitando algumas peças e que agora se dirige a elas sorridente – “vou deixa-las à sós”

 

—“Bom dia! Você é a.......?” – pergunta Saiury para May fechando a porta atrás delas

 

—“Moreira May, é um grande prazer trabalhar com a senhorita” – a moça faz uma leve reverencia e é retribuída pela mais velha.

 

—“muito bem May, estava vendo seus projetos ainda ontem, você tem um grande futuro nesse ramo, mas sente-se... sente-se, tenho muitas coisas para lhe passar” – as duas sentam na frente de uma grande mesa e tem uma longa conversa sobre TUDO.

—

 

—“muitíssimo obrigada pela compreensão senhor Terachima, agora que sei o caminho prometo chegar na hora amanhã, Sayonara” – Kiori acabava de sair do escritório do chefe, foi então que olhou para o relógio – “KAMI-SAMA! Já são 2hs da tarde! E eu nem comi nada @_@ droga! E daqui a pouco o Yukata-chan vai me pegar lá em casa... >.<’ Buaaaa por que eu sempre me atraso pra tudo?!” – falava baixo consigo mesma enquanto andava rápido até o metrô, agradeceu a todos os santos por ter botado aquela senhora em seu caminho, pois ela lhe explicou como ir e como voltar para casa – “nhyaaa que sorte... aff...essa banheira ñ anda mais rápido??” – pensou já dentro do expresso (n/a: lol sim! Eu sou mto rápida! m/Ú.Úm/), em mais ou menos meia hora ela chegou ao seu destino, chegou correndo em casa gritando um ‘todaima’ para Nana, deixando os sapatos jogados na porta de qualquer jeito e subiu correndo para o quarto.

 

—“Irasshai........” – Kiori passa como uma flecha pela senhora – “...mase” – O.O”

 

—“ai droga!” – a moça resmunga algumas coisas quase inaudíveis enquanto jogar a bolsa no chão do quarto abre o armário e lá faz uma varredura de qual roupa usar, olha o relógio – “hmm...calma Kiori...você tem...uma hora....dá pra escolher com calma...comer e tomar banho....relaxa....relaxa....- e repetindo essa palavras como um mantra ela resolve tudo a tempo, toma banho, se arruma, come e se deita no sofá da sala a espera de Yutaka.

 

—

 

—“Kiori...” – chama Nana em pé na frente da moça

 

—“hm? Oi Nana-sama”

 

—“Yutaka-chan acabou de chegar, minha criança” – a calma com que a senhora falava era completamente contrastante ao susto que Kiori levou. Tal esse que a fez pular do sofá e seu coração bater forte.

 

—“finalmente... o momento então chegou... aiaiaiaiaiaiiii!!” – “ele está esperando a muito tempo? Já chegou? Ai ai.....xau Nana-sama... me deseje sorte...” – nervosa ela anda apresada pegando a bolsa...falando tão ligeiramente que não dava tempo da senhora responder.

 

—“xau, minha criança... boa sorte....” – quando Kiori fechou a porta foi que Nana pode processar todas as informações e falar, com toda a calma do mundo ela volta as suas atividades.

 

—

 

—“Kiori-chan! Gokingenyo!” – diz Yutaka animadamente com um belo sorriso no rosto enquanto abraçava a amiga.

 

—“Yutaka-chhaannn!!” – ela abraça forte o amigo e sorri de volta para ele, mas quando ela o olha sorrindo algo dentro de si entranha – “eu já vi esse sorriso... nossa... ele parece com o Kai do Gazette... nhya deve ser coincidência” – deixando esse pensamento de lado ela acompanhou o rapaz para dentro do carro quando o mesmo disse “vamos” e assim seguiram para a casa dele.

 

—

 

—“aff...o que é que o Kai tem para não poder sair de casa? E se está tão mal por que temos que ir a casa dele? Por que não descansa e amanhã ensaiamos?”

 

—“ai ai Reita! Quer parar de reclamar só um pouco? Carai....u.u’ se o Kai acha que está disposto a fazer o ensaio na sua casa então vamos!” – diz Ruki irritando-se com os resmungos do loiro.

 

—“hmm....eu estou achando isso muito estranho... pra mim o Kai ta aprontando alguma! – diz o guitarrista-base cutucando o outro guitarrista com o cotovelo – “o que se acha Uruha?”

 

—“hunf... será que o Kai ta aprontando uma orgia pra gente? Hmmm tava precisando me divertir um pouco” – diz com uma cara de safado para Aoi também o cutucando, com uma olhar super-malicioso.

 

—“hahahahahahahahahahaha!!! Você jura? O Kai?! Não viaja,cara!” – diz dando-lhe um soco no ombro e saindo do carro, já na frente do apartamento do baterista.

 

—“Takanori! Leva esses doces aqui também já que só está levando o microfone!” – diz o baixista enquanto todos pegavam seus respectivos instrumentos, o menor o fez sem reclamar... afinal...que mal havia?

 

POW

 

O mal que havia é que era mais uma brincadeira de Aoi e Uruha, a caixa branca com os doces na verdade estava afrouxada para que quando alguém a segurasse pela alça o chocolate caísse todo na calça da pessoa que a segurou e assim aconteceu com Ruki, manchando toda a calça do mesmo e quem o visse juraria que tinha se borrado todo.

 

FF...FF...HAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA

 

Os dois guitarristas e o baixista não se agüentavam em pé de tanto rir do susto e da cara do ruivo fez, sem falar na irritação que ele ficou, chamava-os de tudo... menos de santos.

 

—“hahahhahahaha! Bem feito, Takanori! Essa foi pela que você aprontou comigo” – disse o moreno agora dando uma toalha molhada para o ruivo para “limpar suas calças”.

 

—“Caralho, Aoi!!! Essa calça é nova cara!” – disse limpando-a, mas mesmo assim ainda ficaram as manchas, Ruki acaba desistindo pois estava manchando-a mais, teria que pedir para Kai para usar sua maquina de lavar.

 

—

 

—“ah! Chegaram! Esconda-se Kio!” – dizia o moreno após receber o aviso da portaria.

 

—“espera Yutaka-kun... deixa-me ver se lembro de tudo.....o baixinho é o Takanori-chan... o moreno é o Yuu-chan....o loiro mais alto é o Kouyou-kun........e o outro loiro é o Akira-chan...certo?” – dizia pensativa enquanto ele a escondia atrás de uma longa cortina.

 

—“isso! Isso! Agora fique quietinha ai até que eu lhe chame! Ok?” – ouvida a aceitação e a campainha tocar o rapaz corre para a porta e quando a abre os 4 se pronunciam – “Yo minna! Entrem entrem...e...Matsumoto...o que aconteceu com suas calças?” – diz dando espaço para que os rapazes adentrem a residência e olhando para as calas do menor.

 

—“Gomen Kudasai!” – u.u” diz Takanori sendo acompanhado pelos outros três e dentro do apartamento responde a pergunta de Kai ainda meio irritado pela brincadeira.

 

—“hey Kai!... ce ta parecendo muito bem pra mim...o que te deu heim?” – diz o moreno colocando o braço no ombro do outro.

 

—“há! Eu sabia! Eu disse... ele deve ter saído com uma gatinha ontemmm... ta de ressaca né, Kai-chaannn??” – diz Uruha agora envolvendo o braço no ombro do mesmo que nem Aoi, ambos sorrindo maliciosamente para ele.

 

—“é-é-é c-claro que não!!!! Parem com issooo!!!” - ##>.<## completamente corado o baterista empurra ambos enquanto se espocavam de rir juntamente com os outros dois da cara que o moreno fez.

 

—“hahahaha... então qual é o motivo dessa reunião, Yutaka? Nem diga que está doente que não acreditamos!” – pergunta o menor sentando-se na poltrona enquanto os outros depositavam os instrumentos encostados na parede e se sentavam nos sofáres.

 

—“uma surpresa! Uma bela surpresa!” – dizia o baterista sorridente – “gente... uma amiga....muuuiiiito antiga nossa veio nos visitar”

 

—“gente... uma amiga....muuuiiiito antiga nossa veio nos visitar” – Aoi ficou mudo e estático na hora... demorou para processar as palavras de Kai um pouco – “será que ele está falando dá.......?”

—“Kiori... vem aqui... eles estão loucos para te ver” – o rapaz abre uma pequena brecha na cortina e a moça finalmente sai, sorridente e batendo os olhos em todos.

 

—“K-K-KIORI??????” – O_O dizem os quatro assustados...e.....surpresos...MUITO surpresos.

 

—“ha...ha...Kiori!” – o guitarrista loiro é o primeiro a se pronunciar, ele se levanta e chega perto lentamente – “KIORI!” – e com um sorriso enorme ele a agarra e a gira no ar, os outros membros agora se levantam também menos Shiroyama que permanece sentado...estático.

 

—“Cara! Olha só como você cresceu! Ta linda!” – diz o baixista a abraçando agora que Atsuaki a largou e como Yutaka segurou-a pela mão e a fez dar uma ‘voltinha’ (n/a: detalhe: o Aoi ta só vendo toda essa arrumação).

 

—“feh! Os ares do Brasil te fizeram muito bem, Kiori-chan! Olha só! Nem aprece mais japonesa!” – diz o mais baixo, que para a moça nem é tão baixo, Takanori era praticamente do seu tamanho.

 

—“ah! Para com isso, Takanori-chan! Não exagera!” – dizia corando com os elogios que recebia.

 

—“hahahaha, não me diga que está hospedada aqui na casa do Yutaka, Kiori? Cuidado heim? Ele é safadenhooo” – brincou Uruha abraçando a moça pela cintura e sentindo um soco em seu braço vindo do baterista.

 

—“PARA COM ISSO TAKACHIMA! Não sou nenhum echii!” – ##>.<##

 

—“hahahahahahaha... não não... estou hospedada na minha casa mesmo” - ria ela alegremente das coisas que Uruha falava e o modo como ele conseguia deixar o moreno envergonhado.

 

—

 

Os girassóis que se molham na chuva desejam o nosso futuro para que possa proteger
Elas fazem rostos serenos, florescem carinhosamente e esperam o dia que virá

Olho para a poça d’água e lembro de você, e ainda te vejo do meu lado
Tirando isso a mão que você segurou dói até agora

Mostrei o silêncio que te leva
Não posso chamar isso de felicidade
Com certeza as lembranças não vão me deixar esquecer a história daquele dia

Se me aproximo dessa voz que escuto me perco na saudade
E aos poucos lembro daquele dia e quero que aconteça novamente

—“Eu... não... acredito... ela... está ali... Anda seu corpo besta! Movimente-se!... que sorriso lindo... que... linda... ela está... o-o que eu falo?Kiori...que bom te ver... não....isso ta muito simples e....ah! foda-se!” – o guitarrista se levanta e assim que os outros o vêem fazer menção de falar com ela abrem caminho, os dois ficam se olhando por um bom tempo.

"Não vá" eu desejei
Junto com o adeus na chuva do fim de maio, igual aquele dia
É para molhar e tremer o nosso segundo reencontro
E assim vou achar que tudo é um sonho e talvez isso me fará sorrir

—“Olá... Yuu-chan” – diz ela calmamente com um leve sorriso nos lábios e fitando o rapaz gentilmente nos olhos.

 

—“er...Takanori.....você não quer...trocar essa calça?” – sugeria o baterista

 

—“ah...hai! Kouyou, Akira...porque não vêem conosco para... falar-mos sobre... aquilo” – entendido o recado, os 4 saem da sala deixando os dois à sós.

Com as mãos dadas eu penso no amanhã
A insegurança não consegue se transformar em palavras
Só o ato do abraço e
A realidade de nós dois que se acaba dentro do meu peito
E as coisas que podem desaparecer

—“K-Kiori...!!!” – ele se aproxima mais e a agarra, agarra mesmo, chegando a tira-la do chão e quando a devolve ñ a solta – “senti.....sua falta” – “o que?? Cara não acredito que cê disse isso! Que coisa mais gay!” – ele pegou sua consciência machista e a jogou dentro de um pote de biscoito, deixando-a presa ali... nada mais importava... ela voltou...

Foi por um curto período, o dia que me pareceu um sonho. A última palavra que se passou calma

"Não se esqueça" eu desejei
Que nem aquele dia, no começo de junho, quando a chuva terminou

—“Y-Yuu-chan...” – ela tremia, não pensou que sentiria tanta felicidade em revê-lo, era como se seu coração fosse explodir de tanta felicidade – “eu tbm...” – disse ela tentando manter a calma na voz enquanto o abraçava de volta, e assim ficaram por um bom tempo.

O sol que transmitiu o nosso segundo adeus
E assim achei que tudo era um sonho e eu sorri

Então era um bom sonho...

[Baretta (tradução) – The Gazette]

 

 

Continua...