When You Call To Me escrita por Carrie Lerman


Capítulo 6
O Rei de Nárnia


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, pra não ficar muito grande eu divido ele em duas partes ok? amanhã tem mais! bjus



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Caspian se dirigiu pelo longo corredor enquanto seguia a rainha Lucia que andava a alguns passos a sua frente até chegar a uma porta por onde esta passou. Assim que se viu diante da entrada do tal cômodo sendo encarado pelo guarda que se prostrava de pé segurando uma lança em riste ao lado do corpo, Caspian ouviu a doce voz de Lucia:

- Por favor, entre... –dizia ela de dentro do cômodo.

Caspian desviou o olhar da face do guarda e passou pela porta que logo foi fechada por um segundo homem que por ordens da rainha estava se retirando do gabinete. Lucia se prostrou atrás da mesa retangular coberta por pergaminhos e livros colocando suas mãos sobre a mesma enquanto encarava o belo rapaz de cabelos medianos e olhos castanhos extremamente escuros.

- Se aproxime... –ela seguiu.

Caspian apenas fez o que a rainha ordenou e ficou de pé diante das costas de uma poltrona, e então Lucia se manifestou mais uma vez estendendo a mão em direção a poltrona e dizendo:

- Sente-se...

E assim ele o fez um pouco tímido, porém sentindo-se seguro. Caspian permaneceu em silencio apenas a espera das próximas palavras da mulher a sua frente. Ele não queria ser rude e dizer algo que ofendesse a rainha e a dor na sua nuca pelas pancadas do cabo da espada do soldado o lembrava de manter a descrição e a educação perante tal mulher, mesmo que sua cabeça estivesse cheia de perguntas para fazer a ela.

- Sabe onde está Caspian? –perguntou Lucia.

- Não... Majestade.

- Está em Cair Paravel, mais precisamente em Nárnia.

- Onde exatamente fica Nárnia? –dizia em tom sério encarando a mulher a sua frente.

- Bem esta é uma pergunta confusa. Onde exatamente fica a Inglaterra? –ela rebateu.

- Touché. –ele deu um sorriso de canto um pouco tímido.

- O que significa tuchê? –ela perguntou com um ponto de interrogação na testa.

- É uma expressão usada pelos mosqueteiros. Quando seu combatente deixa a espada em uma posição na qual não há escapatória para ele. –ele explicou.

- O que são mosqueteiros?

- São soldados... Algo do tipo, eles lutam com espadas, usam chapéu e capa! –ele fazia gestos com as mãos enquanto explicava. – Você sabe? Defendem o rei...

- Ah, entendo é assim que chamam os combatentes na sua terra?

- Bom na verdade eles não existem, são personagens de um filme! –ele riu.

- Filme?

- Sim são... Esquece você não deve saber do que to falando. –ele interrompeu.

- Pois bem... –apesar da curiosidade sobre os tais mosqueteiros a rainha se recompôs. – Imagino que não tenha ideia de como tenha chegado até aqui já que não sabe onde está certo?

- Como eu disse eu estava em um vagão de um metrô voltando pra casa e quando dei por mim estava no meio de uma floresta, e depois de um tempo caminhando eu encontrei aqueles caras, e eles sequer me deixaram dizer uma palavra. –reclamou.

- São soldados, não costumam pensar apenas seguem ordens. –ela disse extremamente séria, mas Caspian achou isso engraçado. – O que foi? Eu disse alguma coisa engraçada?

- Desculpe! –ele tentou segurar o riso. – É que isso é estranho.

- Você disse ter sonhado comigo. Pode me contar mais sobre isso?

- Bom... Pode ser coisa da minha cabeça. Mas eu tenho quase certeza que era você. Exceto pelos cabelos, eles estavam soltos e o vento fazia com que eles cobrissem seu rosto então... Posso ter me enganado.

- Você disse que eu chamava por você...

- Pedia que voltasse pra algum lugar.

- Para Nárnia. –os dois apenas se entreolharam em silencio. – Eu quero que veja uma coisa. –disse Lucia se curvando e apanhando um objeto de dentro de uma gaveta. – Eu creio que possa ajudar.

Lucia retirou uma caixa pequena de madeira de dentro da gaveta e a depositou sobre a mesa logo empurrando a mesma até a beirada da mesma mesa onde Caspian poderia apanhá-la. Confuso ele apenas olhou a caixa e depois ergueu os olhos na direção da face da rainha que disse:

- Abra.

Caspian aproximou as mãos da caixa e então abriu-a encontrando o anel com a letra X. sem entender ele observou novamente a face da rainha.

- O que é? –disse ele.

- Um anel.

- Sim isso eu percebi, mas no que isso pode ajudar?

- Ele é seu.

- Meu? –ele franziu a testa.

- Esta joia pertencia ao rei Caspian X, grande rei de Nárnia. Senhor de Cair Paravel, Imperador das Ilhas Solitárias e do reino de Telmar, Barão de Ettinsmor, Duque do Ermo do Lampião, das Sete Ilhas e de Galma, Conde do Reino Ocidental, Imperador da Ilha do Dragão e Rei de Terebinthia.

- Desculpa, pode repetir? Eu me perdi depois de o grande rei de Nárnia... –disse confuso.

- Caspian X, grande rei de Nárnia...

- Não, eu to brincando... –ele riu. – Eu entendi. Você acha que eu sou esse Caspian X? Rei de tudo isso aí? –ele franziu a testa.

- Eu pedi por sua ajuda. Toquei este objeto e disse as mesmas palavras que você disse ter me ouvido dizer. Seu nome é Caspian, e você aparece nas minhas terras justo alguns dias após eu ter chamado pelo rei.

- Não... –ele sacudiu a cabeça sorrindo e devolveu o anel e a caixa a mesa. – Eu não sou rei. Eu sou apenas um cara da Inglaterra, um cara comum.

- Não é o que parece.

- Olhe pra mim, majestade. –ele abriu parcialmente ao casaco longo e escuro que vestia. – Eu me pareço com algum rei?

- Continuo a afirmar que Caspian X governou Nárnia por longos anos, e ao final de sua vida foi enviado para outro mundo pelo grande leão, filho do grande criador.

- Leão? –ele ergueu as sobrancelhas olhando-a de lado.

- Aslam! –ela apontou para a estante onde as portas eram moldadas com a face do leão.

- Espera... Nárnia é um lugar onde existem reis, e um leão é filho de...

- O imperador de além mar. É como o chamamos.

- E quem é ele? Um grande urso?

- Está sendo rude. –ela repreendeu a brincadeira.

- Desculpa majestade, mas isso é loucura. –ele se levantou.

- Por favor, sente-se Caspian...

- Eu não sou nenhum rei, isso é um engano, eu não deveria estar aqui...

- Por favor, faça o que eu pedi.

- Não, eu tenho que encontrar um jeito de voltar pra casa, isso é loucura.

- Sente-se Caspian... –ela ordenou em tom rude. – Isso é uma ordem direta da rainha... E embora eu tenha plena certeza de você seja o rei por quem chamei, ainda sou a herdeira do trono e atual rainha. Sente-se. –ela respirou profundamente vendo-o olhar em seus olhos.

Caspian por educação voltou ao seu lugar e se sentou, afinal ele sabia que aquela mulher a sua frente poderia não ter forças para segurá-lo naquela sala caso ele resolvesse se retirar, mas os guardas que serviam a ela tinham poder suficiente para fazer isso e ele não estava disposto a levar outra coronhada na cabeça que ainda doía.

- Obrigado. –ela disse em tom calmo. – Agora se não se importa... Eu tentarei explicar a você as razoes pelas quais o chamei.

Caspian consentiu com um aceno singelo de cabeça e prestou atenção no que a rainha pretendia lhe dizer a seguir.

[...] continua...


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Notas finais do capítulo

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