Dois Mundos escrita por debs
Eram seis da manhã e o sol nem havia dado as caras e lá estávamos nos, saindo em direção ao nosso centro de treinamento. Aquela hora da manhã estava realmente muito frio, eu estava vestida com varias camada de roupas e mesmo assim estava congelando, mas Evandro estava me abraçando e quando ele fazia isso, tudo melhorava.
Meia hora depois já estávamos na porta da sede, esperando os guardas liberarem nossa entrada.
“pronto, podem entrar”-disse um deles, abrindo a porta para que pudéssemos passar.
Guiou-nos até o nosso centro de treinamento com o resto das a outras pessoas, que como nós, também receberam a mesma carta e agora estavam aqui lutando pela vida.
No começo, cada um ficava no seu canto, as vezes formavam pequenos grupos e falavam extremamente baixo com receio de alguém ouvir, até a hora que um mulher forte e de aparência selvagem entrou na sala e começou a dialogar com todos, pedindo que nos aproximássemos.
“primeiro, bom dia a todos vocês”-foi possivel ouvir um “bom dia” aqui e outro lá, mas não passou disso-“a partir de hoje, esse centro de treinamento vai ser a sua porta para a sobrevivência, o único jeito de conseguirem entrar lá e enfrentarem o perigo de cabeça erguida é frequentando diariamente os treinos.”
A expressão que agora estava estampada no seu rosto era tão aterrorizante que foi possível perceber que ninguém naquela sala iria faltar a um treinamento. Deus, três horas se passaram e lá estava eu, praticando tiro no alvo, esfaqueando bonecos, criando fogueiras e aprendendo como sobreviver no meio da floresta, o que eu já tinha um certo conhecimento.
Saímos de lá pingando suor e mesmo em meio a grande nevasca que caia lá fora, continuávamos morrendo de calor, meus pés estavam me matando e minha mão estava machucada, creio que Evandro também sofreu algum pequeno acidente durante o treinamento. Paramos apenas para comer um fruta ou alguma coisa, já que era possível ouvir o barulho do ronco do meu estomago, e depois voltamos para casa, Evandro, como sempre, com se braço sobre minhas costas, me aquecia mais do que qualquer outra roupa ou cobertor. Apenas mudamos o nosso caminho quando eu fui para minha casa Evandro ficou na dele.
“oi mãe”-entrei pela porta da frente e a encontrei sentada na cozinha, fazendo comida e quando me viu, largou o que estava fazendo para me abraçar.
“filha, ai meus deus, como você está? Foi tudo bem?- continuou me abraçando forte quase quebrando os ossos da minha costela e depois começou a arrumar meu cabelo e procurar algum ferimento para cuidar, tentei esconder o corte causado pela espada na minha mão para não dar mais um serviço para minha mãe, afinal eu conseguia consertar isso sozinha
“tudo sim mãe, “tá tudo bem”-disse, tirando delicadamente as mãos dela do meu rosto-” eu queria saber de vocês, estão bem?
Ela afirmou com a cabeça, perguntei onde estava tonny, meu irmão menor e ela disse que como sempre, estava brincando no seu quarto. Subi até lá para abraça-lo, mas ele não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo, depois fui ver meu pai, que agora estava cortando lenha para abastecer o fogo, não falamos sequer uma palavra, apenas o abracei e recostei minha cabeça no seu ombro e um lagrima escorreu dos meus olhos, mas eu tinha que ser forte então logo em seguida as enxuguei.
Desci para o quintal, onde path dormia tranquilamente dentro da sua casa e abriu os olhos de relance quando me viu chegando, se levantou lentamente e veio até mim, sentei no canteiro de flores e ela veio sentar ao meu lado.
“ou path, sentiu saudades?”- começou a lamber de leve a ponta dos meus dedos, o que significava que sim, ela estava com saudades.
Pus meu braço pelo seu pescoço peludo e a abraçei, ficamos ali, abraçadas por um longo templo, contemplando a vista maravilhosa da cidade onde vivíamos.
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