When You Call To Me escrita por Carrie Lerman


Capítulo 27
Os Planos de Rabadash


Notas iniciais do capítulo

Cap novo e cheio de ação. Tá nem tanto!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/400286/chapter/27

Na noite seguinte Lucia e Caspian escaparam do Palácio em busca de um pouco mais de privacidade longe dos olhos atentos e astuciosos do rei Pedro, que embora estivesse amigável em relação à Caspian ainda não sabia que o romance entre o moreno e sua irmã andava mais adiantado do que ele podia imaginar. Assim os dois enamorados corriam pelas areias da beira da praia como dois adolescentes saindo às escondidas dos pais, e se afastavam mais e mais perdendo a noção da distancia. Lucia corria segurando as saias do vestido branco enquanto Caspian corria atrás dela com um sorriso estampado, e buscava fôlego para alcançar a moça fujona.

- Está me deixando vencer a corrida estrangeiro? –ela dizia olhando pra trás.

- Está me deixando sem fôlego minha rainha. –sorria Caspian.

- Não seja molenga ou vai acabar me perdendo de vista. –ela se virou e começou a andar de costas mostrando seu sorriso mais bonito.

- Que audácia! Quem você está chamando de molenga?

- Você. Seu molenga! –ela provocou.

- Ah é? –ele riu. – Você vai ver quando eu te pegar. –dito isso ele apressou os passos e correu mais rápido.

- Ah! –ele gritou e se virou continuando a correr.

Eles seguiram naquele ritmo até estar nas montanhas de pedra que cercavam a praia, e debaixo do túnel de pedra Caspian conseguiu alcançar a rainha, e então a tomou nos braços puxando-a pela cintura e apertando-a contra si.

- Te peguei! –disse ele sorrindo com os lábios próximos aos dela.

- E agora? –ela sorria delicadamente colocando as mãos nos ombros do moreno. – O que vai fazer comigo estrangeiro?

- Vou roubar cada beijo... Que mereço por ter me feito correr até aqui. –ele disse em um tom mais sedutor e suave.

- E eu pagarei minha penitencia de bom grado. –ela respondeu se curvando para trás enquanto Caspian se curava em sua direção e a beijava.

Lucia segurou firme o rosto de Caspian sentindo a barba crescida do moreno nas suas palmas, enquanto ele a apertava contra seu corpo grande envolvendo-a com ambos os braços, impedindo que ela pudesse ter escapatória. Caspian deu alguns passos enquanto levava a rainha junto consigo em direção a curva da pequena caverna aberta dos dois lados, e a recostava contra a parede fria. Lucia sentiu a força do corpo de Caspian prensar o dela tão frágil contra a solidez daquela parede, e sentiu seu fôlego faltar. Os beijos foram tomados de desejo e sensualidade, enquanto o moreno curvava os joelhos de modo a ficar mais propenso a altura da rainha, e ela apenas se entregava de livre e espontânea vontade ao calor dele.

Os lábios foram separados por um momento enquanto buscavam o fôlego, mas Caspian não conseguia se afastar e conduzia sua boca quente e faminta pelo pescoço macio de Lucia, que respirava profundamente sentindo a barba dele roçando sua pele delicada. Os beijos dele eram carinhosos, pois ele queria degustar aquele momento, mas sem parecer atrevido demais. Ele sabia que poderia devorá-la ali mesmo se ela permitisse, mas sabia também que não deveria pois Lucia era pura e casta, jamais havia sido tocada antes por outro homem, e ele queria ser o primeiro, e o único, mas queria fazer direito, e não dar mais motivos para o rei magnífico lhe considerar um perigo, ou um canalha.

- Caspian. –ela sussurrava já sentindo as pernas molengas.

- Hum? –ele apenas ronronou ao ouvido dela.

- Está me deixando sem ar. –ela dizia quase inocentemente sem saber bem o que dizer e como reagir.

- Me desculpe. –ele tentou segurar seu desejo. – Eu não consigo me afastar de você. –ele tentava se desculpar e se justificar. – Eu não quero que pense que sou um aproveitador Lucia. –ele tocou o rosto dela com delicadeza, embora a olhasse como um predador faminto.

- Sei que não é, mas essa nossa proximidade começa a ficar perigosa. –ela era pura, mas já conhecia estórias.

- Eu... –ele respirou fundo e resolveu afrouxar seu enlace. – Me perdoe. Não sabe o esforço terrível que eu tenho que fazer pra não... Não ser um completo idiota. –ele disse se virando e buscando autocontrole.

- Você não é. –ela corrigiu. – Está sendo gentil e cavalheiro, como deveria ser.

- Nem tanto. –ele se virou e a encarou. – As coisas que eu sinto... Eu queria não sentir... Não quero ofendê-la.

- Não ofende. –ela se aproximou.

- Eu estou sendo rude. –ele continuava se culpando por não agir de acordo.

Em seu mundo tudo era diferente, e ele não se sentia culpado por desejar ardentemente uma mulher, mas com Lucia, em Nárnia era como se aquilo fosse uma terrível monstruosidade de sua parte. Ela era tão pura, tão delicada, tão perfeita aos seus olhos, e ele não desejava deflorar sua pureza com seus modos rústicos.

- Não, não está... –ela tocou seu rosto. – Eu adoro quando me toca, quando me beija. Só que precisamos tomar cuidado com nossos atos. Não devemos desrespeitar as leis de Aslam.

- Eu sei. –ele a tocou firmemente no rosto. – Eu jamais faria qualquer coisa para te ferir, ou... Te ofender. Eu vou controlar os meus modos.

- Não se sinta culpado pelos seus sentimentos. –ela era tão gentil e compreensiva que ele só se sentia ainda pior. – Eu entendo, e me sinto honrada.

- Eu é que deveria me sentir honrado só por você ter me dirigido olhares minha rainha. Não posso ousar desejar mais do que isso. Não agora...

- Você é um homem maravilhoso Caspian. –ela sorriu com aquele brilho nos olhos. – Eu soube desde que te vi. Você pode não ser o grande rei, mas é um grande homem. E eu... –sim, as palavras: te amo quase saíram de sua boca.

- Você o que? –ele cerrou os olhos e a fitou profundamente.

- Não quero me precipitar. –ela baixou os olhos se lembrando da conversa com Tumnus.

- Lucia... –ele ergue o rosto dela com o dedo indicador.

- Caspian...

Quando ela estava prestes a dizer as palavras, um barulho se fez presente logo atrás das pedras como se passos estivessem próximos. Caspian selou os lábios de Lucia com o indicador e olhou atentamente ao redor com seus grandes olhos negros. Eles ficaram em silencio, e então alguém surgiu na escuridão carregando uma espada na bainha presa a cintura. Caspian sabia que não era Pedro, nem Edmundo e nenhum dos soldados do palácio pois ele já sabia reconhecer cada um deles, e então se colocou diante de Lucia e perguntou em voz grave e firme.

- Quem está aí?

Uma risada estridente foi ouvida e logo mais passos foram se aproximando dos dois lados. Lucia colocou suas mãos sobre as costas do moreno, enquanto ele procurava formar um escudo ao redor dela com seu próprio corpo.

- Quem são vocês e o que desejam? –ele insistiu logo retirando a espada de sua bainha.

- Não se apresse em empunhar sua espada, cavalheiro. –disse finalmente o desconhecido.

- Rabadash? –disse Lucia. – O que faz aqui?

- Como vai majestade? –disse o homem de estatura mediana se curvando. – Faria mal em perguntar o que faz fora da segurança do palácio a essa hora? –ele dizia em tom sádico.

- Não é da sua conta. –ela respondeu firme. – Dê meia volta e se retire daqui com seus soldados ou...

- Ou o que? Vai pedir que este cavalheiro nos combata com sua espada?

- Farei isso se for necessário. –disse Caspian. – É bom manter a distancia, eu sei bem como usar isso.

- Não duvido, você pegou um dos meus homens não? Caspian? –ele riu. – Ouvi falar do novo soldado da rainha. –ele não parecia saber dos fatos. – Mas não esperava que fosse mais do que isso! –ele riu e todos riram menos Caspian e a própria rainha claro.

- Não ouse proferir palavras ofensivas ou difamatórias contra a rainha ou eu terei de arrancar a sua língua. –ameaçou Caspian cheio de ódio.

- Cale-se você seu petulante, eu sou um nobre veja como fala. –disse em tom arrogante.

- Pode ter uma coroa a sua espera, mas nobre você não é Rabadash. –disse Lucia mostrando não ter problema em debater com o inimigo.

- Estava ansioso para vê-la majestade. É sempre um prazer ver seu lindo rosto, e ouvir sua bela voz. Principalmente assim, tão zangada. Embora eu prefira as mulheres mais rudes, como sua arqueira Susana, eu confesso que tem certo encanto em uma mulher delicada e doce como vossa majestade. Talvez se entrássemos em um acordo, eu poderia esquecer nossas diferenças...

- Como ousa? –disse Caspian tomado ainda mais de raiva e ciúmes.

- Eu não falo com você seu insolente, é bom se calar...

- Ele tem o direito de se dirigir a você como quiser. –disse Lucia.

- Que seja, isso só me motiva a acabar com ele.

- Tente. –enfrentou Caspian.

- Não. –Lucia o segurou pela camisa. – Diga logo o que quer Rabadash...

- Ótimo, iremos direto ao assunto. Você majestade...

- O que?

- Viemos buscá-la. Você virá conosco. –disse em tom rude.

- Está louco? –ela retrucou. – Não irei a lugar algum com você e seus homens.

- Virá conosco por bem ou por mau, majestade. O que prefere?

- Terá de passar por cima de mim primeiro, antes de tocar na rainha. –disse Caspian mantendo a arma em riste.

- Tudo bem. –ele olhou para os homens. – Acabem com ele.

- Não. –Lucia gritou.

Caspian percebendo que entraria em uma batalha injusta contra três dos soldados, afastou Lucia tentando protegê-la, e se pôs a lutar contra os homens de Rabadash. Lucia por sua vez, procurou algo com o que pudesse se defender sozinha e encontrou uma pedra a qual juntou do chão e se preparou para atacar um dos homens que se aproximava dela. Ela o atingiu com a pedra pesada bem nas fuças e o fez cair com as costas na areia molhada, mas imediatamente foi segurada por Rabadash que a pegou por trás e lhe deixou desacordada com um golpe certeiro na nuca.

Caspian abateu um dos homens com um golpe usando a haste da espada, e tentou ferir o seguinte no abdômen, enquanto via Rabadash carregando a rainha no colo.

- Lucia! –ele gritou e socou as fuças do soldado, mas este era forte o suficiente para aguentar o tranco e permanecer de pé, e então quando Caspian se afastou dois passos, o homem lhe atingiu pelas costas cravando a lâmina de sua espada na pele do moreno, fazendo com que ele caísse de joelhos na terra.

- Lucia... –ele ainda teve forças para chamar enquanto via o príncipe se afastando com a mesma desacordada.

O soldado se aproximou pelas costas de Caspian e lhe atacou batendo contra sua cabeça e o deixando caído no chão com o rosto enfiado na areia molhada. Então seguiram o príncipe Dash em seguida assim concluindo seu plano se raptar a rainha Lucia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, esse era o plano do miserável raptar a rainha, agora por que vamos saber no próximo cap! TADINHO DO CASPO!sera que ele ficara bem? E qual sera a reação do Pedro quando descobrir isso hum?